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2- Avaliação de Coluna e Atm

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Avaliação De coluna e ATM
(Caso 2- Módulo 3)
1. Identificar e descrever as etapas de uma avaliação de coluna (inspeção e palpação).
· Cervical:
a) Inspeção: Postura Global da Coluna Vertebral � O paciente deve ser examinado na postura relaxada habitual; A postura do paciente pode ser observada nas vistas anterior, posterior e lateral: postura da cabeça e pescoço, nível dos ombros, espasmo muscular ou qualquer assimetria, expressão facial, contornos ósseos, evidência de isquemia nos MMSS; � Exame de Exploração das Articulações Periféricas: artic. Temporomandibulares, cintura escapular, cotovelos, punho e mão. 
b) Palpação:
-Face Posterior: Protuberância Occipital Externa; Processos espinhosos e processos articulares das vértebras cervicais;Processo mastóideo
-Face Lateral: � Processos transversos das vértebras cervicais;Artic. temporomandibulares, mandíbula.
- Face Anterior: 3 primeiras costelas;Fossa supraclavicular.
c) Mobilidade: Se forem identificadas limitações na amplitude de movimento articular, deverá ser realizado um teste goniométrico específico para se obter um quadro das restrições, estabilização e registro das limitações. Flexão: 0-65°, extensão: 0-50°, flexão lateral: 0-40°,rotação: 0-55°
· Movimentos Ativos: Quantidade de movimento articular realizada por um indivíduo sem qualquer auxílio. Objetivo: o examinador tem a informação exata sobre a capacidade, coordenação e força muscular da amplitude de movimento do indivíduo. � 
· Movimentos Passivos: Quantidade de movimento realizada pelo examinador sem o auxílio do indivíduo. A ADM passiva fornece ao fisioterapeuta a informação exata sobre a integridade das superfícies articulares e a extensibilidade da cápsula articular, ligamentos e músculos.
· Toracica
a) Inspeção:
- Posterior: Paciente em pé, de costas para o examinador, com o tórax despido e descalço, analisa-se a postura global do paciente, sua massa muscular, buscando qualquer assimetria, contratura ou aumento de volume. Para observar se os ombros estão no mesmo nível, é necessário deixar o paciente relaxado, sem contrair a musculatura do ombro, de um dos lados, que é muito comum e costuma ter erros de interpretação.Se um dos ombros estiver realmente mais alto é possível que haja um escoliose torácica alta,convexa para este lado. A assimetria das escapular também pode indicar também a doença de spreguel ou escapula alta congênita. A linha media também precisa ser identificada, sempre retilínea, não pode apresentar desvios grosseiros da protuberância occiptal à saliência da apófise da 7° vértebra cervical e daí até o sulco intergluteo, qualquer desvio nessa linha pode indicar deformidade.A inspeção da pele busca: manchas cutâneas de coloração café com leite, nódulos , tufos pilosos e retrações na pele.
- Lateral: braços em extensão, paralelo ao solo, a lordose cervical e lombar devem estar compensadas pela cifose torácica e apresentar harmonia. Cifose do adolescente, sinil e por osteoporose são bem evidenciadas e são cifoses de raio longo, sem angulações agudas, a presença de angulação aguda ou cifose de raio curto pode ser sinal de tuberculose ou neurofibromatose.
- Anterior: Procuramos observar a presença dos dois músculos peitorais,a possível projeção de um dos seios pela rotação das costelas quando há escoliose e deformações na parede
b) Palpação: melhor analisada com o paciente sentado, por trás da mesa de exames a distancia do examinador é ideal e há mais estabilidade do paciente com apoio da pelve. Na existência de dores, o paciente não reagirá,afastando-se a pressão da mão.
c) Mensuração:a primeira medida a ser tomada é a verificação de alinhamento da coluna por meio de um fio de prumo, apoiado na 7° vértebra cervical, o fio deve acompanhar a linha media até o sulco intergluteo, o desvio de um eixo será notado se a coluna estiver descompensada, isto é, muito desviada,flexão: até 45°,extensão: até 45°e inclinação: 45° para cada lado. 
· Lombar:
a) inspeção: O paciente deve estar na posição ereta e despido, examinando-se a face anterior, posterior e lateral da superfície corporal, a pele é inspecionada em busca de cicatrizes,escoriações,equimoses ou hematomas, lesões na pele com coloração café com leite, tufos pilosos, edema e depressão anormal. Lesões ou manchas na linha media podem indicar presença de lesões neurais ocultas ou anomalias no mesoderma. No plano sagital, inspeciona-se a postura e a relação das curvas sagitais da coluna vertebral.
b) Palpação:Durante a palpação do quadril e músculos associados, o fisioterapeuta deve observar qualquer dor à palpação, temperatura, espasmo muscular ou outros sinais e sintomas. 
-Face Anterior: � Crista Íliaca ( localizadas entre entre L4 e L5) , EIAS 
-Face Posterior:Crista Ilíaca, EIPS ( localizada em S2) , processos espinhosos da coluna lombar( procura de pontos dolorosos ou depressões), Sacro, Crista Íliaca, Túber Isquiático, Nervo Ciático.
-A musculatura também é palpada para identificação de contratura muscular ou presença de nódulos ou tumorações, o nervo ciático deve ser palpado em todo seu trajeto 	e permite localizar compressões nervosas localizadas fora do canal e forame vertebral.
c) Amplitude articular: Se forem identificadas limitações na amplitude de movimento articular, deverá ser realizado um teste goniométrico específico para se obter um quadro das restrições, estabilização e registro das limitações flexão: 0-95°; Extensão: 0-35°; flexão lateral: 0-40°, rotação: 0-35°
2. Identificar e descrever as etapas de uma avaliação da ATM (inspeção e palpação).
· Durante a avaliação da ATM, inspeciona-se o padrão de movimentação da articulação ao realizar o movimento de abertura, verificando se ela é simétrica ou se ocorre desvio ou deflexão durante o movimento. Solicitar a movimentação ativa da articulação para detectar se há algum bloqueio articular.Durante a realização dos movimentos ativos pelo paciente, o fisioterapeuta deve avaliar a capacidade funcional do indivíduo em executá-los, observando seu início e sequência. Verificar se há a presença de dor, em que intensidade e edemas teciduais. Os sinais e alterações manifestados devem ser registrados.
· Deve-se realizar a palpação da articulação simultaneamente nos dois lados da face. O examinador deve introduzir dois dedos no meato auditivo externo e pressionar suavemente para frente, em estado de repouso e em movimento de abertura e fechamento da boca.Para avaliar a amplitude de movimento deve-se solicitar ao paciente que realize os movimentos de abertura, protusão e lateralidade esquerda e direita. A amplitude alcançada deve ser mensurada com o auxílio de uma fita métrica, paquímetro ou régua, medindo-se dos dentes superiores aos inferiores.Deve-se observar se há a presença de ruídos articulares (estalidos e/ou crepitações) durante a movimentação ativa da articulação e em que estágio do movimento eles acontecem (início/meio/final).
3. Descrever os testes para avaliação de ATM.
· Sinal de Chvostek:O paciente pode ficar sentado ou em pé. O examinador palpa o músculo masseter e a glândula parótida. Espasmo dos músculos faciais pode também ser resultado de um nível baixo de cálcio no sangue. Um achado positivo desta natureza também pode ser descrito com sinais de Weiss.
· Teste da carga: Paciente fica sentado ereto. O examinador coloca um rolo de algodão entre os dentes molares do lado não afetado e orienta o paciente a morder com força. A dor relatada pelo paciente no lado afetado é um achado positivo, que pode ser consequência de um deslocamento anterior do disco. O paciente pode ser instruído a mastigar o algodãao, em que de mordê-lo com força. Um achado positivo de dor pode surgir uma variedade de patologias temporomandibulares.
· Teste da Palpação: O paciente fica sentado, ereto. O examinador fica de frente para o paciente e coloca o dedo mínimo sobre as orelhas do paciente. O paciente é orientado a abrir e fechar a boca repetidamente enquanto o examinador aplica pressão em direção anterior com as polpas dos dedos. O relato subjetivo de dor ou desconfortodurante a abertura ou fechamento da boca, quando se aplica pressão, indica um teste positivo. Este pode ser resultado de inflamação da sinóvia da articulação temporomandibular (ATM). O relato de dor pode ser resultado de qualquer patologia da ATM.
4.      Descrever os testes para avaliação da coluna
· CERVICAL:
Compressão Cervical: Paciente sentado com a cabeça em posição neutra, terapeuta exerce uma compressão na cabeça com as duas mãos. Se o paciente relatar dor é sugestivo de compressão e/ou irritação nervosa ou alterações nos discos intervertebrais.
Compressão Cervical de Jackson: Paciente sentado com a cabeça em posição neutra, terapeuta realiza uma compressão com inclinação para o lado acometido. Se o paciente relatar aumento da dor é sugestivo de compressão discal. Quando inclinar para o outro lado e o paciente relatar alívio da dor é positivo para compressão discal e se ele relatar queimação e/ou parestesia é sugestivo de irritação da raiz nervosa.
Spurling: Paciente sentado, terapeuta realiza uma pressão gradual com uma mão e inclina a cabeça lateralmente. Se o paciente sentir dor o teste é considerado positivo e indica comprometimento da articulação facetária. Se o paciente não relatar dor com este procedimento, o terapeuta deve apoiar sua mão sobre a cabeça do paciente e aplicar um pequeno golpe com a outra mão. Caso o paciente referir dor o teste é positivo e pode indicar dor radicular por invasão (Degeneração discal ou Hérnia).
Adson: Paciente em pé. Terapeuta palpa a pulsão radial, pede uma hiperextensão de ombro com uma rotação externa e pede para o paciente olhar para o ombro do mesmo lado. Se a pulsação diminuir neste movimento e ao olhar para o lado oposto a pulsação voltar é sugestivo de compressão da artéria subclávia.
Underburg: Paciente em pé, orientá-lo para estender os braços, com abdução de 20º e supinar as mãos. Fechar os olhos, realizar uma extensão da cabeça e marchar em seguida. Depois pedir para o paciente olhar para um dos lados se ele relatar tontura, vertigem, turvação visual ou náusea é sugestivo de compressão da artéria basilar ou artéria vertebral.
· LOMBAR:
Teste de Lasègue: Paciente em posição supina. Realizar a flexão do quadril com o joelho fletido, se o paciente relatar alívio da dor o teste é positivo e ao realizar a extensão do joelho ele relatar dor em queimação é a confirmação do teste. O objetivo do teste é verificar radiculopatia do isquiático ou uma provável hérnia discal.
Teste de Elevação com a Perna Retificada: Este teste é realizado para estirar proximalmente o nervo isquiático e sua cobertura dural. Deve ser realizado com paciente em supino com os membros inferiores estendidos. Terapeuta segura o calcanhar e realiza a flexão do quadril com o joelho estendido do membro pesquisado, se o paciente sentir agravamento da dor na região lombar entre 35º a 70º de flexão, pode-se suspeitar de irritação da raiz nervosa do isquiático por patologia do disco interverbral. &ldquoCaso o paciente referir dor na perna oposta, isso será chamado de resposta cruzada positiva, sendo significativa para um disco herniado&rdquo. Atenção: Você pode determinar se a dor é causada por isquiotibiais encurtados ou se é de origem neurogênica, elevando a perna até o ponto da dor então baixando-a levemente, isso deverá reduzir a dor na perna. Depois faça a dorsiflexão passsiva do pé, para aumentar o alongamento do isquiático. Se essa manobra causar dor, então será de origem neurogênica.
Teste de Pheasant: Paciente em decúbito ventral, terapeuta exerce uma pressão com uma das mãos na região lombar e realiza passivamente a flexão dos joelhos até que os calcanhares toquem as nádegas. Se o paciente sentir dor neste movimento, o teste é sugestivo para uma vértebra luxada ou fora do espaço.
Teste de Milgran: Paciente em decúbito dorsal com os membros inferiores estendidos, instruí-lo à elevar os membros inferiores aproximadamente 5 a 7 cm da maca e sustentá-los por 30 segundos, se durante esse tempo o paciente relatar dor na lombar, o teste é sugestivo de protusão discal (Hérnia discal)
Teste de Kernig: Paciente em posição supina com as mãos entrelaçadas atrás da cabeça. Solicitar a flexão forçada da cervical, levando o queixo de encontro ao toráx. Paciente pode se queixar de dor na região cervical, lombar ou nas pernas, o que é indicativo de irritação meníngea, lesão de raiz nervosa ou irritação dural, que recobre as raízes. Solicitar para que o mesmo localize o local exato da dor.
Manobra de Valsalva: Com o paciente sentado, peça para que ele faça um inspiração completa, que flexione o tronco levemente a frente e faça força como se estivesse defecando, mas concentrando a maior parte do esforço na região lombar. Se paciente referir aumento da dor, o teste é positivo para lesões ocupadores de espaço (hérnia, massa, osteófito).
· QUADRIL:
Piriforme: 1º modo: Paciente em prono, orientá-lo pra deitar-se junto a borda da maca com a perna para fora. Terapeuta realiza a flexão e adução da perna sob pressão depois com o auxílio da mão, localizar uma linha imaginária da espinha ilíaca póstero-superior até o cóccix e onde estiver o dedo médio, palpar com a ponta do dedo. Se o paciente referir dor durante a execução ou na palpação o teste é positivo. 2º modo: Paciente em supino, terapeuta realiza passivamente a flexão, adução e rotação interna exercendo uma pressão. Se o paciente relatar dor, que aumenta com a palpação o teste é positivo.
Hoover: Este teste auxilia a determinar se o paciente está simulando ao afirmar que não pode elevar a perna. Paciente em posição supina, terapeuta apoia sua mão na região posterior do calcâneo do membro inferior contralateral ao da queixa e solicita para o paciente elevar estendida a perna a qual refere a dor. Quando o paciente está tentando realmente elevar a perna, exercerá uma pressão no calcanhar da perna oposta, utilizando-o como alavanca. Quando isto não acontecer o teste é positivo.
Gaenslen: Paciente em supino na borda da maca com o membro inferior pendente e o contra lateral flexionado próximo ao tórax. Se o paciente relatar dor na região sacroilíaca o teste é sugestivo de patolgias desta articulação.
Patrick e Fabere: Paciente em supino, terapeuta deve estabilizar com uma das mãos a pelve oposta e realizar a flexão, abdução e rotação externa do membro inferior exercendo uma pressão neste movimento. Se o paciente relatar dor inguinal é indicativo de patologias da articulação coxofemoral, mas se o relato de dor for na região sacroilíaca, o teste é indicativo de patologias desta articulação.
Thomas: Paciente em posição supina com os joelhos fletido e para fora da maca. Orientá-lo para flexionar significativamente o quadril e joelho oposto. Caso ocorra flexão do quadril o teste é sugestivo para retesamento do músculo iliopsoas, mas se não ocorrer a flexão do quadril e sim a extensão Do joelho e teste é sugestivo para retesamento do reto femural.
Ober: Paciente em decúbito lateral, abduzir a perna e em seguida soltá-la. Se a perna deixar de descer suavemente, provavelmente será supeitada uma contratura do músculo tensor da fáscia lata ou do trato iliotibial.
Trendelenburg: Paciente em pé, terapeuta a trás apoiando as mãos nas espinhas ilíacas postero-superior. Instruir o paciente para flexiona uma perna de cada vez. Se o paciente não for capaz de ficar de pé sobre uma perna porque a pelve oposta cai ou deixa de elevar-se, o teste será considerado positivo, indicando fraqueza do músculo Glúteo Médio ao lado oposto da flexão do quadril.

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