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CAPÍTULO 1
A LegisLAção que Dispõe sobre o 
FinAnciAmento DA eDucAção
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
 3 Identificar as leis que embasam a destinação dos recursos de financiamento 
da educação. 
 3 Conhecer o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica – 
FUNDEB. 
 3 Compreender aspectos que regulamentam e apresentam as origens e a 
distribuição das receitas do FUNDEB. 
 3 Estabelecer diferenças entre o FUNDEB e o FUNDEF.
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 Políticas e Gestão Educacional
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A LegisLAção que Dispõe sobre o FinAnciAmento DA eDucAção Capítulo 1 
A educação é um 
direito de todos e 
dever do Estado 
e da família, deve 
ser promovida e 
incentivada com 
a colaboração da 
sociedade, visando ao 
pleno desenvolvimento 
da pessoa, para o 
exercício da cidadania 
e qualificação para o 
trabalho.
contextuALizAção 
Prezado Pós-graduando, com a promulgação da Constituição Brasileira em 
1988, iniciou-se a elaboração de medidas legais que foram progressivamente 
entrando em vigor no setor educacional de maneira positiva, contribuindo para 
a melhoria na educação. A educação é um direito de todos e dever do Estado e 
da família, deve ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, 
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, para o exercício da cidadania e 
qualificação para o trabalho.
Os indicadores educacionais do país revelam que muito se avançou 
quando a Constituição enfatizou o dever do Estado nas garantias dos direitos 
do cidadão, conforme prevê o art. 205: “A educação, direito de todos e dever 
do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da 
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Posteriormente à promulgação da Constituição, importantes compromissos 
foram assumidos pela União em relação à Educação, dentre os quais um 
sistema educacional articulado, bem como a aprovação da Lei de Diretrizes e 
Base da Educação (LDB 9394/96), do Plano Nacional de Educação e Fundos 
de financiamento, dispositivos legais para regulamentar todas as questões 
relativas à Educação Básica no Brasil.
Atividade de Estudos: 
1) O art. 205 da Constituição Federal enfatiza o propósito da 
Educação no Brasil, em parceria entre Estado, família e 
sociedade. Sobre a educação que se deseja, destacam-se 
três pontos: desenvolvimento pessoal, cidadania e formação 
profissional para todos. Elabore um texto, tecendo considerações 
sobre esses três aspectos e o seu reflexo na sociedade.
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 Políticas e Gestão Educacional
O Plano Nacional de Educação - PNE
Em 9 de Janeiro de 2001, através da Lei nº 10.172, foi 
sancionado pelo então Presidente da República, Fernando 
Henrique Cardoso, o Plano Nacional de Educação, com duração de 
dez anos. A partir deste documento, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios deveriam elaborar os seus planos decenais 
correspondentes, para compor um conjunto integrado e articulado 
quanto aos objetivos, prioridades, diretrizes e metas estabelecidas. 
Também ficou a cargo da União a instituição do Sistema Nacional 
de Avaliação e estabelecimento dos mecanismos necessários ao 
acompanhamento das metas. 
Ao Ministério da Educação coube um importante papel de 
viabilização e de cooperação técnica e financeira, para corrigir 
acentuadas diferenças regionais, elevando a qualidade geral da 
educação no País. Os diagnósticos constantes naquele plano 
apontavam fragilidades em diversos níveis e modalidades de 
ensino, na gestão, no financiamento, na formação e valorização do 
magistério e dos demais trabalhadores da educação. 
Já o Plano Nacional de Educação, que passou a vigorar 
em 2011 até 2020, estabelece diretrizes objetivas, metas e 
estratégias específicas para todos os níveis, modalidades e etapas 
educacionais, inclusive de inclusão social, como alunos com 
deficiência, indígenas, quilombolas, estudantes do campo e alunos 
em regime de liberdade assistida. 
O PDE 2011-2020, em seus principais itens, prevê 
a Universalização e ampliação do acesso e atendimento 
educacionais, bem como o incentivo à formação inicial e 
continuada de professores e profissionais da educação em geral, 
avaliação e acompanhamento periódico e individualizado de todos 
os envolvidos na educação do país — estudantes, professores, 
profissionais, gestores e demais profissionais —, estímulo e 
expansão do estágio. 
Estabelece a ampliação do ensino de quatro a 17 anos e o 
financiamento estudantil contemplando a reestruturação das redes 
físicas, equipamentos educacionais, transporte, livros, laboratórios 
de informática, redes de internet de alta velocidade e novas 
tecnologias. 
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A LegisLAção que Dispõe sobre o FinAnciAmento DA eDucAção Capítulo 1 
O FUNDEB foi criado 
com o propósito de 
substituir o FUNDEF, 
sendo reestruturado e 
ampliado para vigorar 
até 2020.
O PNE atual enfatiza ainda a elaboração de currículos básicos 
e avançados em todos os níveis de ensino e a diversificação de 
conteúdos curriculares, prevendo também a correção de fluxo e o 
combate à defasagem idade-série. Nele constam metas claras para 
o aumento da taxa de alfabetização e da escolaridade média da 
população, e determina a ampliação progressiva do investimento 
público em educação.
Fonte: Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/>. Acesso em: 07 set. 2012.
Com base no que prevê o PNE, especialmente no que se refere aos 
recursos financeiros, o primeiro tópico deste caderno abordará a legislação que 
regulamenta Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica – 
FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica 
e de Valorização dos Profissionais da Educação. Também apresentaremos 
informações sobre as origens das receitas, da distribuição dos recursos do 
fundo que substituiu o FUNDEF – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento 
do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – implantado em 1998, 
quando passou a vigorar a nova sistemática de redistribuição dos recursos, ou 
seja, a sua implantação consistiu na mudança da estrutura de financiamento 
do Ensino Fundamental no País. O FUNDEB foi criado com o propósito de 
substituir o FUNDEF, sendo reestruturado e ampliado para vigorar até 2020.
Além disso, o então fundo introduziu novos critérios de distribuição e 
utilização dos principais impostos de Estados e Municípios, promovendo a sua 
partilha entre o Governo Estadual e seus municípios, de acordo com o número 
de alunos atendidos em cada rede de ensino. O mesmo foi estabelecido pela 
Emenda Constitucional 14/1996, que vigorou durante 10 anos, até 2006.
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 Políticas e Gestão Educacional
Políticas públicas 
destinadas à 
Educação são 
medidas do Estado 
que garantem recursos 
que contribuem para a 
o desenvolvimento da 
Educação.
o que é o FunDeb?
Figura 2 - FUNDEB
Fonte: Disponível em: <http://adustina.net/noticias/fundeb-
divulgado-os-valores-depositados-nas-contas-de-adustina-e-
municipios-da-regiao>. Acesso em: 05 ago. 2012.
Conforme prevê a Constituição Federal (1988), um dos desafios no 
contexto da política de inclusão social constitui a ampla distribuição de recursos 
vinculados à educação e que, por sua vez, norteiam as políticas públicas com 
vistas ao desenvolvimentoe manutenção do ensino público. Mas você sabe o 
que são políticas públicas?
Políticas públicas podem ser definidas como um conjunto de ações 
do governo que irão produzir efeitos específicos (LYNN 1980). Nesse caso, 
estamos falando de políticas públicas destinadas à Educação, cujas medidas 
do Estado garantem recursos que contribuem para a o desenvolvimento da 
Educação, com legislação que normatiza, traz a obrigatoriedade do ensino e 
combate o analfabetismo. 
Evidencia-se o aprofundamento da intervenção desses organismos 
governamentais, a exemplo do Ministério da Educação, nessas políticas. 
A Educação no país conta com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDB 9394/2006), que preconiza ações em favor da sua qualidade, 
e o Plano Nacional de Educação – PNE, conforme já mencionamos, 
estabelece metas para o ensino. Políticas públicas destinadas à Educação 
são medidas do Estado que garantem recursos que contribuem para a o 
desenvolvimento da Educação.
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A LegisLAção que Dispõe sobre o FinAnciAmento DA eDucAção Capítulo 1 
Mas, contudo, foram necessários outros dispositivos legais que 
garantissem o financiamento da Educação Básica, a exemplo do FUNDEB, 
com a abrangência sobre o Ensino Médio e Educação Infantil, para impulsionar 
a descentralizar os recursos. Essas medidas de ordem legal definiram 
também o regime de colaboração e parceria entre a União, os Estados e 
Municípios. No dizer de Demerval Saviani (2007, p. 02), “as referidas medidas 
regulamentadoras configuram aquilo que se poderia denominar legislação 
complementar à LDB, já que, no geral, elas se expressam através de 
mecanismos legais, formalmente denominados leis ou decretos”. Na essência 
dessa proposta, estão novas formas de gestão da esfera pública, com o intuito 
de satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem e da promoção da 
equidade do ensino, bem como a gestão e financiamento da educação básica. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira – LDB 
9394/96 – é a legislação que regulamenta o sistema educacional 
público e privado do Brasil, desde a educação básica ao ensino 
superior. Na história do Brasil, essa é a segunda vez que a 
educação conta com esse tipo de lei, que regulamenta todos os 
seus níveis. A primeira foi promulgada em 1961 (LDB 4024/61).
A LDB 9394/96 reafirma o direito à educação, garantido pela 
Constituição Federal, e estabelece os princípios da educação 
e os deveres do Estado em relação à educação escolar pública, 
definindo as responsabilidades, em regime de colaboração, entre a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
Figura 3 - Modalidades da Educação Brasileira
Fonte: Santos; Possamai (2013).
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 Políticas e Gestão Educacional
• Educação Especial – atende os alunos com necessidades especiais, 
preferencialmente na rede regular de ensino.
• Educação a distância – atende os estudantes em tempos e espaços diversos, 
com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação.
• Educação Profissional e Tecnológica – visa preparar os estudantes a 
exercerem atividades produtivas, atualizar e aperfeiçoar conhecimentos 
tecnológicos e científicos.
• Educação de Jovens e Adultos – atende as pessoas que não tiveram 
acesso a educação na idade apropriada.
• Educação Indígena – atende as comunidades indígenas, de forma a 
respeitar a cultura e língua materna de cada tribo.
Além dessas determinações, a LDB 9394/96 aborda temas como os 
recursos financeiros e a formação dos profissionais da educação.
Atividade de Estudos: 
1) Com base no conteúdo apresentado, pesquise e aponte a 
responsabilidade de cada esfera em relação à educação.
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A LegisLAção que Dispõe sobre o FinAnciAmento DA eDucAção Capítulo 1 
Figura 4 – Aluno estudando
Fonte: Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/politica-
publica/lei-diretrizes-bases-349321.shtml>. Acesso em: 08 ago. 2012.
Antes da abordagem do FUNDEB propriamente dito, é preciso esclarecer 
o conceito de Educação Básica, que no Brasil compreende a Educação 
Infantil, o Ensino Fundamental e Médio, e tem duração ideal de dezoito anos. 
É durante esse período de vida escolar que o sujeito deveria apropriar-se dos 
conhecimentos mínimos necessários para uma cidadania completa. Serve 
também para tomada de consciência sobre si mesmo em relação ao meio em 
que está inserido e sobre o futuro profissional. No Brasil, a educação básica 
encontra-se dividida nas seguintes etapas:
• Educação Infantil: Creche (0 a 3 anos) e Pré-escola (4 a 5 anos).
• Ensino Fundamental: Anos Iniciais (1º ano ao 5º) ano e Anos Finais (6º ano 
ao 9º ano).
• Ensino Médio: 1ª a 3ª série.
Para financiar a Educação Básica, o Ministério da Educação vinculou ao 
Estado à criação de recursos para todos os níveis, com igualdade e qualidade. 
Além da vinculação existe a subvinculação. Isso significa que, 
da porcentagem obrigatoriamente destinada à manutenção e 
ao desenvolvimento do ensino, outras porcentagens devem 
ser obrigatoriamente extraídas, para serem usadas em 
aspectos específicos e considerados prioritários dessa área 
mais ampla, que, por sua vez, é uma parte do campo maior 
da educação (EDNIR; BASSI, 2009, p. 95).
Atente, caro(a) estudante, para o fato de que os autores citam as 
expressões vinculação e subvinculação. A primeira se refere às receitas 
dos impostos arrecadados e transferidos aos Estados e Municípios 
que são atrelados à Educação. A segunda, por sua vez, conforme E.C. 
nº 53/2006, “amarra” e amplia a destinação dos recursos à Educação 
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 Políticas e Gestão Educacional
A vinculação dos 
impostos arrecadados 
obriga a transferência 
dos recursos 
destinados aos 
Estados e Municípios 
à Educação Básica. 
Já a subvinculação 
atrela e amplia a sua 
destinação.
Básica. A vinculação dos impostos arrecadados obriga a transferência dos 
recursos destinados aos Estados e Municípios à Educação Básica. Já a 
subvinculação atrela e amplia a sua destinação.
Basicamente, a criação do FUNDEB tem por objetivo financiar o 
atendimento dos alunos distribuídos por toda a educação básica, em todas 
as redes de ensino, aliado ao princípio da equidade, ou seja, é preciso dar 
condições que assegurem não apenas o acesso, mas a permanência e 
aprendizagem das crianças, dos jovens e dos adultos não escolarizados, 
independentemente de raça, etnia, região, localização geográfica ou condição 
financeira em que se encontram. Daí dizer que Fundo de Manutenção e 
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da 
Educação é de natureza financeira e de âmbito estadual, dividido por todos os 
estados e o Distrito Federal, num total de vinte e sete, formado basicamente 
por recursos provenientes dos impostos e transferências, vinculados à 
Educação Básica, desde a creche até o ensino médio. Segundo Ednir e Bassi 
(2009, p. 94), 
a União tem necessariamente de usar 18% da receitade 
impostos nas despesas com ensino público. E os governos 
estaduais e municipais não podem usar menos que 25% 
da receita de impostos que são vinculados à manutenção 
e desenvolvimento do ensino, para financiar esse aspecto 
escolar. 
Com base no exposto, o fundo distribui os recursos, levando em 
consideração o desenvolvimento social e econômico das regiões. O 
acompanhamento e o controle social sobre a distribuição, a transferência e a 
aplicação dos recursos do programa são feitos em escalas federal, estadual 
e municipal por conselhos criados especificamente para esse fim, assunto de 
que trataremos adiante.
Atividade de Estudos: 
1) Qual a principal função do FUNDEB?
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A LegisLAção que Dispõe sobre o FinAnciAmento DA eDucAção Capítulo 1 
A quAL A Lei que reguLAmentA o FunDeb?
Atualmente, a Educação Brasileira conta com o FUNDEB, instituído pela 
EC 53, em 19 de dezembro de 2006, que modificou a redação ao art. 60 – que 
se refere ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, ao citar que 
até o 14º (décimo quarto) ano a partir da promulgação desta 
Emenda Constitucional, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios destinarão parte dos recursos a que se refere 
o caput do art. 212 da Constituição Federal à manutenção 
e desenvolvimento da educação básica e à remuneração 
condigna dos trabalhadores da educação, respeitadas as 
seguintes disposições (CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 
FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988).
É certo dizer, então, que a EC 53 estabelece que Estados, Distrito Federal 
e Municípios destinarão parte dos recursos à manutenção e desenvolvimento 
da educação básica e à remuneração justa a quem trabalha na educação. 
A implantação do FUNDEB começou em 1º de janeiro de 2007, sendo 
plenamente concluída em 2009. Isso foi possível porque o total de alunos 
matriculados na rede pública passou a ser considerado na distribuição dos 
recursos. O fundo foi regulamentado pela Lei nº 11.494 de 2007. 
No entanto, há que se considerar que foi a Medida Provisória de n° 339/06 
que garantiu a execução da E.C. 53, no que se refere aos dispositivos do fundo. 
Nesse sentido, Ednir e Rossi (2009, p. 111) fazem algumas considerações 
acerca da regulamentação do FUNDEB, ao afirmarem que:
a Emenda Constitucional 53 remeteu para lei específica 
a regulamentação do Fundeb, cuja competência de 
elaboração é do Poder Legislativo. Somente desse modo 
o novo mecanismo poderia entrar em vigor. Para colocar o 
Fundeb em funcionamento em 2007, uma vez que o novo 
fundo só poderia funcionar se a lei regulamentadora fosse 
aprovada no ano anterior ao da vigência, o Poder Executivo 
utilizou-se de dispositivo constitucional que lhe permite 
legislar em situações de “relevância e urgência” (artigo 62 da 
Constituição Federal de 1988) e emitiu a Medida Provisória 
nº 339 (MP 339), em 28 de dezembro de 2006. Ao fazer 
isso, contudo, o governo interrompeu, contraditoriamente, 
o processo de discussões, críticas e manifestações e 
participação da sociedade civil no desenho final do novo 
modelo de financiamento da educação. Desse modo, a 
MP 339 colocou em funcionamento o Fundeb a partir de 
1º de janeiro de 2007. Mesmo que seja iniciativa do Poder 
Executivo, a MP 339, como qualquer proposta de legislação, 
teve de ser submetida ao Congresso Nacional. O curto prazo 
de tramitação deixou poucas possibilidades de participação 
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 Políticas e Gestão Educacional
A Lei nº 11.274/06 
promoveu o aumento 
de oito para nove 
anos na duração do 
ensino fundamental 
obrigatório, ou seja, 
a criança deve ser 
matriculada aos seis 
anos de idade na 
educação básica.
da sociedade, mas alguns dispositivos foram alterados e 
outros, introduzidos. Por fim, a MP 339 foi convertida na Lei nº 
11.494 e sancionada pelo presidente da República somente 
em 20 de junho de 2007. A regulamentação determina que 
os recursos recolhidos pelo Fundeb beneficiem todas as 
etapas e modalidades da educação básica. 
No dizer dos autores, com a edição da medida provisória, o governo 
federal interrompeu as discussões sobre a criação do FUNDEB de maneira 
mais participativa da sociedade, devido à urgência de se colocar em ação as 
propostas contidas no documento. Mas as alterações introduzidas por essa 
emenda, basicamente, são: 
• A subvinculação dos recursos a que se refere o art. 212 da Constituição 
Federal, através do artigo 23 desta emenda, estabelece que as receitas 
dos impostos e transferências e sua utilização sejam ampliadas para 
toda a educação básica. Os municípios recebem os recursos com base 
no número de alunos da educação infantil e do ensino fundamental, e os 
estados, com base nos alunos do ensino fundamental e médio. A mudança 
se constitui pela diversidade de temas tratados no referido artigo, também 
para explicitar que suas regulamentações podem ser objeto de diversas leis 
complementares, e não somente uma, como indicava a redação anterior.
• A obrigatoriedade de oferecer educação infantil em creches e pré-escolas 
às crianças de até cinco anos está preconizada no art. 208, IV, com nova 
redação. Significa dizer que, através da Lei nº 11.274/06, foi promovido 
o aumento de oito para nove anos na duração do ensino fundamental 
obrigatório, que se inicia aos seis anos de idade. A modificação tem como 
objetivo dar suporte constitucional à inclusão das crianças de 6 (seis) anos 
no ensino fundamental obrigatório, que passou a ter duração de 9 (nove) 
anos com a edição da supracitada lei, a ser implantada até o ano de 2010. 
A Lei nº 11.274/06 promoveu o aumento de oito para nove anos na duração 
do ensino fundamental obrigatório, ou seja, a criança deve ser matriculada 
aos seis anos de idade na educação básica.
• A nova emenda substituiu a expressão “profissionais do ensino” por 
“profissionais da educação escolar”. Com isso ampliou o sentido de 
valorização, tratada em três dispositivos constitucionais. As garantias 
constitucionais antes restritas à categoria do magistério público – planos 
de carreira, piso salarial e ingresso exclusivo por concurso público 
de provas e títulos – agora dizem respeito a todos os profissionais 
da educação pública. Trata-se de uma importante conquista, visando 
reduzir as desigualdades regionais através do inciso VIII, que assegura 
o caráter “nacional” do piso salarial. 
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A LegisLAção que Dispõe sobre o FinAnciAmento DA eDucAção Capítulo 1 
Ainda nessa perspectiva, o inciso III remete à lei federal a regulamentação 
das categorias profissionais que atuam na educação, a definição dos valores 
de seus pisos salariais e de seus respectivos planos de carreira, sendo 
estes: os incisos do art. 208 da CF/88, que tratam do dever do Estado com a 
educação básica; o Plano Nacional de Educação – Lei n° 10.172/2001, que 
estabelece diretrizes e metas a serem cumpridas até 2011 – quinto ano de 
vigência do novo Fundo; Fundo com cada uma dessas etapas e modalidades.
60% dos recursos do fundo são empregados em remuneração, de acordo 
com o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério 
público da educação básica, ou seja, houve a preocupação em se estabelecer 
no próprio texto da Emenda os valores mínimos de complementação da União. 
Desse modo, fica evidente que o FUNDEB e as demais políticas públicas 
educacionais devem assegurar não somente o acesso, mas a melhoria da 
qualidade da educação básica. O dever de definir um padrão mínimo nacional 
de qualidade, a ser garantidoa todos, passa a ter aplicabilidade imediata, 
cabendo à União essa obrigação, a ser exercida em colaboração com os 
demais entes federados. 
Assim como os recursos serão implementados gradativamente, também 
as matrículas da educação infantil, do ensino fundamental e da educação de 
jovens e adultos serão contabilizadas gradativamente, incluindo-se todas as 
matrículas somente a partir do terceiro ano, quando toda a receita de impostos 
de Estados, Municípios e Distrito Federal prevista no inciso II do art.60, ADCT, 
estará subvinculada ao FUNDEB em 20%. 
Figura 5 - Educação
Fonte: Disponível em: <http://www.grupodonadoni.com.
br/educacao.html>. Acesso em: 07 ago. 2012.
22
 Políticas e Gestão Educacional
Dito de outro modo, o FUNDEB pretende promover a valorização 
dos profissionais da educação, assegurando-lhes inclusive nos termos 
dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público. O ingresso 
no magistério deve ser exclusivamente por concurso público de provas 
e títulos. Outro item determina que se estabeleça o aperfeiçoamento 
profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado 
para esse fim, além da instituição de um piso salarial profissional. No que 
se refere ao progresso funcional, este deve estar baseado na titulação ou 
habilitação e na avaliação do desempenho. E, por último, o profissional 
da educação deve ter um período reservado a estudos, planejamento e 
avaliação, incluídos na carga de trabalho. 
A aplicação desses recursos pelos gestores estaduais e municipais deve 
ser direcionada, considerando a responsabilidade constitucional que delimita 
a atuação dos estados e municípios. No caso do Distrito Federal, a regra 
adotada, tanto para a distribuição quanto para a aplicação dos recursos, 
é adaptada à especificidade prevista no Parágrafo Único, art. 10 da Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação – LDB.
Além desses recursos, ainda compõe o FUNDEB, a título de 
complementação, uma parcela de recursos federais, sempre que, no 
âmbito de cada Estado, seu valor por aluno não alcançar o mínimo definido 
nacionalmente. Independentemente da origem, todo o recurso gerado é 
redistribuído para aplicação exclusiva na educação básica. 
O FUNDEB como mecanismo se fez necessário para que todas as etapas 
e as modalidades desse nível de ensino, e os entes governamentais que as 
oferecem à sociedade, possam contar com recursos financeiros com base no 
número de alunos matriculados, concorrendo, dessa forma, para a ampliação 
do atendimento e a melhoria qualitativa do ensino oferecido.
Ainda que o Ministério da Educação tenha traçado metas para a 
erradicação do analfabetismo através dos vários dispositivos legais, sabemos 
que esta questão ainda constitui fragilidades, no sentido de que o país não 
conseguiu atingir essa meta na totalidade.
Para complementar o conteúdo abordado, apresentamos 
um texto que traz informações e reflexões acerca do número de 
pessoas alfabetizadas no Brasil.
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A LegisLAção que Dispõe sobre o FinAnciAmento DA eDucAção Capítulo 1 
Menos de 30% dos brasileiros são 
plenamente alfabetizados, diz pesquisa
Brasília – Apenas 35% das pessoas com ensino médio 
completo podem ser consideradas plenamente alfabetizadas 
no Brasil e 38% da população com formação superior têm nível 
insuficiente em leitura e escrita. É o que apontam os resultados 
do Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf) 2011-2012, pesquisa 
produzida pelo Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Educativa.
A pesquisa avalia, de forma amostral, por meio de entrevistas 
e um teste cognitivo, a capacidade de leitura e compreensão de 
textos e outras tarefas básicas que dependem do domínio da 
leitura e escrita. A partir dos resultados, a população é dividida 
em quatro grupos: analfabetos, alfabetizados em nível rudimentar, 
alfabetizados em nível básico e plenamente alfabetizados.
Os resultados da última edição do Inaf mostram que apenas 
26% da população pode ser considerada plenamente alfabetizada 
– mesmo patamar verificado em 2001, quando o indicador foi 
calculado pela primeira vez. Os chamados analfabetos funcionais 
representam 27% e a maior parte (47%) da população apresenta 
um nível de alfabetização básico.
“Os resultados evidenciam que o Brasil já avançou, 
principalmente nos níveis iniciais do alfabetismo, mas não 
conseguiu progressos visíveis no alcance do pleno domínio de 
habilidades que são hoje imprescindíveis para a inserção plena na 
sociedade letrada”, aponta o relatório.
O estudo também indica que há uma relação entre o nível de 
alfabetização e a renda das famílias: à medida que a renda cresce, 
a proporção de alfabetizados em nível rudimentar diminui. Na 
população com renda familiar superior a cinco salários mínimos, 
52% são considerados plenamente alfabetizados. Na outra ponta, 
entre as famílias que recebem até um salário por mês, apenas 8% 
atingem o nível pleno de alfabetização.
De acordo com o estudo, a chegada dos mais pobres ao 
sistema de ensino não foi acompanhada dos devidos investimentos 
para garantir as condições adequadas de aprendizagem. Com 
isso, apesar da escolaridade média do brasileiro ter melhorado 
nos últimos anos, a inclusão no sistema de ensino não representou 
melhora significativa nos níveis gerais de alfabetização da 
24
 Políticas e Gestão Educacional
população. “O esforço despendido pelos governos e população 
de se manter por mais tempo na escola básica e buscar o ensino 
superior não resulta nos ganhos de aprendizagem esperados. 
Novos estratos sociais chegam às etapas educacionais mais 
elevadas, mas provavelmente não gozam de condições adequadas 
para alcançarem os níveis mais altos de alfabetismo, que eram 
garantidos quando esse nível de ensino era mais elitizado. A busca 
de uma nova qualidade para a educação escolar em especial nos 
sistemas públicos de ensino deve ser concomitante ao esforço de 
ampliação de escala no atendimento para que a escola garanta 
efetivamente o direito à aprendizagem”, resume o relatório.
A pesquisa envolveu 2 mil pessoas, de 15 a 64 anos, em todas 
as regiões do país.
Os quatro níveis de alfabetização identificados pelo Inaf 
2011-2012 são: analfabetos (não conseguem realizar tarefas 
simples que envolvem leitura ainda que uma parcela consiga ler 
números familiares), alfabetizados em nível rudimentar (localizam 
uma informação explícita em textos curtos, leem e escrevem 
números usuais e realizam operações simples, como manusear 
dinheiro). Há também os alfabetizados em nível básico, que leem 
e compreendem textos de média extensão, localizam informações 
mesmo com pequenas inferências, leem números na casa dos 
milhões e resolvem problemas envolvendo uma sequência simples 
de operações. Por fim, os alfabetizados em nível pleno, que leem 
textos longos, analisam e relacionam suas partes, comparam 
e avaliam informações, distinguem fato de opinião, realizam 
inferências e sínteses. Resolvem problemas que exigem maior 
planejamento e controle, envolvendo percentuais, proporções e 
cálculo de área, além de interpretar tabelas, mapas e gráficos.
Fonte: Cieglinski (2012, p. 14). 
25
A LegisLAção que Dispõe sobre o FinAnciAmento DA eDucAção Capítulo 1 
Atividade de Estudos: 
1) O conteúdo abordado faz menção ao financiamento para 
manutenção da educação básica e cita os baixos resultados no 
que se refere às habilidades imprescindíveis para a inserção 
plena na sociedade letrada. Escreva um texto, expondo sua 
opinião a respeito dessa questão.
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A Distribuição Dos recursos Do FunDeb
Como é feita a distribuição dos recursos do FUNDEB?
Figura 6 - Dinheiro
Fonte: Disponível em: <http://dicorpo.wordpress.com/2011/12/22/
cuide-melhor-do-seu-dinheiro/>. Acesso em: 23 jul. 2012.
26
 Políticas e Gestão Educacional
A norma de 
distribuição dos 
recursos do FUNDEB 
continuou direcionada 
por meio do mesmo 
critério dos recursos 
do FUNDEF, ou seja, 
é pautado no número 
de alunos matriculados 
(conforme art. 211 
da Constituição 
Federal). Porém, 
ressaltando que a 
partir da aprovação 
são computadas, 
exclusivamente, as 
matrículas efetivas 
retiradas através 
do Censo Escolar 
realizado pelo INEP 
(Instituto Nacional de 
Estudos e Pesquisa 
Educacionais Anísio 
Texeira).
Caro Pós-graduando, você sabe quem é responsável pela distribuição dos 
recursos do FUNDEB? Como ocorre a arrecadação pela União e a distribuição 
dos recursos para os Estados e Municípios? É o que veremos a seguir.
A norma de distribuição dos recursos do FUNDEB continuou direcionada 
por meio do mesmo critério dos recursos do FUNDEF, ou seja, é pautado 
no número de alunos matriculados (conforme art. 211 da Constituição 
Federal). Porém, ressaltando que a partir da aprovação são computadas, 
exclusivamente, as matrículas efetivas retiradas através do Censo Escolar 
realizado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais 
Anísio Texeira), conforme DECRETO Nº 6.253, DE 13 DE NOVEMBRO DE 
2007, que define:
Art. 6º Somente serão computadas matrículas apuradas 
pelo censo escolar realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e 
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP.
Parágrafo único. O poder executivo competente é responsável 
pela exatidão e fidedignidade das informações prestadas ao censo 
escolar do INEP.
Art. 7º Os Ministérios da Educação e da Fazenda publicarão, 
em ato conjunto, até 31 de dezembro de cada ano, para aplicação 
no exercício seguinte:
I - a estimativa da receita total dos Fundos de cada Estado e do 
Distrito Federal, considerando-se inclusive a complementação 
da União;
II - a estimativa dos valores anuais por aluno nos Fundos de cada 
Estado e do Distrito Federal;
III - o valor mínimo nacional por aluno, estimado para os anos 
iniciais do ensino fundamental urbano; e
IV - o cronograma de repasse mensal da complementação da União.
O que foi alterado nesse processo entre os dois fundos – FUNDEF e 
FUNDEB – é que o segundo ampliou as matrículas para toda a educação 
básica com financiamento público, abrangendo a educação infantil, ensino 
fundamental, educação especial e ensino médio. 
27
A LegisLAção que Dispõe sobre o FinAnciAmento DA eDucAção Capítulo 1 
Veja como os Municípios, Estados e o Distrito Federal receberão os 
recursos referentes aos alunos matriculados na rede:
Município Estado e DF
Educação Infantil e Ensino Fundamental Ensino Fundamental e Médio
Atribuições dos Estados/DF e Municípios (art. 16, 21, 25 e 27, Lei 
11.494/07)
Estados e DF:
• Arrecadar e disponibilizar recursos para distribuição.
• Receber e aplicar recursos.
• Oferecer relatórios, dados/informações aos CACS/FUNDEB.
• Prestar contas da aplicação aos respectivos TCEs.
Municípios
• Receber e aplicar recursos.
• Oferecer relatórios, dados/informações aos CACS/FUNDEB.
• Prestar contas da aplicação.
Partindo do quadro anterior, percebemos que as eventuais matrículas 
municipais de ensino médio, ou as matriculas efetuadas pelos estados 
em relação à educação infantil, não serão computadas para participar da 
distribuição do Fundo, uma vez que não é de responsabilidade dessa esfera. 
Porém firma a responsabilidade de ambos, Estados e Municípios, em relação 
ao Ensino Fundamental. O quadro a seguir demonstra como ficou fixada a 
distribuição e o acréscimo no investimento com o passar dos anos:
Quadro 1- Distribuição e Acréscimo do FUNDEF
Etapa/modalidade de ensino 2007 2008 A partir de 2009
Ensino Fundamental regular e especial 100% 100% 100%
Educação infantil, Ensino Médio e Educação 
de Jovens e Adultos 33,33% 66,66% 100%
Fonte: As autoras. 
28
 Políticas e Gestão Educacional
Utilização dos recursos 
do FUNDEB 100% 
na educação básica 
pública (observada 
a responsabilidade 
de atuação do ente 
governamental); 
Mínimo de 60% na 
remuneração dos 
profissionais do 
magistério em efetivo 
exercício na educação 
básica, Máximo de 
40% com outras ações 
de Manutenção e 
Desenvolvimento do 
Ensino (MDE).
utiLizAção Dos recursos
A utilização dos recursos e sua aplicação serão feitas de acordo com 
o art. 17, § 7º, da Lei nº 11.494/2007 e Dec. nº 6.253/2007, pelos gestores 
estaduais e municipais. Deve ser direcionada levando-se em consideração os 
respectivos âmbitos de atuação prioritária, que delimita a atuação dos Estados 
e Municípios em relação à educação básica. Ou seja, os Municípios devem 
utilizar recursos do FUNDEB sendo:
Gráfico 1 - Direcionamento para aplicação dos recursos do FUNDEB
Fonte: As autoras com base Lei nº 11.494/2007.
Os valores repassados (por origem e por mês ou dia) estão 
disponíveis nos endereço www.stn.fazenda.gov.br. Consulte 
para obtenção de informações sobre valores repassados por 
ente governamental (estado ou município), por origem dos 
recursos e por mês. 
Utilização dos recursos do FUNDEB 100% na educação básica pública 
(observada a responsabilidade de atuação do ente governamental); Mínimo 
de 60% na remuneração dos profissionais do magistério em efetivo exercício 
na educação básica, Máximo de 40% com outras ações de Manutenção e 
Desenvolvimento do Ensino (MDE).
29
A LegisLAção que Dispõe sobre o FinAnciAmento DA eDucAção Capítulo 1 
São consideradas despesas de MDE as estipuladas no artigo 
70 – LDB (Lei 9.394/96), entre elas podemos citar:
• remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais 
profissionais da educação;
• aquisição de material didático-escolar e manutenção de 
programas de transporte escolar;
Despesas não consideradas como MDE artigo 71º – LDB (Lei 
9.394/96):
• subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter 
assistencial, desportivo ou cultural;
• programas suplementares de alimentação, assistência 
médico-odontológica, farmacêutica e psicológica, e outras 
formas de assistência social; 
• obras de infraestrutura, ainda que realizadas para beneficiar 
direta ou indiretamente a rede escolar;
• despesas com pessoal docente e demais trabalhadores da 
educação, quando em desvio de função ou em atividade 
alheia à manutenção e desenvolvimento do ensino.
Leia na íntegra o trecho da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007, que 
aborda a utilização de recursos da educação.
CAPÍTULO V
DA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS
Art. 21. Os recursos dos Fundos, inclusive aqueles oriundos 
de complementação da União, serão utilizados pelos Estados, 
pelo Distrito Federal e pelos Municípios, no exercício financeiro 
em que lhes forem creditados, em ações consideradas como de 
manutenção e desenvolvimento do ensino para a educação básica 
pública, conforme disposto no art. 70 da Lei nº 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996. 
30
 Políticas e Gestão Educacional
§ 1º Os recursos poderão ser aplicados pelos Estados e 
Municípios indistintamente entre etapas, modalidades e 
tipos de estabelecimento de ensino da educação básica nos 
seus respectivos âmbitos de atuação prioritária, conforme 
estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 daConstituição Federal.
§ 2º Até 5% (cinco por cento) dos recursos recebidos à conta 
dos Fundos, inclusive relativos à complementação da União 
recebidos nos termos do § 1° do art. 6° desta Lei, poderão ser 
utilizados no 1° (primeiro) trimestre do exercício imediatamente 
subsequente, mediante abertura de crédito adicional. 
Art. 22. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos 
anuais totais dos Fundos serão destinados ao pagamento da 
remuneração dos profissionais do magistério da educação básica 
em efetivo exercício na rede pública. 
Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput deste 
artigo, considera-se:
I - remuneração: o total de pagamentos devidos aos profissionais 
do magistério da educação, em decorrência do efetivo exercício 
em cargo, emprego ou função, integrantes da estrutura, quadro 
ou tabela de servidores do Estado, Distrito Federal ou Município, 
conforme o caso, inclusive os encargos sociais incidentes;
II - profissionais do magistério da educação: docentes, profissionais 
que oferecem suporte pedagógico direto ao exercício da docência: 
direção ou administração escolar, planejamento, inspeção, 
supervisão, orientação educacional e coordenação pedagógica;
III - efetivo exercício: atuação efetiva no desempenho das 
atividades de magistério previstas no inciso II deste parágrafo 
associada à sua regular vinculação contratual, temporária 
ou estatutária, com o ente governamental que o remunera, 
não sendo descaracterizado por eventuais afastamentos 
temporários previstos em lei, com ônus para o empregador, 
que não impliquem rompimento da relação jurídica existente. 
Art. 23. É vedada a utilização dos recursos dos Fundos:
I - no financiamento das despesas não consideradas como de 
manutenção e desenvolvimento da educação básica, conforme 
o art. 71 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996;
31
A LegisLAção que Dispõe sobre o FinAnciAmento DA eDucAção Capítulo 1 
II - como garantia ou contrapartida de operações de crédito, 
internas ou externas, contraídas pelos Estados, pelo Distrito 
Federal ou pelos Municípios que não se destinem ao 
financiamento de projetos, ações ou programas considerados 
como ação de manutenção e desenvolvimento do ensino para 
a educação básica.
Fonte: Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2007/Lei/L11494.htm>. Acesso em: 20 ago. 2012.
Atividade de Estudos: 
Pesquise nesse capítulo e responda:
1) No que pode ser gasto o maior percentual de recursos do 
FUNDEB?
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Figura 7 - Comparativo FUNDEF X FUNDEB 
Fonte: Disponível em: <http://dirleydossantos.blogspot.com/2011/06/
financiamento-da-educacao-e-suas.html>. Acesso em: 30 jul. 2012.
32
 Políticas e Gestão Educacional
Como vimos 
no decorrer 
desse capítulo, 
primeiramente 
criou-se o FUNDEF, 
que era responsável 
pela distribuição de 
recursos ao ensino 
fundamental, em 
2007 esse fundo de 
desenvolvimento 
foi ampliado e 
substituído, passando 
a ser denominado 
de FUNDEB (Fundo 
de Manutenção e 
Desenvolvimento da 
Educação Básica e 
de Valorização dos 
Profissionais da 
Educação).
Como vimos no decorrer desse capítulo, primeiramente criou-se o FUNDEF, 
que era responsável pela distribuição de recursos ao ensino fundamental, em 
2007 esse fundo de desenvolvimento foi ampliado e substituído, passando a 
ser denominado de FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da 
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). O que 
mudou? Quais as alterações? É sobre isso que trataremos nesse tópico. 
A partir do quadro a seguir, você poderá analisar e conhecer as principais 
semelhanças, diferenças, veiculadas entre os dois fundos, ou seja, o FUNDEF 
e o sucedâneo FUNDEB, sobretudo quanto à forma direcionada pelo MEC. 
Quadro 2 - Comparativo FUNDEB X FUNDEF
PARÂMETRO FUNDEF FUNDEB
1. Vigência 10 anos (até 2006).
14 anos (a partir da promulgação da 
emenda constitucional).
2. Alcance
Apenas o Ensino 
Fundamental.
Educação Infantil, Ensino Fundamen-
tal e Médio.
3. Número de alunos 
atendidos
30,2 milhões 
(Censo Escolar de 2005).
48,1 milhões, a partir do quarto ano 
de vigência do fundo 
(Censo de 2005).
4. Fontes de recursos 
que compõem o fundo
15% de contribuição de
estados, DF e municípios:
•	Fundo de Participação 
dos Estados (FPE);
•	Fundo de Participação 
dos Municípios (FPM);
•	Imposto sobre circula-
ção de Mercadorias e 
Serviços 
•	(ICMS);
•	Imposto sobre Produtos 
Industrializados, propor-
cional às exportações 
(Iplexp);
•	Desoneração de exporta-
ções (Lei Complementar 
nº 87/96); Complementa-
ção da União.
Contribuição de estados, DF e
municípios de:
•	16,66% no primeiro ano;
•	18,33% no segundo ano;
•	20% a partir do terceiro ano, sobre: 
Fundo de Participação dos Estados 
(FPE); Fundo de Participação dos 
Municípios (FPM);
Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS);
Imposto sobre Produtos
Industrializados, proporcional às 
exportações (IPIexp);
Desoneração de Exportações (Lei 
Complementar nº 87/96);
Contribuição de estados, DF e
municípios de:
•	6,66 no primeiro ano;
•	13,33% no segundo ano;
•	20%, a partir do terceiro ano, sobre: 
Imposto sobre Transmissão Causa 
Mortis e Doações (ITCMD);
Imposto sobre Propriedade de
Veículos Automotores (IPVA);
Quota-parte de 50% do Imposto Terri-
torial Rural devida aos municípios;
Complementação da União.
33
A LegisLAção que Dispõe sobre o FinAnciAmento DA eDucAção Capítulo 1 
5. Montante de
recursos
R$ 35,2 bilhões (previsão 
de 2006, sem complemen-
tação da União).
Consideradas as estimativas (em va-
lores de 2006) e a escala de implan-
tação gradual do fundo, os montantes 
previstos de recursos (contribuição 
de Estados, DF e municípios, sem 
complementação
•	da União), seriam:
•	R$ 41,1 bilhões no primeiro ano;
•	R$ 45,9 bilhões no segundo ano;
•	R$ 50,7 bilhões no terceiro ano.
6. Complementação
da União ao fundo
R$ 313,7 milhões (valor
previsto para 2006 pela
Portaria MF nº 40, de
3/3/2006)
Não há definição, na Cons-
tituição, de parâmetro
que assegure o montante 
de recursos da União para 
o fundo.
Consideradas as estimativas, em 
valores de 2006:
•	R$ 2 bilhões no primeiro ano; 
•	R$ 3 bilhões no segundo ano;
•	R$ 4,50 bilhões no terceiro ano;
•	10% do montante resultante da con-
tribuição dos estados e municípios a 
partir do quarto ano;
•	Valores reajustáveis com base no 
índice oficial da inflação;
•	Esses valores oneram os 18% da 
receita de impostos da União vincu-
lada à educação, por força do art. 
212 da Constituição, em até 30% do 
valor da complementação;
•	Não poderão ser utilizados recursos 
do salário-educação (a contribuição 
do salário-educação será estendida 
a toda educação básica pública);
•	Até 10%, poderá ser distribuída aos 
fundos por meio de programas di-
recionados à melhoria da qualidade 
da educação.
7. Total geral de
recursos do fundo
R$ 35,5 bilhões previstos
para 2006.
Previsões (em valores de 2006):
•	R$ 43,1 bilhões no primeiro ano;
•	R$ 48,9 bilhões no segundo ano;
•	R$ 55,2 bilhões no terceiro ano.
34
 Políticas e Gestão Educacional
8. Distribuição dos 
recursos
Com base no número de
alunos do ensino funda-
mental regulare especial, 
de acordo com dados do 
Censo Escolar do ano 
anterior.
Com base no número de alunos da 
educação básica (creche, pré-escolar, 
fundamental e médio), de acordo com 
dados do Censo Escolar do ano ante-
rior, observada a escala de inclusão:
•	Alunos do ensino fundamental 
regular e especial: 100%, a partir do 
primeiro ano; 
•	Alunos da educação infantil, ensino 
médio e EJA: 33,33% no primeiro 
ano; 66,66% no segundo e 100% a 
partir do terceiro.
9. Utilização dos
recursos
Mínimo de 60% para
remuneração dos
profissionais do magistério 
do ensino fundamental.
O restante dos recursos, 
em outras despesas de
manutenção e
desenvolvimento do ensino
fundamental público.
•	Mínimo de 60% para remuneração 
dos profissionais do magistério da 
educação básica.
•	O restante dos recursos em outras 
despesas de manutenção e de-
senvolvimento da educação básica 
pública.
10. Valor mínimo
nacional por aluno ao 
ano (detalhamento a
ser definido na
regulamentação 
da PEC)
Fixado anualmente, com 
as diferenciações:
Até 2004:
•	1ª à 4ª série;
•	5ª à 8ª série e educação 
especial.
•	A partir de 2005:
•	Séries iniciais urbanas;
•	Séries iniciais rurais;
•	Quatro séries finais 
urbanas;
•	Quatro séries finais rurais 
e educação especial.
•	
•	
•	
Fixado anualmente com
diferenciações previstas para:
•	educação infantil (até três anos);
•	educação infantil (pré-escola);
•	séries iniciais urbanas;
•	séries iniciais rurais;
•	quatro séries finais urbanas;
•	quatro séries finais rurais;
•	ensino médio urbano;
•	ensino médio rural;
•	ensino médio profissionalizante;
•	educação de jovens e adultos;
•	Educação de jovens e adultos inte-
grada à educação profissional;
•	educação especial;
•	educação indígena e de
•	quilombolas.
35
A LegisLAção que Dispõe sobre o FinAnciAmento DA eDucAção Capítulo 1 
11. Salário-educação Vinculado ao ensino
fundamental.
Parte da quota federal é
utilizada no custeio da
complementação da União 
ao Fundef, permitida até o 
limite de 20% do valor da
complementação.
Vinculado à educação básica.
Não pode ser utilizado para fins de 
custeio da complementação da
União ao Fundeb.
Fonte: Disponível em: <http://www.mp.rs.gov.br/areas/infancia/
arquivos/cartilhafundeb.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2012.
Atividade de Estudos: 
1) Após analisar a tabela, destaque quais as principais fontes de 
recursos do FUNDEB.
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Notamos, portanto, que a legislação do FUNDEB se beneficiou da 
experiência do FUNDEF. Manteve alguns de seus aspectos (como utilização 
dos recursos para salário dos professores) e inovou em outros. Podemos 
perceber um avanço considerável do segundo fundo em relação ao primeiro, 
conforme destacado no quadro anterior. Entre os avanços podemos citar que 
o primeiro se restringia ao ensino do ensino fundamental, já o segundo abarca 
toda a educação básica. Porém, Saviani (2007, p. 93) destaca que:
É forçoso reconhecer que se trata de um fundo de 
natureza contábil que não chega a resolver o problema 
do financiamento da educação. Na verdade, os valores 
indicados no quadro, se efetivamente aplicados, 
melhorariam sensivelmente o financiamento da educação 
comparativamente à situação atual. Mas não teriam força 
para alterar o status quo vigente.
36
 Políticas e Gestão Educacional
Atividade de Estudos: 
1) Na sua opinião, por que os recursos do FUNDEB não dão conta 
de oferecer uma educação de qualidade?
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ALgumAs consiDerAções
O propósito do primeiro capítulo foi abordar questões inerentes ao 
financiamento da educação básica no Brasil, dentre as quais a legislação, 
a origem dos recursos e a distribuição. Desse modo, julgamos pertinente 
inserir parte da Lei nº 11.494 de 20 de junho de 2007, que regulamenta o 
FUNDEB, com intuito de esclarecimento e complementação do conteúdo. 
Nessa perspectiva, enfatizamos que a supracitada Lei, em seus capítulos I 
ao V, trata das disposições gerais, da composição financeira, da distribuição 
dos recursos, da transferência e da gestão dos recursos e da utilização dos 
recursos, respectivamente. 
Lembrando a você, caro pós-graduando, que no próximo capítulo 
abordaremos questões ligadas às verbas para educação, bem como salário-
educação e por fim discutiremos a Lei 11.738/08, ou seja, a Lei que trata do 
piso nacional dos profissionais do magistério e o cumprimento da jornada de 
trabalho. Esperamos por você! 
37
A LegisLAção que Dispõe sobre o FinAnciAmento DA eDucAção Capítulo 1 
reFerênciAs
BRASIL. Decreto n. 2.264, de 27 de junho de 1997. Regulamenta a 
Lei nº 9.424, de 24 de dezembro de 1996, no âmbito federal, e dá outras 
providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, D. F., 28 jun. 
1997. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 30 jul. 2012.
_____ Emenda Constitucional n. 53, de 20 de dezembro de 2006. Dá nova 
redação aos arts. 7º, 23, 30, 206, 208, 211 e 212 da Constituição Federal e ao 
art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Diário Oficial da 
União, Poder Executivo, Brasília, D. F., 9 mar. 2006. Disponível em: <http://
www.mec.gov.br>. Acesso em: 30 jul. 2012.
_____ Lei n. 11.494, de 20 de junho de 2007. Regulamenta a Emenda 
Constitucional nº 53/2006, de 20 de dezembro de 2006. Diário Oficial da 
União, Poder Executivo, Brasília, D. F., 21 jun. 2007b. Disponível em: <http://
www.mec.gov.br>. Acesso em: 30 jul. 2012.
_____ Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes 
e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Poder Executivo, 
Brasília, D. F., 23 dez. 1996. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso 
em: 30 jul. 2012.
_____ Lei n. 9.424, de 24 de dezembro de 1996. Dispõe sobre o Fundo de 
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do 
Magistério. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, D. F., 26 dez. 
1996a. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 30 jul. 2012.
_____ Medida Provisória n. 339, de 28 de dezembro de 2006. Regulamenta 
o artigo 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e dá outras 
providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, D. F., 29 dez. 
2006a. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 30 jul.2012.
_____ Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Básica. 
Definição, composição, caracterização e vigência do Fundeb. Disponível 
em: <http://portal.mec.gov.br/seb/>. Acesso em: 30 jul.2012.
CIEGLINSKI, Amanda. In. Revista Carta Capital na Escola, São Paulo, p. 
14. Jul. 2012.
38
 Políticas e Gestão Educacional
EDNIR, Madza; BASSI, Marcos. Bicho de Sete Cabeças: para entender o 
financiamento da educação brasileira. São Paulo: Ed. Peirópolis, 2009.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS 
ANÍSIO TEIXEIRA — INEP. Gasto público em educação. Brasília: Instituto 
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2007. 
Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 30 jul. 2012.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS 
ANÍSIO TEIXEIRA — INEP. Índice de desenvolvimento da educação 
básica. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais 
Anísio Teixeira, 2007a. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 
30 jul. 2012.
SAVIANI Dermeval. Da nova LDB ao Fundeb: por uma outra política 
educacional. São Paulo: Ed. Autores Associados, 2012.

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