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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL III PROFESSOR: TEÓPHILO DE ARAÚJO ALUNA: CÁSSIA MOREIRA DE ASSIS BRANCO TURMA:902 15/04/20 01) Quais pessoas podem se beneficiar do regime jurídico da Falência? Empresário e sociedade empresários, doravante referidos simplesmente como devedores. 02) Quais as principais diferenças entre um processo de execução individual e um processo de Falência? Na execução individual um exequente se volta contra o devedor para dele haver o cumprimento da obrigação devida, já no processo de falência estabelece uma execução especial, na qual todos os credores deverão ser reunidos em um único processo, para a execução conjunta do devedor. Em vez de se submeter a uma execução individual, pois, o devedor insolvente deverá se submeter a uma execução concursal, em obediência ao princípio da par conditio creditorum, segundo o qual deve ser dado aos credores tratamento isonômico. Para se evitar essa injustiça, conferindo as mesmas chances de realização do crédito a todos os credores de uma mesma categoria, o direito afasta a regra da individualidade da execução e prevê, na hipótese, a obrigatoriedade da execução concursal, isto é, do concurso de credores (antigamente denominada execução “coletiva”). 03) Conceitue Falência? A falência é um processo de execução coletiva, em que todos os bens do falido são arrecadados para uma venda judicial forçados, visando o pagamento da universalidade de seus credores, de forma completa ou proporcional. 04) Quem possui legitimidade ativa para propor uma Ação de Falência? Pode requerer a falência do devedor o próprio devedor, na forma do disposto nos arts. 105 a 107 da Lei 11.101/05; o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do CURSO DE DIREITO Estudo Dirigido – 1º SEMESTRE/2020 devedor ou o inventariante; o cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da sociedade; qualquer credor. 05) Quais são os requisitos para a propositura da Autofalência? Conforme o artigo 105 da Lei 11.101/05, o devedor em crise econômico-financeira que julgue não atender aos requisitos para pleitear sua recuperação judicial deverá requerer ao juízo sua falência, expondo as razões da impossibilidade de prosseguimento da atividade empresarial, acompanhadas dos seguintes documentos: I – demonstrações contábeis referentes aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as levantadas especialmente para instruir o pedido, confeccionadas com estrita observância da legislação societária aplicável e compostas obrigatoriamente de: a) balanço patrimonial; b) demonstração de resultados acumulados; c) demonstração do resultado desde o último exercício social; d) relatório do fluxo de caixa; II – relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos; III – relação dos bens e direitos que compõem o ativo, com a respectiva estimativa de valor e documentos comprobatórios de propriedade; IV – prova da condição de empresário, contrato social ou estatuto em vigor ou, se não houver, a indicação de todos os sócios, seus endereços e a relação de seus bens pessoais; V – os livros obrigatórios e documentos contábeis que lhe forem exigidos por lei; VI – relação de seus administradores nos últimos 5 (cinco) anos, com os respectivos endereços, suas funções e participação societária. 06) O empresário de fato pode pedir sua Falência? E a falência de outrem? E a sua Recuperação Judicial? O empresário irregular pode ter a sua falência decretada ou pedir a sua própria falência. Contudo, não tem o empresário irregular a legitimidade ativa quando se trata de pedido de falência de seu devedor. Conforme dispõe o art. 97, § 1º, da Lei 11.101/2005, somente o empresário inscrito na junta comercial é que tem condição de requerer a falência de outro empresário, o empresário irregular não tem direito a requerer a falência de outro empresário. Também não tem o empresário irregular legitimidade ativa para requer o benefício do pedido de recuperação judicial, pelos mesmos motivos que o anterior, ou seja, falta de registro dos seus atos constitutivo. 07) Qual o regime especial aplicável ao credor estrangeiro que pretende ajuizar uma Ação de Falência? O credor que não tiver domicílio no Brasil deverá prestar caução relativa à custa e ao pagamento da indenização de que trata o art. 101 da Lei 11.101/2005. 08) Quem possui legitimidade passiva para ser réu em uma Ação de Falência? Somente o empresário devedor poderá ser submetido ao processo falimentar como instrumento para a execução concursal de seu patrimônio. Assim, a Lei 11.101/05 disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário individual e da sociedade empresária. 09) Quais as empresas que foram excluídas do regime da Lei de Falência? De acordo com o Art. 2º da lei 11.101/05, foram excluídas: I – empresa pública e sociedade de economia mista; II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores. 10) Qual o juízo competente para o processamento da Ação de Falência? A competência para a apreciação do processo de falência é da Justiça Estadual local onde se encontrar o principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil. A competência para apreciação do pedido de falência é absoluta. 11) O que significa Insolvência Confessada? Ocorre quando o devedor confessa que não conseguirá saudar a dívida, requerendo a autofalência, em que o devedor em crise econômico-financeira que julgue não atender aos requisitos para pleitear sua recuperação judicial irá expor as razões da impossibilidade de prosseguimento da atividade empresarial, conforme o artigo 105 da Lei 11.101/2005. 12) O que significa Insolvência Presumida? Quando a dívida não é paga dentro do vencimento, presume-se insolvência, em que será decretada a falência do devedor caracterizada a impontualidade do devedor; pela execução frustrada e pelos atos de falência. Assim, ocorrendo um dos casos previstos no artigo 94 da Lei n. 11.101/2005, mesmo que o devedor tenha ativo suficiente para saldar suas dívidas terá sua falência decretada. 13) Quais as hipóteses previstas na Lei de Falência como caracterizadoras do estado de Insolvência Presumida? Caracteriza o estado de Insolvência Presumida a Impontualidade Injustificada, em que será decretada a falência do devedor que sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência; a Execução Frustrada que executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal; e os Atos de Falência previstos no artigo 94, inciso III, da Lei 11.101/05 exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial. 14) Quais os requisitos do protesto para fins falimentares? A Lei Falimentar ainda prevê a necessidade de protesto específico para fins falimentares: “§ 3º Na hipótese do inciso I do caput deste artigo, o pedido de falência será instruído com os títulos executivos na forma do parágrafo único do art. 9º desta Lei, acompanhados, em qualquer caso, dos respectivos instrumentos de protesto para fim falimentar nos termos da legislação específica”. Título tem que estar vencido e a notificação do protesto, para requerimento de falência da empresa devedora, exigem a identificação da pessoa que a recebeu, não precisa ser a representante legal da sociedade, nem ter poderes específicos de representação.Ademais, do instrumento de protesto, portanto, é que deverão constar “as referências necessárias à correta identificação do título, do credor e do devedor, bem como a certidão de intimação deste” e somente podendo ser realizado contra devedor empresário ou sociedade empresária, vez que somente estes estão sujeitos a falência, nos termos da legislação brasileira. 15) Quais são os atos de falência previstos na Lei? São atos de falência, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial: a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos; b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não; c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo; d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor; e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo; f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento; g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial. 16) Quais são as defesas possíveis para o Réu na Ação de Falência? Citado, o devedor poderá apresentar contestação no prazo de 10 (dez) dias e poderá, no prazo da contestação, depositar o valor correspondente ao total do crédito, acrescido de correção monetária, juros e honorários advocatícios, hipótese em que a falência não será decretada e, caso julgado procedente o pedido de falência, o juiz ordenará o levantamento do valor pelo autor. Ademais, dentro do prazo de contestação, o devedor poderá pleitear sua recuperação judicial. 17) Quais os requisitos da Sentença Declaratória/Denegatória? Quais os recursos cabíveis? Quem são os legitimados? A sentença deve ser clara, precisa e concisa, apresentando o relatório, a fundamentação e o dispositivo, a síntese do pedido, identificação do falido e os nomes dos que forem a esse tempo seus administradores; o termo legal da falência; e a determinação para que o falido apresente relação nominal dos credores, sob pena de desobediência; determinação de diligências necessárias para salvaguardar os interesses das partes envolvidas e os demais elementos necessários prescritos pela lei nº 11.101/05. Art. 99. A sentença que decretar a falência do devedor: I – conterá a síntese do pedido, a identificação do falido e os nomes dos que forem a esse tempo seus administradores; II – fixará o termo legal da falência, sem poder retrotraí-lo por mais de 90 (noventa) dias contados do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do 1º (primeiro) protesto por falta de pagamento, excluindo-se, para esta finalidade, os protestos que tenham sido cancelados; III – ordenará ao falido que apresente, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos, se esta já não se encontrar nos autos, sob pena de desobediência; IV – explicitará o prazo para as habilitações de crédito, observado o disposto no § 1º do art. 7º desta Lei; V – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o falido, ressalvadas as hipóteses previstas nos §§ 1º e 2º do art. 6º desta Lei; VI – proibirá a prática de qualquer ato de disposição ou oneração de bens do falido, submetendo-os preliminarmente à autorização judicial e do Comitê, se houver, ressalvados os bens cuja venda faça parte das atividades normais do devedor se autorizada a continuação provisória nos termos do inciso XI do caput deste artigo; VII – determinará as diligências necessárias para salvaguardar os interesses das partes envolvidas, podendo ordenar a prisão preventiva do falido ou de seus administradores quando requerida com fundamento em provas da prática de crime definido nesta Lei; VIII – ordenará ao Registro Público de Empresas que proceda à anotação da falência no registro do devedor, para que conste a expressão "Falido", a data da decretação da falência e a inabilitação de que trata o art. 102 desta Lei; IX – nomeará o administrador judicial, que desempenhará suas funções na forma do inciso III do caput do art. 22 desta Lei sem prejuízo do disposto na alínea a do inciso II do caput do art. 35 desta Lei; X – determinará a expedição de ofícios aos órgãos e repartições públicas e outras entidades para que informem a existência de bens e direitos do falido; XI – pronunciar-se-á a respeito da continuação provisória das atividades do falido com o administrador judicial ou da lacração dos estabelecimentos, observado o disposto no art. 109 desta Lei; XII – determinará, quando entender conveniente, a convocação da assembléia-geral de credores para a constituição de Comitê de Credores, podendo ainda autorizar a manutenção do Comitê eventualmente em funcionamento na recuperação judicial quando da decretação da falência; XIII – ordenará a intimação do Ministério Público e a comunicação por carta às Fazendas Públicas Federal e de todos os Estados e Municípios em que o devedor tiver estabelecimento, para que tomem conhecimento da falência. No que concerne aos recursos das decisões judiciais acima citadas, a decisão que decreta a falência cabe agravo de instrumento, onde o prazo para interposição será de 10 (dez) dias, tendo como partes legítima o devedor, o Ministério Público, na condição de “custos legis” e o credor, já da sentença que profere a improcedência do pedido cabe apelação, tendo como partes legítima o credor, o Ministério Público, na condição de “custos legis”, e neste caso o devedor só poderá apelar nos casos de autofalência. 18) O Ministério Público deve ser intimado? A sentença que decretar a falência do devedor ordenará a intimação do Ministério Público e a comunicação por carta às Fazendas Públicas Federais e de todos os Estados e Municípios em que o devedor tiver estabelecimento, para que tomem conhecimento da falência. Assim, a intimação do MPU é obrigatória a partir da Sentença Declaratória, mas não na Fase pré-falimentar. 19) Quais as consequências da Sentença Declaratória? A sentença que declara a falência se distingue das demais porque não é ela o último ato a encerrar a instância, mas sim, presta-se a dar início à execução coletiva, convocando todos os credores do falido para nela se habilitarem. Não tem natureza condenatória, mas não deixa de ser sentença, uma vez que surge após um processo preliminar, em que cabe ao juiz apreciar o estado de falência para declará-lo, ou não. Com a sua edição pelo juiz, opera-se a dissolução da sociedade empresária falida, ficando seus bens, atos e negócios jurídicos, contratos e credores submetidos a um regime jurídico específico, o falimentar, diverso do regime geral do direito das obrigações. É a sentença declaratória da falência que introduz a falida e seus credores nesse outro regime. Ela não se limita, portanto, a declarar fatos ou relações preexistentes, mas modifica a disciplina jurídica destes, daí o seu caráter constitutivo. Trata-se de ato judicial que instaura uma forma específica de liquidação do patrimônio social, para que a realização do ativo e a satisfação do passivo sejam feitas pelo próprio Poder Judiciário, por meio do juízo falimentar, com a colaboração do administrador judicial. Decretada a falência, os credores habilitam os créditos, o administrador judicial arrecadao patrimônio. O juiz irá determinar a alienação dos bens e pagar os credores que der. 20) O que significa o Termo Legal da Falência? Qual a forma de contagem? O Termo Legal da falência é um período que caracteriza o estado de falido do devedor, visando propiciar a revogação de atos que sejam nocivos aos interesses dos credores, fraudulentos por presunção legal, em que se fixa o termo legal da falência, sem poder retrotraí-lo por mais de 90 (noventa) dias contados do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do 1º (primeiro) protesto por falta de pagamento, excluindo-se, para esta finalidade, os protestos que tenham sido cancelados. Assim, os atos praticados pelo devedor neste período poderão ser investigados e ser for o caso poderá ser considerado ineficaz e revogável, conforme artigos 129 e 130 da lei respectivamente, sendo que este prazo será contado do pedido de falência. 21) O que são as medias reintegrativas? Ação com objetivo de recompor o patrimônio da Massa Falida, os atos previstos no artigo 129 da lei de falência são ineficazes em relação à massa falida, tenha ou não o contratante conhecimento do estado de crise econômico-financeira do devedor, seja ou não intenção deste fraudar credores. A ação revocatória é o instrumento jurídico adequado para que seja declarada a ineficácia, objetiva ou subjetiva, do ato praticado pelo falido. O administrador judicial, qualquer credor, ou o Ministério Público tem legitimidade para propor a ação revocatória, no prazo de 03 (três) anos, contato da decretação da falência (Lei 11.101/05, art. 132). O juízo competente para processar e julgar a ação revocatória é o juízo falimentar. Da sentença proferida cabe recurso de apelação. 22) O que acontece na fase de habilitação de crédito? A habilitação de crédito consiste no procedimento para admissão de credores junto ao processo de recuperação judicial ou de falência, após a primeira verificação de crédito. A habilitação é uma obrigação processual realiza após a verificação dos créditos, que nasce com a decretação da falência, conforme estampada no artigo 99 da Lei nº 11.105/2005 (falência), em que Publicado o edital, os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador https://pt.wikipedia.org/wiki/Devedor judicial suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos relacionados. 23) Qual a função do Administrador Judicial? Como se dá a sua nomeação? O administrador judicial é uma pessoa a auxiliar o juiz, possui função de interventor, sendo de extrema confiança, com capacidade técnica para exercer a função, pois intermediará todas as fases do processo, desempenhando com boa diligência as suas atribuições que estão previstas no art. 22 da lei 11.101/05.O Administrador Judicial possui semelhança a um fiscal, encarregado de acompanhar e fiscalizar o processo de falência e o comportamento da empresa em recuperação e daqueles que a dirigem", sendo um "auxiliar qualificado do juízo. Inserto “no elenco dos particulares colaboradores da justiça, não representa os credores nem substitui o devedor falido”, irá gerir os recursos da empresa e os interesses da massa falida – acervo do ativo e passivo de bens e direitos do falido. O administrador judicial não é indicado por nenhuma das partes, sendo, por outro lado, escolhido pelo juiz titular da vara onde corre o processo de falência, em que na sentença nomeará o administrador judicial, que será profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador, ou pessoa jurídica especializada. Se o administrador judicial nomeado for pessoa jurídica, declarar-se-á, no termo de que trata o art. 33 desta Lei, o nome de profissional responsável pela condução do processo de falência ou de recuperação judicial, que não poderá ser substituído sem autorização do juiz. 24) Quais são os efeitos da sentença declaratória em relação ao Falido? O falido fica inabilitado para exercer qualquer atividade empresarial a partir da decretação da falência e até a sentença que extingue suas obrigações, respeitado o disposto no § 1º do art. 181. Assim, os principais efeitos da sentença declaratória da falência quanto à pessoa do falido estão relacionados à perda do direito de dispor e administrar os bens que compõem o seu patrimônio, conforme o art. 104 da Lei de Falências: a) Após ser intimado da decisão, deve assinar o termo de comparecimento no autos, com a indicação de seu nome, nacionalidade, estado civil, endereço completo do domicílio, devendo, ainda, declarar o discriminado nas alíneas a, b, c, d, e, f, e g, do parágrafo I, do artigo 104, da LF; b) Depositar em cartório, no ato de assinatura do termo de comparecimento, os seus livros obrigatórios, para que sejam entregues depois de encerrados, através de termos assinados pelo juiz; c) Não se ausentar do lugar onde a falência está sendo processada sem motivo justo ou comunicação expressa ao juiz e sem deixar procurador, sob as penas da lei; d) Comparecer a todos os atos da falência; e) Entregar todos os livros, papéis e bens ao administrador judicial; f) Comparecer a todos os atos da falência, podendo ser representado por procurador, quando não for indispensável sua presença; g) Entregar, sem demora, todos os bens, livros, papéis e documentos ao administrador judicial, indicando-lhe, para serem arrecadados, os bens que porventura tenha em poder de terceiros; h) Prestar as informações reclamadas pelo juiz, administrador judicial, credor ou Ministério Público sobre circunstâncias e fatos que interessem à falência; i) Auxiliar o administrador judicial com zelo e presteza; j) Examinar as habilitações de crédito apresentadas; l) Assistir ao levantamento, à verificação do balanço e ao exame dos livros; m) Manifestar-se sempre que for determinado pelo juiz; n) Apresentar, no prazo fixado pelo juiz, a relação de seus credores; o) Examinar e dar parecer sobre as contas do administrador judicial. 25) Como é a responsabilidade dos sócios de uma sociedade falida? Em relação à responsabilidade civil pelas obrigações da sociedade, tanto os sócios diretores, administradores ou os que apenas prestaram capital para o negócio respondem pelas obrigações na mesma extensão. Entretanto, quando se trata de sociedade limitada ou anônima com o capital social inteiramente integralizado, o sócio ou acionista não tem responsabilidade pelas obrigações sociais, de forma que seus bens não são envolvidos no processo falimentar Nas sociedades em que os sócios têm responsabilidade ilimitada, prevê o artigo 81 da LRF a decisão que decreta a falência da sociedade com sócios ilimitadamente responsáveis também acarreta a falência destes, que ficam sujeitos aos mesmos efeitos jurídicos produzidos em relação à sociedade falida e, por isso, deverão ser citados para apresentar contestação, se assim o desejarem, visto que os bens dos sócios de responsabilidade ilimitada são arrecadados pelo administrador judicial juntamente com os da sociedade, ficando sujeitos à mesma constrição judicial do patrimônio da falida. 26) Conceitue Massa Falida? A massa falida de uma empresa é formada no momento da decretação de sua falência, e consiste no acervo do ativo e passivo de bens e interesses do falido, que passam a ser administrados e representados pelo administrador judicial, que irá gerir os recursos da empresa e os interesses da massa falida – acervo do ativo e passivo de bens e direitos do falido. 27) O que acontece com as ações em curso e com o prazo prescricional após a decretação da Falência? Conforme o Art. 6º da Lei 11101/05 a decretação da falência suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário. Entretanto, terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processandoa ação que demandar quantia ilíquida. É permitido pleitear, perante o administrador judicial, habilitação, exclusão ou modificação de créditos derivados da relação de trabalho, mas as ações de natureza trabalhista, inclusive as impugnações a que se refere o art. 8º desta Lei, serão processadas perante a justiça especializada até a apuração do respectivo crédito, que será inscrito no quadro-geral de credores pelo valor determinado em sentença. As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento da recuperação judicial, ressalvada a concessão de parcelamento nos termos do Código Tributário Nacional e da legislação ordinária específica. A suspensão em hipótese nenhuma excederá o prazo improrrogável de 180 (cento e oitenta) dias contado do deferimento do processamento da recuperação, restabelecendo-se, após o decurso do prazo, o direito dos credores de iniciar ou continuar suas ações e execuções, independentemente de pronunciamento judicial. 28) O que significa o Juízo Universal? Todas as ações que o falido seja parte são direcionadas para esse juízo? O juízo da falência é universal. Isso significa que todas as ações referentes aos bens, interesses e negócios da massa falida serão processadas e julgadas pelo juízo perante o qual tramita o processo de execução concursal por falência. É a chamada aptidão atrativa do juízo falimentar, ao qual conferiu a lei a competência para conhecer e julgar todas as medidas judiciais de conteúdo patrimonial referentes ao falido ou à massa falida.O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer todas as ações sobre bens, interesses e negócios do falido, ressalvadas as causas trabalhistas, fiscais e aquelas não reguladas nesta Lei em que o falido figurar como autor ou litisconsorte ativo.Todas as ações, inclusive as excetuadas, terão prosseguimento com o administrador judicial, que deverá ser intimado para representar a massa falida, sob pena de nulidade do processo. As demandas que não são processadas e julgadas no juízo universal da falência, são aquelas que não são voltadas ao adimplemento de obrigação líquida, portanto, as ilíquidas, geralmente em fase de processo de conhecimento, que têm sua tramitação no juízo comum, por força do contido nos arts. (art. 6º, §§ 1º, 2º e 7º) da LF. Contudo, tornando-se líquida a obrigação, deverá ser habilitada no juízo universal da falência. O juízo universal da falência deve ser compreendido como um juízo universal de execução coletiva, razão que justifica sua vis attractiva e indivisibilidade, ou seja, sua competência para processar e julgar todas as demandas que envolvam bens, interesses e negócios do falido, sem desrespeitar, contudo, as competências constitucionais dos juízos trabalhistas ou federais, bem como a competência preventa de outros juízos para causas ilíquidas. 29) O que acontece na fase de Arrecadação da Falência? No procedimento falimentar arrecadação e custódia (ou guarda) de bens é o ato pelo qual o administrador judicial, representando a massa falida, entra na posse de todos os bens, livros fiscais e documentos da empresa cuja falência foi decretada. Se o falido for empresário individual, são arrecadados todos os seus bens; se for sociedades empresárias são arrecadadas os bens da pessoa jurídica e dos sócios com responsabilidade ilimitada. Se a sociedade não possuir sócios dessa categoria (responsabilidade ilimitada), as Sociedades Anônimas, por exemplo, não haverá arrecadação dos bens dos sócios ou acionistas, mas apenas da empresa, ainda que o capital não esteja totalmente integralizado. 30) Quais são as ações cabíveis na fase da arrecadação e qual o seu objeto? O proprietário de bem arrecadado no processo de falência ou que se encontre em poder do devedor na data da decretação da falência poderá pedir sua restituição, ação de restituição. A ação revocatória, de que trata o art. 130 desta Lei, deverá ser proposta pelo administrador judicial, por qualquer credor ou pelo Ministério Público no prazo de 3 (três) anos contado da decretação da falência, pode ser promovida contra todos os que figuraram no ato ou que por efeito dele foram pagos, garantidos ou beneficiados; contra os terceiros adquirentes, se tiveram conhecimento, ao se criar o direito, da intenção do devedor de prejudicar os credores. 31) O que acontece na fase da Realização dos Bens do Falido? Referida Lei nº 11.101/2005 prescreve em seu artigo 139 que, logo após a arrecadação dos bens, com a juntada do respectivo auto ao processo de falência, será iniciada a realização do ativo. Assim, proferida a sentença declaratória da falência, tem início o processo falimentar propriamente dito, sendo que um de seus objetivos é a definição do Ativo e do Passivo da empresa falida. O conhecimento judicial da extensão do Ativo do falido envolve a arrecadação dos bens, o depósito em cartório dos seus livros obrigatórios, mas também envolve os embargos de terceiros e o pedido de restituição, por exemplo. Já a definição do Passivo do falido opera-se pela verificação dos créditos, que compreende a publicação e republicação da relação de credores, a apresentação de divergência, habilitação, impugnação de créditos, entre outros. Portanto, uma vez conhecido a real situação patrimonial (Ativo e Passivo) do falido, o administrador judicial deve providenciar, imediatamente, a realização (ou liquidação) do Ativo da massa para logo em seguida dar uma solução definitiva para o Passivo. Essa liquidação, etimologicamente falando, tem como significado a ação ou efeito de liquidar, ajustar ou até mesmo apurar as contas. Já na seara falimentar, a liquidação tem como significado apurar os valores determinados do Ativo e do Passivo da massa, ou seja, a liquidação no processo falimentar tem como objetivo converter em dinheiro (alienar/vender) os bens e direitos arrecadados e, com seu produto, efetuar o pagamento dos credores conforme sua ordem de preferência. 32) Quais são as modalidades de venda dos bens do Falido? O juiz, ouvido o administrador judicial e atendendo à orientação do Comitê, se houver, ordenará que se proceda à alienação do ativo em uma das seguintes modalidades leilão, por lances orais; propostas fechadas; pregão, conforme artigo 142. O artigo 140 da Lei de Falências estabelece as formas pelas quais a alienação dos bens (ou realização dos ativos) do falido deve ser realizada e defini, ainda, uma ordem de preferência para elas. No entanto, seu parágrafo 1º (primeiro) ressalva que, se for conveniente à realização, ou em razão de oportunidade, poderá ser adotada mais de 1 (uma) forma de alienação. Assim, as formas prescritas na legislação, pela ordem de preferência, são as seguintes: alienação da empresa, com a venda de seus estabelecimentos em bloco; alienação da empresa, com a venda de suas filiais ou unidades produtivas isoladamente; alienação em bloco dos bens que integram cada um dos estabelecimentos do devedor; alienação dos bens individualmente considerados. 33) Como ocorre a sucessão tributária e trabalhista nessa venda? A regra de sucessão empresarial do art. 1.146 do CC, conforme já estudamos, refere-se apenas às dívidas negociais do alienante do estabelecimento, não se aplicando, por conseguinte, às dívidas trabalhistas e tributárias, que possuem disciplina especial, respectivamente, na CLT (arts. 448 e 448-A) e no CTN (art. 133). Ocorre que o art. 141 da LRE faz expressa menção a estas dívidas, não deixando dúvidas de que as sucessões trabalhista e tributária, quando o trespasse é feito em processo falimentar, também não se produzem, ou seja, o adquirente-arrematante do estabelecimento empresarial está isento de qualquer responsabilidade por dívidas anteriores à compra, ainda que elas sejam de natureza trabalhista ou tributária. No que se refere às dívidas tributárias, a aplicação do dispositivo inovadorda legislação falimentar não trará maiores problemas, uma vez que o art. 133 do CTN foi modificado recentemente para adaptar-se a essa nova realidade. Com efeito, a Lei Complementar 118/2005 acrescentou três parágrafos a ele, ajustando-o de forma perfeita ao disposto no art. 140 da LRE. No que tange às dívidas trabalhistas, entretanto, a nova disciplina deve gerar polêmicas nos tribunais da Justiça laboral, uma vez que: (i) sua postura é sempre de proteção intransigente do crédito trabalhista, dada a sua natureza alimentar, e que (ii) não houve, assim como ocorreu no CTN, uma alteração da CLT para adaptá-la aos novos ditames do direito falimentar. 34) O que acontece na fase de verificação dos Créditos? A verificação dos créditos será realizada pelo administrador judicial, com base nos livros contábeis e documentos comerciais e fiscais do devedor e nos documentos que lhe forem apresentados pelos credores, podendo contar com o auxílio de profissionais ou empresas especializadas. Publicado o edital previsto no art. 52, § 1º ou no parágrafo único do art. 99 desta Lei, os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador judicial suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos relacionados. O administrador judicial, com base nas informações e documentos colhidos na forma do caput e do § 1º deste artigo, fará publicar edital contendo a relação de credores no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, contado do fim do prazo do § 1º deste artigo, devendo indicar o local, o horário e o prazo comum em que as pessoas indicadas no art. 8º desta Lei terão acesso aos documentos que fundamentaram a elaboração dessa relação. A verificação dos créditos nada mais é do que realizar um levantamento dos créditos contra o devedor (talvez ficasse mais completo dizer dos débitos do devedor), ou seja, do que ele está efetivamente devendo. 35) O que significa a habilitação retardatária? Não observado o prazo de 15(quinze) dias, as habilitações de crédito serão recebidas como retardatárias. Na recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários, excetuados os titulares de créditos derivados da relação de trabalho, não terão direito a voto nas deliberações da assembléia geral de credores. No processo de falência os titulares de créditos retardatários não terão direito a voto nas deliberações da assembléia geral de credores, salvo se, na data da realização da assembléia geral, já houver sido homologado o quadro-geral de credores contendo o crédito retardatário. Na falência, os créditos retardatários perderão o direito a rateios eventualmente realizados e ficarão sujeitos ao pagamento de custas, não se computando os acessórios compreendidos entre o término do prazo e a data do pedido de habilitação. No caso de créditos retardatários na falência, o credor poderá requerer a reserva de valor para satisfação de seu crédito. As habilitações de crédito retardatárias, se apresentadas antes da homologação do quadro-geral de credores, serão recebidas como impugnação e processadas na forma dos arts. 13 a 15 da Lei 11.101/2005. Após a homologação do quadro-geral de credores, aqueles que não habilitaram seu crédito poderão, observado, no que couber, o procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil, requerer ao juízo da falência ou da recuperação judicial a retificação do quadro-geral para inclusão do respectivo crédito. 36) Qual a ordem legal de classificação dos créditos? Encontram-se no artigo 84 da lei de falências, que diz: “Serão considerados créditos extra concursais e serão pagos com precedência sobre os mencionados no art. 83 desta Lei, na ordem a seguir, os relativos a: I – remunerações devidas ao administrador judicial e seus auxiliares, e créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços prestados após a decretação da falência; II – quantias fornecidas à massa pelos credores; III – despesas com arrecadação, administração, realização do ativo e distribuição do seu produto, bem como custas do processo de falência; IV – custas judiciais relativas às ações e execuções em que a massa falida tenha sido vencida; V – obrigações resultantes de atos jurídicos válidos praticados durante a recuperação judicial, nos termos do art. 67 desta Lei, ou após a decretação da falência, e tributos relativos a fatos geradores ocorridos após a decretação da falência, respeitada a ordem estabelecida no art. 83 desta Lei”. As ordens de pagamento dos créditos concursam, de acordo com as disposições do referido artigo supracitado: Inciso I - os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho; Inciso II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem: Inciso III - créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias; Inciso IV – créditos com privilégio especial, a saber: a) os previstos no art. 964 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002; b) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei; c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a coisa dada em garantia; Inciso V – créditos com privilégio geral, a saber: a) os http://www.normaslegais.com.br/legislacao/tributario/lei11101.htm http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675704/artigo-964-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 previstos no art. 965 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002; b) os previstos no parágrafo único do art. 67 desta Lei; c) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei; Inciso VI – créditos quirografários, a saber: a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo; b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao seu pagamento; c) os saldos dos créditos derivados da legislação do trabalho que excederem o limite estabelecido no inciso I do caput deste artigo; Inciso VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, inclusive as multas tributárias; Inciso VIII – créditos subordinados, a saber: a) os assim previstos em lei ou em contrato; b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício. 37) O que significa crédito extra concursais? Decorrem das obrigações que foram contraídas na recuperação judicial pelo recuperando, e esses créditos surgem após a decretação da falência, os credores detentores dessa espécie de créditos têm prioridade na ordem de pagamento, e por isso serão pagos antes dos créditos concursais, for força normativa descrita no artigo 84 da lei 11.101/2005. 38) Qual o conteúdo da Sentença de Encerramento? O juiz encerrará a falência por sentença no momento em que for apresentado a este o relatório final, como dispõe o artigo 156 da Lei 11.101/2005. Art. 156. Apresentado o relatório final, o juiz encerrará a falência por sentença. Parágrafo único. A sentença de encerramento será publicada por edital e dela caberá apelação. (BRASIL, 2005). Nas palavras do Prof. Moacyr Lobato, o encerramento da falência é fase posterior à liquidação do ativo e pagamento do passivo (3), e "a falência, enquanto processo, será encerrada pelo juiz, mediante apresentação do relatório final pelo administrador judicial". Pela lei falimentar, o encerramento da falência se inicia com a prestação de contas do administrador judicial ao juízo do processo no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da conclusão da realização de todo o ativo do falidoe da distribuição do produto apurado entre os credores. A lei estabelece, ainda, que a prestação de contas deverá vir acompanhada dos documentos comprobatórios que serão prestadas em autos http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675371/artigo-965-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10936822/artigo-84-da-lei-n-11101-de-09-de-fevereiro-de-2005 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96893/lei-de-recupera%C3%A7%C3%A3o-judicial-e-extrajudicial-e-de-fal%C3%AAncia-lei-11101-05 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10927252/artigo-156-da-lei-n-11101-de-09-de-fevereiro-de-2005 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96893/lei-de-recupera%C3%A7%C3%A3o-judicial-e-extrajudicial-e-de-fal%C3%AAncia-lei-11101-05 https://www.valor.srv.br/matTecs/matTecsIndex.php?idMatTec=136#nota.3 apartados que, ao final, serão apensados aos autos da falência. Recebida a prestação de contas, o juiz fará publicar aviso de que as contas foram entregues e se encontram à disposição e conhecimento dos interessados (ou credores), que poderão impugná-las no prazo de 10 (dez) dias. Não havendo impugnações, ao final do prazo de 10 (dez) dias e depois de realizadas todas as diligências necessárias à apuração dos fatos, o juiz intimará o Ministério Público para manifestar-se no prazo de 5 (cinco) dias. A sentença que encerra o processo decorre do exaurimento patrimonial da massa ou da verificação de sua inexistência. O processo falimentar existe, portanto na medida em que houver bens que integrem o acervo patrimonial, de caráter objetivo, que integre a massa falida. O encerramento põe fim ao processo falimentar, mas não extingue as obrigações do falido, que serão explicadas no capítulo seguinte. Além disso, o encerramento da falência não impede a instauração de ação penal para persecução de crimes falimentares. 39) Qual o conteúdo da Sentença de Extinção? Extingue as obrigações do falido: I – o pagamento de todos os créditos; II – o pagamento, depois de realizado todo o ativo, de mais de 50% (cinqüenta por cento) dos créditos quirografários, sendo facultado ao falido o depósito da quantia necessária para atingir essa porcentagem se para tanto não bastou a integral liquidação do ativo; III – o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado do encerramento da falência, se o falido não tiver sido condenado por prática de crime previsto nesta Lei; IV – o decurso do prazo de 10 (dez) anos, contado do encerramento da falência, se o falido tiver sido condenado por prática de crime previsto nesta Lei. Art. 159. Configurada qualquer das hipóteses do art. 158 desta Lei, o falido poderá requerer ao juízo da falência que suas obrigações sejam declaradas extintas por sentença. § 1º O requerimento será autuado em apartado com os respectivos documentos e publicado por edital no órgão oficial e em jornal de grande circulação. § 2º No prazo de 30 (trinta) dias contado da publicação do edital, qualquer credor pode opor-se ao pedido do falido. § 3º Findo o prazo, o juiz, em 5 (cinco) dias, proferirá sentença e, se o requerimento for anterior ao encerramento da falência, declarará extintas as obrigações na sentença de encerramento. § 4º A sentença que declarar extintas as obrigações será comunicada a todas as pessoas e entidades informadas da decretação da falência. § 5º Da sentença cabe apelação. § 6º Após o trânsito em julgado, os autos serão apensados aos da falência. Art. 160. Verificada a prescrição ou extintas as obrigações nos termos desta Lei, o sócio de responsabilidade ilimitada também poderá requerer que seja declarada por sentença a extinção de suas obrigações na falência. CURSO DE DIREITO
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