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CENTRO UNIVERSITÁRIO FEI EXPERIMENTO 07: ESTUDO DA PERDA DE CARGA SINGULAR Turma:135 São Bernardo do Campo 2020 1. OBJETIVO Utilizando uma redução e uma válvula, pode-se determinar a perda de carga singular ou localizada, permitindo a determinação do coeficiente da perda de carga singular para cada uma das geometrias estudadas. Realizar o levantamento da curva universal de cada singularidade Ks=f(Re). 2. BASE TEÓRICA Cálculo de como encontrar a vazão (Q): Lembrando que Atanque = 0,546 m², Cálculo das velocidades: e Sendo D1 = 41 mm e D2 = 27 mm. Cálculo da perda de carga singular (hs): Para determinar o h, utiliza-se a seguinte equação: Sendo e . Cálculos da constante Ks: Sendo: g = 10 m/s². Cálculo do número de Reynolds é dado por: Sendo: = 27 mm e E cálculo do comprimento equivalente (Leq): Sendo: = 27 mm. 3. TABELAS Tabela 1 – Dados experimentais Delta Tanque (mm) Tempo (s) Diferença de pressão (MCA) 1 100 58,4 0,22 2 100 33,9 0,65 3 100 26,2 1,09 4 100 21,9 1,54 5 100 20,1 1,90 Fonte: Professor Daniel Hauk. Tabela 2 – Desenvolvimento Grandezas Δh t Q Unidades cm s L/s m/s m/s m 1 10 58,4 0,934932 1,632911 0,708145 0,108246 2 10 33,9 1,610619 2,813038 1,219931 0,321247 3 10 26,2 2,083969 3,63977 1,578461 0,537819 4 10 21,9 2,493151 4,354428 1,888387 0,769752 5 10 20,1 2,716418 4,744377 2,057496 0,913791 Fonte: Autoral. Tabela 3 – Desenvolvimento Grandeza s h hs Ks Re F (*) Leq Unidades cm m - - - - - - m 1 0,1122449 0,1117476 0,8381921 44088,584 0,031391 0,7209838 2 0,3316327 0,3287346 0,8308533 75952,015 0,023884 0,9392617 3 0,5561224 0,5521506 0,8335654 98273,79 0,031386 0,7171416 4 0,7857144 0,770205 0,8124079 117569,56 0,031043 0,7066176 5 0,9693878 0,9861559 0,8762282 128098,17 0,031307 0,7556993 Fonte: Autoral. (*) f(s) -> da experiência 06 – estudo da perda de carga distribuída. 4. RESULTADOS Gráfico 1 – perda de carga singular em função da vazão Fonte: Autoral. Gráfico 2 – Coeficiente da perda de carga singular em função do Reynolds Fonte: Autoral. Gráfico 3 – Comprimento equivalente em função do Reynolds 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 0 0,0005 0,001 0,0015 0,002 0,0025 0,003 p e rd a d e c a rg a s in g u la r (m ) Vazão (m³/s) hs = f(Q) 2,43 2,44 2,45 2,46 2,47 2,48 2,49 2,5 2,51 0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000C o e fi c ie n te d a p e rd a d e c a rg a s in g u la r Reynods Ks = f (Re) Fonte: Autoral. Como foi visto, se examinar o comportamento do escoamento de fluidos em condutos, é possível identificar dois tipos de cargas: a distribuída (hf), que foi vista no experimento 6 e a de carga singular (hs), que será abordada nesse relatório. Perdas de cargas singulares acontecem em locais das instalações em que o fluido sofre perturbações bruscas no seu escoamento. Foi abordado nesse experimento que num trecho do conduto horizontal teria um diâmetro de 1 ½ de diâmetro nominal (SCH 40) para escoar o fluido, que foi a água, e acontecia a redução da seção para 1’’ de diâmetro nominal (SCH 40). Isso causou uma mudança brusca no fluido, que resultou em uma perda de carga singular. Na passagem do fluido entre as seções há uma queda de pressão que ocorre pelo motivo do aumento da velocidade, provocada pela redução de diâmetro que diminui a pressão, e pela perturbação brusca no escoamento. No primeiro gráfico é possível perceber que conforme aumenta a vazão, a perda de carga aumenta junto, isso acontece porque quanto maior a passagem do fluido por unidade de tempo, maior seria as perdas que ficaria na seção do conduto. No gráfico 2, que traz o coeficiente da perda de carga singular (Ks) em função do Reynolds (Re), era esperado que saísse um gráfico praticamente constante, e é o que acontece nos primeiros trechos, porém, no final do gráfico há uma mudança 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000 L e q ( m ) Reynolds Leq = f (Re) brusca na curva em relação ao esperado, mas isso se deve a erros de coleta de algum dado experimental, visto que há a ação de fatores externos que podem ter influenciados na obtenção de tal dado. No gráfico 3, que a aborda o comprimento equivalente em função do Reynolds, o previsto era algo constante, a menos dos pontos dos menores Reynolds, que é correspondente às menores vazões, entretanto, erros provenientes de fatores externos podem ter modificado na obtenção do segundo dado no experimento, o restante saiu conforme a teoria. Foi verificado também que, tanto para o “Ks” e “Leq” independem do Reynolds. Isso só comprova a teoria, demonstrando que não são influenciados pela viscosidade do fluido e somente pela perturbação brusca causada pela geometria da singularidade. Reafirmando o que foi visto na teoria estudada ao longo do capítulo 7 do livro de Mecânica dos Fluidos para perdas de cargas. CONCLUSÃO Em continuidade ao que esta sendo visto na teoria sobre perda de cargas distribuída e singular, o experimento feito mostrou e comprovou a teoria ao estudar um trecho percorrido por um determinado fluido que no decorrer deste sofre uma perca de carga chamada singular, pois é proveniente de alguma singularidade na tubulação, no caso do experimento foi uma redução da seção transversal que o fluido percorria. Tal mudança provoca uma perturbação brusca no escoamento, que tem uma velocidade v1 e pressão p1 e ao passar no trecho que sofre um estreitamento, pela conservação de energia este diminui a pressão e a velocidade do fluido aumenta, essa perturbação leva a uma perca de carga que pode ser contabilizada. Com os dados retirados no experimento é possível construir três curvas: hs = f(Q), Ks = f (Re) e Leq = f (Re). Na curva hs = f(Q), é possível verificar a dependência da perda de carga em função da vazão, pois quanto maior a vazão, maior é a variação da velocidade e , portanto, mais brusca se torna a perturbação que o fluido sofre, fazendo com que a perca de carga seja maior. Tanto o Ks quanto e Leq, para números elevados de Reynolds eles praticamente independem deste último, por causa da já estudada camada limite, O esperado era um comportamento constante no gráfico, pela teoria estudada, porém na prática os valores deram algumas divergências, mas isso se deve a erros no processo de captação de dados. As perdas de cargas singulares podem ser calculadas como foram feitas no decorrer deste relatório, mas na prática são tabeladas e dependem do tipo da singularidade (alargamento, válvulas, cotovelos etc.), e vem em formulários de fabricantes, com esses dados de perda em mãos é possível prever o quanto de carga será perdida no projeto de instalação e adequar o projeto a fim de minimizar a perda, dentro das especificações requeridas como vazão e pressão. REFERÊNCIAS BRUNETTI, Franco. "Mecânica dos Fluidos", 2ª ed., Pearson, 2008; Apostila de laboratório de mecânica dos fluidos – aCentro universitário FEI – Professores brunneti, Coquetto e Sérgio Lopes.ANEXOS Cálculos:
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