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FACULDADE ANHANGUERA DE CAMPINAS TRABALHO DE FARMACOGNOSIA NOME: Rafael Gonçalves de Araujo RA: 336228712013 NOME: Paula Fernanda da C.Silva RA: 147994912013 NOME: Maria Fernanda S. e Silva RA: Campinas 2019 Farmacognosia das Plantas. Todos os seres vivos, animais e vegetais, possuem um metabolismo geral comum designado metabolismo primário que tem como objetivo a síntese de compostos essenciais para a sobrevivência das espécies. Os compostos envolvidos no metabolismo primário possuem uma distribuição universal nas plantas. Esse é o caso dos aminoácidos, nucleotídeos, lipídios, e a clorofila. Os metabolitos primários possuem função estrutural, plástica e de armazenamento de energia. Função dos aminoácidos: síntese das proteínas, compostos intermediário dos hormônios vegetais endógenos, efeito complexante em nutrientes e outros agroquímicos, maios resistência ao estresse hídrico e de alta temperatura e maior tolerância ao ataque de doenças e pragas. Função dos lipídios: atuam como reserva enérgica e são componentes essências de alguns hormônios. Função nucleotídeos: possuem as funções necessárias para a síntese de proteínas e transmitem as informações genéticas de uma célula para outra ou entre geração parental e sua prole Função Clorofila: Ela consegue canalizar a energia da luz solar em energia química através do processo de fotossíntese. Neste processo, a energia absorvida pela clorofila transforma dióxido de carbono e água em carboidratos e oxigênio. Já os metabolitos secundários têm origem no processo de conversão da energia luminosa em energia química, permitindo que a planta responda aos diferentes fatores ambientais, quer físicos, quer biológicos, permitindo comunicar e interagir com diferentes organismos, atraindo-os ou repelindo-os, sustentando-os ou destruindo-os. A importância a nível económica e farmacológica do metabolismo secundário reside em três grandes áreas: fitoterapia, nutracêutica e aplicações industriais na área da saúde pública. A atual facilidade em isolar genes que codificam enzimas chave do metabolismo secundário permitirá no futuro próximo com a ajuda da biotecnologia potencializar estas áreas de aplicação. A presença de vários princípios ativos presentes nos extratos vegetais resultantes das vias metabólicas vegetais, bem como de alguns metabolitos secundários com funções complementares na defesa contra pragas, permitem diminuir a resistência exercida pelos organismos patogénicos a alguns fármacos. Por outro lado, os metabolitos secundários são reconhecidos pela sua atividade citotóxica e, quando utilizados em doses adequadas, podem ser usados como agentes antimicrobianos naturais. Estes compostos atuam no mecanismo neurotóxico, potenciando o seu uso como antidepressivos, sedativos, relaxantes musculares ou anestésicos. Estes metabolitos secundários apresentam funções semelhantes aos metabolitos endógenos animais, tais como, receptores hormonais ou neurotransmissores, podendo ser úteis na terapia de doenças do sistema nervoso central e do sistema endócrino. Enquanto o metabolismo primário vegetal apresenta maior importância para a nutrição humana, o metabolismo secundário é de maior relevância para a nutracêutica. Esta área emergente combina a alimentação com a prevenção de doenças, através da ingestão de alimentos funcionais, os quais integram um rol de metabolitos secundários. Outra aplicação industrial associada aos metabolitos secundários é a função pigmentante. Atualmente quase todos os corantes são derivados de petróleo, como a anilina e outros compostos aromáticos. Contudo, o petróleo, para além de ser poluente, é escasso, o que inviabiliza o seu uso. Como alternativa, dever-se-ão utilizar em maior escala os pigmentos naturais resultantes do metabolito secundário das plantas, seja na indústria farmacêutica, cosmética ou alimentar. Os óleos essenciais são substâncias utilizadas muitas vezes como “armas de defesa” de plantas, é estes os responsáveis pelos aromas e odores de todas as espécies vegetais já conhecidas. Trata-se de compostos simples, líquidos, de estrutura cíclica, voláteis, de solubilidade limitada em água (mas suficiente para aromatizar soluções aquosas), solúvel em solventes orgânicos, transparentes ou de coloração levemente amarelada e sabor ácido. Porém, as plantas não utilizam do cheiro dos óleos essenciais apenas para defesa, essas substâncias são também muito úteis no processo de reprodução no grupo das angiospermas, uma vez que o aroma disperso atrai pássaros, insetos e morcegos, que fazem a polinização. As plantas utilizam os óleos essenciais também para inibir a germinação de outras espécies que competem por recursos naturais como água, solo e luz. Outra utilização de óleos essenciais pelas plantas é retenção de água, de modo a diminuir perdas e evitar o aumento da temperatura. Nos óleos essenciais cada componente tem uma concentração 50 a 200 vezes superior do que a original, na planta. Essa concentração superior pode ser determinante para a efetividade de determinado composto ativo. Algumas atividades biológicas dos óleos essenciais decorrem da sua interação com funções e mecanismos da fisiologia humana (ou animal). Algumas fundamentam utilizações com fins medicinais, quer por administração direta de óleos essenciais, quer pela sua inclusão em formulações medicamentosas. São, por isso, usualmente designadas como atividades farmacológicas. Normalmente, os óleos vegetais são extraídos de sementes e frutos, enquanto os óleos essenciais são extraídos de caule, folhas, flores e até raízes. Uma diferença acentuada entre os dois tipos de óleos tem a ver com suas composições, que afetam diretamente as propriedades físicas (aparência, cheiro, viscosidade, etc.) e seus usos.