A alegoria da Caverna de Platão por Ricardo SA Mello

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O MITO DA CAVERNA 
de Platão
Capítulo VII do livro A REPÚBLICA de Platão
FONTE DA PESQUISA: PLATÃO, O mito da caverna. Trad. Edson Bini. São Paulo: EDIPRO, 2015.
ARQUIVO CRIADO POR RICARDO S.A. MELLO 
O SUCESSO DESTE MITO ESTÁ NA SEDUÇÃO DAS IMAGENS PROPOSTAS
As cenas são fáceis de serem imaginadas e memorizadas...
As dualidades propostas são nítidas ao olho e estabelecem contrastes, tais como, 
Sombra X luz
Interior X exterior
Subterrâneo X Superfície
Prisão X Liberdade
Previsibilidade X Riscos
Comodismo X Esforço
Medo X Coragem
Infância X maturidade
Sentidos do corpo X intelecto
O mito da caverna propõe reflexão sobre os limites do conhecimento e sobre a condução da do processo educacional.
Observe a imagem abaixo! (Imagem colhida de... https://portalsuaescola.com.br/mito-da-caverna-de-platao/)
Pergunta: 
1. Como se libertar das ilusões?
- O diálogo entre Sócrates e Glâucon sugere uma elevação do corpo e da alma em direção ao conhecimento.
- O diálogo expõe níveis distintos de saberes em um tipo de hierarquia... da ignorância ao saber filosófico.
O cenário da alegoria...
Prisioneiros no fundo da caverna escura e de costas para a saída...
Estão paralisados observando sombras de objetos (marionetes) e ouvindo ruídos que são projetados como cópias das coisas e das vozes...
Estão acomodados e pensam que contemplam a realidade...
Até que um se liberta e sofre no contato com a luz da fogueira e com a luz do sol...
A sugestão da fuga e da libertação já sugere a própria lenda de Sócrates.
O que aconteceria se o ex-prisioneiro, agora um Senhor de si, voltasse ao fundo da caverna para ensinar e “libertar” os outros de suas ilusões?
Seria ele objeto de zombaria?
Não seria ele julgado e morto?
A adaptação à nova situação não seria rápida, pois há um alto custo na transformação pessoal, na eliminação da resistência ao novo, no abandono de antigas convicções.
Sócrates propõe uma “conversão” ao BEM pela inteligência e pela sabedoria.
As dualidades deste mito são também as dualidades típicas da figura socrática
Há o Sócrates platônico: exemplo de virtude, exemplo de sabedoria, exemplo de filósofo, virtuoso no discurso, virtuoso no uso da dialética, capaz de dialogar para a conciliação, para o ensinamento desinteressado, pelo prazer de ensinar (em sua humilde aceitação de que “nada sabe”) sem receber pagamentos. É o Sócrates heroico que se sacrificará em nome da verdade.
Há o Sócrates ridicularizado na peça AS NUVENS de Aristófanes.
Há o Sócrates do DITOS E FEITOS MEMORÁVEIS de Xenofonte.
Há o Sócrates condenado à morte por a) corromper a juventude, b) negar deuses da cidade, c) inventar deus pessoal. Este é o Sócrates irônico, pois é combativo, polêmico em seu desejo de expor contradições no discurso alheio (sobretudo se o outro for discípulo de algum sofista famoso).
O que vale saber e aprender? 
DESAFIO DE SÓCRATES: “As almas humanas desistem muito mais facilmente diante do estudo árduo do que diante da ginástica ou caça” (p.63-64).
Matemática, geometria, aritmética, harmonia, astronomia...
O atleta, o guerreiro, o navegador, o agricultor, o artesão, o governante... São iguais? Quem deve governar?
“Dialética é o único processo investigatório que percorre essa estrada, suprimindo hipóteses e procedendo ao próprio primeiro princípio” (p. 59).
A hierarquia dos saberes... Deve levar os homens a se elevarem... 
da opinião (imaginação/conjectura) até 
A crença até
a intelecção até 
A ciência (conhecimento) do SER.
Sócrates critica o “esporte da contradição” que manipula opiniões (o ensino dos sofistas). Platão idealizou uma hierarquia...
Ciência do SER
Intelecção
Imaginação e conjectura (opinião)
Crença
A caverna é real? Há saída para a caverna? Ao sair de uma caverna, alguém está livre de outra prisão futura?
A caverna é o pensamento?
A caverna aprisiona as emoções?
A caverna protege a fé?
A caverna preserva as fobias?
A caverna é um vício?
A caverna é uma relação humana?
A caverna é o Estado?
A caverna é o Direito?
A caverna é a psique?