Buscar

1 ANKI QUESTÕES - PENAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 100 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 100 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 100 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários. 
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima.
CERTO
//
O instituto despenalizador aplica-se não só aos crimes de menor potencial ofensivo, mas também aos delitos de médio potencial ofensivo, conforme conclusão decorrente do art. 89, caput, da Lei 9099 (nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a 1 (um) ano, abrangidas ou não por esta Lei)
CERTO
//
art. 76, caput, da Lei 9099/95: Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos, a ser especificada na proposta.
CERTO
//
Se o juiz discorda do posicionamento do membro do Ministério Público acerca do não oferecimento da
proposta da suspensão condicional do processo, aplica-se, por analogia, o art. 28 do CPP, ou seja, os autos são encaminhados ao Procurador-Geral que deliberará sobre a formulação, ou não, da proposta de sursis processual. Lembre-se que na esfera federal, o magistrado deve encaminhar os autos para a Câmara de Coordenação e Revisão do MPF.
CERTO
//
No JECRIM é cabível o recurso de apelação da decisão que rejeita a denúncia ou a queixa-crime (art. 82 da Lei 9099/95).
CERTO
//
Os institutos despenalizadores da transação penal e da suspensão condicional do processo também são aplicáveis à ação penal de iniciativa privada, segundo jurisprudência do STJ (HC 147.251 e HC 187090).
CERTO
//
Nos crimes de ação penal pública é o Ministério Público o órgão legitimado para propor o sursis processual (art. 89, caput, da Lei 9099/95) é motivo de revogação facultativa o fato de o acusado vier a ser processado por contravenção penal (art. 89, §4º, da Lei 9099/95).
CERTO
//
o período de prova no sursis processual varia de 2 a 4 anos. Além do mais, é causa de revogação obrigatória do referido instituto despenalizador se o acusado vier a ser processado por outro delito (art. 89, §3º, da Lei 9099/95).
CERTO
//
haja vista que o sursis processual não se restringe aos crimes de menor potencial ofensivo, mais sim aos delitos com pena mínima igual ou inferior a 1 ano, abrangidas ou não pela Lei 9099/95. O magistrado não pode conceder o sursis processual de ofício. Assim, em caso de recusa do membro do MP, o juiz deve encaminhar os autos ao Procurador-Geral, com adoção analógica do art. 28 do CP.
CERTO
//
De acordo com o art. 76, §2º, I, da Lei 9099/95, não se admitirá a proposta de transação penal se ficar
comprovado ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade (reclusão/detenção), por sentença definitiva.
CERTO
//
De modo diverso do CPP, a Lei 9099/95 estabelece o recurso de apelação da decisão que rejeita a peça acusatória no JECRIM, sendo a Turma Recursal o órgão jurisdicional competente para apreciar esse inconformismo. De acordo com o art. 98, I, da CF, a Turma Recursal é constituída por juízes de primeiro grau de jurisdição.
CERTO
//
A competência no JECRIM será determinada pelo lugar em que for praticada a infração penal (art. 63 da Lei 9099/95).
CERTO
//
Porquanto a apelação será interposta no prazo de 10 dias, contados da ciência da sentença pelo MP, réu e seu defensor, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente (art. 82, §1º, da Lei 9099/95).
CERTO
//
Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 anos, cumulada ou não com multa (art. 61 da Lei 9099/95).
CERTO
//
A condicional do processo é admissível nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, mas a declaração de extinção da punibilidade dependerá de laudo de constatação de reparação do dano ambiental, salvo impossibilidade de fazê-lo, permitida a prorrogação do prazo, se incompleta a reparação, com suspensão da prescrição.
CERTO
 eis que em perfeita sintonia com o estipulado pelo art. 28 da Lei 9605/98, ou seja, a declaração de extinção de punibilidade dependerá de laudo de constatação de reparação do dano ambiental, ressalvada a impossibilidade de fazê-lo. Além do mais, é permitida prorrogação pelo prazo máximo de 10 anos, não correndo a prescrição durante o período de prova.
//
a suspensão condicional do processo pode ser aplicada aos casos de concurso material de infrações penais quando as penas mínimas somada não ultrapassar a 1 ano.
CERTO
//
questão enfrentada pelo Superior Tribunal de Justiça versa sobre a possibilidade do descumprimento de uma condição imposta para o uso de tornozeleira eletrônica consistente na inobservância do perímetro estabelecido para o monitoriamento é de figurar como falta grave. 
ERRADO
Como se vê, no Art. 50 da Lei nº 7.210/84: LEP o descumprimento de uma das condições impostas para o uso de tornozeleira eletrônica não encontra respaldo em nenhum dos dispositivos legais citados acima, ou seja, não consta do rol taxativo da LEP. De tal forma, admitir uma falta grave fora das hipóteses legais malfere os princípios da legalidade e da anterioridade consagrados no art. 45, caput, da LEP (Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal ou regulamentar).
Todavia, o descumprimento de uma condição obrigatória para uso de tornozeleira eletrônica durante a execução da pena não passa desapercebida pelo Juízo da Execução, que pode aplicar uma das seguintes sanções disciplinares catalogadas no art. 146-C da LEP: regressão de regime, revogação de saída temporária, revogação de prisão domiciliar e advertência por escrito, nos termos do art. 146-
C da LEP.
//
Se o condenado faltar com o respeito com os demais condenados do estabelecimento penal não poderá ser apenado com falta grave ante a inexistência dessa hipótese como dita transgressão disciplinar na LEP. 
CERTO
//
A questão enfrentada pelo Superior Tribunal de Justiça versa sobre a fixação da data-base para fins de subsequente progressão de regime.
Vamos imaginar a seguinte situação: João foi condenado a pena de 20 anos de reclusão, em regime inaugural fechado. Na data de 25/11/2015 preencheu os requisitos necessários para obter a progressão de regime. A decisão judicial concessiva do benefício da promoção carcerária se deu apenas em 18/04/2016. Devido à ausência de vaga em Colônia Agrícola, Industrial ou estabelecimento similar, João teve sua transferência postergada para o regime semiaberto, que se concretizou apenas em 05/10/2016. Diante dessa situação, indaga-se:
 Qual será a data-base para a subsequente progressão de regime?
Já o Supremo Tribunal Federal nos autos do HC 115.254 julgado pela Segunda
Turma em 26/02/2016 asseverou que o marco inicial (data-base) para a progressão de regime era a data em que o apenado cumpriu os requisitos legais (art. 112 da LEP), e não a data do início do cumprimento da pena no regime anterior. Com isso, o Pretório Excelso sedimentou que a natureza jurídica da decisão que concede a progressão de regime é declaratória, e não constitutiva. Vale dizer, preenchidos os requisitos legais da promoção carcerária o condenado faz jus ao benefício a contar dessa data, ainda que a decisão judicial declarando esse direito demore meses, não podendo o condenado ser penalizado pela mora judiciária. O Pretório Excelso ainda trouxe um importante argumento, qual seja, a mesma lógica aplicada para a regressão de regime em caso de reconhecimento de falta disciplinar deve ser aplicada na promoção de regime, em que a database é adata da prática do fato, e nãoda decisão posterior que reconhece a falta. Com isso, o período de permanência no regime mais gravoso, por demora do Poder Judiciário, deve ser considerado para o cálculo de futuro benefício, sob pena de ofender o princípio da dignidade humana (art. 1º, III, da CF).
//
Segundo entendimento atual do STJ, a decisão que concede a progressão de regime tem natureza declaratória, sendo a data-base fixada a contar do preenchimento dos requisitos legais e não da data do efetivo ingresso do reeducando no regime anterior. 
CERTO
A questão enfrentada pelo Superior Tribunal de Justiça diz respeito acerca da execução provisória da pena quando ainda pendente o julgamento de recurso de embargos declaratórios na Corte de Justiça (órgão de segundo grau de jurisdição). Vamos imaginar a seguinte situação: Marcos foi condenado em primeiro grau de jurisdição, com direito de apelar em liberdade ante a ausência dos requisitos da prisão preventiva. O Tribunal de Justiça, por sua vez, nega provimento ao apelo defensivo, mantendo a condenação e determina a imediata expedição de mandado de prisão. Do acórdão do Tribunal de Justiça a defesa opõe embargos declaratórios. Indaga-se: Após o julgamento do recurso de apelação, o Tribunal de Justiça de modo automático pode expedir mandado de prisão? 
Todavia, para a Sexta Turma do STJ a regra acima deve ser ponderada em caso de oposição de embargos de declaração em face do acórdão condenatório de órgão de segundo grau de jurisdição.
De acordo com esse julgado, opostos embargos de declaração desse acórdão que julga o recurso de apelação não se devem expedir de forma automática mandado de prisão, principalmente nos casos em que o acusado respondeu o processo em liberdade ante a ausência dos pressupostos da prisão preventiva. Apesar de os embargos declaratórios não ser dotado de efeito suspensivo e apenas interromper o prazo para recursos cabíveis, é sabido que em muitas hipóteses eles têm efeito infringente. Por ainda ser passível de integração o acordão condenatório, conclui-se que ainda não houve deliberação definitiva do TJ/TRF, não existindo razão para expedição de mandado de prisão de um acusado que recorreu em liberdade. No ponto, não houve ainda o esgotamento da jurisdição do Tribunal de Justiça (órgão de segundo grau). Com isso, depreende-se que somente é possível a determinação de prisão de acusados em liberdade ao longo da persecução penal judicial quando é julgado todos os recursos opostos contra o acórdão condenatório do TJ/TRF, confirmando, assim, a condenação, que pode ser desafiada por recurso especial e recurso extraordinário, meios recursais sem efeito suspensivo.
//
O Tribunal de Justiça não deve ordenar a prisão de acusado, que recorreu em liberdade, quando a Defesa se valeu de embargos declaratórios para buscar a integração do acórdão condenatório, porquanto não houve o esgotamento da jurisdição daquela Corte de Justiça. 
CERTO 
A Sexta Turma do STJ firmou posição no sentido que a execução da pena depois do acórdão em segundo grau de jurisdição e antes do manto da coisa julgada não é automática quando ainda for cabível a integração do julgado pelo Tribunal de Justiça por meio de embargos de declaração. Afinal de contas, não houve ainda o esgotamento da jurisdição do órgão de segunda instância.
//
O reeducando João da Silva Silvério por se dedicar 8 horas diárias ao trabalho no “Coral Recomeço” pleiteou na Vara de Execuções Penais da Comarca de Campinas/SP a remição de sua pena, pedido esse que foi deferido pela magistrada.
CERTO. 
Justamente para evitar que o reeducando permaneça ocioso no estabelecimento prisional, a remição pelo trabalho e/ou estudo é o instrumento encontrado pelo legislador para fomentar o aperfeiçoamento desse condenado de forma a melhor prepará-lo para o mercado de trabalho quando deixar o sistema penitenciário em busca de uma atividade lícita. Mostra-se, assim, perfeitamente compatível a atividade musical, profissão legalmente regulamentada pela Lei 3.857/1960, para os fins de remição,
computando-se como pena cumprida o tempo remido, nos exatos termos do art.
128 da LEP.
//
Pode ser considerado para fins de remição penal a jornada diária de trabalho inferior a 6 horas quando essa for oriunda de imposição da Administração Penitenciária e não for fruto de ato voluntário ou de insubmissão do reeducando.
 Resposta: A afirmação está CERTO
Com esse entendimento, o Supremo Tribunal Federal asseverou que deve ser levado em conta para o cálculo da remição penal a jornada diária de trabalho inferior a 6 horas, desde que tal jornada de trabalho seja determinada pela própria Administração Penitenciária e não derive de ato voluntário de indisciplina ou de insubmissão do detento.
//
A Defensoria Pública ajuizou uma reclamação constitucional no Supremo Tribunal Federal aduzindo, em síntese, que o Juízo da Execução Penal havia desrespeitado o teor da súmula vinculante de nº 56, porquanto o reeducando cumpria a pena em presídio do regime fechado ante a ausência de vagas em colônia agrícola ou industrial, malgrado o regime inicial carcerário fixado na condenação tenha sido o regime semiaberto. Em razão disso, pleiteava a imediata transferência para o regime aberto ou fixação de prisão domiciliar. No caso concreto, o apenado estava numa seção separada do presídio destinada aos condenados em regimes semiaberto e aberto, gozando dos benefícios legais atinentes ao seu regime de cumprimento da pena.
Em razão de o apenado não estar cumprindo pena em colônia agrícola ou industrial, a grande questão enfrentada na reclamação constitucional em comento circunscreve-se ao termo “estabelecimento similar” contido no art. 33, §1º, “b”, do Código Penal. Em outras palavras, o cumprimento da pena em ala separada de presídio, com detentos apenas dos regimes aberto e semiaberto, pode ser encarado como regime semiaberto?
A resposta a essa indagação está justamente nos parâmetros traçados pelo Pretório Excelso nos autos do RE 641.320/RS. De acordo com o STF, os juízes da execução penal poderiam avaliar os estabelecimentos destinados aos regimes semiaberto e aberto, para qualificação como adequados a tais regimes. Seriam aceitáveis estabelecimentos que não se qualificassem como “colônia agrícola,
industrial” (regime semiaberto) ou “casa de albergado ou estabelecimento adequado” (regime aberto) (art. 33, §1º, “b” e “c”). No entanto, não deverá haver alojamento conjunto de presos dos regimes semiaberto e aberto com presos do regime fechado.
No caso em concreto, o Supremo Tribunal Federal entendeu que, em perfeita sintonia com os parâmetros do RE 641320/RS, o Juízo da Vara de Execuções Penais qualificou corretamente como “estabelecimento similar” a ala destacada do presídio em que o apenado não tinha qualquer contato com os integrantes do regime carcerário mais gravoso (fechado), gozando, inclusive, dos benefícios legais previstos ao regime semiaberto. Diante desse cenário, a reclamação constitucional foi julgada improcedente ante a inexistência de transgressão à súmula vinculante 56.
//
Em 26.06.201, Paulo, primário, foi preso em flagrante sob a acusação de venda de drogas, em
estável associação com outros quatro indivíduos, estando incursos nos crimes de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06, sem a diminuição prevista no §4º do mesmo artigo) e associação para o tráfico (art. 35 da lei nº 11343/06). Na data de hoje, foi simultaneamente condenado, em decisão definitiva, por ambos os delitos. Você, defensor público em exercício junto à Vara de Execuções Penais, atuando na defesa dos interesses de Paulo, deverá requer a concessão da progressão de regime após o cumprimento de:
2/5 da pena pelo crime de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei nº 11343/06), mais 1/6 da pena pelo crime de associação para o tráfico de drogas (art. 35 da Lei nº 11343/06). A alternativa correta é a letra E. A grande questão desse exercício era saber quais são os crimes equiparados aos delitos hediondos. Tráfico de drogas é crime equiparado ao hediondo, razão pela qual o requisito objetivopara a progressão de regime é o transcurso de 2/5 do total da pena quando o condenado não é reincidente (como no caso do Paulo). Já a associação para o tráfico, por não ser um delito equiparado ao hediondo, adota o requisito objetivo previsto para os crimes comuns, qual seja, o transcurso de 1/6 do total da pena.
//
De acordo com o art. 25 do Código de Processo Penal, a representação é irretratável após o oferecimento da denúncia. Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.. Nos casos abrangidos pela Lei 11.340/2006 (Maria da Penha), a ofendida poderá se retratar até o recebimento da inicial (art. 16). Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.
CERTO
//
Não Procede mediante a representação? A) Furto de coisa comum (CP, art. 156); b) Violação do segredo profissional (CP, art. 154); c) Perigo de contágio venéreo (CP, art. 130); d) Ameaça (CP, art. 147); e) Violação de domicílio (CP, art. 150).
Art. 156, CP - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum [...] § 1º - Somente se procede mediante representação.
Art. 154, CP - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem [...] Parágrafo único - Somente se procede mediante representação. 
Art. 130, CP - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado [...] § 2º - Somente se procede mediante representação.
Art. 147, CP - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave [...] Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.
RESPOSTA: Violação de domicílio (CP, art. 150).
//
O teor da Súmula 714 do Supremo Tribunal Federal responde o questionamento: é concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções.
CERTO
//
Art. 60, CPP. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal: I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos; II quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36; III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais; IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.
CERTO
//
O prazo para oferecimento da denúncia é impróprio. A superação desse prazo previsto em lei (desde que considerável) pode até culminar no relaxamento da prisão cautelar, mas não dá ensejo à declaração de nulidade. Aliás, a jurisprudência consolidada reconhece a ocorrência de mera irregularidade em casos parecidos ao retratado no enunciado.
CERTO
//
Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr: [...] IV – nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido.
CERTO
//
O crime de bigamia, como já esclarecido, é de ação penal pública incondicionada. Presentes elementos de informação suficientes, deve o Ministério Público oferecer denúncia.
CERTO
//
consideradas as duas ações penais, a decadência obsta apenas o ajuizamento da queixa. 
ERRADO.
A decadência não obsta apenas o ajuizamento de queixa-crime, mas também a própria denúncia nos casos de ação penal pública condicionada à representação.
//
Assim, se a instância penal reconheceu a existência de um ato ilícito, não há mais necessidade, tampouco interesse jurídico, de rediscutir essa questão na esfera civil. Se o fato constitui infração penal, por óbvio caracteriza ilícito civil, dado que este último configura grau menor de violação da ordem jurídica. Só restará saber se houve dano e qual o seu valor. Vê-se, portanto, que a condenação penal imutável faz coisa julgada também no cível, para efeito de reparação do dano ex delicto, impedindo que o autor do fato renove nessa instância a discussão do que foi decidido no crime. (CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. Saraiva. São Paulo. 19ª ed. 2012. P. 212)
CERTO
//
Se ação de reparação de danos está em fase de citação e a ação penal na ocasião da sentença,
tal situação vincula o juízo cível a suspender o curso da ação reparatória; 
ERRADO.
Na hipótese constante no enunciado, caberá ao juiz do processo cível decidir se suspende ou não a ação reparatória. Não há vinculação. Ele não é obrigado a suspender. O art. 64 do Código de Processo Penal é claro a esse respeito: Art. 64. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para ressarcimento do dano poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do crime e, se for caso, contra o responsável civil. Parágrafo único. Intentada a ação penal, o juiz da ação civil poderá suspender o curso desta, até o julgamento definitivo daquela.
//
Não há súmula do Supremo Tribunal Federal conferindo ao Ministério Público legitimidade
irrestrita para o ajuizamento de ação civil ex delicto em favor de pessoa pobre. Pelo contrário, o STF reconheceu a inconstitucionalidade progressiva do art. 68 do CPP para o efeito de atribuir legitimidade ao parquet somente enquanto não tiver sido instalada Defensoria Pública no local.
CERTO
//
A sentença penal absolutória que reconhece a ocorrência de estado de necessidade faz coisa julgada no cível. Se a decisão não atribuir a culpa a terceiro ou ao dono da coisa, o proprietário do bem jurídico atingido poderá ajuizar ação cível para reparação do dano diretamente contra o causador. Nesse caso, o indivíduo que agiu acobertado pela causa excludente de ilicitude poderá ajuizar ação regressiva.
CERTO
 Sobre o tema, confira-se o que dispõem os arts. 188, 929 e 930 do Código Civil:
Art. 188. Não constituem atos ilícitos: I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular denum direito reconhecido; II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente. Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado. Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se causou o dano (art. 188, inciso I)
//
A questão versa sobre a súmula 192 do STJ: Compete ao Juízo das Execuções Penais do Estado a execução das penas impostas a sentenciados pela Justiça Federal, Militar, ou Eleitoral, quando recolhidos a estabelecimentos sujeitos à administração estadual.
CERTO
//
Após a vigência da Lei 10792/03, a promoção de regime exige a observância do requisito objetivo (cumprimento de 1/6 para os crimes em geral; para os crimes hediondos: 2/5 se primário, ou 3/5, se reincidente) e do requisito subjetivo (atestado de boa conduta carcerária assinado pelo diretor do estabelecimento prisional).
CERTO
//
O exame criminológico deixou de ser necessário para a aferição da progressão de regime. Todavia,o magistrado, mediante decisão fundamentada, pode solicitar a sua realização. Esse é o teor da súmula 439 do STJ: Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada.
CERTO
//
A reincidência não influi no prazo da prescrição da pretensão punitiva. 
CERTO
Súmula 220. A reincidência não influi no prazo da prescrição da pretensão punitiva
//
É admissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética. 
ERRADO
Súmula 438. É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva
com fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do
processo penal.
//
No crime de peculato exclusivamente em sua modalidade culposa, se houver reparação do dano no curso do inquérito policial, extinguir-se-á a punibilidade do agente. 
CERTO
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
(...)
Peculato culposo
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta
//
A prescrição retroativa regula-se pela pena concreta fixada na condenação, contado o prazo do trânsito em julgado para a acusação retroativamente ao recebimento da denúncia, ou do recebimento da denúncia até a prática do crime. 
ERRADO
Essa alternativa também nos exige conhecimento da letra da lei, uma vez que o art. 110, § 1º do Código Penal dispõe: Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam
de um terço, se o condenado é reincidente.
§ 1º A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
//
A prescrição intercorrente é calculada com base no montante imposto na sentença e extingue a pena aplicada em concreto, remanescendo os demais efeitos da condenação.
ERRADO
Como visto, a prescrição intercorrente é calculada com base no montante imposto na sentença e extingue a pena aplicada em concreto, extinguindo os efeitos da condenação.
//
o crime continuado, a prescrição retroativa é calculada com base em cada pena concreta para cada delito, observado o acréscimo pela continuidade, devendo os períodos ser medidos. 
ERRADO 
Com relação à prescrição do crime continuado, não deve ser considerado o acréscimo pela continuidade, como dispõe a Súmula 497 do STF transcrita abaixo: Súmula 497. Quando se tratar de crime continuado, a prescrição regula-se pela pena imposta na sentença, não se computando o acréscimo decorrente da continuação.
//
. A detração é considerada para efeito da prescrição da pretensão punitiva, não se estendendo aos cálculos relativos à prescrição da pretensão executória
 ERRADO
A detração não pode ser considerada para fins de cálculo da prescrição da pretensão punitiva. Vale observar que a prescrição da pretensão executória, por sua vez, nos casos de evasão ou revogação de livramento condicional, regula-se pelo restante da pena, nos termos do artigo 113 do Código Penal. Deste modo, pode-se falar que a detração será considerada, de forma indireta, pois a prescrição vai ser calculada pelo que resta da pena.
//
Em caso de concurso de material e formal de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente, nos termos do art. 119 do Código Penal. Tratando-se de crime continuado, deve-se observar o conteúdo da Súmula 497, do STF que dispõe o seguinte:
CERTO
Súmula 497 Quando se tratar de crime continuado, a prescrição regula-se pela pena imposta na sentença, não se computando o acréscimo decorrente da continuação.
//
Ao contrário da renúncia ao direito de queixa, a decadência é causa de extinção da punibilidade. 
ERRADO
renúncia ao direito de queixa também é causa de extinção da punibilidade de acordo com o art. 107,
inciso V do Código Penal: Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
//
O prazo de prescrição é reduzido pela metade quando o agente for maior de setenta anos na data da sentença. 
CERTO
Como visto na aula anterior, o perdão judicial tem que ser concedido nos casos previstos em lei, conforme dispõe o art. 107, inciso IX do Código Penal:
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
//
A extinção da punibilidade de crime que seja pressuposto, elemento constitutivo ou circunstância agravante de outro crime não se estende a este e, tratando-se de crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão. CERTO
Art. 108 - A extinção da punibilidade de crime que é pressuposto, elemento constitutivo ou circunstância agravante de outro não se estende a este. Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão.
//
Para fins de prescrição, tratando-se de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente, sendo considerada para efeitos de reincidência a sentença que conceder o perdão judicial.
 ERRADO
Art. 120 - A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de
reincidência.
//
Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente.
CERTO
//
Após o trânsito em julgado da sentença condenatória para a acusação ou após o não provimento de seu recurso, a prescrição regula-se pela pena aplicada, podendo o termo inicial ser a data anterior à da denúncia ou à da queixa. 
ERRADO
Na prescrição retroativa, depois da alteração realizada pela Lei nº 12.234/2010, não pode o termo inicial ser a data anterior à da denúncia ou à da queixa, como dispõe o art. 110, § 1º do CP:
Art. 110 § 1º A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
//
O prazo da prescrição da pretensão punitiva aumenta de um terço em caso de réu reincidente. 
ERRADO
De acordo como o art. 110 do CP, na prescrição executória é que os prazos aumentam de um terço, se o condenado é reincidente: Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente.
Ademais, a Súmula nº 220 do STJ prevê o seguinte: A reincidência não influi no prazo da prescrição da pretensão punitiva
//
A pronúncia e o acórdão confirmatório da pronúncia interrompem a prescrição. 
CERTO
A pronúncia e o acórdão confirmatório da pronúncia interrompem a prescrição, conforme dispõe o artigo 117 do Código Penal: Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: II - pela pronúncia; III - pela decisão confirmatória da pronúncia;
//
No arrependimento eficaz, é irrelevante que o agente proceda virtutis amore ou formidine poence, ou por motivos subalternos, egoísticos, desde que não tenha sido obstado por causas exteriores independentes de sua vontade. 
CERTO
O arrependimento eficaz é cabível somente nos crimes materiais, consistindo na atuação do sujeito ativo que seja capaz de impedir o resultado. Exige voluntariedade do agente, mas não espontaneidade. Com isso, o sujeito responde apenas pelos atos (típicos)já praticados, conforme prevê o artigo do Código Penal:
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que
o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
Percebem que só se exige a voluntariedade. Não há necessidade de que ao gente proceda virtutis amore (por amor à virtude) nem por formidine poence (medo da pena). O item está correto. Não se exige nenhum elemento subjetivo do autor, somente que a conduta seja voluntária, ou seja, que não seja provocada por fatores alheios à vontade do agente.
//
O arrependimento eficaz, com a reparação do dano ou restituição da coisa por ato voluntário do agente, ocorrido até o recebimento da denúncia, enseja a redução da pena à metade. 
ERRADO
Arrependimento posterior
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
//
O arrependimento posterior implica causa de diminuição da pena do agente, e apenas é aplicável aos crimes praticados sem violência ou grave ameaça à pessoa. 
CERTO 
Arrependimento posterior
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
//
os crimes unissubsistentes, os crimes omissivos próprios e as contravenções penais, entre outros, não admitem a figura da tentativa; 
CERTO
O item I está correto. Como os crimes unissubsistentes se consumam com apenas um ato, não há possibilidade de haver forma tentada, conforme a doutrina majoritária. Os crimes omissivos próprios, por sua vez, são aqueles que são realizados pela omissão, por um comportamento negativo, um não fazer. Não se exige, para sua consumação, o resultado naturalístico. Como o crime é unissubsistente, no momento que o agente se omite o crime já se consuma, não comportando, pois, a tentativa. Da mesma forma, não se admite tentativa nas contravenções penas. O art. 4º da Lei de Contravenções Penais dispõe não serem puníveis as contravenções penais na forma tentada.
//
Os requisitos do concurso de pessoas, em regra, são: pluralidade de condutas, relevância causal de cada uma das ações, liame subjetivo entre os agentes e identidade de fato. 
CERTO
são requisitos do concurso de
pessoas:
Pluralidade de agentes e de condutas
Relação de causalidade
Identidade de crime
Vínculo subjetivo (psicológico, normativo)
Existência de fato punível
//
A doutrina e a jurisprudência não aceitam o concurso de agentes em crime culposo, pois, nesse caso, não há possibilidade de vínculo psicológico entre duas pessoas na prática da conduta. 
ERRADO
A doutrina e a jurisprudência aceitam a coautoria em crime culposo.
//
O Código Penal, no que diz respeito ao concurso de pessoas, adotou também em alguns casos as chamadas exceções pluralísticas à teoria unitária. 
CERTO
O Código Penal admite excepcionalmente a teoria pluralista. De acordo com a teoria pluralista a cada um dos agentes se atribui uma conduta, elemento subjetivo e um resultado, constituindo-se em delitos autônomos. À título de exemplo, podemos citar o crime de aborto e o crime de corrupção.
//
Ao tratar do concurso de pessoas, o Código Penal adotou como principal a teoria monista ou unitária. 
CERTO
A teoria adotada pelo Código Penal foi a monista que preconiza que o crime será único independentemente da quantidade de agentes que o tenha praticado, sendo responsável todo aquele que concorreu para a sua prática.
//
No O art. 14, II, Parágrafo único, do Código Penal, estabelece que “salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços”. Excepcionalmente, contudo, a lei penal pátria descreve condutas cujo tipo prevê a punição da
tentativa com a mesma pena abstratamente aplicável ao crime consumado. É o que sucede, v.g., com o crime tipificado no art. 352, do Código Penal: “Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa”: Tal espécie delitiva é classificada pela doutrina como 
RESPOSTA: O enunciado da questão dá exatamente o conceito de crime de empreendimento, no qual a tentativa é equiparada à forma consumada do crime. Também pode ser denominado de crime de atentado. Outro exemplo é o tipo penal do artigo 309 do Código Eleitoral: “Votar ou tentar votar mais de uma vez, ou em lugar de outrem: Pena – reclusão até três anos”.
//
O Direito Penal brasileiro adotou a teoria limitada da culpabilidade, que trata o error sobre os pressupostos fáticos de uma justificante como erro de proibição indireto . 
ERRADO
O Direito Penal Brasileiro adotou sim a teoria limitada da culpabilidade. Entretanto, o erro sobre os pressupostos fáticos, nas descriminantes putativas, é tratado como erro de tipo.
//
A desistência voluntária e o arrependimento eficaz são incompatíveis com os crimes culposos, sendo, contudo, admitidos na culpa imprópria. 
CERTO
sendo incompatíveis com os crimes culposos a desistência voluntária e o arrependimento eficaz. São casos de tentativa qualificada, não sendo possível se falar em tentativa de crime culposo. Ademais,
não querendo o agente o resultado, não pode dele desistir, nem se arrepender de ter buscado causá-lo. Na culpa imprópria, o agente na verdade atua com intenção em situação de descriminante putativa por erro de tipo. Esta hipótese ocorre quando o agente imagina um fato que lhe permitiria agir sob uma excludente de ilicitude. Não se trata propriamente de culpa, pois ele age de forma intencional, mas imaginando estar acobertado por uma causa que justifica sua ação, que a tornaria conforme o ordenamento jurídico. Neste caso, é possível a chamada tentativa abandonada
//
O agente que dispara um tiro contra outrem, mas que, arrependido, leva a vítima para o hospital, vindo ela a falecer em decorrência de uma infecção hospitalar, responde por homicídio consumado. 
CERTO
//
Denomina-se crime plurissubsistente o crime cometido por vários agentes.
 ERRADO
Crime plurissubsistente é aquele cuja ação é representada por vários atos.
//
Se o sujeito fizer tudo o que está ao seu alcance para a consumação do crime, mas o resultado não ocorrer por circunstâncias alheias a sua vontade, configura-se crime falho.
CERTO 
O crime falho, também denominada de tentativa perfeita, ocorre quando o agente, apesar de praticar todos os atos executórios, não consegue consumar o crime por circunstâncias alheias à sua vontade.
//
A diferença entre a tentativa e a tentativa abandonada é que, no primeiro caso, o agente diz “eu consigo, mas não quero” e, no segundo, o agente diz “eu quero, mas não consigo” 
ERRADO
Ao contrário do que indica a questão, a diferença entre a tentativa e a tentativa abandonada é que, no primeiro caso, o agente diz “eu quero, mas não consigo” e, no segundo, o agente diz “eu consigo, mas não quero”.
//
Jonas descobriu, na mesma semana, que era portador de doença venérea grave e que sua esposa, Priscila, planejava pedir o divórcio. Inconformado com a intenção da companheira, Jonas manteve relações sexuais com ela, com o objetivo de lhe transmitir a doença. Ao descobrir o propósito de Jonas,
Priscila foi à delegacia e relatou o ocorrido. No curso da apuração preliminar, constatou-se que ela já estava contaminada da mesma moléstia desde antes da conduta de Jonas, fato que ela desconhecia.
Nessa situação hipotética, considerando-se as normas relativas a crimes contra a pessoa, a conduta perpetrada por Jonas constitui crime impossível, em razão do contágio anterior.
CERTO
No caso em tela, a conduta do agente mostra-se impossível na sua consumação. Isto ocorre por absoluta impropriedade do objeto material, conforme dispõe o art. 17 do Código Penal:
Crime impossível
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-seo crime.
//
Art. 311, CPP. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão
preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério
Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial
CERTO
//
Art. 318, CPP. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: [...] V
- mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos.
CERTO
//
Art. 318, CPP. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: I -
maior de 80 (oitenta) anos; [...] VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de
até 16 anos de idade incompletos.
ERRADO
Art. 318, CPP. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: I -
maior de 80 (oitenta) anos; [...] VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de
até 12 (doze) anos de idade incompletos.
//
Art. 318, CPP. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: IV -
gestante;
ERRADO
A lei não exige que a gravidez seja de risco para garantir a prisão
domiciliar à mulher grávida 
Art. 318, CPP. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: IV -
gestante;
//
a reincidência é irrelevante para a admissão da prisão preventiva.;
ERRADO
A reincidência é uma das hipóteses de admissibilidade da prisão preventiva (art. 313, II do Código de Processo Penal). Sua relevância, portanto, é indiscutível. Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o
disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código
Penal;
//
Suponha-se que o juiz decrete a prisão preventiva do investigado, em virtude do descumprimento de outras medidas cautelares pessoais. Nesse caso, prescinde-se de que o crime seja punido com pena privativa de liberdade máxima superior a quatro anos.
CERTO
No caso de descumprimento das cautelares alternativas fixadas, o juiz poderá decretar a prisão preventiva ainda que não esteja presente nenhuma das hipóteses previstas nos incisos do art. 313 do Código de Processo Penal. As hipóteses de admissibilidade não estão somente nesse artigo e são autônomas, como explicamos. Pensar diferente culminaria em retirar a força coercitiva dessas medidas. Confira-se o que diz a doutrina:
//
O juiz poderá determinar a substituição da prisão preventiva pela domiciliar caso o agente
tenha mais de sessenta e cinco anos de idade.
ERRADO
A prisão preventiva pode ser substituída pela domiciliar caso o agente tenha mais de oitenta anos de idade (e não sessenta e cinco). Art. 318, CPP. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: I - maior de 80 (oitenta) anos;
//
havendo consentimento do morador, o mandado de prisão poderá ser cumprido em
domicílio durante a noite;
CERTO
Mandado de prisão pode ser cumprido em domicílio, à noite, se houver consentimento do morador. Inteligência do art. 5º, inciso XI da Constituição Federal c/c art. 283, 2º do Código de Processo Penal.
Art. 5º, CF Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; Art. 283, CPP. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva. [...] § 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio.
//
o excesso de prazo entre a prisão cautelar e a sentença de pronúncia não pode ser desconsiderado, mesmo que, após esse ato processual, nenhum constrangimento ilegal tenha sido verificado;
ERRADO
porque incompatível com a orientação da Súmula 21 do STJ.
Súmula 21, STJ – Pronunciado o réu, fica superada a alegação do constrangimento ilegal da prisão por
excesso de prazo na instrução.
//
diante da superveniência de sentença condenatória, estará prejudicada questão referente ao excesso de prazo da prisão cautelar;
CERTO
Não é muito bem formulada a assertiva. De qualquer modo, segundo o STF, proferida a sentença condenatória, não há falar em excesso de prazo na formação da culpa. (HC 91973, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em 04/03/2008, DJe-055 DIVULG 27-03-2008 PUBLIC 28-03-2008 EMENT VOL-02312-05 PP- 00772)
//
o excesso de prazo para o oferecimento da denúncia configura hipótese de constrangimento ilegal, não sendo superado pelo recebimento da denúncia.
ERRADO
De acordo com o STJ, em razão do oferecimento e recebimento da vestibular acusatória, resta prejudicada a alegação de excesso para apresentação da denúncia (RHC n. 74.120/RS, Quinta Turma, Rel. Min. Jorge Mussi, DJe de 5/10/2016)
//
TEMA: PACOTE ANTI CRIME
QPP 2019 José instiga João e se automutilar, fazendo com que este fique afastado de seu serviço por duas semanas. Neste caso, o crime do art. 122 é qualificado.
CERTO
Conforme nova redação do Art. 122 Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019) Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o faça: (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019)
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019)
§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código. Tal lesão corporal é de ficar afastado de seu serviço por duas semanas é de natureza grave.
//
QPP 2019 José instiga João, de 13 anos, a se automutilar. José acabe se ferindo gravememente. Neste caso, deve José responder pelo crime de lesão corporal qualificada, de acordo com a nova lei. 
ERRADO
O agente vai responder por crime de lesão corporal gravíssima (§ 2º do art. 129 do Código Penal), se o crime do art. 122 resulta em lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência (§ 6º)
Art. 122 § 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019)
//
QPP 2019 José instiga João a se suicidar. João está completamente embriagado e, portanto, sem discernimento para o ato. Neste caso, deve José responder por instigação ao suicídio qualificado, caso haja morte.
ERRADO
Responderá por homicídio
Art. 122 § 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019)
//
QPP 2019. José auxilia João a se automutilar. Considere duas situações: 1. João, menor de 14 anos, morreu. 2. João, menorde 14 anos, ficou gravemente ferido. Nesses dois casos, a pena do art. 122 deverá ser duplicada.
ERRADO
No primeiro caso José responderá pelo Homicídio como o Art. 122 §7º faz tipo remitido, ou seja, remissão ao: Art. 122 § 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019)
No Segundo caso ele responderia pelo Art. 122§6º se ficasse ferido de forma gravíssima, ou seja, tipo remitido a lesão corporal gravíssima, o que não foi o caso, neste caso portanto responderá pelo Art. 122, §3º II, qualificado com pena duplicada: quando a vítima tem diminuída a capacidade de resistência ou é menor. 
§ 3º A pena é duplicada: (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019)
I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil; (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019)
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.
//
Com a nova redação do Art. 171 do CP o estelionato para ser ação penal pública condicionada a representação. Salvo se a vítima for idosa.
ERRADO
O Art. 171 § 5º IV, nada fala em vítima idosa e sim vítima maior que 70 anos. O Art. 171 § 5º Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for: IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
QUESTÕES ACIMA ANEXADAS NO ANKI
APLICAÇÃO DE LEI PENAL
É incabível a aplicação retroativa da Lei n° 11.343/2006, ainda que o resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n° 6.368/76, permitida, no entanto, a combinação das mencionadas leis para beneficiar o agente.
ERRADO
Não se pode criar uma terceira lei resultante da conjugação de duas outras (lex tertia). A extratividade da lei penal é integral. Deve ser aplicado todo diploma normativo, e não apenas seus fragmentos mais benéficos. 
A aplicação retroativa da novatio legis in mellius (art. 2º, CP) é concretização do art. 5º, XL, da Constituição. Entretanto, não de pode criar uma terceira lei resultante da conjugação de duas outras (lex tertia). A extratividade da lei penal é integral; deve ser aplicado todo o diploma normativo, e não apenas seus fragmentos mais benéficos.
//
A lei excepcional ou temporária não se aplica ao fato praticado durante sua vigência.
ERRADO
Aplica-se sim. 
Lei Excepcional Vs Lei Temporária:
Lei Excepcional = vigora até cessar a excepcionalidade, não tendo data exata para terminar. Por exemplo: lei criada para regulamentar determinada situação de calamidade pública. Enquanto não cessar a calamidade, a lei fica em vigor.
Lei Temporária = tem data exata para terminar. Por exemplo: lei da copa do mundo -> na própria lei consta o prazo de sua vigência.
//
Lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, mas apenas se ainda não decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
ERRADO
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
Lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, mas apenas se ainda não decididos por sentença condenatória transitada em julgado. Ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
//
Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
CERTO
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
//
A jurisprudência atual do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal admite a aplicação combinada das partes benéficas de leis penais distintas (lex tertia).
ERRADO
Súmula 501, do STJ, é cabível a aplicação retroativa da Lei 11.343/2006, desde que o resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis.
No julgamento do HC 95435/RS, STF, a conclusão foi pela não possibilidade da combinação de leis penais, sob pena de se criar uma terceira lei a ser aplicada ao caso.
//
A ultratividade da lei penal temporária, prevista no artigo 3º do Código Penal, constitui exceção legal à regra do tempus regit actum.
ERRADO
Em regra, aplica-se a lei penal vigente no momento em que o fato criminoso foi praticado (Tempus Regit Actum), resguardando a anterioridade da lei penal. Assim, a ultratividade da lei TEMPORÁRIA NÃO constitui exceção legal à regra do tempus regit actum. Pois, mesmo depois de revogada, continua a regular os fatos ocorridos durante a sua vigência, mesmo que ainda não tenha sido instaurada a ação penal.
//
Não se aplica a lex gravior ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da permanência
ERRADO
Súmula 711, do STF: a lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
//
A retroatividade de lei penal benéfica ao réu é expressamente prevista na Convenção Americana sobre Direitos Humanos.
CERTO
 Está prevista no artigo 9.CADH Princípio da legalidade e da retroatividade > Ninguém pode ser condenado por ações ou omissões que, no momento em que forem cometidas, não sejam delituosas, de acordo com o direito aplicável. Tampouco se pode impor pena mais grave que a aplicável no momento da perpetração do delito. Se depois da perpetração do delito a lei dispuser a imposição de pena mais leve, o delinqüente será por isso beneficiado.
//
João Carlos, 30 anos, brasileiro, com residência transitória na Argentina, aproveitando-se da aquisição de material descartado por uma indústria gráfica falida, passou a fabricar moeda brasileira em território argentino. Para garantir a diversidade da moeda falsificada, João imprimia notas de 50 e de 100 reais. Ao entrar em território brasileiro João foi revistado por policiais que encontraram as notas falsificadas em meio a sua bagagem. João foi acusado da prática do crime previsto no artigo 289 do Código Penal. De acordo com as teorias que informam a aplicação da lei penal brasileira no espaço, é correto dizer que, nesse caso, cabe a aplicação
incondicionada da lei brasileira, uma vez que o crime cometido atenta contra a fé pública.
condicionada da lei brasileira, pelo fato de a conduta ter sido cometida em território argentino.
da lógica da extraterritorialidade, já que o fato ocorreu em território argentino.
RESPOSTA: incondicionada da lei brasileira, uma vez que o crime cometido atenta contra a fé pública.
1º: O delito de moeda falsa é um crime contra a fé pública, previsto no Título X do CP, no seu art. 289:
CP Moeda Falsa Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro: Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa.
Observação: Quando o agente delitivo importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa (Art. 289, caput, do CP), na hipótese de ser ele o próprio autor do crime de falsificação da moeda, ou seja, o agente falsifica e coloca em circulação a moeda falsa,, não deverá responder pelos dois delitos, respondendo apenaspela falsificação, já que o uso seria um pós factum impunível, seria o mero exaurimento da conduta delituosa, notadamente por não se esperar que o falsificador guarde a moeda falsa, pois fabrica justamente para usá-la. Portanto, João só cometeu o crime do art. 289, caput.
3º: Conforme estatui o art., 7, inciso I, letra B, do CP, os crimes contra a Fé Pública ficam sujeito à lei brasileira, mesmo que cometidos no estrangeiro:
CP Art. 7º – Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I – os crimes: (…) b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
4º: Assim, o caso proposto trata-se de extraterritorialidade, cabendo a aplicação incondicionada a lei brasileira prevista no art. 7º, §1º, do CP. Nesses casos, a lei brasileira, para ser aplicada, não depende do preenchimento de nenhum requisito.CP Art. 7º (…) § 1º – Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.
//
João Carlos, 30 anos, brasileiro, com residência transitória na Argentina, aproveitando-se da aquisição de material descartado por uma indústria gráfica falida, passou a fabricar moeda brasileira em território argentino. Para garantir a diversidade da moeda falsificada, João imprimia notas de 50 e de 100 reais. Ao entrar em território brasileiro João foi revistado por policiais que encontraram as notas falsificadas em meio a sua bagagem. João foi acusado da prática do crime previsto no artigo 289 do Código Penal.
De acordo com as teorias que informam a aplicação da lei penal brasileira no espaço, é correto dizer que, nesse caso, cabe a aplicação da lógica da extraterritorialidade, já que o fato ocorreu em território argentino.
ERRADO
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: 
 I - os crimes: 
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
//
Dois colombianos explodiram bombas em uma agência do Banco do Brasil, sediada em Nova Iorque (Estados Unidos da América), para acessar os valores que lá se encontravam. Nessa hipótese, ambos estão sujeitos à aplicação da lei penal brasileira por se tratar de uma hipótese de:
extraterritorialidade incondicionada, dada a incidência do princípio real.
extraterritorialidade incondicionada, dada a incidência do princípio da bandeira.
extraterritorialidade condicionada, dada a incidência do princípio cosmopolita.
RESPOSTA: extraterritorialidade incondicionada, dada a incidência do princípio real.
Princípio da Defesa, Real ou da Proteção
Aplica-se a lei brasileira quando o bem jurídico lesado (ou colocado em perigo) for brasileiro, não importando o local da infração penal ou a nacionalidade do sujeito ativo.
Tipos de extraterritoriedade
Incondicionada : Não há qualquer condicionante . São aquelas baseadas no :
-Princípio da defesa ou proteção( aplicação da lei brasileira a qualquer crime praticado no estrangeiro que ofenda um bem juridico nacional que pode ser
A) Contra a vida ou liberdade do Presidente
B) Contra a fé pública ou patrimônio do ente federado ( Empresa pública, S.E.M , , Autarquia e Fundação Pública )
Resposta letra c pois o Banco do Brasil é sociedade de economia mista)
C) Contra a Administração Pública, por quem está a seu serviço
-Crime de Genocídio: quando o agente é brasileiro ou domiciliado no Brasil
Condicionada
Demais hipóteses art 7 , II e parágrafo 2º do CP
Exige cumprimento de todas as condições :
1- entrar o agente em território nacional
2- Ser o fato punível também no país em que praticado.
3- estar o crime dentro os que a lei brasileira autoriza a extradição
4- não ter sido absolvido ou cumprido a pena no estrangeiro
5- Não ter sido perdoado no estrangeiro ou não estar extinta a punibilidade
Hipercondicionada
*Aquela baseada no Princípio da Personalidade Passiva
Exige as condições de 1 a 5 acima;
Não foi pedida ou negada a extradição
Houve requisição do Ministro da Justiça
Outros princípios
Princípio da Bandeira/ Representação / Pavilhão ; aplicação de lei brasileira a crime praticado a bordo de aeronaves ou embarcações privadas que possuam bandeira brasileira. Quando não for não for julgado no país em que ocorrido.
//
Situação hipotética: João, brasileiro, residente em Portugal, cometeu crime de corrupção e de lavagem de dinheiro no território português, condutas essas tipificadas tanto no Brasil quanto em Portugal. Antes do fim das investigações, João fugiu e retornou ao território brasileiro. Assertiva: Nessa situação, a lei brasileira pode ser aplicada ao crime praticado por João em Portugal.
CERTO
NACIONALIDADE ATIVA E EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA.
Trata-se da Extraterritorialidade Condicionada
Incide o principío da nacionalidade ativa no qual crimes praticados por brasieliros no estrangeiro serão julgados pelas leis brasileiras se preenchidos os requisitos do artigo 7, parágrafo 2. No caso em apreço, o agente preencheu todos.
O Art. 7º , II, b (Extraterritorialidade Condicionada) deve ser cumprido as 5 condições cumulativamente:
 
 a) entrar o agente no território nacional; (Questão diz que entrou -OK)
  b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; (Questão diz que é -OK)
  c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; (A maioria dos crimes são- OK)
  d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; ( Questão disse q nao terminou as investigações, então nao foi absolvido ou condenado -OK)
  e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. (como ele estava sendo investigado -OK)
OBS: NÃO se trata de extraterritorialidade incondicionada, pois a situação narrada sobre o crime de corrupção não falou se foi contra o Estado brasileiro, só fala que foi praticado por brasileiro.
//
No que se refere ao direito penal, segundo entendimento do STJ, do STF e da doutrina dominante, julgue o próximo item.
Consoante o princípio da nacionalidade ou da personalidade, os crimes contra a vida ou a liberdade do presidente da República, ainda que cometidos no estrangeiro, sujeitam-se à lei brasileira.
ERRADO
Os crimes contra a vida ou a liberdade do Presidenta da república estão sujeitos ao princípio da extraterritorialidade incondicionada, prevista no Art. 7º, I a do CP, ou seja, não há necessidade de preenchimento de nenhuma condição para que ocorrer o julgamento em solo brasileiro. 
O princípio da nacionalidade ativa/passiva é na verdade um derivado do princípio da extraterritoliadade condicionada, Art. 7º, II, b e §3º do CP, sujeitando-se a determinadas condições para que haja o julgamento em solo brasileiro Art. 7º, §2º do CP
QUESTÕES ACIMA ANEXADAS NO ANKI
LEI PENAL NO ESPAÇO
Aplica-se a lei brasileira aos crimes cometidos a bordo de
I. embarcações brasileiras de propriedade privada que estejam em mar territorial estrangeiro.
ERRADO
Com relação à aplicação da Lei Penal no espaço o nosso Código Penal adotou como regra o princípio da territorialidade, ou seja, aplica-se a Lei Penal brasileira aos crimes cometidos no território nacional. Essa é a regra. Entretanto, o território brasileiro não compreende apenas os limites fronteiriços do país, o mar territorial, o subsolo e o espaço aéreo. O Código Penal, em seu artigo 5°, § 1°, estabelece que determinados locais são considerados território brasileiro por extensão. Vejamos:
Art. 5º – Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
§ 1º – Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem,bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
Vejam que as aeronaves e embarcações brasileiras de natureza privada são consideradas território brasileiro por extensão apenas quando estiverem em alto-mar ou no seu respectivo espaço aéreo, NÃO O SENDO quando estiverem em mar territorial estrangeiro! Muito cuidado!
Entretanto, o fato de a aeronave ou embarcação brasileira se encontrar em mar-territorial estrangeiro não elimina por completo a possibilidade de aplicação da Lei Penal brasileira. Nos termos do art. 7°, II, “c” do CP:
Art. 7º – Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
(…) II – os crimes:(…) c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.
Percebam que a Lei possibilita a aplicação da Lei Penal brasileira, mas nesse caso impõe uma condição, que é não ter o crime sido julgado no país em que ocorreu. O princípio aqui o utilizado é o chamado Princípio da Representação ou da Bandeira.
//
FONTES DO DIREITO PENAL 
Com referência a fundamentos e noções gerais aplicadas ao direito penal, julgue o próximo item.
Em matéria penal, os tratados e as convenções internacionais, após serem referendados pelo Congresso Nacional, constituem fontes imediatas do direito penal e têm eficácia erga omnes.
CERTO
Em matéria penal, os tratados e as convenções internacionais, após serem referendados pelo Congresso Nacional, constituem fontes imediatas do direito penal e têm eficácia erga omnes(contra todos).
Ou seja
* tratado internacional = Lei ordinária
*tratado internacional direitos humanos = supra legal = acima da lei e abaixo da constituição
*tratado internacional direitos humanos com quórum = Emenda constitucional
O que é fonte imediata
As fontes do direito podem ser:
MATERIAS: referem-se às pessoas com legitimidade para a elaboração das lei. Exemplo, a União que possui competências para legislar sobre Direito Penal.
FORMAIS: podem ser Imediatas e Mediatas:          
       >Imediatas: Lei - única fonte imediata.          
        >Mediatas: Costumes, Princípios Gerais de Direito, Jurisprudências, Doutrina.
//
No direito penal, a analogia é uma fonte formal mediata, tal como o costume e os princípios gerais do direito.
ERRADO
O que é fonte imediata
As fontes do direito podem ser:
MATERIAS: referem-se às pessoas com legitimidade para a elaboração das lei. Exemplo, a União que possui competências para legislar sobre Direito Penal.
FORMAIS: podem ser Imediatas e Mediatas:          
       >Imediatas: Lei - única fonte imediata.          
        >Mediatas: Costumes, Princípios Gerais de Direito, Jurisprudências, Doutrina.
//
No que diz respeito às fontes do direito penal brasileiro, 
O complemento da norma penal em branco considerada em sentido estrito provém da mesma fonte formal, ao passo que o da norma penal em branco considerada em sentido lato provém de fonte formal diversa.
ERRADO
Inverteu-se os conceitos. Norma Penal em Branco em sentido amplo é aquela que o complemento é uma lei, ao passo que na norma penal em branco em sentido estrito o complemento emana de espécie normativa diversa de lei.
A norma penal em branco de sentido estrito, que também pode ser chamada de heterogênea, se caracteriza de precisar de complemento de natureza jurídica inversa, como por exemplo a Lei de Drogas que é editada pelo Poder Legislativos Federal, mas complementada pela ANVISA. A norma penal em branco de sentido lato, ou homogênea tem complemento da mesma natureza jurídica e do mesmo órgão. Por exemplo o Código Penal ser complementado pelo Código Civil
//
No que diz respeito às do direito penal brasileiro, Na norma penal em branco ao avesso, o preceito secundário fica a cargo de norma complementar, que, de acordo com o ordenamento jurídico brasileiro, pode ser legal ou infralegal.
ERRADO
Quase tudo certo. O problema é que as normas penais em branco ao avesso não podem complementar o preceito secundário com uma norma infralegal, pois a criação de pena deve ser por feita por lei, sob pena de incorrer em inconstitucionalidade (não crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem previa cominação LEGAL).
Correta em seu começo, eis que a norma penal em branco inversa, ou ao avesso, tem o preceito primário completo, mas o secundário reclama complementação. O complemento da norma secundária deve ser obrigatóriamente por lei, sob pena de violação do princípio reserva legal. 
//
No que diz respeito às fontes do direito penal brasileiro, 
As fontes de cognição classificam-se em imediatas — representadas pelas leis — e mediatas — representadas pelos costumes e princípios gerais do direito
CERTO
As fontes de cognição, ou formais,  são os modos pelos quais o Direito Penal se revela. A questão está correta, porém incompleta, faltou os atos administrativos
As fontes (FORMAIS) revelam o direito; as (MATERIAIS) são as de onde emanam as normas, que, no ordenamento jurídico brasileiro, referem-se (À UNIÃO E, EXCEPCIONALMENTE, ao Estado).
//
É VEDADO À MEDIDA PROVISÓRIA DISPOR SOBRE DIREITO PENAL.
CERTO
Entretanto, cumpre ressaltar que há a controvérsia sobre a possibilidade de medida provisória dispor sobre Direito Penal, desde que se trate de norma penalnão incriminadora. Ainda que se trate de julgado anterior à Emenda Constitucional nº 32, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 254.818/PR, sinalizou ser possível a edição de medida provisória sobre Direito Penal não incriminador, ou seja, a favor do réu..
//
QPP Conforme a doutrina moderna são fontes formais imediata do direito penal : lei, CF, tratados e convenções internacionais de direitos humanos, jurisprudências, princípios, complementos de das normais penais em branco. Enquanto mediata é a doutrina. 
CERTO
 FONTES MATERIAIS: As fontes materiais, substanciais ou de produção representam todos os fatores que causam a elaboração de uma nova norma penal.
 FONTES FORMAIS: As fontes formais, de conhecimento ou de cognição, a seu turno, constituem o produto das fontes materiais, ou seja, aquilo que é produzido a partir dos movimentos sociais e políticos de elaboração do Direito. Representam a “roupagem” das normas jurídicas.
QUESTÕES ACIMA ANEXADAS NO ANKI
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
Assinale que, para haver crime, a conduta humana deve colocar em risco ou lesar bens de terceiros, e é proibida a incriminação de atitudes que não excedam o âmbito do próprio autor. Tal conceito faz referência a qual princípio do direito penal. 
RESPOSTA: Princípio da alteridade ou lesividade
"O princípio da alteridade proíbe a incriminação de uma conduta interna, ou seja, aquela que prejudique apenas o próprio agente, bem como do pensamento ou as moralmente censuráveis que não atinjam bem jurídico de terceiro. É por essa razão que o ordenamento jurídico não puna autolesão. É necessário que a conduta ultrapasse a pessoa do agente e invada o patrimônio jurídico alheio. Em suma, ninguém pode ser punido por causar mal apenas a si próprio.
Foi criado por Claus Roxin, sendo um dos princípios não expressos da Constituição Federal.
Princípio da alteridade ou lesividade
Este princípio preconiza que o fato, para ser MATERIALMENTE crime, ou seja, para que possa ser considerado crime em sua essência, deve causar lesão a um bem jurídico de terceiro.
Desse princípio decorre que o DIREITO PENAL NÃO PUNE A AUTOLESÃO. Assim, aquele que destruir o próprio patrimônio não pratica crime de dano, aquele que se lesiona fisicamente não pratica o crime de lesão corporal, etc.
A ofensa a bem jurídico próprio não é conduta capaz de desafiar a intervenção do Direito Penal, por ser incapaz de abalar a paz social, ou seja, não se trata de uma conduta capaz de afetar a sociedade de maneira tão grave a ponto de merecer a repressão pelo Direito Penal, exatamente pelo fato de ofender apenas o próprio agente, e não outras pessoas.
//
CESPE 2018 POLÍCIA FEDERAL PERITO CRIMINAL A fim de garantiro sustento de sua família, Pedro adquiriu 500 CDs e DVDs piratas para posteriormente revendê-los. Certo dia, enquanto expunha os produtos para venda em determinada praça pública de uma cidade brasileira, Pedro foi surpreendido por policiais, que apreenderam a mercadoria e o conduziram coercitivamente até a delegacia.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
O princípio da adequação social se aplica à conduta de Pedro, de modo que se revoga o tipo penal incriminador em razão de se tratar de comportamento socialmente aceito.
ERRADO
Súmula nº 502 do STJ - Trata-se de enunciado de súmula por meio do qual o STJ afasta por completo a possibilidade de aplicação do princípio da adequação social à conduta de expor á venda CDs e DVDs pirateados. Trata-se de conduta típica, prevista no art. 184, 1º e 2º do CP.
SÚMULA 502-STJ: Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto no artigo 184, parágrafo 2o, do Código Penal, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas..
Leva uma coisa pra sua prova :  COSTUME NÃO REVOGA LEI PENAL , não é porque  a conduta é considerada  ''normal'' que deixa de ser crime , caso fosse assim , beber e dirigir não seria mais crime. Com efeito , o examinador vem com expressões do tipo ''visando o sustento da familia'' , com o intuito de te induzir ao erro , outro exemplo disso é o transporte pirata , o cespe é mestre em te induzir ao erro, não caia nessa.
//
CESPE - 2018 - DPE-PE - Defensor Público. Com relação à punibilidade e às causas de sua extinção, julgue os itens a seguir.A morte do agente extingue todos os efeitos penais, exceto a cobrança da pena de multa e da pena alternativa pecuniária, que poderão ser cobradas dos herdeiros.
ERRADO
Em razão dela (morte), EXTINGUEM-SE todos os efeitos penais da sentença condenatória (principais e secundários), permanecendo os extrapenais (a decisão definitiva, por exemplo, conserva a qualidade de título executivo judicial).
Art. 5º XLV, 1ª parte da CF: a pena não passará da pessoa do condenado = Essa regra alcança todas as espécies de penas (privativas de liberdade, restritivas de direitos e multa).
A exceção, porém, é a obrigação de reparar o dano (até os limites das forças da herança) e a decretação do perdimento dos bens.
//
Em nenhuma hipótese nos crimes contra a administração pública será admissível a aplicação do princípio da insignificância.
ERRADO
Incide o princípio da insignificância aos crimes tributários federais e de descaminho quando o débito tributário verificado não ultrapassar o limite de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), a teor do disposto no art. 20 da Lei n. 10.522/2002, com as atualizações efetivadas pelas Portarias n. 75 e 130, ambas do Ministério da Fazenda.
STJ. 3ª Seção. REsp 1.709.029/MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 28/02/2018 (recurso repetitivo).
Em suma, qual é o valor máximo considerado insignificante no caso de crimes tributários e descaminho?
Tanto para o STF como o STJ: 20 mil reais (conforme as Portarias 75 e 132/2012 do MF).
Em recente julgado (10.02.2017) o STJ decidiu aplicar o princípio da insignificância ao crime de contrabando de medicamento para uso próprio. Vejamos:
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. CONTRABANDO DE MEDICAMENTO PARA USO PRÓPRIO. QUANTIDADE PEQUENA.  AUSÊNCIA DE DOLO E INCIDÊNCIA DOS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E, EXCEPCIONALMENTE,  DA INSIGNIFICÂNCIA. APLICAÇÃO, IN CASU, DA  SÚMULA N. 568⁄STJ. RECURSO DESPROVIDO.
1. Esta Corte de Justiça vem entendendo, em regra, que a importação de cigarros, gasolina e medicamentos (mercadorias de proibição relativa)  configura crime de contrabando.
2. Todavia, a importação de pequena quantidade de medicamento destinada a uso próprio denota a mínima ofensividade da conduta do agente, a ausência de periculosidade social da ação, o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da lesão jurídica provocada, tudo a autorizar a excepcional aplicação do princípio da insignificância (ut, REsp 1346413⁄PR, Rel. p⁄ Acórdão Ministra MARILZA MAYNARD  – Desembargadora convocada do TJ⁄SE –, Quinta Turma, DJe 23⁄05⁄2013). No mesmo diapasão: REsp 1341470⁄RS, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 07⁄08⁄2014, DJe 21⁄08⁄2014.
3. De outra parte,  é certo que o art. 334, primeira parte, do Código Penal, deve ser aplicado aos casos em que suficientemente caracterizado o dolo do agente em introduzir no território nacional mercadoria que sabe ser de proibição absoluta ou relativa. Não se pode olvidar, ainda, o princípio da proporcionalidade quando se constatar que a importação do produto se destina ao uso próprio (pelas características de quantidade e qualidade) e não é capaz de causar lesividade suficiente aos bens jurídicos tutelados como um todo.  A análise de tais questões, contudo, compete às instâncias ordinárias, soberanas no exame do conjunto fático-probatória, e não ao Superior Tribunal de Justiça, órgão destinado exclusivamente à uniformização da interpretação da legislação federal. (REsp 1428628⁄RS, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, QUINTA TURMA, julgado em 28⁄04⁄2015, DJe 12⁄05⁄2015).
4. Na espécie, as instâncias ordinárias reconheceram a inexpressiva lesão de duas caixas de medicamentos (uma para emagrecimento - 15mg - e uma para potência sexual - 50 mg), avaliadas em R$ 30,00. Ausência de dolo. Princípios da proporcionalidade e, excepcionalmente, da insignificância.
5. Incidência da Súmula n. 568⁄STJ: "O relator, monocraticamente e no Superior Tribunal de Justiça, poderá dar ou negar provimento ao recurso quando houver entendimento dominante acerca do tema".
6. Agravo regimental não provido. (AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.572.314 - RS (2015⁄0309249-1))
//
UPENET/IAUPE - 2019 - UPE - Advogado Acerca dos crimes contra a administração pública, é CORRETO afirmar que em posicionamento recente, o STJ afastou a incidência da Súmula nº 599 para aplicar o princípio da insignificância a crime contra a administração pública.
CERTO
Incide o princípio da insignificância aos crimes tributários federais e de descaminho quando o débito tributário verificado não ultrapassar o limite de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), a teor do disposto no art. 20 da Lei n. 10.522/2002, com as atualizações efetivadas pelas Portarias n. 75 e 130, ambas do Ministério da Fazenda.
STJ. 3ª Seção. REsp 1.709.029/MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 28/02/2018 (recurso repetitivo).
Em suma, qual é o valor máximo considerado insignificante no caso de crimes tributários e descaminho?
Tanto para o STF como o STJ: 20 mil reais (conforme as Portarias 75 e 132/2012 do MF).
Em recente julgado (10.02.2017) o STJ decidiu aplicar o princípio da insignificância ao crime de contrabando de medicamento para uso próprio. Vejamos:
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. CONTRABANDO DE MEDICAMENTO PARA USO PRÓPRIO. QUANTIDADE PEQUENA.  AUSÊNCIA DE DOLO E INCIDÊNCIA DOS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E, EXCEPCIONALMENTE,  DA INSIGNIFICÂNCIA. APLICAÇÃO, IN CASU, DA  SÚMULA N. 568⁄STJ. RECURSO DESPROVIDO.
1. Esta Corte de Justiça vem entendendo, em regra, que a importação de cigarros, gasolina e medicamentos (mercadorias de proibição relativa)  configura crime de contrabando.
2. Todavia, a importação de pequena quantidade de medicamento destinada a uso próprio denota a mínima ofensividade da conduta do agente, a ausência de periculosidade social da ação, o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da lesão jurídica provocada, tudo a autorizar a excepcional aplicação do princípio da insignificância (ut, REsp 1346413⁄PR, Rel. p⁄ Acórdão Ministra MARILZA MAYNARD  – Desembargadora convocada do TJ⁄SE –, Quinta Turma, DJe 23⁄05⁄2013). No mesmo diapasão: REsp 1341470⁄RS, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 07⁄08⁄2014, DJe 21⁄08⁄2014.
3. De outra parte,  é certo que o art. 334, primeira parte, do Código Penal, deve ser aplicado aos casos em que suficientemente caracterizado o dolo do agente em introduzir

Outros materiais