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Anatomia macroscópica, microscópica, fisiologia, histologia, Bioquímica do sistema vascular

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SOI IV- ED VASCULAR 
PROF: FERNANDO BRANDÃO
Anatomia macroscópica e fisiologia do sistema vascular
1.Diferenciar a estrutura (macroscópica) das artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias;
Os vasos sanguíneos formam um sistema fechado de tubos que levam os sangue para fora do coração transportando para os tecidos do corpo, e em seguida o devolvem para o coração.
Os cinco tipos principais de vasos sanguíneos são as artérias, as arteríolas, os capilares, as vênulas e as veias. 
As paredes dos vasos sanguíneos são compostas por camadas de músculo liso, tecido conectivo elástico e tecido conectivo fibroso. O revestimento interno de todos os vasos sanguíneos é uma camada fina de endotélio, um tipo de epitélio. Por anos, imaginou-se que o endotélio era simplesmente uma barreira passiva. Na maioria dos vasos, as camadas de tecido conectivo e músculo liso circundam o endotélio. Juntos, o endotélio e seu tecido conectivo elástico adjacente formam a túnica íntima, frequentemente chamada apenas de íntima. A espessura do músculo liso e das camadas de tecido conectivo varia em diferentes vasos. O músculo liso dos vasos sanguíneos é conhecido como músculo liso vascular. A maioria dos vasos sanguíneos possui músculo liso, arranjado em camadas circulares ou espirais. A aorta e as grandes artérias são caracterizadas por terem paredes que são rígidas e elásticas. As artérias têm uma camada espessa de músculo liso e grande quantidade de tecido conectivo fibroso e elástico. Devido à rigidez do tecido fibroso, uma quantidade significativa de energia é necessária para estirar a parede de uma artéria, contudo, essa energia pode ser armazenada pelas fibras elásticas estiradas e liberada durante a retração elástica. As artérias e arteríolas são caracterizadas por um padrão divergente de fluxo sanguíneo. Quando as grandes artérias se dividem em artérias cada vez menores, a característica da parede muda, tornando-se menos elástica e mais muscular. A parede das arteríolas contém diversas camadas de músculo liso, as quais contraem e relaxam sob a influência de vários sinais químicos. As arteríolas, juntamente com os capilares e pequenos vasos pós-capilares, chamados de vênulas, formam a microcirculação. A regulação do fluxo sanguíneo na microcirculação é uma área ativa da pesquisa em fisiologia. Algumas arteríolas se ramificam em vasos conhecidos como metarteríolas. As arteríolas verdadeiras têm uma camada contínua de músculo liso. Os capilares são os menores vasos do sistema circulatório. Eles são o principal local de troca entre o sangue e o líquido intersticial. Uma pequena parte das trocas ocorre nas vênulas pós-capilares, nas extremidades distais dos capilares, mas isso não é significativo. Para facilitar as trocas de materiais, os capilares não possuem o reforço de músculo liso e tecido elástico ou fibroso. Em vez disso, suas paredes consistem em uma única camada achatada de endotélio e sustentada por uma matriz acelular, chamada de lâmina basal. O sangue flui dos capilares para pequenos vasos, chamados de vênulas. As menores vênulas são semelhantes aos capilares, tendo um fino epitélio de troca e pouco tecido conectivo. As vênulas distinguem-se dos capilares pelo seu padrão convergente de fluxo. O músculo liso começa a aparecer na parede das vênulas maiores. O sangue flui das vênulas para as veias, que aumentam de diâmetro à medida que se dirigem para o coração. Por fim, as veias maiores – as veias cavas – desembocam no átrio direito. As veias são mais numerosas do que as artérias e têm um diâmetro maior. Como resultado de seu grande volume, as veias contêm mais da metade do sangue do sistema circulatório, o que as torna o reservatório de volume do sistema circulatório.
2. Definir o que são anastomoses e sua relação com circulação colateral;
A maioria dos tecidos do corpo recebe sangue de mais de uma arteira. A união dos ramos de duas ou mais artérias que irrigam uma mesma região do corpo é chamada de anastomose. As anastomoses entre as artérias constituem vias alternativas para o sangue chegar a um tecido ou órgão. Se o fluxo sanguíneo for interrompido por um curto período de tempo quando movimentos normais comprimem um vaso, ou se o vaso for bloqueado por uma doença, lesão ou cirurgia, então a circulação para essa parte do corpo não é necessariamente interrompida. A via alternativa de fluxo sanguíneo para uma parte do corpo por meio de uma anastomose é conhecida como circulação colateral. As anatomoses também podem ocorrer entre veias e entre arteríolas e vênulas. As artérias que não se anastomosam são conhecidas como artérias terminais. A obstrução de uma artéria terminal interrompe a irrigação sanguínea a todo um segmento de órgão, provocando necrose (morte) desse segmento. Vias alternativas de sangue também podem ser fornecidas por vasos sem anastomose que irrigam uma mesma região do corpo. 
No coração normal, quase não existe grande comunicação calibrosa entre as artérias coronárias maiores. Entretanto, existem muitas anastomoses entre as artérias menores. Quando ocorre a oclusão súbita de uma das artérias coronárias maiores, as pequenas anastomoses começam a se dilatar dentro de poucos segundos. Porém, o fluxo sanguíneo por esses diminutos vasos colaterais é, em geral, menos da metade do necessário para manter viva grande parte do músculo cardíaco que nutrem; No entanto, o fluxo colateral começa a aumentar, duplicando no segundo ou terceiro dia e muitas vezes atinge o fluxo coronariano normal ou quase normal em cerca de 1 mês. Graças ao desenvolvimento desses canais colaterais, muitos pacientes se recuperam, de forma quase completa, dos vários graus de oclusão coronariana, quando a área afetada do músculo envolvido não é muito grande. 
3.Comparar as principais vias circulatórias: sistêmica e pulmonar;
(TORTORA)
A circulação sistêmica transporta oxigênio e nutrientes para os tecidos do corpo e remove o dióxido de carbono e outras escórias metabólicas e o calor dos tecidos. Todas as artérias sistêmicas se ramificam da aorta. O sangue desoxigenado retorna ao coração pelas veias sistêmicas. Todas as veias da circulação sistêmica drenam para a veia cava superior, veia cava inferior ou o seio coronário, que por sua vez drenam no átrio direito.
A circulação pulmonar leva sangue desoxigenado do ventrículo direito para os alvéolos nos pulmões e retorna o sangue oxigenado dos alvéolos para o átrio esquerdo. O tronco pulmonar emerge do ventrículo direito e passa superiormente, posteriormente e à esquerda. Em seguida, se divide em dois ramos: a artéria pulmonar direita para o pulmão direito e a artéria pulmonar esquerda para o pulmão esquerdo. Após o nascimento, as artérias pulmonares são as únicas artérias que transportam sangue venoso. Ao entrar nos pulmões, os ramos se dividem e subdividem até que por fim formam capilares em torno dos alvéolos no interior dos pulmões. O CO2 passa do sangue para os alvéolos e é expirado. O O2 inalado passa do ar dos pulmões para o sangue. Os capilares pulmonares se unem para formar vênulas e, por fim, veias pulmonares, que deixam os pulmões e transportam o sangue oxigenado para o átrio esquerdo. Duas veias pulmonares direitas e duas esquerdas entram no átrio esquerdo. Após o nascimento, as veias pulmonares são as únicas veias que transportam sangue oxigenado. As contrações do ventrículo esquerdo então ejetam o sangue oxigenado para a circulação sistêmica.
4.Identificar as principais divisões da Aorta, bem como os principais ramos artérias que emergem de cada divisão;
A aorta é a maior artéria do corpo, com um diâmetro de 2 a 3 cm. Suas quatro divisões principais são a parte ascendente da aorta, o arco da aorta, a parte torácica da aorta e a parte abdominal da aorta. A parte da aorta que emerge do ventrículo esquerdo posterior ao tronco pulmonar é a parte ascendente da aorta. O início da aorta contém a valva da aorta. A parte ascendente da aorta origina duas artérias coronárias que irrigam o
miocárdio do coração. Em seguida, a parte ascendente da aorta se curva para a esquerdaformando o arco da aorta, que desce e termina no nível do disco intervertebral entre as vértebras T IV e T V. Conforme a aorta continua descendo, aproxima-se dos corpos vertebrais e é chamada parte torácica da aorta. Quando a parte
torácica da aorta alcança a parte inferior do tórax, passe pelo hiato aórtico do diafragma para se tornar a parte abdominal da aorta. A parte abdominal da aorta desce ao nível da vértebra L IV, onde se divide em duas artérias ilíacas comuns, que levam o sangue para a pelve e para os membros inferiores. Cada divisão da aorta emite artérias que se ramificam em artérias distributivas que levam o sangue a vários órgãos. Nos órgãos, as artérias e arteríolas então se dividem em vasos capilares que irrigam os tecidos sistêmicos (todos os tecidos, exceto os alvéolos pulmonares).
5- Identificar as principais veias sistêmicas e ramos de drenagem;
Em sua grande maioria as artérias são profundas, enquanto as veias podem ser superficiais ou profundas. As veias superficiais estão localizadas logo abaixo da pele e são facilmente visualizadas. Como não existem grandes artérias superficiais, os nomes das veias superficiaisnão correspondem àqueles das artérias. As veias superficiais são clinicamente importantes como locais de coleta de sangue ou de aplicação de injeções. As veias profundas geralmente seguem ao lado das artérias e costumam ter o mesmo nome. As artérias geralmente seguem vias definidas, enquanto as veias são mais difíceis de acompanhar por que se conectam a redes irregulares, nas quais muitas tributárias se fundem para formar uma veia maior. Embora somente uma artéria sistêmica, a aorta, leve sangue oxigenado para longe do coração (ventrículo esquerdo), três veias sistêmicas, o seio coronário, a veia cava superior e a veia cava inferior, retornam o sangue desoxigenado para o coração (átrio direito). O seio coronário recebe sangue das veias cardíacas que drenam os capilares do coração, enquanto a veia cava superior recebe sangue de outras veias que drenam os capilares provenientes dos tecidos superiores ao diafragma (exceto os alvéolos dos pulmões) e a veia cava inferior recebe sangue das veias que drenam os capilares provenientes dos tecidos inferiores ao diafragma.
Identificar as três principais veias que drenam o sangue da cabeça.
A maior parte do sangue que drena da cabeça passa por três pares de veias: as veias jugular interna, jugular externa e vertebral. No interior da cavidade craniana, todas as veias drenam para os seios venosos da dura­máter e, em seguida, para as veias jugulares internas. Os seios venosos da dura­máter são canais venosos revestidos por endotélio entre as camadas da dura­máter craniana.
.
Identificar as principais veias que drenam os membros superiores.
Tanto as veias superficiais quanto profundas retornam o sangue dos membros superiores para o coração (Figura 21.25). As veias superficiais estão localizadas profundamente na pele e frequentemente são visíveis. Elas se anastomosam extensivamente entre si e com as veias profundas, e não acompanham artérias. As veias superficiais são maiores do que as veias profundas e devolvem a maior parte do sangue dos membros superiores. As veias profundas estão localizadas profundamente no corpo. Elas costumam acompanhar artérias e têm os mesmos nomes das artérias correspondentes. Tanto as veias superficiais quanto profundas têm válvulas, mas estas são mais numerosas nas veias profundas.
Identificar as principais veias que drenam o abdome e a pelve.
O sangue das vísceras abdominais e pélvicas e da metade inferior da parede do abdome retorna ao coração por meio da veia cava inferior. Muitas pequenas veias penetram na veia cava inferior. A maior parte retorna o fluxo dos ramos parietais da parte abdominal da aorta, e seus nomes correspondem aos nomes das artérias. A veia cava inferior não recebe veias diretamente do sistema digestório, do baço, do pâncreas e da vesícula biliar. O sangue desses órgãos flui por uma veia comum, a veia porta do fígado, que leva o sangue para o fígado. As veias mesentérica superior e esplênica se unem para formar a veia porta do fígado. Este fluxo especial de sangue venoso, chamado circulação porta hepática, é descrito sucintamente. Depois de passar pelo fígado para processamento, o sangue é drenado para as veias hepáticas, que drenam na veia cava inferior.
Identificar as principais veias superficiais e profundas que drenam os membros inferiores.
Como nos membros superiores, o sangue dos membros inferiores é drenado tanto por veias superficiais quanto profundas. As veias superficiais frequentemente se anastomosam entre si e com as veias profundas ao longo do seu comprimento. As veias profundas, em sua maior parte, têm os mesmos nomes das artérias correspondentes. Todas as veias dos membros inferiores têm válvulas, que são mais numerosas do que nas veias dos membros superiores.
6. Conhecer a circulação porta hepática.
A circulação porta hepática transporta o sangue venoso dos órgãos gastrintestinais e baço para o fígado. Uma veia que transporta o sangue de uma rede capilar para outra é chamada veia porta. A veia porta do fígado recebe o sangue dos capilares dos órgãos do sistema digestório e do baço e este flui para os vasos sinusoides do fígado. Após uma refeição, o sangue da veia porta do fígado está rico em nutrientes absorvidos pelo sistema digestório. O fígado armazena alguns deles e modifica outros antes que eles passem para a circulação geral. Por exemplo, o fígado converte a glicose em glicogênio para armazenagem, reduzindo o nível de glicose no sangue imediatamente depois de uma refeição. O fígado também destoxifica substâncias nocivas, como o álcool etílico, que tenham sido absorvidas pelo sistema digestório e destrói as bactérias por fagocitose.
As veias mesentérica superior e esplênica se unem para formar a veia porta do fígado. A veia mesentérica superior drena o sangue do intestino delgado e partes do intestino grosso, estômago e pâncreas por meio das veias jejunais, ileais, ileocolicas, cólica direita, cólica média, pancreaticoduodenais e gastromental direita. A veia esplênica drena o sangue do estômago, pâncreas e partes do intestino grosso por meio das veias gástricas curtas, gastromental esquerda, pancreáticas e mesentérica inferior. A veia mesentérica inferior, que se abre na veia esplênica, drena partes do intestino grosso por meio das veias retal superior, sigmóidea e cólica esquerda. As veias gástricas direita e esquerda, que se abrem diretamente na veia porta do fígado, drenam o estômago. A veia cística, que também se abre na veia porta do fígado, drena a vesícula biliar.
Ao mesmo tempo que recebe sangue rico em nutrientes, mas desoxigenado, por meio da veia porta do fígado, o fígado também recebe sangue oxigenado pela artéria hepática, um ramo do tronco celíaco. O sangue oxigenado se mistura com o sangue venoso nos vasos sinusoides. O sangue acaba deixando os vasos sinusoides do fígado pelas veias hepáticas, que drenam para a veia cava inferior.
7. Correlacionar: fluxo, pressão e resistência. Estudar os determinantes da resistência vascular.
Tortora:
Fluxo sanguíneo: 
O fluxo sanguíneo é o volume de sangue que flui através de qualquer tecido em um determinado período de tempo (em mℓ/min). O fluxo sanguíneo total é o débito cardíaco (DC), o volume de sangue que circula através dos vasos sanguíneos sistêmicos (ou pulmonares) por minuto. O débito cardíaco depende da frequência cardíaca e do volume sistólico: (DC = FC × VS). O modo como o débito cardíaco é distribuído nas vias circulatórias que irrigam os vários tecidos do corpo depende de dois outros fatores: (1) da diferença de pressão que conduz o fluxo sanguíneo por um tecido e (2) da resistência ao fluxo sanguíneo em vasos sanguíneos específicos. O sangue flui de regiões de maior pressão para regiões de menor pressão; quanto maior a diferença de pressão, maior for o fluxo sanguíneo. Mas quanto maior a resistência, menor o fluxo sanguíneo.
Pressão arterialO sangue flui de regiões de maior pressão para regiões de menor pressão; quanto maior a diferença de pressão, maior for o fluxo sanguíneo. A contração dos ventrículos produz a pressão arterial (PA), a pressão hidrostática exercida pelo sangue nas paredes de um vaso sanguíneo. A PA é determinada pelo débito cardíaco, volume de sangue e resistência vascular (descrita sucintamente). A PA é mais alta na aorta e nas grandes artérias sistêmicas; em um adulto jovem em repouso, a PA sobe para cerca de 110 mmHg durante a sístole (contração ventricular) e cai para cerca de 70 mmHg durante a diástole (relaxamento ventricular). A pressão arterial sistólica (PAS) é a maior pressão alcançada nas artérias durante a sístole e a pressão arterial diastólica (PAD) é a pressão arterial mais baixa durante a diástole. Conforme o sangue sai da aorta e flui ao longo da circulação sistêmica, sua pressão cai progressivamente à medida que a distância do ventrículo esquerdo aumenta. A pressão arterial diminui para cerca de 35 mmHg conforme o sangue passa das artérias sistêmicas para as arteríolas sistêmicas e para os capilares, onde as flutuações de pressão desaparecem. Na extremidade venosa dos capilares, a pressão sanguínea caiu para cerca de 16 mmHg. A pressão sanguínea continua caindo conforme o sangue entra nas vênulas sistêmicas e então nas veias, porque esses vasos estão mais distantes do ventrículo esquerdo. Por fim, a pressão sanguínea alcança 0 mmHg quando o sangue flui para o ventrículo direito.
O valor da pressão arterial média (PAM), a pressão sanguínea média nas artérias, pode ser estimado do seguinte modo: PAM = PA diastólica + 1/3 (PA sistólica – PA diastólica). 
Assim, em uma pessoa cuja PA é 110/70 mmHg, a PAM é de cerca de 83 mmHg [70 + 1/3 (110 – 70)]. 
Já vimos que o débito cardíaco é igual à frequência cardíaca multiplicada pelo volume sistólico. Outro modo de calcular o débito cardíaco é dividir a pressão arterial média (PAM) pela resistência (R): DC = PAM/R. Reorganizando os termos desta equação, você pode ver que PAM = DC × R. Se o débito cardíaco aumenta em decorrência de aumento no volume sistólico ou frequência cardíaca, então a PAM aumenta desde que a resistência permaneça constante. Do mesmo modo, uma diminuição no débito cardíaco provoca redução da PAM, se a resistência não mudar. 
A pressão arterial também depende do volume total de sangue no sistema circulatório. O volume sanguíneo normal em um adulto é de cerca de 5 ℓ. Qualquer diminuição neste volume, como por hemorragia, diminui o volume de sangue que circula pelas artérias a cada minuto. Uma modesta diminuição pode ser compensada por mecanismos homeostáticos que ajudam a manter a pressão sanguínea, mas se a diminuição no volume de sangue for maior do que 10% do total, a pressão arterial diminui. Por outro lado, tudo o que aumenta o volume de sangue, como a retenção de água no organismo, tende a aumentar a pressão sanguínea.
Obs.: Silverthorn: PA sistólica – PA diastólica = Pressão de pulso. A pressão arterial média é mais próxima da pressão diastólica do que da pressão sistólica, uma vez que a diástole dura o dobro do tempo da sístole. O fluxo sanguíneo para dentro da aorta é igual ao débito cardíaco do ventrículo esquerdo. O fluxo sanguíneo para fora das artérias é influenciado principalmente pela resistência periférica, definida como a resistência ao fluxo oferecida pelas arteríolas. Então, a PAM é proporcional ao débito cardíaco (DC) vezes a resistência (R) das arteríolas. A PAM ilustra um balanço: o volume sanguíneo nas artérias é determinado pela entrada (débito cardíaco) e pela saída (alterada pelas mudanças de resistência periférica). Quando o volume arterial aumenta, a pressão aumenta. 
Resistência vascular
Como observado anteriormente, a resistência vascular é a oposição ao fluxo sanguíneo em decorrência do atrito entre o sangue e as paredes dos vasos sanguíneos. A resistência vascular depende (1) do tamanho do lúmen do vaso sanguíneo (2), da viscosidade do sangue e (3) do comprimento total dos vasos sanguíneos. 
Tamanho do lúmen. Quanto menor o lúmen de um vaso sanguíneo, maior é a sua resistência ao fluxo sanguíneo. A resistência é inversamente proporcional diâmetro (d) do lúmen do vaso sanguíneo elevado à quarta potência (R ∝ 1/d4). Quanto menor o diâmetro do vaso sanguíneo, maior a resistência que ele oferece ao fluxo sanguíneo. Por exemplo, se o diâmetro de um vaso sanguíneo diminui pela metade, a sua resistência ao fluxo sanguíneo aumenta 16 vezes. A vasoconstrição estreita o lúmen, e a vasodilatação o amplia. Normalmente, as flutuações instantâneas no fluxo sanguíneo em um dado tecido são decorrentes da vasoconstrição e vasodilatação das arteríolas do tecido. Conforme as arteríolas se dilatam, a resistência diminui, e a pressão arterial cai. Conforme as arteríolas se contraem, a resistência aumenta, e a pressão arterial sobe. 
Viscosidade do sangue. A viscosidade do sangue depende principalmente da proporção de eritrócitos em relação ao volume de plasma (líquido) e, em menor grau, da concentração de proteínas no plasma. Quanto maior a viscosidade do sangue, maior a resistência. Qualquer condição que aumente a viscosidade do sangue, como desidratação ou policitemia (contagem anormalmente elevada de eritrócitos), portanto, aumenta a pressão sanguínea. A depleção de proteínas plasmáticas e eritrócitos em decorrência da anemia ou hemorragia diminui a viscosidade e, assim, reduz a pressão sanguínea. 
Comprimento total dos vasos sanguíneos. A resistência ao fluxo sanguíneo em um vaso é diretamente proporcional ao comprimento deste vaso. Quanto mais longo o vaso, maior a resistência. As pessoas obesas frequentemente têm hipertensão arterial (pressão arterial elevada) porque os vasos sanguíneos adicionais em seu tecido adiposo aumentam o comprimento total de seus vasos sanguíneos. Estima­se que se desenvolvam 650 km de vasos sanguíneos adicionais por cada quilograma adicional de gordura. A resistência vascular sistêmica (RVS), também conhecida como resistência periférica total (RPT), refere­se a todas as resistências vasculares oferecidas pelos vasos sanguíneos sistêmicos. Os diâmetros das artérias e veias são grandes, de modo que sua resistência é muito pequena, porque a maior parte do sangue não entra em contato físico com as paredes do vaso sanguíneo. Os vasos menores – arteríolas, capilares e vênulas – contribuem com a maior parte da resistência. Uma função principal das arteríolas é controlar a RVS – e, por conseguinte, a pressão sanguínea e o fluxo sanguíneo para tecidos específicos – alterando seus diâmetros. As arteríolas precisam vasodilatar ou vasocontrair apenas um pouco para ter um grande efeito sobre a RVS. O principal centro de regulação da RVS é o centro vasomotor no tronco encefálico.
Anatomia microscópica e histologia do sistema vascular 
1.Diferenciar a estrutura básica de um vaso sanguíneo, identificando suas camadas (estruturalmente e funcionalmente) e os tecidos com os quais são formados;
Tortora e Junqueira: 
Estrutura básica de um vaso sanguíneo: 
A parede de um vaso sanguíneo é composta por três camadas, ou túnicas, de tecidos diferentes: um revestimento epitelial interno, uma túnica média formada por músculo liso e tecido conjuntivo elástico, e um revestimento externo de tecido conjuntivo. As três camadas estruturais de um vaso sanguíneo qualquer, da mais interna para a mais periférica, são a túnica íntima, a túnica média e a túnica externa. Modificações nessa estrutura básica respondem pelos cinco tipos de vasos sanguíneos e pelas diferenças estruturais e funcionais entre os vários tipos de vasos. 
Túnica íntima 
A túnica íntima forma o revestimento interno de um vaso sanguíneo e está em contato direto com o sangue que flui pelo lúmen, ou luz, do vaso. Embora a túnica tenha várias partes, seus componentes teciduais contribuem minimamente para a espessura da parede do vaso. A íntima apresenta uma camada de células endoteliais apoiada em uma camada de tecido conjuntivo frouxo, a camada subendotelial,a qual pode conter, ocasionalmente, células musculares lisas. Sua camada mais interna é chamada endotélio, que é contínuo com o endocárdio. O endotélio é uma lâmina fina de células planas que revestem a face interna de todo o sistema circulatório (coração e vasos sanguíneos). As células endoteliais eram consideradas uma barreira passiva entre o sangue e o restante da parede do vaso mas são, também, participantes ativas em inúmeras atividades relacionadas com vasos, incluindo influências físicas sobre o fluxo sanguíneo, secreção de mediadores químicos de ação local que influenciam o estado contrátil do músculo liso sobrejacente ao vaso e assistência com a permeabilidade capilar. Além disso, a sua face luminal lisa facilita o fluxo sanguíneo eficiente, reduzindo o atrito superficial. 
O segundo componente da túnica íntima é uma membrana basal profunda ao endotélio. Ela fornece uma base de apoio físico para a camada epitelial. Sua estrutura de fibras colágenas confere à membrana basal substancial resistência à tração, além de resiliência ao estiramento e distensão. A membrana basal do endotélio se ancora ao tecido conjuntivo subjacente, regulando também o movimento molecular. Parece ter uma participação importante na orientação dos movimentos celulares durante o reparo de tecidos das paredes dos vasos sanguíneos. A parte mais externa da túnica íntima, que forma a fronteira entre a túnica íntima e a túnica média, é a lâmina elástica interna. A lâmina elástica interna é uma lâmina fina de fibras elásticas (composta, principalmente, de elastina) com número variável de aberturas semelhantes a janelas (fenestrações) que lhe conferem o aspecto de um queijo suíço e facilitam a difusão de materiais através da túnica íntima para a túnica média mais espessa.
Túnica média 
A túnica média é uma camada de tecidos muscular e conjuntivo que apresenta a maior variação entre os diferentes tipos de vasos. Na maioria dos vasos, é uma camada relativamente espessa que compreende células de músculo liso e, principalmente, quantidades substanciais de fibras elásticas. A principal função das células musculares lisas, que se estendem circularmente em torno do lúmen como um anel circunda o dedo, é regular o diâmetro do lúmen. O aumento da estimulação simpática estimula tipicamente o músculo liso a se contrair, apertando a parede do vaso e estreitando (diminuindo do diâmetro) o lúmen (vasoconstrição). Em contrapartida, quando a estimulação simpática diminui, ou na presença de determinados compostos químicos (como o óxido nítrico, H+ e ácido láctico) ou em resposta à pressão arterial, as fibras musculares lisas relaxam, levando ao aumento do diâmetro do lúmen (vasodilatação). A taxa de fluxo sanguíneo nas diferentes partes do corpo é regulada pela magnitude da contração do músculo liso nas paredes de vasos específicos. Além disso, a magnitude da contração do músculo liso em tipos específicos de vasos é crucial na regulação da pressão arterial. 
Além de regular o fluxo e a pressão sanguínea, o músculo liso se contrai quando uma pequena artéria ou arteríola está danificada (vasospasmo) para ajudar a limitar a perda de sangue através do vaso lesionado. As células musculares lisas também ajudam a produzir as fibras elásticas na túnica média que possibilitam que os vasos se estirem e retraiam à pressão exercida pelo sangue.
A túnica média é a mais variável das túnicas. Ao estudar os diferentes tipos de vasos sanguíneos no restante deste capítulo, você perceberá que as diferenças estruturais nesta camada são responsáveis pelas muitas variações na função entre os diferentes tipos de vasos. A separação entre a túnica média e a túnica externa se dá por uma rede de fibras elásticas, a lâmina elástica externa, que faz parte da túnica média.
Junqueira: Interpostas entre as células musculares lisas existem quantidades variáveis de matriz extracelular composta de fibras e lamelas elásticas, fibras reticulares (colágeno do tipo III), proteoglicanos e glicoproteínas. As células musculares lisas são as responsáveis pela produção dessas moléculas da matriz extracelular.
Túnica externa 
O revestimento externo de um vaso sanguíneo, a túnica externa, é composto por fibras elásticas e colágenas. A túnica externa contém diversos nervos e, especialmente nos grandes vasos, minúsculos vasos sanguíneos que irrigam o tecido da parede do vaso. Esses pequenos vasos que fornecem sangue para os tecidos do vaso são chamados vasos dos vasos, ou vasa vasorum. Eles são facilmente vistos em grandes vasos, como a aorta. Além da importante função de fornecer nervos e vasa vasorum à parede do vaso, a túnica externa ajuda a ancorar os vasos aos tecidos circundantes. 
Junqueira: A adventícia consiste principalmente em colágeno do tipo 1 e fibras elásticas. A camada adventícia toma-se gradualmente contínua com o tecido conjuntivo do órgão pelo qual o vaso sanguíneo está passando. Vasa vasorum: são arteríolas, capilares e vênulas que se ramificam profusamente na adventícia e, em menor quantidade, na porção externa da média. Os vasa vasorum proveem a adventícia e a média de metabólitos, uma vez que, em vasos maiores, as camadas são muito espessas para serem nutridas somente por difusão a partir do sangue que circula no lúmen do vaso. Vasa vasorum são mais frequentes em veias que em artérias. Em artérias de diâmetro intermediário e grande, a íntima e a região mais interna da média são destituídas de vasa vasorum. Essas camadas recebem oxigênio e nutrição por difusão do sangue que circula no lúmen do vaso.
2. Diferenciar a estrutura (microscópica) de artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias;
GARTNER P. 519 e JUNQUEIRA P. 203
Para fins didáticos, os vasos sanguíneos arteriais são classificados de acordo com o seu diâmetro em: 1) grandes artérias elásticas, 2) artérias de diâmetro médio ou artérias musculares e 3) arteríolas.
Grandes artérias eláticas (condutoras)
As grandes artérias elásticas contribuem para estabilizar o fluxo sanguíneo. As artérias elásticas incluem a aorta e seus grandes ramos. Estes vasos têm cor amarelada decorrente do acúmulo de elastina na túnica média. A túnica íntima das artérias elásticas é constituída por um endotélio sustentado por uma estreita camada subjacente de tecido conjuntivo frouxo contendo poucos fibroblastos, células musculares lisas ocasionais e fibras colágenas. A lâmina elástica interna não costuma ser nítida na túnica íntima das artérias elásticas, pois ela é apenas a primeira das muitas lâminas elásticas presentes a seguir na túnica média.
As células endoteliais das artérias elásticas possuem de 10 a 15 μm de largura e 25 a 50 μm de comprimento; seus eixos maiores têm uma orientação paralela ao eixo longitudinal do vaso. Essas células estão ligadas umas às outras principalmente através de junções de oclusão. Suas membranas plasmáticas formam pequenas vesículas, que parecem estar relacionadas ao transporte de água, macromoléculas e eletrólitos. Ocasionais prolongamentos abaulados podem se estender da membrana plasmática através da lâmina elástica interna e formar junções comunicantes com células musculares lisas localizadas na túnica média. 
OBS do Gartner: As células endoteliais contêm corpúsculos de Weibel-Palade, grânulos revestidos por membrana com 0,1 μm de diâmetro e 3 μm de comprimento, que possuem uma matriz densa com elementos tubulares contendo a glicoproteína fator de von Willebrand. Este fator, que facilita a agregação e a adesão mútua das plaquetas durante a formação do coágulo, é produzido pela maioria das células endoteliais, mas é armazenado somente nas artérias.
A túnica média das artérias elásticas é constituída por muitas lâminas fenestradas de elastina, conhecidas como membranas fenestradas, que se alternam com camadas circulares de células musculares lisas. O número de lâminas elásticas aumenta com a idade; há aproximadamente 40 nos recém-nascidos e 70 nos adultos. Estas membranas fenestradas também aumentam de espessura por causa do depósito continuado de elastina, que constitui grande parte da túnicamédia; as células musculares lisas são menos abundantes nas artérias elásticas do que em algumas artérias musculares.
A matriz extracelular, secretada pelas células musculares lisas, é constituída principalmente por condroitino-sulfato colágeno do tipo III (fibras reticulares) e elastina. A lâmina limitante elástica externa também está presente na túnica média. A túnica adventícia das artérias elásticas é relativamente delgada e é composta por tecido conjuntivo frouxo fibroelástico contendo alguns fibroblastos. Os vasa vasorum são abundantes na adventícia. 
	A túnica média das grandes artérias contém várias lâminas elásticas que contribuem para a importante função de tornar o fluxo de sangue mais uniforme. Durante a contração ventricular (sístole), a lâmina elástica das grandes artérias está distendida e reduz a variação da pressão. Durante relaxamento ventricular (diástole), a pressão no ventrículo cai para níveis muito baixos, mas a propriedade elástica das grandes artérias ajuda a manter a pressão arterial. Como consequência, a pressão arterial e a velocidade do sangue diminuem e se tornam menos variáveis à medida que se distanciam do coração.
Artérias musculares (distribuidoras)
	Incluem a maioria dos vasos originários da aorta, exceto os grandes troncos que se originam do arco da aorta e da bifurcação terminal da aorta abdominal, que são identificados como artérias elásticas. A característica que identifica as artérias musculares é uma túnica média relativamente espessa composta principalmente por células musculares lisas. 
A túnica íntima das artérias musculares é mais delgada do que a das artérias elásticas, mas a camada subendotelial contém poucas células musculares lisas. Nas artérias musculares a íntima tem uma camada subendotelial um pouco mais espessa do que a das arteríolas. A lâmina elástica interna, o componente mais externo da íntima, é proeminente, e a túnica média pode conter até 40 camadas de células musculares lisas. Essas células são entremeadas por um número variado de lamelas elásticas (dependendo do tamanho do vaso), como também por fibras reticulares e proteoglicanos, todos sintetizados pela própria célula muscular lisa. 
A lâmina elástica externa, o último componente da túnica média, só é encontrada nas artérias musculares maiores. A adventícia consiste em tecido conjuntivo frouxo. Nesta túnica também são encontrados vasos capilares linfáticos, vasa vasorum e nervos da adventícia, podendo essas estruturas penetrar até a porção mais externa da média. As artérias musculares podem controlar o fluxo de sangue para os vários órgãos, contraindo o u relaxando as células musculares lisas de sua túnica média. Nos ramos mais delgados, as túnicas são mais delgadas.
Na figura: Note a túnica íntima (TI), e as lâminas limitantes elásticas interna (iEL) e externa (xEL), dentro da espessa túnica média (TM) e a túnica adventícia (TA).
Arteríolas
As arteríolas são os vasos terminais que regulam o fluxo sanguíneo para os leitos capilares. Geralmente têm um diâmetro menor do que 0,5 mm e lúmen relativamente estreito. O endotélio da túnica íntima é sustentado por uma delgada camada de tecido conjuntivo subendotelial, constituído por colágeno do tipo III e poucas fibras elásticas imersas na substância fundamental. Uma delgada e fenestrada lâmina limitante elástica interna está ausente em arteríolas pequenas e arteríolas terminais, mas está presente nas arteríolas maiores. Nas arteríolas de pequeno calibre, a túnica média é composta por somente uma camada de células musculares lisas, que envolve totalmente as células endoteliais. Nas arteríolas maiores, a túnica média consiste em duas a três camadas de células musculares lisas. As arteríolas não possuem uma lâmina elástica externa. A túnica adventícia das arteríolas é escassa e é representada por tecido conjuntivo fibroelástico com poucos fibroblastos.
Na figura: A arteríola (A) tem um contorno bem delimitado, com uma espessa túnica média (TM). Núcleos de células endoteliais (N) fazem saliência no lúmen (L). A vênula (Ve) apresenta um contorno irregular, com um lúmen também irregular contendo hemácias (RBC). A túnica média desta vênula é bem menos desenvolvida do que a da arteríola.
Estruturas Sensoriais Especializadas das Artérias
As estruturas sensoriais especializadas das artérias incluem o seio carotídeo, o corpo carotídeo e os corpos aórticos. Três tipos de estruturas sensoriais especializadas estão localizadas nas principais artérias do corpo: os seios carotídeos, os corpos carotídeos, e os corpos aórticos. Terminações nervosas destas estruturas monitoram a pressão e a composição sanguíneas, fornecendo ao encéfalo informações essenciais para o controle dos batimentos cardíacos, respiração e pressão sanguínea.
Seio Carotídeo
O seio carotídeo é um barorreceptor localizado na região da artéria carótida interna distal à bifurcação da artéria carótida comum. Ele percebe mudanças na pressão sanguínea. Esta estrutura é uma especialização da parede da artéria carótida interna situada logo acima da bifurcação da artéria carótida comum. Neste local, a túnica média é relativamente mais delgada, tornando possível a sua distensão durante o aumento da pressão sanguínea; esta distensão estimula as terminações nervosas. Os impulsos aferentes, recebidos pelo centro vasomotor do cérebro, disparam ajustes na vasoconstrição, o que resulta na manutenção de uma pressão sanguínea adequada. Pequenos barorreceptores adicionais estão localizados na aorta e em alguns dos grandes vasos.
Corpo Carotídeo
O corpo carotídeo funciona como um quimiorreceptor, monitorando as mudanças dos níveis de oxigênio e dióxido de carbono, assim como a concentração dos íons hidrogênio. Uma pequena estrutura oval, denominada corpo carotídeo, está localizada na bifurcação da artéria carótida comum. Nas eletromicrografias, distinguem-se claramente dois tipos de células parenquimatosas: as células glômicas (tipo I) e células da bainha (tipo II).
As células glômicas têm um núcleo grande e o conjunto normal de organelas. Elas se caracterizam pela presença de vesículas densas, com 60 a 200 nm de diâmetro, que contêm microtúbulos orientados longitudinalmente, vesículas de centro denso e poucas pequenas vesículas elétron-lucentes. Estes prolongamentos entram em contato com outras células glômicas e com células endoteliais dos capilares.
As células da bainha são mais complexas e têm longos prolongamentos que envolvem quase completamente os prolongamentos das células glômicas. O núcleo destas células é irregular e contém mais heterocromatina do que os das células glômicas; além disso, as células da bainha não contêm vesículas elétron-densas. Ao penetrarem os grupos de células glômicas, as terminações nervosas perdem suas células de Schwann e se tornam cobertas pelas células da bainha, de modo bastante semelhante a células gliais, que formam bainhas em fibras no sistema nervoso central.
Corpos Aórticos
Os corpos aórticos estão localizados no arco da aorta, entre a artéria subclávia direita e a artéria carótida comum direita, e entre a artéria carótida comum esquerda e a artéria subclávia esquerda. Sua estrutura e funções são semelhantes às dos corpos carotídeos.
Capilares
Os capilares se originam das extremidades terminais das arteríolas, que se ramificam e se anastomosam formando um leito (rede) capilar entre as arteríolas e as vênulas. A microscopia eletrônica revelou três tipos de capilares: (1) contínuos (não têm poros nem fenestras em sua parede), (2) fenestrados (possuem poros (fenestras) em suas paredes, os quais são cobertos por diafragmas) e (3) sinusoidais (possuem células endoteliais e lâmina basal descontínuas e contêm muitas fenestras grandes sem diafragma, aumentando as trocas entre o sangue e o tecido).
O diâmetro dos capilares oscila de 7 a 9 mm e sua extensão normalmente não ultrapassa 50 mm. Entretanto, apesar da pequena extensão individualmente, calcula-se que o comprimento total do conjunto dos capilares do corpo humano alcance o valor de 96.000 km. Quando cortados transversalmente,observa-se que a parede dos capilares é, em geral, formada por 1a 3 células. Essas células repousam em uma lâmina basal cujos componentes moleculares são produzidos pelas próprias células endoteliais. Em geral, as células endoteliais são poligonais e seu longo eixo orienta-se na direção do fluxo de sangue. O núcleo da célula endotelial em geral se projeta para o interior do lúmen do capilar. Seu citoplasma contém poucas organelas representadas principalmente por um complexo de Golgi pequeno, mitocôndrias e polirribossomos livres, bem como algumas cisternas de retículo endoplasmático granuloso. As células endoteliais prendem-se lateralmente umas às outras, por meio de zônulas de oclusão. 
Em vários locais ao longo dos capilares e de vênulas pós - capilares ou pericíticas, células de origem mesenquimal, dotadas de longos processos citoplasmáticos, envolvem porções de células endoteliais. Essas células são chamadas pericitos. Os pericitos são envoltos por uma lâmina basal própria, a qual por sua vez pode fundir-se com a lâmina basal das células endoteliais. Após a ocorrência de lesões no tecido, os pericitos se diferenciam para formar novos vasos sanguíneos e novas células do tecido conjuntivo, participando, desse modo, do processo de reparação dos tecidos. A existência de miosina, actina e tropomiosina nos pericitos sugere fortemente que essas células também tenham uma função contrátil. 
Veias pós-capilares
A transição dos capilares para vênulas ocorre gradualmente. As vênulas que se seguem imediatamente aos capilares (vênulas pós-capilares ou pericíticas) têm diâmetro de. 0,1 a 0,5 mm e extensão de 0,5 a 70 mm. A parede dessas vênulas é formada apenas por uma camada de células endoteliais em volta das quais se situam células pericíticas contráteis. 
As junções entre as células endoteliais são as mais frouxas de todo o sistema vascular. Essas vênulas pericíticas têm várias características funcionais e morfológicas em comum com os capilares; por exemplo, participam em processos inflamatórios e trocas de moléculas entre o sangue e os tecidos. A maioria das vênulas, entretanto, é do tipo muscular, contendo pelo menos algumas células musculares lisas na sua parede. As vênulas também podem influenciar o fluxo de sangue nas arteríolas por meio da produção e secreção de substâncias vasoativas difusíveis. 
Veias
Das vênulas, o sangue é coletado em veias de maior calibre, arbitrariamente classificadas como veias pequenas, médias e grandes. A maioria das veias é de pequeno ou médio calibre, com diâmetro entre 1 e 9 mm , e contêm pelo menos algumas células musculares em suas paredes. A íntima apresenta normalmente uma camada subendotelial fina composta por tecido conjuntivo que pode estar muitas vezes ausente. A túnica média consiste em pacotes de pequenas células musculares lisas entremeadas com fibras reticulares e uma rede delicada de fibras reticulares. Nas veias, a túnica adventícia é a mais espessa e bem desenvolvida das túnicas. Os grandes troncos venosos, perto do coração, são veias de grande calibre. As grandes veias têm uma túnica íntima bem desenvolvida, mas a média é muito fina, com poucas camadas de células musculares lisas e abundante tecido conjuntivo. Frequentemente, a adventícia contém feixes longitudinais de músculo liso e fibras colágenas. Essas veias, particularmente as maiores, contêm válvulas no seu interior. As válvulas são compostas de tecido conjuntivo rico em fibras elásticas e são revestidas em ambos os lados por endotélio. 
03) Comparar as principais vias respiratórias: sistêmica e pulmonar.
· Circulação sistêmica: a circulação do sangue para todo o corpo.
(TORTORA, pg 504) O ventrículo esquerdo ejeta sangue para a aorta, que se ramifica progressivamente em artérias sistêmicas menores, que levam o sangue a todos os órgãos do corpo — exceto os alvéolos dos pulmões, que são irrigados pela circulação pulmonar. Nos tecidos sistêmicos as artérias dão origem a arteríolas, de diâmetro menor, que finalmente levam aos extensos leitos dos capilares sistêmicos. A troca de nutrientes e gases ocorre através das finas paredes dos capilares: nos tecidos o sangue cede 02 (oxigênio) e capta C02 (dióxido de carbono). Na maioria dos casos o sangue flui por apenas um capilar e, em seguida, entra em uma vênula sistêmica. As vênulas levam sangue desoxigenado para longe dos tecidos e se fundem para formar veias sistêmicas maiores, e, finalmente, o sangue flui de volta para o átrio direito.
· CIRCULAÇÃO PULMONAR
(TORTORA, pg 504) O lado direito do coração é a bomba para a circulação; ele recebe todo o sangue desoxigenado vermelho-escuro que retoma da circulação sistêmica. O sangue ejetado do ventrículo direito flui para o tronco pulmonar, que se ramifica nas artérias pulmonares que levam o sangue para os pulmões direito e esquerdo. Nos capilares pulmonares o sangue cede C02, que é exalado, e capta 02. O sangue recém-oxigenado em seguida flui para as veias pulmonares e retorna para o átrio esquerdo.
4. Conhecer os mecanismos que causam o movimento de líquidos entre capilares e os espaços intersticiais – difusão, transcitose e fluxo de massa; 
TORTORA P. 1011
A missão de todo o sistema circulatório é manter o sangue fluindo pelos capilares para possibilitar a troca capilar, o movimento de substâncias entre o sangue e o líquido intersticial. Os 7% do sangue que estão nos capilares sistêmicos a qualquer momento estão continuamente trocando materiais com o líquido intersticial. As substâncias entram e saem dos capilares por três mecanismos básicos: difusão, transcitose e fluxo de massa.
Difusão
O método mais importante de troca capilar é a difusão simples. Muitas substâncias, como o oxigênio (O2), o dióxido de carbono (CO2), a glicose, os aminoácidos e os hormônios, entram e saem dos capilares por difusão simples. Como o O2 e os nutrientes normalmente estão presentes em concentrações mais elevadas no sangue, eles se difundem por gradiente de concentração para o líquido intersticial e, em seguida, para as células do corpo. O CO2 e outras escórias metabólicas liberadas pelas células do corpo são encontrados em maiores concentrações no líquido intersticial, de modo que se difundem para o sangue.
Substâncias no sangue ou no líquido intersticial podem atravessar as paredes de um capilar por difusão por meio das fendas intercelulares ou fenestrações ou por difusão por meio das células endoteliais. Substâncias hidrossolúveis, como a glicose e os aminoácidos, atravessam as paredes capilares por meio das fendas intercelulares ou fenestrações. Materiais lipossolúveis, como o O2, o CO2 e os hormônios esteroides, podem cruzar as paredes capilares diretamente pela bicamada lipídica da membrana plasmática das células endoteliais. A maioria das proteínas plasmáticas e eritrócitos não consegue atravessar as paredes capilares dos capilares contínuos e fenestrados, porque são muito grandes para caber nas fendas intercelulares e fenestrações.
Nos vasos sinusoides, no entanto, as fendas intercelulares são tão grandes que possibilitam que até mesmo proteínas e células do sangue atravessem suas paredes. Por exemplo, os hepatócitos sintetizam e liberam muitas proteínas plasmáticas, como o fibrinogênio (a principal proteína de coagulação) e a albumina. Estas então se difundem para a corrente sanguínea por meio dos vasos sinusoides. Na medula óssea, as células do sangue são formadas (hematopoese) e, em seguida, entram na corrente sanguínea por meio dos vasos sinusoides. Ao contrário dos vasos sinusoides, os capilares do encéfalo possibilitam que apenas algumas substâncias atravessem suas paredes. A maior parte das áreas do encéfalo contêm capilares contínuos; no entanto, estes capilares são muito “apertados”. As células endoteliais da maioria dos capilares do encéfalo são mantidas unidas por junções apertadas. O resultante bloqueio ao deslocamento de substâncias para dentro e para fora dos capilares encefálicos é conhecido como barreira hematencefálica. Nas áreas do encéfalo que não apresentam barreira hematencefálica, comopor exemplo o hipotálamo, a glândula pineal e a hipófise, há troca capilar mais livre.
Transcitose
Uma pequena quantidade de material atravessa as paredes capilares por transcitose. Neste processo, as substâncias do plasma sanguíneo são englobadas por minúsculas vesículas pinocíticas que primeiro entram nas células endoteliais por endocitose, atravessam na e saem do outro lado por exocitose. Este método de transporte é importante, principalmente para grandes moléculas insolúveis em lipídios que não conseguem atravessar as paredes capilares de outro modo. Por exemplo, o hormônio insulina (uma pequena proteína) entra na corrente sanguínea por transcitose e determinados anticorpos (proteínas) passam da circulação materna para a circulação fetal por transcitose.
Fluxo de massa | Filtração e reabsorção
O fluxo de massa é um processo passivo em que uma grande quantidade de íons, moléculas ou partículas em um líquido se move em conjunto, no mesmo sentido. As substâncias se movem muito mais rapidamente do que pode ser explicado somente pela difusão. O fluxo de massa ocorre a partir de uma área de alta pressão para uma zona de pressão mais baixa, e continua desde que exista uma diferença de pressão. A difusão é mais importante para a troca de solutos entre o sangue e o líquido intersticial, mas o fluxo de massa é mais importante para a regulação dos volumes relativos de sangue e líquido intersticial. O movimento impulsionado pela pressão de líquidos e solutos dos capilares sanguíneos para o líquido intersticial é chamado filtração. O movimento impulsionado pela pressão do líquido intersticial para os capilares sanguíneos é chamado reabsorção.
Duas pressões promovem a filtração: a pressão hidrostática do sangue (PHS), a pressão produzida pela ação de
bombeamento do coração, e a pressão osmótica do líquido intersticial. A principal pressão para a promoção da reabsorção de líquido é a pressão coloidosmótica do sangue. O saldo dessas pressões, chamado pressão de filtração efetiva (PFE), determina se os volumes de sangue e líquido intersticial permanecem estáveis ou se alteram. Em geral, o volume de líquidos e solutos normalmente reabsorvidos é quase tão grande quanto o volume filtrado. Este equilíbrio próximo é conhecido como lei de Starling dos capilares. 
Vamos ver como estas pressões hidrostática e osmótica se equilibram. Dentro de vasos, a pressão hidrostática é decorrente da pressão que a água no plasma sanguíneo exerce contra as paredes dos vasos sanguíneos. A pressão hidrostática do sangue (PHS) é de cerca de 35 milímetros de mercúrio (mmHg) na extremidade arterial do capilar, e de cerca de 16 mmHg na extremidade venosa do capilar. A PHS “empurra” o líquido para fora dos capilares para o líquido intersticial. A pressão contrária do líquido intersticial, chamada pressão hidrostática do líquido intersticial (PHLI), “empurra” o líquido dos espaços intersticiais de volta para os capilares. No entanto, a PHLI está perto de zero. (A PHLI é difícil de medir, e seus valores relatados variam de pequenos valores positivos a pequenos valores negativos.) Para a nossa discussão, assumimos que PHLI é igual a 0 mmHg ao longo dos capilares.
A diferença na pressão osmótica na parede de um capilar é quase inteiramente decorrente da presença de proteínas plasmáticas no sangue, que são demasiadamente grandes para passar através das fenestrações e lacunas entre as células endoteliais. A pressão coloidosmótica do sangue (PCS) é uma força causada pela suspensão coloidal destas grandes proteínas plasmáticas, medindo em média 26 mmHg na maioria dos capilares. O efeito da PCS é “puxar” o líquido dos espaços intersticiais para os capilares. Em oposição à PCS está a pressão osmótica do líquido intersticial (POLI), que “puxa” o líquido para fora dos capilares em direção ao líquido intersticial. Normalmente, a POLI é muito pequena – 0,1 a 5 mmHg – porque apenas pequenas quantidades de proteínas estão presentes no líquido intersticial. A pequena quantidade de proteína que vaza do plasma sanguíneo para o líquido intersticial não se acumula lá, porque passa para a linfa nos capilares linfáticos e, por fim, é devolvida ao sangue. Para a discussão, podemos considerar um valor de 1 mmHg para a POLI.
O fato de o líquido sair ou entrar no capilar depende do equilíbrio das pressões. Se as pressões que empurram o líquido para fora dos capilares excedem as pressões que puxam o líquido para os capilares, o líquido se move dos capilares para os espaços intersticiais (filtração). Se, no entanto, as pressões que empurram o líquido para fora dos espaços intersticiais para os capilares ultrapassam as pressões que puxam o líquido para fora dos capilares, então o líquido vai passar dos espaços intersticiais para os capilares (reabsorção). A pressão de filtração efetiva (PFE), que indica o sentido da circulação do líquido, é calculada como se segue:
Na extremidade arterial de um capilar,
PFE = (35 +1) mmHg – (26 + 0) mmHg
= 36 – 26 mmHg = 10 mmHg
Assim, na extremidade arterial de um capilar, existe uma pressão efetiva externa de 10 mmHg, e o líquido se move do capilar para os espaços intersticiais (filtração). Na extremidade venosa de um capilar,
PFE = (16 + 1) mmHg = – (26 + 0) mmHg
= 17 – 26 mmHg = –9 mmHg
Na extremidade venosa de um capilar, o valor negativo (– 9 mmHg) representa uma pressão efetiva para dentro, e o líquido se move dos espaços teciduais (reabsorção) para o capilar.
Em média, cerca de 85% do líquido filtrado para fora dos capilares é reabsorvido. O excesso de líquido filtrado e as poucas proteínas plasmáticas que escapam do sangue para o líquido intersticial entram nos capilares linfáticos. Como a linfa drena para a junção das veias jugular e subclávia no tórax superior, estes materiais retornam para o sangue. Todos os dias, cerca de 20 ℓ de líquido são filtrados para fora dos capilares em direção aos tecidos em todo o corpo. Deste total, 17 ℓ são reabsorvidos e 3 ℓ entram nos capilares linfáticos (excluindo a filtração durante a formação da urina).
Bioquímica do sistema vascular: integração com o metabolismo celular
1a) Conhecer as principais substâncias liberadas pelos vasos e que estão relacionadas com o controle do fluxo sanguíneo;
1b) Definir débito cardíaco, resistência vascular e retorno venoso;
O débito cardíaco (DC) é o volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo (ou ventrículo direito) na aorta (ou tronco pulmonar) a cada minuto. O débito cardíaco é igual ao volume sistólico (VS), o volume de sangue ejetado pelo ventrículo a cada contração, multiplicado pela frequência cardíaca (FC), a quantidade de batimentos cardíacos por minuto: DC (mℓ/min) = VS (mℓ/batimento) × FC (batimentos/min) 
Em um homem adulto típico em repouso, o volume sistólico é de 70 mℓ/batimento, em média, e a frequência cardíaca é de cerca de 75 bpm.
-Resistência vascular
É a oposição ao fluxo sanguíneo em decorrência do atrito entre o sangue e as paredes dos vasos sanguíneos. A resistência vascular depende (1) do tamanho do lúmen do vaso sanguíneo (2), da viscosidade do sangue e (3) do comprimento total dos vasos sanguíneos. 
1.Tamanho do lúmen. Quanto menor o lúmen de um vaso sanguíneo, maior é a sua resistência ao fluxo sanguíneo. A resistência é inversamente proporcional diâmetro (d) do lúmen do vaso sanguíneo elevado à quarta potência (R ∝ 1/d4 ). Quanto menor o diâmetro do vaso sanguíneo, maior a resistência que ele oferece ao fluxo sanguíneo. Por exemplo, se o diâmetro de um vaso sanguíneo diminui pela metade, a sua resistência ao fluxo sanguíneo aumenta 16 vezes. A vasoconstrição estreita o lúmen, e a vasodilatação o amplia. Normalmente, as flutuações instantâneas no fluxo sanguíneo em um dado tecido são decorrentes da vasoconstrição e vasodilatação das arteríolas do tecido. Conforme as arteríolas se dilatam, a resistência diminui, e a pressão arterial cai. Conforme as arteríolas se contraem, a resistência aumenta, e a pressão arterial sobe. 
2. Viscosidade do sangue. A viscosidade do sangue depende principalmente da proporçãode eritrócitos em relação ao volume de plasma (líquido) e, em menor grau, da concentração de proteínas no plasma. Quanto maior a viscosidade do sangue, maior a resistência. Qualquer condição que aumente a viscosidade do sangue, como desidratação ou policitemia (contagem anormalmente elevada de eritrócitos), portanto, aumenta a pressão sanguínea. A depleção de proteínas plasmáticas e eritrócitos em decorrência da anemia ou hemorragia diminui a viscosidade e, assim, reduz a pressão sanguínea. 
3.Comprimento total dos vasos sanguíneos. A resistência ao fluxo sanguíneo em um vaso é diretamente proporcional ao comprimento deste vaso. Quanto mais longo o vaso, maior a resistência. As pessoas obesas frequentemente têm hipertensão arterial (pressão arterial elevada) porque os vasos sanguíneos adicionais em seu tecido adiposo aumentam o comprimento total de seus vasos sanguíneos. Estima-se que se desenvolvam 650 km de vasos sanguíneos adicionais por cada quilograma adicional de gordura. 
A resistência vascular sistêmica (RVS), também conhecida como resistência periférica total (RPT), refere-se a todas as resistências vasculares oferecidas pelos vasos sanguíneos sistêmicos. Os diâmetros das artérias e veias são grandes, de modo que sua resistência é muito pequena, porque a maior parte do sangue não entra em contato físico com as paredes do vaso sanguíneo. Os vasos menores – arteríolas, capilares e vênulas – contribuem com a maior parte da resistência. Uma função principal das arteríolas é controlar a RVS – e, por conseguinte, a pressão sanguínea e o fluxo sanguíneo para tecidos específicos – alterando seus diâmetros. As arteríolas precisam vasodilatar ou vasocontrair apenas um pouco para ter um grande efeito sobre a RVS. O principal centro de regulação da RVS é o centro vasomotor no tronco encefálico.
-Retorno venoso
O retorno venoso, o volume de sangue que flui de volta ao coração pelas veias sistêmicas, é consequente à pressão produzida pelo ventrículo esquerdo por meio das contrações do coração. Embora pequena, a diferença de pressão entre as vênulas (em média de aproximadamente 16 mmHg) e o ventrículo direito (0 mmHg) normalmente é suficiente para provocar o retorno venoso para o coração. Se a pressão no átrio ou ventrículo direito aumentar, o retorno venoso irá diminuir. Uma das causas do aumento da pressão no átrio direito é uma valva atrioventricular direita incompetente (com extravasamento), que possibilita a regurgitação (refluxo) de sangue quando os ventrículos se contraem. O resultado é a diminuição no retorno venoso e o acúmulo de sangue no lado venoso da circulação sistêmica. 
Ao ficar em pé, por exemplo, no final de uma palestra de anatomia e fisiologia, a pressão que empurra o sangue para cima nas veias de seus membros inferiores é apenas suficiente para vencer a força da gravidade que empurra o sangue de volta para baixo. Além do coração, dois outros mecanismos “bombeiam” o sangue da parte inferior do corpo de volta ao coração: (1) a bomba de músculo esquelético e (2) a bomba respiratória. Ambas as bombas dependem das válvulas existentes nas veias. 
A bomba de músculo esquelético funciona do seguinte modo:
1. Na posição ortostática, tanto as válvulas venosas mais próximas do coração (válvulas proximais) quanto aquelas mais distantes (válvulas distais) nesta parte do membro inferior estão abertas, e o sangue flui para cima em direção ao coração.
2. A contração dos músculos das pernas, como quando você fica na ponta dos pés ou dá um passo, comprime a veia. A compressão empurra o sangue através da válvula proximal, em uma ação chamada ordenha. Ao mesmo tempo, a válvula distal do segmento não comprimido se fecha conforme um pouco de sangue é empurrado contra ela. As pessoas que estão imobilizadas em decorrência de uma lesão ou doença não têm essas contrações de músculos da perna. Como resultado, seu retorno venoso é mais lento e elas podem desenvolver problemas de circulação.
3. Logo após o relaxamento muscular, a pressão cai na seção previamente comprimida da veia, o que faz com que a válvula proximal se feche. A válvula distal agora se abre porque a pressão arterial no pé está mais elevada do que na perna, e a veia se enche com o sangue que vem do pé. A válvula proximal então reabre.
A bomba respiratória também é baseada na compressão e descompressão alternadas das veias. Durante a inspiração, o diafragma se move para baixo, o que provoca uma diminuição da pressão na cavidade torácica e um aumento da pressão na cavidade abdominal. Como resultado, as veias abdominais são comprimidas, e um maior volume de sangue se move das veias abdominais comprimidas para as veias torácicas não comprimidas e então para dentro do átrio direito. Quando as pressões se invertem durante a expiração, as válvulas das veias evitam o refluxo do sangue das veias torácicas para as veias abdominais
2. Compreender os mecanismos de controle da pressão e fluxo sanguíneo: Reflexos barorreceptores, reflexos quimiorreceptores, regulação hormonal e regulação renal (de volume).
-Reflexos barorreceptores 
Os barorreceptores, receptores sensitivos sensíveis à pressão, estão localizados na aorta, nas artérias carótidas internas (artérias do pescoço que fornecem sangue ao encéfalo) e outras grandes artérias do pescoço e do tórax. Eles enviam impulsos para o centro cardiovascular para ajudar a regular a pressão sanguínea. Os dois reflexos barorreceptores mais importantes são o reflexo do seio carótico e o reflexo da aorta. 
Os barorreceptores da parede dos seios caróticos iniciam o reflexo do seio carótico, que ajuda a regular a pressão sanguínea no encéfalo. Os seios caróticos são pequenas ampliações das artérias carótidas internas direita e esquerda, um pouco acima do ponto em que elas se ramificam da artéria carótida comum. A pressão arterial distende a parede do seio carótico, o que estimula os barorreceptores. Os impulsos nervosos se propagam dos barorreceptores do seio carótico para os axônios sensitivos nos nervos glossofaríngeos (IX) para o centro cardiovascular no bulbo. Os barorreceptores da parede da parte ascendente da aorta e arco da aorta iniciam o reflexo da aorta, que regula a pressão arterial sistêmica. Os impulsos nervosos dos barorreceptores aórticos chegam ao centro cardiovascular via axônios sensitivos do nervo vago (X). 
Quando a pressão arterial cai, os barorreceptores são menos distendidos e enviam impulsos nervosos em uma frequência mais lenta ao centro cardiovascular. Em resposta, o centro CV diminui a estimulação parassimpática do coração por meio dos axônios motores dos nervos vago e aumenta a estimulação simpática do coração via nervos aceleradores cardíacos. Outra consequência do aumento na estimulação simpática é o aumento na secreção de epinefrina e norepinefrina pela medula da glândula suprarrenal. Conforme o coração bate mais rápido e com mais força, e a resistência vascular sistêmica aumenta, o débito cardíaco e a resistência vascular sistêmica aumentam, e a pressão arterial aumenta até o nível normal.
Inversamente, quando é detectado um aumento na pressão, os barorreceptores enviam impulsos em uma frequência mais rápida. O centro CV responde aumentando a estimulação parassimpática e diminuindo a estimulação simpática. As reduções resultantes da frequência cardíaca e força de contração diminuem o débito cardíaco. O centro cardiovascular também diminui a frequência com que envia impulsos simpáticos aos neurônios vasomotores que normalmente causam vasoconstrição. A vasodilatação resultante diminui a resistência vascular sistêmica. A diminuição do débito cardíaco e a redução da resistência vascular sistêmica reduzem a pressão arterial sistêmica ao nível normal. 
Passar do decúbito ventral para a posição ortostática diminui a pressão arterial e o fluxo sanguíneo na cabeça e parte superior do corpo. Os reflexos barorreceptores, no entanto, neutralizam rapidamente a queda de pressão. Às vezes, esses reflexos operam mais lentamente do que o normal, especialmente em idosos, caso em que uma pessoa podedesmaiar em razão da redução do fluxo sanguíneo cerebral após levantarse muito rapidamente.
-Reflexos quimiorreceptores 
Os quimiorreceptores, receptores sensitivos que monitoram a composição química do sangue, estão localizados perto dos barorreceptores do seio carótico e do arco da aorta em pequenas estruturas chamadas glomos caróticos e glomos para aórticos, respectivamente. Estes quimiorreceptores detectam mudanças nos níveis sanguíneos de O2 , CO2 e H + . Hipoxia (baixa disponibilidade de O2), acidose (aumento na concentração de H + ) ou hipercapnia (excesso de CO2) estimulam os quimiorreceptores a enviar impulsos ao centro cardiovascular. Em resposta, o centro CV aumenta a estimulação simpática de arteríolas e veias, provocando vasoconstrição e aumento da pressão sanguínea. Estes quimiorreceptores também fornecem informações ao centro respiratório no tronco encefálico para ajustar a frequência respiratória.
-Regulação hormonal 
1.Sistema renina-angiotensina-aldosterona (RAA). Quando o volume de sangue cai ou o fluxo sanguíneo para os rins diminui, as células justaglomerulares dos rins secretam renina na corrente sanguínea. Na sequência, a renina e a enzima conversora de angiotensina (ECA) atuam sobre seus substratos para produzir o hormônio ativo angiotensina II, que aumenta a pressão arterial de duas maneiras. Em primeiro lugar, a angiotensina II é um potente vasoconstritor; isso aumenta a pressão arterial ao aumentar a resistência vascular sistêmica. Em segundo lugar, estimula a secreção de aldosterona, a qual aumenta a reabsorção dos íons sódio (Na + ) e água pelos rins. A reabsorção de água aumenta o volume sanguíneo total, o que eleva a pressão arterial.
2.Epinefrina e norepinefrina. Em resposta à estimulação simpática, a medula da glândula suprarrenal libera epinefrina e norepinefrina. Esses hormônios aumentam o débito cardíaco ao elevarem a velocidade e força das contrações cardíacas. Também causam constrição das arteríolas e veias na pele e órgãos abdominais e dilatação das arteríolas no músculo cardíaco e esquelético, o que ajuda a aumentar o fluxo sanguíneo para o músculo durante o exercício.
3.Hormônio antidiurético (HAD). O hormônio antidiurético (HAD) é produzido pelo hipotálamo e liberado pela neurohipófise em resposta à desidratação ou à diminuição no volume sanguíneo. Entre outras ações, o HAD causa vasoconstrição, o que aumenta a pressão arterial. Por isso, o HAD é também chamado vasopressina. O HAD também promove o deslocamento de água do lúmen dos túbulos renais para a corrente sanguínea. Isso resulta em aumento no volume sanguíneo e diminuição na produção de urina. 
4.Peptídio natriurético atrial (PNA). Liberado pelas células do átrio do coração, o PNA reduz a pressão arterial ao causar vasodilatação e promover a perda de sal e água na urina, o que reduz o volume sanguíneo.
3.Definir pulso e pressões sistólicas, diastólicas e diferencial;
Fonte: Tortora
Pressão Sistólica: som corresponde à pressão arterial sistólica (PAS), a força da pressão arterial nas paredes arteriais logo após a contração ventricular 
Pressão diastólica: chamado pressão arterial diastólica (PAD), representa a força exercida pelo sangue restante nas artérias durante o relaxamento ventricular. 
pulso: A expansão e a retração alternadas das artérias elásticas após cada sístole do ventrículo esquerdo cria uma onda de pressão móvel que é chamada pulso. O pulso é mais intenso nas artérias mais próximas do coração, torna­se mais fraco nas arteríolas e desaparece por completo nos capilares. O pulso pode ser palpado em qualquer artéria que se situe perto da superfície do corpo que possa ser comprimida contra um osso ou outra estrutura firme. A Tabela 21.3 descreve alguns pontos de verificação do pulso arterial comum. 
Pressão diferencial: a diferença entre a pressão sistólica e diastólica.
4.Diferenciar os tipos de choque e seus mecanismos de compensação.
Fonte: Tortora cap. 21
O choque pode ser de quatro tipos diferentes: 
(1) choque hipovolêmico, decorrente da diminuição do volume sanguíneo, 
(2) choque cardiogênico, resultante de disfunção cardíaca,
 (3) choque vascular, decorrente de vasodilatação inadequada, e
 (4) choque obstrutivo, ocasionado por obstrução do fluxo sanguíneo.
Uma causa comum de choque hipovolêmico é a hemorragia aguda (súbita). A perda de sangue pode ser externa, como ocorre no traumatismo, ou interna, como na ruptura de um aneurisma da aorta. A perda de líquidos corporais por transpiração excessiva, diarreia ou vômitos também pode causar choque hipovolêmico. Outras condições – como por exemplo o diabetes melito – podem causar perda excessiva de líquido pela urina. Às vezes, o choque hipovolêmico é decorrente da ingestão inadequada de líquido. Seja qual for a causa, quando o volume de líquidos do corpo cai, o retorno venoso para o coração diminui, o enchimento do coração cai, o volume sistólico diminui e há uma redução no débito cardíaco. Repor o volume de líquido tão rapidamente quanto possível é essencial para o tratamento do choque hipovolêmico.
No choque cardiogênico, o coração deixa de bombear adequadamente, na maioria das vezes por causa de infarto agudo do miocárdio. Outras causas de choque cardiogênico incluem a má perfusão do coração (isquemia), problemas nas valvas cardíacas, pré­carga ou pós­carga excessiva, comprometimento da contratilidade das fibras musculares cardíacas e arritmias.
Mesmo com volume de sangue e débito cardíaco normais, o choque pode ocorrer se a pressão arterial cair em virtude de diminuição na resistência vascular sistêmica. Inúmeras condições podem causar dilatação inadequada das arteríolas ou vênulas. No choque anafilático, uma reação alérgica grave – como por exemplo a uma picada de abelha – libera histamina e outros mediadores que causam vasodilatação. No choque neurogênico, a vasodilatação pode ocorrer após um traumatismo cranioencefálico (TCE) que comprometa o funcionamento do centro cardiovascular no bulbo. O choque decorrente de determinadas toxinas bacterianas que produzem vasodilatação é denominado choque séptico. Nos EUA, o choque séptico causa mais de 100.000 mortes por ano, sendo a causa mais comum de morte em UTI.
O choque obstrutivo ocorre quando o fluxo sanguíneo em uma porção da circulação é bloqueado. A causa mais comum é a embolia pulmonar, um coágulo de sangue em um vaso sanguíneo dos pulmões.
Respostas homeostáticas ao choque
Os principais mecanismos de compensação no choque são os sistemas de feedback negativo que trabalham para devolver o débito cardíaco e a pressão arterial ao normal. Quando o choque é leve, a compensação por mecanismos homeostáticos evita danos graves. Em uma pessoa saudável, os mecanismos compensatórios podem manter o fluxo sanguíneo e a pressão arterial adequados mesmo com uma perda aguda de sangue de até 10% do volume total. A Figura 21.16 mostra vários sistemas de feedback negativo que respondem ao choque hipovolêmico.
1. Ativação do sistema renina­angiotensina­aldosterona. A redução do fluxo sanguíneo para os rins faz com que estes secretem renina e inicia o sistema renina­angiotensina­aldosterona (ver Figura 18.16). Lembre­se de que a angiotensina II causa vasoconstrição e estimula o córtex da glândula suprarrenal a secretar aldosterona, hormônio que aumenta a reabsorção de Na+ e água pelos rins. O aumento na resistência vascular sistêmica e no volume de sangue ajuda a elevar a pressão arterial.
2. Secreção do hormônio antidiurético. Em resposta à diminuição na pressão arterial, a neuro­hipófise libera mais hormônio antidiurético (HAD). O HAD aumenta a reabsorção de água pelos rins, que conserva o volume sanguíneo restante. Também provoca vasoconstrição, o que aumenta a resistência vascular sistêmica. (Ver Figura 18.9.)
3. Ativação da parte simpática da divisão autônoma do sistema nervoso. Conforme a pressão arterial diminui, os barorreceptores aórticos e caróticos iniciam potentes respostas simpáticas por todo o corpo. Um dos resultados é a vasoconstrição acentuada das arteríolas e veias da pele, rinse outras vísceras abdominais. (A vasoconstrição não ocorre no encéfalo nem no coração.) A vasoconstrição das arteríolas aumenta a resistência vascular sistêmica, e a
 vasoconstrição das veias aumenta o retorno venoso. Ambos os efeitos ajudam a manter a pressão arterial adequada. A estimulação simpática também aumenta a frequência e contratilidade cardíaca e eleva a secreção de epinefrina e norepinefrina pela medula da glândula suprarrenal. Esses hormônios intensificam a vasoconstrição e incrementam a frequência e contratilidade cardíacas, que ajudam a aumentar a pressão arterial.
++ 4. Liberação de vasodilatadores locais. Em resposta à hipoxia, as células liberam vasodilatadores – incluindo K , H ,
ácido láctico, adenosina e óxido nítrico – que dilatam as arteríolas e relaxam os esfíncteres pré­capilares. Essa vasodilatação aumenta o fluxo sanguíneo local e pode restaurar o nível de O2 ao normal na parte do corpo. Contudo, a vasodilatação também tem o efeito potencialmente nocivo de diminuir a resistência vascular sistêmica e, portanto, reduzir a pressão arterial.
Se o volume de sangue cai mais do que 10 a 20%, ou se o coração não for capaz de elevar suficientemente a pressão arterial, os mecanismos compensatórios podem falhar em manter o fluxo sanguíneo adequado para os tecidos. Neste ponto, o choque torna­se potencialmente fatal, conforme as células danificadas começam a morrer.

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