2 - A Educação Especial no Brasil

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A Educação Especial no Brasil
IDENTIFICAR AS PRIMEIRAS AÇÕES EM PROL DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL
AUTOR(A): PROF. TANIA MEDEIROS ACIEM
  A Educação Especial teve inicio no século XIX quando em 1850,  quando regressa ao Brasil um rapaz cego,
José Álvares de Azevedo.   Ele estudou em Paris por seis anos, onde aprendeu o Sistema Braille e viu as
possibilidades de educação de crianças e jovens cegos. Azevedo, nascido no Rio de Janeiro, em 8 de abril de
1834, escreveu diversos artigos para jornais falando de sua experiência e do aprendizado do braille pelas
pessoas cegas. Ensinou o sistema a várias pessoas, entre as quais a filha do médico da Corte Imperial, Adélia
Sigaud.
O jovem rapaz conseguiu uma entrevista com o imperador D. Pedro II, ao qual demonstrou sua habilidade
na leitura e escrita no sistema braille, impressionando-o e despertando seu interesse para a possibilidade
de educar os cegos.
Ao ver o desempenho de Azevedo, D. Pedro II determinou que fossem tomadas todas as providências para a
instalação de uma escola para cegos no Rio de Janeiro. O Dr. Xavier Sigaud, pai de Adélia Sigaud, foi o
primeiro diretor da primeira escola da América Latina para cegos, o então Imperial Instituto dos Meninos
Cegos, inaugurado em 17 de setembro de 1854, seis meses após a morte repentina de Azevedo. O decreto
Imperial que oficializou criação do instituto foi o de nº 1.428.
Esse instituto recebeu o nome de Imperial Instituto dos Meninos Cegos e foi o marco para a educação de
pessoas com deficiência na América Latina, posteriormente o nome do instituto foi alterado para Instituto
Benjamin Constant, em homenagem a um professor de matemática do mesmo instituto.
 
RETROSPECTIVA DA EDUCAçãO ESPECIAL NO
BRASIL
Para realizarmos a retrospectiva histórica, vale recorrermos a MAZZOTTA (1996) para
identificarmos iniciativas oficiais, particulares e de âmbito nacional.
 
- Após a criação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, em 1854; em 1857, também, na cidade do
Rio de Janeiro a criação do Imperial Instituto de Surdos-Mudos que em 1957 passou a ser chamado
de Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES;
- Em 1874, no Hospital Estadual de Salvador, atual Hospital Juliano Moreira foi iniciado o
atendimento as pessoas com deficiência mental;
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A criação da Secretaria de Educação Especial e a Coordenadoria
Nacional   para   Integração  da Pessoa Portadora de deficiência-
CORDE –  ambas  em 1 986,   há  uma “Política Nacional para a
Integração  da  Pessoa  Portadora de Deficiência”  que apresenta
 Quatro  Programas   de  Ação: Conscientização,  prevenção  de
deficiência,   Atendimento às pessoas portadoras de deficiência
 e Inserção das pessoas portadoras de deficiência no mercado
 de trabalho”. (Mazzottta, 1996, p.107), visam, desta maneira,
 assegurar   o  pleno  exercício  de  direitos  básicos  e a efetiva
integração social das pessoas com deficiência. 
ACIEM (2011, P. 31)
- Até 1950 havia quarenta estabelecimentos que prestavam algum tipo de atendimento a pessoas
com deficiência mental no Brasil, e catorze estabelecimentos que atendiam as demais deficiências;
- No período de 1957 a 1993 o atendimento educacional a pessoas com deficiência foi assumido em
caráter nacional com campanhas voltadas para este fim;
- 1957 – Campanha para Educação do Surdo Brasileiro;
- 1958 – Campanha Nacional de Educação e Reabilitação de Deficientes da Visão;
- 1960 – Campanha Nacional de Cegos – CNEC; no mesmo ano Campanha Nacional de Educação e
Reabilitação de Deficientes Mentais – CADEME;
- 1973 – Criação do Centro Nacional de Educação Especial – CENESP – Decreto 72.425  visava a
promoção da Educação Especial;
- 1992 – Secretaria de Educação Especial; Ações do Ministério da Educação e Cultura –MEC e da
Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa com Deficiência – CORDE contribuíram para
ações governamentais.
Ações de políticas vêm contribuindo e assegurando uma Educação Especial de qualidade que poderá
fortalecer a inclusão social desta população, que em algumas situações, apresenta desvantagem no processo
educativo devido a estigmas sociais vinculados a norma. Tais como:
Importantes discussões decorreram no mundo sobre as necessidades de uma educação para todos, que
conseqüentemente, influenciaram e influenciam as ações de políticas públicas brasileiras. Vale salientar em
1990 em Jomtien a Conferência Mundial sobre Educação para Todos e a Declaração efetuada em Salamanca
na Espanha em 1994 sobre as pessoas com necessidades especiais.
De acordo com BRASIL (2003), a Educação Especial no Brasil  ultrapassa aos atendimentos especializados
de tempos anteriores, pois se realiza transversalmente, abrangendo níveis de ensino com respeito à
diversidade de alunos. Desde a LDB 9394/96   que é considerada uma modalidade de ensino que reforça o
caráter interativo da educação como um todo com finalidades gerais, embora com utilização de adaptações
específicas.
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Legenda: O UNIVERSO DA PESSOAS COM DEFICIêNCIA NO BRASIL
ATIVIDADE FINAL
O histórico da Educação Especial no Brasil inicia-se   com a criação de
um Instituto para Cegos na cidade de:
A. São Paulo
B. Bahia
C. Rio de Janeiro
D. Rio Grande do Sul
Um dos principais objetivos da Educação Especial no Brasil é:
A. garantir diferentes tipos de educação
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B. ser uma modalidade de ensino com finalidades gerais, embora com
utilização de adaptações específicas
C. garantir diferentes tipos de educação  num mesmo ambiente, com
utilização de adaptações específicas
D. ser uma modalidade de ensino sem adaptações específicas
O primeiro instituto criado no Brasil ela destinado a:
A. pessoas com todas as deficiências
B. pessoas com deficiência mental
C. pessoas surdas
D. pessoas cegas
REFERÊNCIA
ACIEM, Tânia Medeiros. Autonomia pessoal e social de pessoas com deficiência visual após a
reabilitação.2011. 95f. Dissertação (Mestrado em Distúrbio do Desenvolvimento) – Universidade
Presbiteriana Mackenzie, São Paulo.
BRASIL - Ministério da Educação -Secretaria de Educação Especial - Saberes e Práticas da Inclusão
Estratégias para a Educação de alunos com necessidades educacionais especiais. Brasília, 2003. Acesso
março. 18 2016 http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/serie4.pdf
(http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/serie4.pdf)
MAZZOTTA, Marcos José da Silveira. Educação especial no Brasil História e políticas públicas. São Paulo:
Cortez, 1996, 208p.
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/serie4.pdf
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