Buscar

meningite - CASO CLINICO 4

Prévia do material em texto

Discussão de caso clínico	
P.M.C., masculino, 07 anos de idade apresentando febre e cefaleia há mais de 48 horas, hígido, com vômitos em jato, inapetência, astenia e irritação. Apresentou cefaleia no mesmo período sem fatores de melhora, relata piora ao movimentar-se. Mãe relata administrar Dipirona, 1 vez, sem melhoras. Procurou a emergência, onde foi percebido a presença de petéquias, inicialmente em região inguinal e posteriormente por todo o corpo do paciente. Nega perda ponderal, sem alterações em nariz, ouvidos e olhos, assim como sem alterações gastrointestinais, urinárias e extremidades. Na avaliação geral, paciente mostra-se irritado, choroso, ativo, eutrófico, hidratado, anictérico e acianótico, mucosas normocrômicas, orientado no tempo e espaço. Apresenta rigidez de nuca. Sinais de irritações meníngea positivos: Kerning, Brudzinski e Laségue. Reage a estímulos dolorosos, sem alterações na força muscular. Realizado punção lombar que mostraram os resultados: Líquido com coloração branca-leitosa (Referência: Incolor), Glicose = 30 mg/dL (VR = 40 a 80 mg/dL), Cloretos = 520 mEq/L (VR = 680 - 750 mEq/L), Proteínas totais = 72 mg/dL (VR = 15–60 mg/dL) e cultura com crescimento em Agar chocolate. 
1. Discutir o diagnóstico; 
2. Justificar as manifestações clínicas; 
Cefaleia há mais de 48 horas, Hígido, com vômitos em jato, 
O aumento do conteudo intracraniano, sem a correspondente distensao de estrutura ossea, provoca compressões neurologicas que se exteriorizam clinicamente por meio de um conjunto sintomatologico, no qual a cefaleia holocraniana e os vomitos nao alimentares (geralmente incoerciveis) estao sempre presentes. Dependendo
inapetência,
 astenia e 
irritação.
presença de petéquias, inicialmente em região inguinal e posteriormente por todo o corpo do paciente.
aumento do conteudo intracraniano, sem a correspondente
distensao de estrutura ossea, provoca compressoes
neurologicas que se exteriorizam clinicamente por meio de
um conjunto sintomatologico, no qual a cefaleia holocraniana
e os vomitos nao alimentares (geralmente incoerciveis)
estao sempre presentes. Dependendo da intensidade, a hipertensao
endocraniana pode se manifestar por:
■■ Cefaleia, que se estende por toda a cabeca, e constante
e, frequentemente, dilacerante.
■■ Paroxismos desencadeados por flexao da cabeca ou
aumento da pressao intratoracica e/ou abdominal (tosse, esforcos
a defecacao, espirro etc.); eles nao cedem aos analgesicos
comuns e podem persistir por alguns dias nos pacientes
em tratamento.
■■ Vomitos, que geralmente ocorrem em episodios repetidos
e coincidem com vertigens e acentuacao da cefaleia;
nao tem relacao com a irritacao gastrica e, por vezes, apresentam-
se “em jato”.
■■ Alteracoes de consciencia, habitualmente presentes,
variando desde discreto torpor mental ate coma profundo;
com mais frequencia, situam-se entre obnubilacao e coma
superficial.
■■ Sinais de estimulacao simpatica por pressao compressiva
de centros adrenergicos; pode causar taquicardia,
palidez, hipertensao arterial, pulso fino e rapido, alem de
sudorese; alguns pacientes, ao contrario, podem apresentar
bradicardia sinusal decorrente da excitacao do nucleo vago
na porcao bulbar.
■■ Edema de papila, constatado pelo exame do fundo de
olho, ocorre em cerca de 80% dos casos. Os pacientes podem
relatar escotomas cintilantes, fotofobia e/ou diminuicao da
acuidade visual.
Algumas meningites bacterianas apresentam lesoes
exantematicas petequiais durante as fases iniciais da doenca.
Essas lesoes de pele sao extremamente frequentes e caracteristicas
da meningite meningococica
Apresenta rigidez de nuca. Sinais de irritações meníngea positivos: Kerning, Brudzinski e Laségue –
 A irritação meníngea associa-se aos chamados “sinais meníngeos” decorrem da compressão do exsudato purulento sobre a emergência dos nervos raquidianos, resultando em sinais clássicos que incluem:
- Rigidez da nuca, em que o flexionamento da cabeça e dificultado ou mesmo impossível. A contratura extensora máxima da musculatura dorsal constitui o opistotono (grau máximo de rigidez de nuca). 
O meningismo (dor a flexão do pescoço, sem comprometimento supurativo das meningites) pode se confundir com a rigidez de nuca e esta presente em varias clinicas, como septicemias, processos inflamatórios localizados no segmento cervical, mastoidite, desidratação hipertanica, convulsões febris da infância, contraturas voluntarias de origem psicossomática.
- Sinal de Brudzinski, que consiste na limitação, pela dor, da flexão do pescoço, acompanhada, secundariamente, de flexão dos joelhos. 
- Sinal de Kernig, que é uma limitação dolorosa da extensão da perna, quando se traciona positivamente a coxa sobre a bacia (mantendo o joelho articulado). A perna oposta, mantida estendida, tende a se flexionar, simultaneamente.
- Sinal de Lasegue , no qual o paciente reage com manifestação de dor a movimentação passiva da coxa sobre a bacia (mantendo a perna estendida). Secundariamente, ha flexão ativa, concomitante, da outra coxa sobre a bacia. 
A síndrome de comprometimento meníngeo se completa com uma postura antálgica adotada pelo paciente em decúbito lateral, com flexão das coxas sobre o abdome e as pernas flexionadas (posição de “gatilho de espingarda”); a coluna, o pescoço e a cabeça são mantidos rigidamente estendidos.
Os sinais meningeos não são patognomonicos de meningite. Frequentemente, alguns desses sinais estão ausentes ou apenas esbocados. A meningite em pacientes idosos ou debilitados e, em geral, mais grave e, em consequência, se exterioriza com quadro clinico atípico.
 
 
3. Descrever e justificar as alterações laboratoriais. 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MINEIROS- UNIFIMES MEDICINA
Disciplina: Práticas funcionais
Professor: Glauceni de Souza
Turma: 5° período
Centro Universitário de Mineiros | UNIFIMES
Oferecendo ensino de qualidade desde 1985

Mais conteúdos dessa disciplina