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PEÇA - ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS - JORGE

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA 
CRIMINAL DO ESTADO DE CURITIBA/PR 
 
 
(10 linhas) 
 
Processo nº ______/____ 
 
JORGE, vem, respeitosamente, à presença de 
Vossa Excelência, nos autos do processo crime, que lhe move o MINISTÉRIO 
PÚBLICO, com fulcro no artigo 403, §3º do Código de Processo Penal, para 
apresentar suas, ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS, mediante os fatos e 
fundamentos a seguir expostos: 
DOS FATOS 
Jorge, com 21 anos de idade, em um bar com 
outros amigos, conheceu Analisa, linda jovem, por quem se encantou. Após um 
bate-papo informal e trocarem beijos, decidiram ir para um local mais 
reservado. Nesse local trocaram carícias, e Analisa, de forma voluntária, 
praticou sexo oral e vaginal com Jorge. 
Depois da noite juntos, ambos foram para suas 
residências, tendo antes trocado telefones e contatos nas redes sociais. 
Assim, no dia seguinte, Jorge, ao acessar a 
página de Analisa na rede social, descobre que, apesar da aparência adulta, 
esta possui apenas 13 (treze) anos de idade, tendo Jorge ficado em choque 
com essa constatação. 
O seu medo foi corroborado com a chegada da 
notícia, em sua residência, da denúncia movida por parte do Ministério Público 
Estadual, pois o pai de Analisa, ao descobrir o ocorrido, procurou a autoridade 
policial, narrando o fato. 
Em suas alegações finais, o Ministério Público 
pede a condenação do réu nos termos propostos na exordial. 
Contudo, esta tese não deve prevalecer, senão 
vejamos: 
DO DIREITO 
DO ERRO DE TIPO ESCUSÁVEL 
Jorge ao conhecer analisa em uma balada 
onde se frequenta maiores de 18 anos e analisa, linda jovem com formas de 
mulher e não de menina, não tinha como saber inequivocamente sua ideia, 
posto que deduziu ser maior devido ao ambiente e comportamento da jovem, 
que de forma voluntária praticaram sexo oral e vaginal 
Nos moldes do art. 20, do Código Penal o erro 
DE TIPO ESSENCIAL, gera a atipicidade da conduta, o que no caso em tela 
gera absolvição. 
DA EXISTÊNCIA DE CRIME ÚNICO 
Subsidiariamente, não sendo aceita, a tese de 
atipicidade da conduta do réu, deve-se considerar a existência de crime e não 
concurso de crime, posto que o art. 217-A do Código Penal tem como tipo ter 
conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (cartoze) 
anos. Para o STJ prevalece a tese de crime único, por ser um tipo penal misto 
alternativo (e não cumulativo), assim sendo deverá ser afastado o concurso 
material de crimes para o caso em tela. 
DO AFASTAMENTO DA GRAVANTE DE EMBRIAGUES PRE-ORDENADA 
Não há que se falar em embriagues pré-
ordenada, posto que JORGE não estava embriagado ao conhecer analise. As 
testemunhas de acusação não viram os fatos e não houve prova pericial para 
comprovar a embriagues de JORGE, sendo assim justa a medida de 
afastamento da agravante caso não seja reconhecida a atipicidade da conduta. 
DA PENA BASE NO MINIMO LEGAL 
JORGE, réu primário, possuidor de bons 
antecedentes, com residência fixa, com boa conduta social, e no caso em tela 
não teve o animus necandi do tipo penal em que é acusado, posto não agir 
com má intenção de se aproveitar da suposta ingenuidade de analise, fará jus 
a pena base no mínimo legal como medida necessária de reprovabilidade do 
ato. 
DA APLICAÇÃO DO REGIME SEMIABERTO 
Ainda que o crime de estupro de vulnerável, 
artigo 217-A do CP, estar elencado com infração hedionda na Leo 8.072/90, 
conforme artigo 1º, IV, do STF declarou a inconstitucionalidade do artigo 2º, §1º 
desta lei, sendo certo que o juiz ao fixar o regime inicial para o cumprimento de 
pena deve analisar a situação em concreto e não o preceito em abstrato. 
Sendo assim, diante da ocorrência de crime 
único, cuja pena no mínimo legal deverá ser fixada em 8 anos de reclusão, 
sendo o réu primário e de bons antecedentes, o regime semiaberto é a melhor 
solução para o réu, pois o art. 33, §2º, alínea “a” do CP, impõe o regime 
fechado para crimes com penas superiores a 8 anos, o que não é o caso. 
 
 DO PEDIDO 
Diante do exposto, requer: 
a) Absolvição do réu, com base no art. 386, III do CPP, por ausência de 
tipicidade; 
b) Caso não seja esse o entendimento para absolvição, que seja concedido 
o afastamento do concurso material de crimes, sendo reconhecida a 
existência de crime único; 
c) Fixação da pena-base no mínimo legal, o afastamento agravante da 
embriaguez preordenada e a incidência da atenuante da menoridade; 
d) Fixação do regime semiaberto para início do cumprimento de pena, com 
base no art. 33, §2º, alínea “b” do CP, diante da inconstitucionalidade do 
artigo 2º, §1º da lei 8.072/1990. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local e data 
ADVOGADO 
OAB/UF nº xxx

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