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PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA CORRETORAS DE SEGUROS 3ª Edição – Rio de Janeiro/2011 Realização Escola Nacional de Seguros – FUNENSEG Supervisão e Coordenação Metodológica Diretoria de Ensino Técnico Assessoria Técnica José Antonio Menezes Varanda – 2011/2010 Capa Coordenadoria de Comunicação Social Diagramação Info Action Editoração Eletrônica 2 É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele, sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola. Introdução Baseada nos princípios que a regem desde sua criação, em 1971, a Escola Nacional de Seguros promove diversas iniciativas no âmbito educacional, que contribuem para um mercado de seguros, previdência complementar, capitalização e resseguro cada vez mais qualificado. Essa é a filosofia presente em nossas ações, que compreendem a elaboração de cursos, exames, pesquisas, publicações e eventos, e que confirmam nossa condição de principal provedora de serviços voltados à educação continuada dos profissionais dessa indústria. Em um mercado globalizado, mudanças de paradigmas são constantes e, para seguir esse movimento, o investimento em treinamento e atualização é apontado por especialistas como essencial. A Escola Nacional de Seguros, que nasceu de uma proposta do próprio mercado, está à sua disposição para compartilhar todo nosso conhecimento e experiência, bens intangíveis e inestimáveis, que o acompanharão em sua jornada. (...) 3 Introdução Todo o acervo de conhecimentos e maturidade na formação de profissionais e gestores de alto nível se reflete na qualidade do material didático elaborado pela equipe da Escola. Formada por especialistas em seguros com sólida trajetória acadêmica, o saber disponível em nosso material didático é um grande aliado para o voo profissional de cada um de nós. 4 ������ &�� �������� ������� !���� ���"�# ��������$��%���� C�������.��� �D��+������ �E- �;��������������� ���D���� � �����.��� �� �������� � �.��� ����� ��������������;���� �.��� �� ���� � ���������)�����������;���� �;�������������� �.��� �D��+������ � ��(8���3<��� ������������ ����������� � �=� - $����������� ������� ���&��������������#� !���� ��� D����������������F���� ���� ����������� ������+��� F��� ����� �� ���� ����������������������� ������� ��� �� ������+��� ������������ ��������� *����G��� ���� ������������� � F������ ����� �����/���D��+������ � - A�#� �������� ��������������� � H���� �������� ����*�+��� �I����� ����� ������������� ()� D������ ���C����� (8��� ��������� ����������*������������ �� �������������� D����������������� �������������� �D# � ���������� ����;/�� �����������D���� � ������������� �������� B����' � ��������������=��������� � � ���� ��1�I��;��������.��� ������������������������� F�+��7��� �3�������<+�� J Noções de Ética Profissional, Postura e Etiqueta Na atividade empresarial, é extremamente importante entender o que é ética profissional e adotar postura compatível com a função exercida dentro da empresa em que se trabalha O que é ética profissional? A ética é o estudo geral do que é bom ou mau, correto ou incorreto, justo ou injusto, adequado ou inadequado. A escolha por uma profissão é optativa, mas ao escolhê-la o conjunto de deveres profissionais passa a ser obrigatório. Geralmente, quando se é jovem, escolhe- se a carreira sem conhecer o conjunto de deveres que se está prestes a assumir, tornando-se parte daquela categoria escolhida. Isso caracteriza a ética profissional: é uma adesão voluntária a um conjunto de regras estabelecidas como sendo as mais adequadas para o exercício da profissão escolhida. 1 6 Noções de Ética Profissional, Postura e Etiqueta Códigos de Conduta e Programas de Ética nas Empresas Um Código de Ética, sozinho, não constrói uma empresa ética. É preciso que o Programa de Ética seja formado por: • Treinamento ético Para dar a conhecer o conteúdo do código de ética e os dilemas existentes na empresa; • Canais de comunicação Para que dúvidas e dilemas sejam explicados e discutidos, e condutas não éticas sejam informadas; • Mecanismos de reforço (ou sistemas de recompensas) e sistemas de punição As condutas e comportamentos valorizados pela empresa devem ser reconhecidos e premiados através de elogio formal, reconhecimento público, premiação e até promoção dos funcionários que possuem as posturas éticas que refletem os valores adequados à organização; (...) 1 7 • Liderança ética O líder serve de exemplo por possuir comportamento ilibado e coerente, justo e isento, frente a todas as situações de trabalho diárias. É o líder que, a cada situação de dilema e conflito, questiona novamente qual a atitude correta a ser adotada, baseando-se fortemente na sua moral pessoal e tendo como pano de fundo a ética da virtude, da integridade e bom senso. 1 Noções de Ética Profissional, Postura e Etiqueta A Ética e o Ambiente de Negócios Todas as empresas e organizações estão inseridas em uma sociedade, onde adotam comportamentos cada Vez mais competitivos em escala global. E dentro da sociedade, diversos grupos se relacionam com a empresa e nela têm interesses legítimos. Esses grupos são: os funcionários, a alta direção, os acionistas; e também os fornecedores e parceiros, os consumidores e clientes, o governo, os concorrentes, além da própria comunidade onde a empresa está inserida, a sociedade em geral e, por exemplo, o meio ambiente. 8 Noções de Ética Profissional, Postura e Etiqueta Esses grupos são chamados de partes interessadas, que afetam ou são afetadas pela organização. Todos esses grupos possuem interesses próprios na organização. Por exemplo: a sobrevivência da empresa (para os funcionários, alta direção e fornecedores); geração de emprego e ativação da economia (para a comunidade e sociedade); salários justos e boas condições de salários (para os funcionários); lucratividade (para a alta direção, acionistas e governo); concorrência leal (para os concorrentes); produção limpa (para o meio ambiente) com qualidade, garantia e preço justo (para o consumidor). Porém, podemos perceber que os interesses de cada um dos diversos públicos podem conflitar entre si. É por causa desse conflito que surge a necessidade da ética nas organizações, nos negócios. A Ética é o instrumento que vai mediar as relações de conflito entre os grupos que possuem interesses legítimos na empresa, mas que são conflitantes. E o Código de Ética é o documento que vai definir quais são os valores que a empresa deve possuir e como devem ser as relações da empresa com cada um desses públicos. (...) 1 9 Noções de Ética Profissional, Postura e Etiqueta Essas relações devem ser mediadas por valores como isenção, integridade, justiça, bom senso, transparência e respeito, para que se construa uma verdadeira relação ética entre as partes envolvidas num negócio. O que afeta a credibilidade das empresas? As causas mais comumente alegadas são: • corrupção (ativa e passiva); • conflitos de interesses; • marketing e publicidade desonestos; • lucros (excessivos; remessas, no caso de multinacionais); • sonegação; • má qualidade de produtos; • tratamento dos recursos humanos; • mau relacionamento com a comunidade; • poluição/tratamento do meio ambiente; e • falta de ética nas negociações (trabalhistas, comerciais ou outras). 1 Reflita sobre isso! 10 Noções de Ética Profissional, Postura e Etiqueta A Ética na Tomada de Decisão e nos Negócios No relacionamento e atuação diária com as várias partes interessadas, as organizações e seus membros vivem diversas situações e dilemas que se constituem em questões éticas. O Programa e o Código de Ética têm o objetivo de estabelecer limites da atuação da empresa; estabelecer regras para questões éticas já conhecidas, tratadas no domínio da organização; e, de uma forma mais ampla, guiar e orientar o pensamento da organização na direção de uma conduta e comportamento éticos. Porém, nem sempre há umaresposta pronta sobre como agir em todas as situações. Por isso, o papel mais importante do Programa de Ética e da ética nas empresas é ser o orientador para a conduta ética da organização e estimular a comunicação e o diálogo entre as várias partes em conflito. Isto quer dizer que novos dilemas exigem espaço para novas discussões sobre os valores e condutas da organização e dos indivíduos que trabalham nela. (...) 1 11 Noções de Ética Profissional, Postura e Etiqueta Quanto ao Público Interno (Funcionários, Alta Gerência) • questões relativas ao ambiente de trabalho, como segurança e saúde, remuneração justa, privacidade, iguais oportunidades, não discriminação e a questão racial e de gênero na organização; • questões de assédio moral e exercício de poder; e • questões de pressão irrealista por resultados e manipulação de resultados. Quanto aos Clientes e Consumidores • questões de práticas de negócios ilícitas, recebimento de presentes e de suborno; • questões de responsabilidade pelo produto, garantia e consequências do seu uso (especialmente na indústria alimentícia, farmacêutica, automobilística e de brinquedos); • questões de pressão irrealistas por resultados e manipulação de resultados. Quanto ao Governo • questões de práticas de negócios ilícitos, presentes e suborno, sonegação, contabilidade fria, lavagem de dinheiro; • questões de cumprimento às leis e regulamentações do governo e do país; e • questões de monopólio e cartel, decorrente de abuso do poderio econômico. (...) 1 12 Noções de Ética Profissional, Postura e Etiqueta Quanto ao Meio Ambiente • questões de preservação/degradação dos recursos ambientais e de crescimento sustentável; • questões de emissão de poluentes, degradação da camada de ozônio e o aquecimento global; e • questões de manipulação de lixo tóxico, químico e não biodegradável (como as pilhas e baterias de produtos eletrônicos, pneus de automóveis, garrafas PET etc) e reciclagem de recursos. Mas nem todas as empresas possuem Códigos de Conduta Ética e nem todas as categorias profissionais possuem um Código de Conduta Ética Profissional. (...) 1 13 Noções de Ética Profissional, Postura e Etiqueta Assim, como agir em caso de questões e dilemas éticos no dia a dia? O funcionário pode se pautar pela conduta ética pessoal, de valores de justiça, bom senso e isenção, integridade e honestidade, somada com uma liderança ética que lhe sirva de modelo. O exemplo de uma chefia ou de um par que possua um comportamento profissional e ético ilibado, justo, isento, que buscao consenso entre as pessoas, pode ajudar na condução ética do próprio indivíduo. É importante lembrar que a ética nos negócios tem o objetivo de mediar as relações entre grupos e pessoas que possuem interesses conflitantes na direção de um objetivo comum, de um acordo aceitável para ambas as partes: trabalhar para uma relação em que todos saiam ganhando. 1 14 Noções de Ética Profissional, Postura e Etiqueta Código de Conduta Ética Profissional Várias categorias profissionais possuem seus próprios Códigos de Conduta Ética Profissional que são documentos que expressam a forma de atuar, os valores daquela categoria profissional, seus direitos e deveres no exercício da profissão, visando a auxiliar a conduta ética desses profissionais. Assim, corretores de seguros, contadores, médicos, advogados, corretores imobiliários, engenheiros e arquitetos, administradores, entre outros, possuem um código de ética próprio, que os ajuda a discernir o bom do mau profissional. (...) 1 15 Noções de Ética Profissional, Postura e Etiqueta Os Códigos de Conduta Profissional têm o objetivo de: • especificar a conduta ética, os deveres, direitos e proibições ao profissional no exercício da sua atividade; e • estabelecer as relações de conduta entre o profissional e as demais partes interessadas: contratador de seu serviço ou empresa onde trabalha e profissionais ou empresas contratados. Em um Código de Ética Profissional, estão previstos a quem recorrer em caso de dilemas ou infrações ao Código, e possíveis sanções ou punições em caso de desvio grave de conduta. É apresentado no Anexo 1 o Código de Ética Profissional dos Corretores de Seguros elaborados pelo SINCOR SP. 1 16 Noções de Ética Profissional, Postura e Etiqueta Noções Básicas de Comportamento no Trabalho A empresa – entendida aqui no sentido coletivo que reúne todos os tipos e tamanhos de empresa – desde o momento de seu nascimento, adquire uma série de compromissos naturais em relação a diversos grupos existentes na sociedade. Classicamente, esses grupos são: • os proprietários, ou seja, sócios ou acionistas, pessoas físicas ou jurídicas; • os clientes, consumidores dos produtos da empresa; • os funcionários, homens ou mulheres, sindicalizados ou não, jovens ou velhos; • os fornecedores, pessoas físicas ou jurídicas, que suprem as necessidades de recursos ou serviços da empresa; • as comunidades, pequenas ou grandes, em que a empresa se insere; e • o governo, em nível local, estadual ou federal. (...) 1 17 Noções de Ética Profissional, Postura e Etiqueta Cada um desses grupos tem uma expectativa em relação à empresa e os administradores são chamados, nas decisões que tomam a cada instante, a atender tais expectativas, procurando manter um equilíbrio entre elas. O que está sempre em jogo não é somente a reputação e a imagem da empresa em si, mas da comunidade empresarial em geral. Aos olhos do público, hoje, o desempenho empresarial não é medido apenas pelo seus resultados financeiros ou econômicos. A maneira como a empresa ou a categoria profissional faz frente aos desafios de sua responsabilidade social, dos compromissos assumidos e das expectativas dos diversos grupos de que depende passa a ter uma importância cada vez maior. A credibilidade e a confiança que o público deposita numa determinada empresa ou categoria profissional, começam a tornar-se – inclusive do ponto de vista econômico – determinantes do sucesso empresarial. (...) 1 18 Noções de Ética Profissional, Postura e Etiqueta O varredor de rua que se preocupa em limpar o canal de escoamento de água da chuva, o auxiliar de almoxarifado que verifica se não há umidade no local destinado para colocar caixas de alimentos, o médico- cirurgião que confere as suturas nos tecidos internos antes de completar a cirurgia, a atendente do asilo que se preocupa com a limpeza de uma senhora idosa após ir ao banheiro, o contador que impede uma fraude ou desfalque (ou que não maquia o balanço de uma empresa), o engenheiro que utiliza o material mais indicado para a construção de uma ponte, todos, estão agindo de forma eticamente correta em suas profissões, ao fazerem o que não é visto, ao fazerem aquilo que, alguém descobrindo, não saberá quem fez, mas que estão preocupados, mais do que com os deveres profissionais, com as pessoas. As leis de cada profissão são elaboradas com o objetivo de proteger os profissionais, a categoria como um todo e as pessoas que dependem daquele profissional, mas há muitos aspectos não previstos especificamente e que fazem parte do comprometimento do profissional em ser eticamente correto, aquele que, independentemente de receber elogios, faz a coisa certa. (...) 1 19 Muitos processos ético-disciplinares abertos pela SUSEP acontecem por desconhecimento, negligência, imperícia, imprudência e atos ilícitos em geral, denunciados por clientes ou outras entidades que se sentem lesadas pelo não cumprimento por parte do corretor de seguros de suas atribuições profissionais. Assim, no trabalho, além do relacionamento interpessoal com os demais colegas, superiores, subordinados e clientes, é indispensável que o corretor de seguros tenha competência técnica, aprimoramento constante, respeito às pessoas, confidencialidade, privacidade, tolerância, flexibilidade, fidelidade, envolvimento, afetividade, correção de conduta,boas maneiras, relações genuínas com as pessoas (clientes ou não), responsabilidade, e corresponder à confiança que lhe é depositada. Lembre-se de que comportamento eticamente adequado e sucesso continuado são indissociáveis! (...) Noções de Ética Profissional, Postura e Etiqueta1 20 Algumas perguntas podem guiá-lo na reflexão sobre se seu comportamento é ético, até ela se tornar um hábito incorporado ao dia a dia. Você pode se perguntar sobre os deveres assumidos ao aceitar o trabalho como atendente em uma corretora de seguros, como está cumprindo suas responsabilidades, o que esperam dela na atividade, o que ela deve fazer, e como deve fazer, mesmo quando não há outra pessoa olhando ou conferindo. Pode perguntar a si mesmo: • Estou sendo bom profissional? • Estou agindo adequadamente? • Produzo os melhores resultados para a minha corretora e seus clientes? É fundamental ter sempre em mente que há uma série de atitudes que não estão descritas nos códigos de todas as profissões, mas que são comuns a todas as atividades que uma pessoa pode exercer. Atitudes de generosidade e cooperação no trabalho em equipe, mesmo quando a atividade é exercida solitariamente em uma sala, fazem parte de um conjunto maior de atividades que dependem do bom desempenho das suas. (...) Noções de Ética Profissional, Postura e Etiqueta1 21 Uma postura proativa, ou seja, não ficar restrito apenas às tarefas que foram dadas a você, mas contribuir para o engrandecimento do trabalho, mesmo que ele seja temporário. Se sua tarefa na corretora de seguros é ordenar e arquivar os documentos recebidos, você pode se contentar em fazer estritamente a sua tarefa, mas você pode auxiliar seu colega de trabalho que encontra-se com um volume maior de trabalho, visando ao melhor serviço prestado pela corretora. Você pode atender no balcão de informações de sua corretora, respondendo estritamente ao que lhe foi perguntado, de forma fria, e estará cumprindo seu dever; mas se você se mostrar mais disponível, talvez sorrir, ser agradável, a maioria das pessoas que você atende também serão assim com você, e seu dia será muito melhor, além de provavelmente fidelizar seu cliente. Noções de Ética Profissional, Postura e Etiqueta1 22 Você completou a primeira etapa do curso Procedimentos Operacionais para Corretoras de Seguros. Noções de Ética Profissional, Postura e Etiqueta1 23 Atendimento e Responsabilidade Civil Profissional Procedimentos de Rotina no Atendimento ao Telefone Regras Gerais O contato telefônico entre as empresas e o cliente é, hoje, um dos principais instrumentos de aproximação entre ambos e, portanto, quando se atende ou se faz uma chamada telefônica, está-se transmitindo para quem atende uma imagem sua e de sua empresa. 2 24 Algumas recomendações básicas devem ser observadas ao se falar ao telefone, como: • adotar um tom de voz adequado sem interrupções e num nível de audição necessário, sem exageros; • identificar-se e à sua empresa, seguido de um cumprimento cordial (por exemplo: “bom dia!”); • tratar a pessoa pelo nome, evitando expressões que representam intimidade como “benzinho”, “querida”, “amor” e similares; • conversar com o cliente no seu ritmo, nem rápido nem devagar demais, com boa dicção e de forma clara e inteligível, certificando-se que ele está entendendo e acompanhando a sua mensagem; e • evitar interromper o cliente enquanto ele está falando; contudo, demonstre que você está ouvindo-o com atenção, anotando, sempre que possível, os pontos mais importantes da conversa para que seja possível tomar as providências necessárias. Atendimento e Responsabilidade Civil Profissional2 25 Na conversação telefônica, os dois fatores mais importantes são a voz, que deve ser agradável, natural, clara, calma e num tom firme; e a atitude, que deve ser positiva e profissional, transmitindo confiança, honestidade e segurança. O atendimento telefônico deve respeitar o padrão de atendimento estabelecido para a sua corretora de seguros e, se possível, ao primeiro toque, evitando deixar o cliente esperando e demonstrando interesse no assunto que está sendo tratado. Demonstre estar entendendo a mensagem, seja objetivo e educado, procure entender a situação do cliente em casos em que ele demonstre a necessidade do apoio da corretora, como nos casos de sinistros. Evite atitudes que deponham contra a sua imagem e a da sua corretora como: • prometer retornar a ligação e não o fazer; • interromper o cliente para atender outro; • transferir a culpa para outras pessoas, ao detectar erros; • solicitar ao cliente para retornar a ligação mais tarde quando a obrigação for da corretora de retornar o contato para transmitir a resposta solicitada; e • utilizar a expressão “não podemos fazer nada”. Atendimento e Responsabilidade Civil Profissional2 26 Contato com o Cliente e com as Seguradoras ao Telefone O contato com o cliente ao telefone pode ser ativo, passivo ou misto. Se a sua corretora adota um sistema de telemarketing, para contatos com o cliente, uma das primeiras preocupações é com o equipamento telefônico, que deve estar preparado com troncos suficientes para não haver congestionamentos de linhas. No contato passivo, na maioria das vezes através de uma linha do tipo “0800”, geralmente o cliente já conhece os produtos ou serviços prestados pela sua corretora e deseja esclarecimentos ou informações sobre esses serviços, portanto, a corretora deve ter pessoas treinadas para prestar tais informações ou esclarecimentos. No telemarketing ativo, o objetivo da corretora é a busca do cliente; então, como não há o contato visual, a força da persuasão está no diálogo ao telefone, que deve ser dinâmico e objetivo. (...) Atendimento e Responsabilidade Civil Profissional2 27 Em qualquer forma de contato telefônico, é indispensável o planejamento prévio com dados de qualidade, e não de quantidade, reduzindo o custo da ligação telefônica e aumentando os resultados. O responsável pelo contato com o cliente deve guiar e direcionar a conversação sempre com o objetivo do fechamento do negócio ou agendamento de uma entrevista onde será possível detalhar melhor os benefícios oferecidos pela corretora. Os contatos telefônicos com as seguradoras feitos pelas corretoras de seguro, geralmente, prendem-se a pedidos de informações ou detalhamentos sobre coberturas de seguros, condições (cláusulas das apólices), tarifas, franquias e processos de sinistros. As regras de atendimento telefônico adotadas em contatos com os clientes também devem ser seguidas nos contatos com as seguradoras. (...) Atendimento e Responsabilidade Civil Profissional2 28 Atendimento e Responsabilidade Civil Profissional2 29 Atendimento na Corretora As regras da etiqueta corporativa são fundamentais no contato direto com o cliente em sua corretora ou em outro local acordado e até mesmo no trato com seus colegas de trabalho. A etiqueta corporativa é muito mais do que saber distinguir os talheres numa mesa formal. Qualquer atitude que incomode as pessoas ao seu redor é considerada falta de modos. Exemplos: bater o telefone, falar alto, importunar seu colega ou o próprio cliente com conversas e perguntas o tempo todo, exagerar no perfume, esquecer do desodorante, entre outros. A elegância abrange, ainda, a consideração e o respeito por clientes, subordinados, chefes e colegas e a disposição em ser agradável e gentil, sem, contudo, exageros. As pessoas podem ser bem-educadas, corteses e sociáveis ao mesmo tempo em que mantêm uma atitude positiva e simpática sem esquecer dos valores e princípios éticos de sua corretora. Não se esqueça de que a simpatia abre portas e agrada os clientes. (...) Atendimento e Responsabilidade Civil Profissional2 30 A vida profissional exige uma etiqueta correta em inúmeras ocasiões – muitas delas, delicadas. De início, se você agendou com seu cliente um horário para oatendimento na corretora ou em outro local, a primeira providência é chegar ao local combinado com 15 ou 20 minutos de antecedência. Se você se atrasar, telefone logo que puder para comunicar o atraso. Nesse caso, a explicação deve ser breve e acompanhada de um pedido de desculpas. Se esperar para fazer isso quando chegar, terá dado ao cliente um tempo enorme para pensar mal de você e de sua corretora. Se o atendimento ao cliente for em sua corretora, convide-o a sentar-se, e, na hora dos cumprimentos, faça contato visual, sorria, dê um aperto de mão firme (mas não do tipo “quebra-nozes”) e inicie a conversa indagando em que pode ajudá-lo. Atendimento e Responsabilidade Civil Profissional2 31 Para se sentir mais à vontade, acomode-se bem para trás na cadeira e fique numa posição ereta, mas relaxada. • Não fique balançando o pé nem passe a mão no rosto. • Não fume nem faça observações negativas sobre sua corretora, seus produtos ou seus concorrentes. • Usar as palavras com habilidade é essencial no mundo dos negócios. • Evite cometer erros gramaticais, de pronúncia e de vocabulário, engolir palavras e falar demais. • A vestimenta também é um item importante. Evite trajes extravagantes, adereços exagerados, excessos de maquiagem e de bijuterias. • É também um ato de cortesia oferecer ao cliente cafezinho e/ou água. Atendimento e Responsabilidade Civil Profissional2 32 Inter-relacionamento Funcional Criar um bom relacionamento no trabalho só depende de você. • Comece cumprimentando todos os seus colegas, do ascensorista ao presidente da empresa. O uso do “bom dia” e do “como vai?” são alguns dos alicerces da construção de sua imagem profissional. • É preciso cultivar o bom humor no cotidiano do trabalho, mas sem excessos. Uma boa forma de cometer gafes é contar piadas, pois você corre o risco de ser inadequado. • Fazer fofocas e intrigas é outro grande pecado apontado pelo manual de etiqueta e, além de ser deselegante, pode acabar revertendo contra você. • Uma mesa organizada e limpa depõe a seu favor. Para sentar, postura ereta. No entanto, de nada adianta se você se jogar na cadeira em vez de sentar; deixando para pôr os pés sobre a mesa ou sobre outra cadeira em casa. • Abandonar o celular na mesa e sair, deixando os colegas à mercê do toque insistente, traz incômodo (...) Atendimento e Responsabilidade Civil Profissional2 33 • Como nem tudo gira em torno de negócios, ao sentar-se à mesa lembre-se de que para fazer uma refeição exige-se tranquilidade. Portanto, falar de negócios o tempo todo, além de ser uma atitude grosseira, irá trazer um resultado indigesto. • Procure ajudar seus colegas de trabalho na realização de suas tarefas, lembrando-se de que você faz parte de uma equipe. • Quando algo não estiver correto, antes de procurar culpados, procure a solução para o problema e assim você estará contribuindo para o crescimento de sua corretora, além de evitar eventuais prejuízos financeiros ou até mesmo a perda de clientes. Atendimento e Responsabilidade Civil Profissional2 34 Responsabilidade Civil Profissional O advento do Código de Defesa do Consumidor e em especial o novo Código Civil Brasileiro, o qual reserva os artigos 722 a 729 para a corretagem em geral, estabeleceram regras que geram responsabilidades cada vez maiores para os corretores de seguros, complementando as regras específicas para os corretores de seguros estabelecidas pelo Decreto-Lei 73 de 21/11/1966. De acordo com o Decreto-Lei 73/66, o corretor de seguros é a pessoa física ou jurídica habilitada a angariar, promover e intermediar contratos de seguros entre seguradoras e quem desejar colocar seus bens sob garantia. (...) Atendimento e Responsabilidade Civil Profissional2 35 Conforme consta do livro O corretor de seguros à luz do Novo Código Civil, editado pela FENACOR em 2003, cabe ao corretor de seguros exercer, entre outras, as seguintes atividades: • realizar cotações dos prêmios securitários junto às seguradoras; • auxiliar o segurado no preenchimento das propostas de seguros privados; • protocolar a proposta de seguros nas sociedades seguradoras; • receber a apólice de seguro e remeter ao endereço do segurado, antes, porém, verificando se há alguma pendência contratual; • assessorar o segurado ao longo do período contratual; • manter contato com as seguradoras, na hipótese de ocorrência de sinistro; • realizar os pedidos de endossos e encaminhar as averbações emitidas pelos segurados ao longo do período contratual. (...) Atendimento e Responsabilidade Civil Profissional2 36 No exercício de suas atividades, o corretor de seguros sujeita-se a responder civilmente perante aqueles a quem causar prejuízo, caso sua conduta se caracterize como culposa, por atos de imperícia, negligência ou imprudência, conforme preceitua o Código de Defesa do Consumidor e o citado Decreto-Lei 73/1966. Embora inexista relação de emprego entre corretor de seguros e seguradora, cabe ao corretor proceder toda a intermediação e negociação dos seguros, esclarecendo ao segurado os pontos obscuros, pressupondo-se que o corretor e a seguradora são profundos conhecedores do assunto e os segurados leigos. Por isso, cabe ao corretor de seguros assessorar o segurado de forma cabal, defendendo seus interesses junto aos seguradores. O corretor de seguros não é um mero intermediário na operação inicial da contratação do seguro; ao contrário, deve auxiliar o segurado durante todo o período de vigência do seguro. Nos casos de seguros contratados com a antecipação do prêmio do seguro recebido pelo corretor de seguros, este deve encaminhá-lo imediatamente à seguradora. (...) Atendimento e Responsabilidade Civil Profissional2 37 Ressalte-se que no aspecto do procedimento administrativo disciplinar, originado de denúnica ou de representação, a legislação vigente determina que caberá responsabilidade profissional, perante a SUSEP, ao corretor de seguros que deixar de cumprir as leis, regulamentos e resoluções em vigor ou que der causa dolosa ou culposa e prejuízos às seguradoras ou aos segurados. Tanto em processos judiciais quanto em procedimentos administrativos, perante a SUSEP ou os PROCONs, os corretores de seguros vêm sendo acionados em decorrência de reclamações de segurados, separadamente ou em conjunto com seguradoras. Assim, recomenda-se que o corretor de seguros oriente sempre seus clientes, informando-os os detalhes da operação do seguro que deseja ou esteja contratando, descrevendo os riscos cobertos e excluídos, e ao entregar a relação desses riscos ao segurado, deve realizar por escrito e sob protocolo de recebimento. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, o seguro é considerado como serviço e, portanto, as normas nele citadas afetam a relação entre segurado, corretor e seguradora. (...) Atendimento e Responsabilidade Civil Profissional2 38 Algumas das disposições mais importantes do Código de Defesa do Consumidor aplicáveis ao seguro são as seguintes: • é direito básico do consumidor receber a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, inclusive quanto aos riscos que apresentem. Esse dispositivo garante ao segurado a informação precisa e completa sobre o seguro contratado ou em fase de contratação. Essa obrigação legal gera responsabilidade civil tanto para o segurador (informações corretas em seus prospectos, folhetos, manuais, materiais de propaganda etc.) quanto para o corretor de seguros (informações corretas e precisas durante a negociação, fechamento e vigência do contrato); • em ações judiciais fica a critério do juiz tomar ou não como verdadeiras as afirmações do consumidor, transferindo o ônus da prova para o fornecedor (a seguradora); Atendimento e Responsabilidade Civil Profissional2 39 • a seguradora, seus agentes, corretores e prepostos são considerados solidários na prestação de serviços.• é proibida a exigência de reciprocidade e/ou operações casadas realizadas por algumas seguradoras e corretoras; • é indispensável o acordo do segurado em caso de recálculos de prêmio que gerem aumentos ou perdas de direitos; • é vedado ao fornecedor de serviços deixar de fixar prazos para a prestação desses serviços ao consumidor; logo, deve constar da apólice o prazo para a seguradora liquidar sinistros, atualmente de 30 dias conforme regras da SUSEP; e • é necessário que o segurado tenha conhecimento prévio das cláusulas do contrato e, se possível, deve constar o acordo escrito desse contrato nas propostas de seguro. Nesse caso, se o corretor de seguros assina a proposta e não coleta o acordo tácito do segurado, assume todas as responsabilidades perante a seguradora e segurado. (...) Atendimento e Responsabilidade Civil Profissional2 40 Para resguardar suas responsabilidades no exercício de sua profissão, recomenda-se que o corretor de seguros contrate um Seguro de Responsabilidade Civil Profissional de Corretores de Seguro. Nesse seguro, define-se corretor de seguros como sendo o intermediário – pessoa física ou jurídica – legalmente autorizado a angariar e a promover contratos de seguros entre as seguradoras e as pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, acompanhando o cliente e a seguradora em todas as fases e período de vigência do contrato. (...) Atendimento e Responsabilidade Civil Profissional2 41 Algumas das principais formas de atribuição de responsabilidade civil ao corretor de seguros são: • o corretor esquece de entregar a proposta de seguro em tempo hábil na seguradora e poderá vir a ser responsabilizado em caso de sinistro; • o segurado deixa a cargo do corretor de seguros o pagamento das parcelas do prêmio de seu seguro e o corretor atrasa ou não efetua o pagamento do prêmio dentro do prazo, gerando o cancelamento do contrato ou a perda de direitos em caso de sinistro; e • o corretor assume perante o segurado a responsabilidade de manter o capital segurado atualizado, mas não o faz, e, em caso de sinistro, o segurado o aciona, uma vez que a seguradora não pagará a indenização correspondente à atualização de capital não realizada. (...) Atendimento e Responsabilidade Civil Profissional2 42 Algumas das principais formas de atribuição de responsabilidade civil ao corretor de seguros são: • o corretor esquece de entregar a proposta de seguro em tempo hábil na seguradora e poderá vir a ser responsabilizado em caso de sinistro; • o segurado deixa a cargo do corretor de seguros o pagamento das parcelas do prêmio de seu seguro e o corretor atrasa ou não efetua o pagamento do prêmio dentro do prazo, gerando o cancelamento do contrato ou a perda de direitos em caso de sinistro; e • o corretor assume perante o segurado a responsabilidade de manter o capital segurado atualizado, mas não o faz, e, em caso de sinistro, o segurado o aciona, uma vez que a seguradora não pagará a indenização correspondente à atualização de capital não realizada. (...) Atendimento e Responsabilidade Civil Profissional2 43 Para atender às situações acima e outras, o Seguro de RC Profissional de Corretores de seguros estabelece como riscos cobertos: • as ações e/ou omissões inerentes à atividade de corretor de seguros devidamente registrado na forma da lei, ficando a cobertura do seguro: – restrita à responsabilidade civil profissional do segurado, como consequência de qualquer ato de negligência, erro ou omissão decorrentes de seus serviços profissionais para com terceiros, de acordo com sua habilitação como corretor de seguros; – prevalecendo, também, em relação à responsabilidade civil do segurado, decorrente de atos de negligência, ações ou omissões de seus empregados e/ou atendentes devidamente registrados por relação oficial de emprego junto ao segurado corretor de seguros; • a existência, o uso e/ou a conservação dos locais ocupados pelo segurado corretor de seguros utilizado exclusivamente para a atividade de corretagem de seguros, devidamente especificado na apólice de seguro; (...) Atendimento e Responsabilidade Civil Profissional2 44 • perdas financeiras decorrentes de atos de negligência , ações ou omissões inerentes à prática profissional do segurado corretor de seguros, devidamente amparado pela cobertura da apólice; e • danos morais resultantes de evento coberto e qualificado como ato de negligência, ação ou omissão inerente à prática profissional de responsabilidade do segurado corretor de seguros. As principais exclusões do Seguro de RC Profissional de Corretores de Seguros são: • quebra de sigilo profissional; • injúria, difamação ou calúnia; • erros de avaliação; • extravio, furto ou roubo de documentos; e • insolvência do corretor de seguros. A contratação desse seguro é feita pelas seguradoras, após uma criteriosa análise do gabarito técnico e do tempo de atuação dos profissionais no mercado, além de seu retrospecto e avaliação do risco por especialistas da seguradora na categoria profissional citada. Atendimento e Responsabilidade Civil Profissional2 45 Você completou mais uma etapa do curso Procedimentos Operacionais para Corretoras de Seguros. Falta apenas um capítulo. Vamos lá? Procedimentos Administrativos A corretora de seguros deve ter procedimentos administrativos padronizados e, tanto quanto possível, transformados em manuais de procedimentos, de forma que todos os que nela trabalham sigam regras e procedimentos comuns. Nesta Unidade, iremos comentar alguns dos procedimentos administrativos que poderão ser adotados na corretora de seguros, visando facilitar e organizar a sua operação. Linguagem Formal e Informal – Formas Usuais de Comunicação A forma de comunicação adotada na corretora é de fundamental importância na relação com o cliente, com os fornecedores e com quaisquer outros indivíduos na relação comercial. Comunicar-se bem é compreender o que se está ouvindo e fazer-se entender de forma clara e inteligível. (...) 3 46 Na linguagem formal, o atendente deve utilizar expressões positivas, como as abaixo citadas: • “vou procurar alternativas” em vez de “não posso fazer nada”; • “vou me informar sobre o assunto” em vez de “sinto muito mas não sei”; • “retornaremos sua ligação” em vez de “ligue mais tarde ou ligue depois”; • “vou encaminhá-lo à pessoa responsável” em vez de “isso não é comigo”; A linguagem verbal utiliza palavras faladas ou escritas e as pessoas atribuem a elas significados muitas vezes diferentes da mensagem que o emissor pretende transmitir. A linguagem informal e não verbal é adotada através dos movimentos faciais, corporais, gestos, olhares, entonação de voz, aparência e postura. (...) 47 Procedimentos Administrativos3 Para uma comunicação eficaz, concentre-se no que está ouvindo, evitando distrações, preconceitos, preferências e não prejulgando a pessoa, e sim julgando o conteúdo da mensagem recebida. Assim, para um bom atendimento, organize-se e padronize suas correspondências, de forma clara e direta, evitando ser prolixo. 48 O que NÃO fazer com o seu cliente HORA DO HUMOR O quadro exibido na Rede Globo, com a participação de Regina Casé, Bianca Byington e Pedro Cardoso faz uma sátira de atendimentos que podem enlouquecer qualquer cliente. Procedimentos Administrativos3 Principais Orientações ao Cliente Cada ramo ou modalidade de seguro requer uma forma específica de tratamento e, portanto, é indispensável que o atendente da corretora conheça os procedimentos aplicáveis em cada situação. Ao receber uma chamada telefônica ou no atendimento in loco ao cliente, o atendente da corretora deve, de imediato, identificar o motivo da ligação para adotar o procedimento cabível. Caso o cliente esteja contatando a corretora com o objetivo de obter uma cotação de seguro, dependendo do ramo, deverão ser solicitadas informações do risco, dos aspectos de segurança queo cercam. Exemplo: no caso do Seguro de Automóvel, dos condutores do veículo; nos Seguros Saúde e de Pessoas, do segurado; no Seguro de Transportes, dados da carga e do meio de transporte, e assim sucessivamente. (...) 49 Procedimentos Administrativos3 A maioria dos ramos e modalidades de seguro dispõem de questionários específicos de análise do risco proposto, e as respostas aos citados questionários, assim como as propostas de seguro, devem conter a assinatura do segurado ou seu representante legal, para fazer prova em juízo, em caso de ação judicial. Os Seguros de Automóvel, os quais são os mais intermediados pela maioria das corretoras de seguro, exigem procedimentos específicos como a vistoria prévia dos veículos usados, ressalvadas, as exceções estabelecidas pelas seguradoras e a remessa da nota fiscal de compra do veículo no caso de seguros de veículos novos. A falta de pagamento de parcela vencida do prêmio do seguro também é um dos mais frequentes motivos de contato do cliente com as corretoras de seguro visando a manutenção da cobertura contratada. (...) 50 Procedimentos Administrativos3 Dependendo do ramo de seguro e da seguradora envolvida, geralmente, a recuperação das prestações vencidas e não pagas podem ser feitas com nova vistoria do bem e/ou carta do segurado, informando da não ocorrência de sinistro até a nova data de pagamento da prestação vencida. Algumas seguradoras cobram juros pelo atraso no pagamento e a cobertura fica suspensa enquanto o pagamento do prêmio não estiver regularizado. Em alguns ramos de seguro, as seguradoras oferecem mais de uma data para o pagamento do prêmio, sem interrupção da cobertura, contudo, com juros. Em caso de contato do cliente para avisar um sinistro ou para solicitar orientações de procedimentos, o atendente deve identificar o ramo ou modalidade de seguro envolvida e orientar ao segurado. 51 Procedimentos Administrativos3 Controles Internos e Guarda de Documentos Os controles internos da corretora de seguros são de vital importância para o seu sucesso. Como para o corretor de seguros a matéria-prima fundamental é a produção, que serve como referencial da entrada e saída de receita de comissões, é indispensável à continuidade de suas atividades profissionais o efetivo controle dessa produção. (...) 52 Procedimentos Administrativos3 Alguns dos instrumentos de controle da produção que a corretora de seguros deve manter são: • arquivo cronológico, para monitorar a produção, que pode gerar relatórios gerenciais como estatísticas de vendas por região, por ramo, por seguradora etc; • controle de renovação, em que se controlam os vencimentos, visando não perder os prazos e fidelizar os clientes; • registro de produção, que é feito sob a forma de planilha e que facilita a visualização dos dados como também a prestação de contas à SUSEP; • cadastro de segurados, que auxilia a gestão financeira, administrativa e comercial; • controle de vencimento de prêmios, que permite a estimativa das comissões, receber por data e facilita o contato com o cliente inadimplente; • cadastro de prepostos a ser adotado pela corretora de seguros, que mantém pessoas auxiliando na produção da Corretora; (...) 53 Procedimentos Administrativos3 • relatório de seguros angariados por preposto, no qual a corretora poderá avaliar o índice de seguros e cancelamentos por produtor; • relatório de produção por seguradora, que é um instrumento importante para o gerenciamento da distribuição de sua produção, pois em caso de atraso em pagamentos de comissões a corretora poderá avaliar o impacto financeiro; • relatório de comissões (a receber, a repassar, a devolver e a recuperar), que é o principal instrumento de controle das comissões da corretora; e • Acompanhamento de sinistralidade cuja finalidade é permitir à corretora gerenciar seus negócios e, até mesmo para a corretora que tem baixo índice de sinistralidade negociar condições comerciais melhores com as seguradoras. (...) 54 Procedimentos Administrativos3 Além dos instrumentos de controle citados, alguns outros são de caráter obrigatório para atender à legislação vigente. Os controles obrigatórios são: • Registro de produção; • Livro Diário, no qual se escritura a produção em ordem cronológica com os respectivos valores, de acordo com as normas contábeis vigentes; e • Livro de Apuração do Lucro Real, exigido para as corretoras que não operam com base no lucro Presumido. Quanto à guarda de documentos da corretora de seguros, não há legislação específica sobre prazos e forma de guarda; assim, aplicam-se às corretoras de seguros as mesmas regras que se aplicam a outras empresas. Para evitar problemas futuros, recomenda-se que os instrumentos do contrato de seguro (propostas, apólices, endossos, averbações etc) sejam guardados por 5 anos, bem como os documentos básicos de sinistros. Verifique cuidadosamente os procedimentos adotados na corretora em que você trabalha. 55 Procedimentos Administrativos3 Procedimentos em Caso de Sinistro Dependendo do ramo de seguro, os procedimentos e os documentos requeridos em caso de sinistro variam bem como também as seguradoras. Assim, a seguir fornecemos algumas orientações sobre os procedimentos e documentos requeridos em alguns tipos de sinistro pela maioria das seguradoras. DPVAT (Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres) Ao receber a comunicação de um sinistro de DPVAT, o corretor deverá verificar se trata-se de seguro administrado pelo Convênio DPVAT e, nesse caso, encaminhar o cliente à FENACOR, ao SINCOR, a uma seguradora conveniada, à FENSEG ou à Seguradora Líder. (...) 56 Procedimentos Administrativos3 Geralmente, os documentos requeridos são: • Certificado de Propriedade, constando o pagamento do bilhete; • Boletim de Ocorrência Policial ou BRAT (Boletim de Registro de Acidente de Trânsito), no qual constará o nome do segurado como vítima; • se a vítima foi atendida por hospital, anexar o prontuário do hospital; • atestado com receituário de medicamentos, emitido por um médico; e • notas fiscais da farmácia. 57 Procedimentos Administrativos3 Seguro Automóvel Em casos de pane ou necessidade de atendimento emergencial, prevista na cobertura de Assistência 24 horas, orientar o segurado para contatar o telefone 0800 da seguradora envolvida. Em caso de colisão ou abalroamento ou similares sem danos corporais: • verificar o estado físico do segurado; • orientação para fornecer o telefone da corretora ao terceiro (em caso de culpa do seu cliente); • orientação para colher os dados do terceiro; • comunicação à seguradora, pelo telefone 0800, e contatar a Assistência 24 horas (se necessário reboque); • elaboração do BRAT; e • contato posterior com a corretora para dar andamento ao processo. Em caso de colisão ou abalroamento ou similares com danos corporais, além dos procedimentos acima: • obter dados do terceiro em caso de tentativa de/ou fuga do local; • solicitação de testemunhas (se possível); • necessidade de comparecimento ao HPS dos envolvidos; • necessidade de comparecimento à DP; e • contato posterior com a corretora. (...) 58 Procedimentos Administrativos3 Documentos exigidos para encaminhamento dos sinistros de colisão, abalroamento ou similares com perda parcial: • certificado(s) de Propriedade do(s) Veículo(s) (DUT); • carteira de habilitação dos condutores; • carteira de identidade do(s) condutor(es); • aviso de sinistro (formulário da companhia); • aviso de sinistro de terceiro (formulário da companhia); • boletim de Ocorrência ou BRAT; • demais documentações existentes em caso de Danos Pessoais (ou Danos Corporais); e • encaminhamento do veículo à oficina para vistoria pela seguradora. (...) 59 Procedimentos Administrativos3 Documentos exigidos para encaminhamento dos sinistros com indenização integral: • aviso de sinistro (algumas seguradoras aceitamo aviso por telefone); • Boletim de Ocorrência/Talão de Ocorrência/BRAT; • cópia da carteira nacional de habilitação do condutor; • certificado de propriedade (porte obrigatório) e seguro obrigatório quitado; • certificado de propriedade (porte válido para transferência) preenchido em nome da companhia e assinado sob firma reconhecida por autenticidade ou verdadeira; • IPVA quitado – exercícios atual e anterior; • em caso de perda ou extravio, solicitar 2a via do IPVA ao posto fiscal da Secretaria da Fazenda; • veículo alienado, apresentar liberação da financeira com firma reconhecida (este documento deve ser solicitado à financeira); • extrato de multas quitadas (nada consta obtido no DETRAN); • termo de responsabilidade e autorização de pagamento de multas de trânsito e IPVA, preenchido e assinado sob firma reconhecida (a ser fornecido pela seguradora); • DUT e Nota Fiscal de saída do veículo; • cópia do CPF, RG e comprovante de endereços (autenticados) do motorista; • chaves e manual do veículo (a principal e a reserva). (...) 60 Procedimentos Administrativos3 Seguros de Pessoas • aviso de sinistro da sociedade seguradora preenchido e assinado pelo médico; • CIC e RG do segurador e dos beneficiários; • cédula de identidade do segurado; • CPF do segurado; • ccomprovante de residência do segurado; • certidão PIS/PASEP/FGTS do INSS do segurado, em caso de Invalidez por Acidente ou Doença; • carta de concessão/memória de cálculo do INSS do segurado; • atestado de óbito do segurado em caso de morte; • Boletim de Ocorrência ou BRAT, em caso de sinistro decorrente de acidente; • documentos do hospital que prestar o atendimento; • exames, laudos médicos, receituários etc; e • radiografias extraídas, acompanhadas dos respectivos laudos, em caso de invalidez permanente ou parcial por acidente. 61 Procedimentos Administrativos3 Seguros de Transportes • aviso de sinistro; • cópia da apólice; • averbação do seguro (no caso de apólices de averbação); • certificado de vistoria emitido por comissário de avaria credenciado pela FENASEG e seguradora; • cópia da vistoria aduaneira; • conhecimento de embarque (via original ou cópia autenticada – frente e verso), no caso de transporte efetuado por terceiros; • notas fiscais, faturas e packing list – descrição detalhada da fatura – (via original ou cópia autenticada); • manifesto de carga (via original ou cópia autenticada), no caso de transporte efetuado por terceiros; • protesto (carta de reclamação e/ou ressalva efetuada no documento de transporte) dirigido ao(s) responsável(is) pelas avarias (transportador e/ou depositário) e respectiva resposta; • carta protocolizada, convocando o(s) responsável(is) pelas avarias (transportador e/ou depositário), para participar da vistoria conjunta das mercadorias ressalvadas; • certificado do transportador confirmando o extravio, se for o caso; • orçamento detalhado, no caso de haver recuperação dos bens sinistrados; (...) 62 Procedimentos Administrativos3 • comprovante das despesas de socorro e salvamento da carga avariada, se for o caso; • cópia do certificado de propriedade do veículo transportador e bilhete de Seguro Obrigatório (DPVAT), se o veículo for registrado no Brasil; caso contrário, os documentos equivalentes; • cópia dos documentos do motorista do veículo transportador terrestre: RG, CNH e CPF; • declaração de iImportação/exportação; • DTA (Declaração de Trânsito Aduaneiro); • certidão do inquérito policial da ocorrência, se cabível; • inquérito da Capitania dos Portos, quando se tratar de naufrágio, abalroamento ou colisão; • certidão do laudo pericial expedido pela perícia técnica, se o caso indicar; • declaração do segurado, informando a inexistência de avaria particular, no caso de avaria grossa; • certificado de faltas e avarias do porto ou documento equivalente; • certificado de faltas e avarias do aeroporto ou documento equivalente; • guia de recolhimento dos impostos; e • certificado de origem, qualidade, ou da Saúde Pública, se o caso indicar. 63 Procedimentos Administrativos3 64 Parabéns! Você completou a última etapa do curso Procedimentos Operacionais para Corretoras de Seguros. Não deixe de testar seus conhecimentos na próxima página! Procedimentos Administrativos3 65 Acesse os links abaixo para fazer seu teste de conhecimentos e acessar informações complementares: PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA CORRETORAS DE SEGUROS 3ª Edição – Rio de Janeiro/2011
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