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Estudo Dirigido - 1° Avaliação

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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL III PROFESSOR: TEÓPHILO DE ARAÚJO 
 
ALUNA: CÁSSIA MOREIRA DE ASSIS BRANCO TURMA:902 15/04/20 
 
01) Quais pessoas podem se beneficiar do regime jurídico da Falência? Empresário 
e sociedade empresários, doravante referidos simplesmente como devedores. 
 
02) Quais as principais diferenças entre um processo de execução individual e um 
processo de Falência? Na execução individual um exequente se volta contra o 
devedor para dele haver o cumprimento da obrigação devida, já no processo 
de falência estabelece uma execução especial, na qual todos os credores 
deverão ser reunidos em um único processo, para a execução conjunta do 
devedor. Em vez de se submeter a uma execução individual, pois, o devedor 
insolvente deverá se submeter a uma execução concursal, em obediência ao 
princípio da par conditio creditorum, segundo o qual deve ser dado aos 
credores tratamento isonômico. Para se evitar essa injustiça, conferindo as 
mesmas chances de realização do crédito a todos os credores de uma mesma 
categoria, o direito afasta a regra da individualidade da execução e prevê, na 
hipótese, a obrigatoriedade da execução concursal, isto é, do concurso de 
credores (antigamente denominada execução “coletiva”). 
 
03) Conceitue Falência? A falência é um processo de execução coletiva, em que 
todos os bens do falido são arrecadados para uma venda judicial forçados, 
visando o pagamento da universalidade de seus credores, de forma completa 
ou proporcional. 
 
04) Quem possui legitimidade ativa para propor uma Ação de Falência? Pode 
requerer a falência do devedor o próprio devedor, na forma do disposto nos 
arts. 105 a 107 da Lei 11.101/05; o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do 
CURSO DE DIREITO 
Estudo Dirigido – 1º SEMESTRE/2020 
 
devedor ou o inventariante; o cotista ou o acionista do devedor na forma da lei 
ou do ato constitutivo da sociedade; qualquer credor. 
 
05) Quais são os requisitos para a propositura da Autofalência? Conforme o artigo 
105 da Lei 11.101/05, o devedor em crise econômico-financeira que julgue não 
atender aos requisitos para pleitear sua recuperação judicial deverá requerer 
ao juízo sua falência, expondo as razões da impossibilidade de 
prosseguimento da atividade empresarial, acompanhadas dos seguintes 
documentos: I – demonstrações contábeis referentes aos 3 (três) últimos 
exercícios sociais e as levantadas especialmente para instruir o pedido, 
confeccionadas com estrita observância da legislação societária aplicável e 
compostas obrigatoriamente de: a) balanço patrimonial; b) demonstração de 
resultados acumulados; c) demonstração do resultado desde o último 
exercício social; d) relatório do fluxo de caixa; II – relação nominal dos 
credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos 
respectivos créditos; III – relação dos bens e direitos que compõem o ativo, 
com a respectiva estimativa de valor e documentos comprobatórios de 
propriedade; IV – prova da condição de empresário, contrato social ou estatuto 
em vigor ou, se não houver, a indicação de todos os sócios, seus endereços e 
a relação de seus bens pessoais; V – os livros obrigatórios e documentos 
contábeis que lhe forem exigidos por lei; VI – relação de seus administradores 
nos últimos 5 (cinco) anos, com os respectivos endereços, suas funções e 
participação societária. 
 
06) O empresário de fato pode pedir sua Falência? E a falência de outrem? E a sua 
Recuperação Judicial? O empresário irregular pode ter a sua falência decretada 
ou pedir a sua própria falência. Contudo, não tem o empresário irregular a 
legitimidade ativa quando se trata de pedido de falência de seu devedor. 
Conforme dispõe o art. 97, § 1º, da Lei 11.101/2005, somente o empresário 
inscrito na junta comercial é que tem condição de requerer a falência de outro 
empresário, o empresário irregular não tem direito a requerer a falência de 
outro empresário. Também não tem o empresário irregular legitimidade ativa 
para requer o benefício do pedido de recuperação judicial, pelos mesmos 
motivos que o anterior, ou seja, falta de registro dos seus atos constitutivo. 
 
07) Qual o regime especial aplicável ao credor estrangeiro que pretende ajuizar uma 
Ação de Falência? O credor que não tiver domicílio no Brasil deverá prestar 
caução relativa à custa e ao pagamento da indenização de que trata o art. 101 
da Lei 11.101/2005. 
 
08) Quem possui legitimidade passiva para ser réu em uma Ação de Falência? 
Somente o empresário devedor poderá ser submetido ao processo falimentar 
como instrumento para a execução concursal de seu patrimônio. Assim, a Lei 
11.101/05 disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a 
falência do empresário individual e da sociedade empresária. 
 
09) Quais as empresas que foram excluídas do regime da Lei de Falência? De 
acordo com o Art. 2º da lei 11.101/05, foram excluídas: I – empresa pública e 
sociedade de economia mista; II – instituição financeira pública ou privada, 
cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, 
sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, 
sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às 
anteriores. 
 
10) Qual o juízo competente para o processamento da Ação de Falência? A 
competência para a apreciação do processo de falência é da Justiça Estadual 
local onde se encontrar o principal estabelecimento do devedor ou da filial de 
empresa que tenha sede fora do Brasil. A competência para apreciação do 
pedido de falência é absoluta. 
 
11) O que significa Insolvência Confessada? Ocorre quando o devedor confessa 
que não conseguirá saudar a dívida, requerendo a autofalência, em que o 
devedor em crise econômico-financeira que julgue não atender aos requisitos 
para pleitear sua recuperação judicial irá expor as razões da impossibilidade 
de prosseguimento da atividade empresarial, conforme o artigo 105 da Lei 
11.101/2005. 
 
12) O que significa Insolvência Presumida? Quando a dívida não é paga dentro do 
vencimento, presume-se insolvência, em que será decretada a falência do 
devedor caracterizada a impontualidade do devedor; pela execução frustrada e 
pelos atos de falência. Assim, ocorrendo um dos casos previstos no artigo 94 
da Lei n. 11.101/2005, mesmo que o devedor tenha ativo suficiente para saldar 
suas dívidas terá sua falência decretada. 
 
13) Quais as hipóteses previstas na Lei de Falência como caracterizadoras do 
estado de Insolvência Presumida? Caracteriza o estado de Insolvência 
Presumida a Impontualidade Injustificada, em que será decretada a falência do 
devedor que sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, 
obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados 
cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data 
do pedido de falência; a Execução Frustrada que executado por qualquer 
quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens 
suficientes dentro do prazo legal; e os Atos de Falência previstos no artigo 94, 
inciso III, da Lei 11.101/05 exceto se fizer parte de plano de recuperação 
judicial. 
 
14) Quais os requisitos do protesto para fins falimentares? A Lei Falimentar ainda 
prevê a necessidade de protesto específico para fins falimentares: “§ 3º Na 
hipótese do inciso I do caput deste artigo, o pedido de falência será instruído 
com os títulos executivos na forma do parágrafo único do art. 9º desta Lei, 
acompanhados, em qualquer caso, dos respectivos instrumentos de protesto 
para fim falimentar nos termos da legislação específica”. Título tem que estar 
vencido e a notificação do protesto, para requerimento de falência da empresa 
devedora, exigem a identificação da pessoa que a recebeu, não precisa ser a 
representante legal da sociedade, nem ter poderes específicos de 
representação.Ademais, do instrumento de protesto, portanto, é que deverão 
constar “as referências necessárias à correta identificação do título, do credor 
e do devedor, bem como a certidão de intimação deste” e somente podendo 
ser realizado contra devedor empresário ou sociedade empresária, vez que 
somente estes estão sujeitos a falência, nos termos da legislação brasileira. 
 
15) Quais são os atos de falência previstos na Lei? São atos de falência, exceto se 
fizer parte de plano de recuperação judicial: a) procede à liquidação 
precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para 
realizar pagamentos; b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o 
objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou 
alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não; c) 
transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de 
todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo; d) 
simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de 
burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor; e) dá ou reforça 
garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com bens livres 
e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo; f) ausenta-se sem 
deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os 
credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do 
local de sua sede ou de seu principal estabelecimento; g) deixa de cumprir, no 
prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial. 
 
16) Quais são as defesas possíveis para o Réu na Ação de Falência? Citado, o 
devedor poderá apresentar contestação no prazo de 10 (dez) dias e poderá, no 
prazo da contestação, depositar o valor correspondente ao total do crédito, 
acrescido de correção monetária, juros e honorários advocatícios, hipótese em 
que a falência não será decretada e, caso julgado procedente o pedido de 
falência, o juiz ordenará o levantamento do valor pelo autor. Ademais, dentro 
do prazo de contestação, o devedor poderá pleitear sua recuperação judicial. 
 
17) Quais os requisitos da Sentença Declaratória/Denegatória? Quais os recursos 
cabíveis? Quem são os legitimados? A sentença deve ser clara, precisa e 
concisa, apresentando o relatório, a fundamentação e o dispositivo, a síntese 
do pedido, identificação do falido e os nomes dos que forem a esse tempo 
seus administradores; o termo legal da falência; e a determinação para que o 
falido apresente relação nominal dos credores, sob pena de desobediência; 
determinação de diligências necessárias para salvaguardar os interesses das 
partes envolvidas e os demais elementos necessários prescritos pela lei nº 
11.101/05. Art. 99. A sentença que decretar a falência do devedor: I – conterá a 
síntese do pedido, a identificação do falido e os nomes dos que forem a esse 
tempo seus administradores; II – fixará o termo legal da falência, sem poder 
retrotraí-lo por mais de 90 (noventa) dias contados do pedido de falência, do 
pedido de recuperação judicial ou do 1º (primeiro) protesto por falta de 
pagamento, excluindo-se, para esta finalidade, os protestos que tenham sido 
cancelados; III – ordenará ao falido que apresente, no prazo máximo de 5 
(cinco) dias, relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, 
natureza e classificação dos respectivos créditos, se esta já não se encontrar 
nos autos, sob pena de desobediência; IV – explicitará o prazo para as 
habilitações de crédito, observado o disposto no § 1º do art. 7º desta Lei; V – 
ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o falido, 
ressalvadas as hipóteses previstas nos §§ 1º e 2º do art. 6º desta Lei; VI – 
proibirá a prática de qualquer ato de disposição ou oneração de bens do falido, 
submetendo-os preliminarmente à autorização judicial e do Comitê, se houver, 
ressalvados os bens cuja venda faça parte das atividades normais do devedor 
se autorizada a continuação provisória nos termos do inciso XI do caput deste 
artigo; VII – determinará as diligências necessárias para salvaguardar os 
interesses das partes envolvidas, podendo ordenar a prisão preventiva do 
falido ou de seus administradores quando requerida com fundamento em 
provas da prática de crime definido nesta Lei; VIII – ordenará ao Registro 
Público de Empresas que proceda à anotação da falência no registro do 
devedor, para que conste a expressão "Falido", a data da decretação da 
falência e a inabilitação de que trata o art. 102 desta Lei; IX – nomeará o 
administrador judicial, que desempenhará suas funções na forma do inciso III 
do caput do art. 22 desta Lei sem prejuízo do disposto na alínea a do inciso II 
do caput do art. 35 desta Lei; X – determinará a expedição de ofícios aos 
órgãos e repartições públicas e outras entidades para que informem a 
existência de bens e direitos do falido; XI – pronunciar-se-á a respeito da 
continuação provisória das atividades do falido com o administrador judicial 
ou da lacração dos estabelecimentos, observado o disposto no art. 109 desta 
Lei; XII – determinará, quando entender conveniente, a convocação da 
assembléia-geral de credores para a constituição de Comitê de Credores, 
podendo ainda autorizar a manutenção do Comitê eventualmente em 
funcionamento na recuperação judicial quando da decretação da falência; XIII 
– ordenará a intimação do Ministério Público e a comunicação por carta às 
Fazendas Públicas Federal e de todos os Estados e Municípios em que o 
devedor tiver estabelecimento, para que tomem conhecimento da falência. 
No que concerne aos recursos das decisões judiciais acima citadas, a decisão 
que decreta a falência cabe agravo de instrumento, onde o prazo para 
interposição será de 10 (dez) dias, tendo como partes legítima o devedor, o 
Ministério Público, na condição de “custos legis” e o credor, já da sentença 
que profere a improcedência do pedido cabe apelação, tendo como partes 
legítima o credor, o Ministério Público, na condição de “custos legis”, e neste 
caso o devedor só poderá apelar nos casos de autofalência. 
18) O Ministério Público deve ser intimado? A sentença que decretar a falência do 
devedor ordenará a intimação do Ministério Público e a comunicação por carta 
às Fazendas Públicas Federais e de todos os Estados e Municípios em que o 
devedor tiver estabelecimento, para que tomem conhecimento da falência. 
Assim, a intimação do MPU é obrigatória a partir da Sentença Declaratória, 
mas não na Fase pré-falimentar. 
 
19) Quais as consequências da Sentença Declaratória? A sentença que declara a 
falência se distingue das demais porque não é ela o último ato a encerrar a 
instância, mas sim, presta-se a dar início à execução coletiva, convocando 
todos os credores do falido para nela se habilitarem. Não tem natureza 
condenatória, mas não deixa de ser sentença, uma vez que surge após um 
processo preliminar, em que cabe ao juiz apreciar o estado de falência para 
declará-lo, ou não. Com a sua edição pelo juiz, opera-se a dissolução da 
sociedade empresária falida, ficando seus bens, atos e negócios jurídicos, 
contratos e credores submetidos a um regime jurídico específico, o falimentar, 
diverso do regime geral do direito das obrigações. É a sentença declaratória da 
falência que introduz a falida e seus credores nesse outro regime. Ela não se 
limita, portanto, a declarar fatos ou relações preexistentes, mas modifica a 
disciplina jurídica destes, daí o seu caráter constitutivo. Trata-se de ato judicial 
que instaura uma forma específica de liquidação do patrimônio social, para 
que a realização do ativo e a satisfação do passivo sejam feitas pelo próprio 
Poder Judiciário, por meio do juízo falimentar, com a colaboração do 
administrador judicial. Decretada a falência, os credores habilitam os créditos, 
o administrador judicial arrecadao patrimônio. O juiz irá determinar a 
alienação dos bens e pagar os credores que der. 
 
20) O que significa o Termo Legal da Falência? Qual a forma de contagem? O 
Termo Legal da falência é um período que caracteriza o estado de falido 
do devedor, visando propiciar a revogação de atos que sejam nocivos aos 
interesses dos credores, fraudulentos por presunção legal, em que se fixa o 
termo legal da falência, sem poder retrotraí-lo por mais de 90 (noventa) dias 
contados do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do 1º 
(primeiro) protesto por falta de pagamento, excluindo-se, para esta finalidade, 
os protestos que tenham sido cancelados. Assim, os atos praticados pelo 
devedor neste período poderão ser investigados e ser for o caso poderá ser 
considerado ineficaz e revogável, conforme artigos 129 e 130 da lei 
respectivamente, sendo que este prazo será contado do pedido de falência. 
 
21) O que são as medias reintegrativas? Ação com objetivo de recompor o 
patrimônio da Massa Falida, os atos previstos no artigo 129 da lei de falência 
são ineficazes em relação à massa falida, tenha ou não o contratante 
conhecimento do estado de crise econômico-financeira do devedor, seja ou 
não intenção deste fraudar credores. A ação revocatória é o instrumento 
jurídico adequado para que seja declarada a ineficácia, objetiva ou subjetiva, 
do ato praticado pelo falido. O administrador judicial, qualquer credor, ou o 
Ministério Público tem legitimidade para propor a ação revocatória, no prazo 
de 03 (três) anos, contato da decretação da falência (Lei 11.101/05, art. 132). O 
juízo competente para processar e julgar a ação revocatória é o juízo 
falimentar. Da sentença proferida cabe recurso de apelação. 
 
22) O que acontece na fase de habilitação de crédito? A habilitação de crédito 
consiste no procedimento para admissão de credores junto ao processo de 
recuperação judicial ou de falência, após a primeira verificação de crédito. A 
habilitação é uma obrigação processual realiza após a verificação dos 
créditos, que nasce com a decretação da falência, conforme estampada no 
artigo 99 da Lei nº 11.105/2005 (falência), em que Publicado o edital, os 
credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Devedor
judicial suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos 
relacionados. 
 
23) Qual a função do Administrador Judicial? Como se dá a sua nomeação? O 
administrador judicial é uma pessoa a auxiliar o juiz, possui função de 
interventor, sendo de extrema confiança, com capacidade técnica para exercer 
a função, pois intermediará todas as fases do processo, desempenhando com 
boa diligência as suas atribuições que estão previstas no art. 22 da lei 
11.101/05.O Administrador Judicial possui semelhança a um fiscal, 
encarregado de acompanhar e fiscalizar o processo de falência e o 
comportamento da empresa em recuperação e daqueles que a dirigem", sendo 
um "auxiliar qualificado do juízo. Inserto “no elenco dos particulares 
colaboradores da justiça, não representa os credores nem substitui o devedor 
falido”, irá gerir os recursos da empresa e os interesses da massa falida – 
acervo do ativo e passivo de bens e direitos do falido. 
O administrador judicial não é indicado por nenhuma das partes, sendo, por 
outro lado, escolhido pelo juiz titular da vara onde corre o processo de 
falência, em que na sentença nomeará o administrador judicial, que será 
profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador 
de empresas ou contador, ou pessoa jurídica especializada. Se o 
administrador judicial nomeado for pessoa jurídica, declarar-se-á, no termo de 
que trata o art. 33 desta Lei, o nome de profissional responsável pela 
condução do processo de falência ou de recuperação judicial, que não poderá 
ser substituído sem autorização do juiz. 
 
24) Quais são os efeitos da sentença declaratória em relação ao Falido? O falido 
fica inabilitado para exercer qualquer atividade empresarial a partir da 
decretação da falência e até a sentença que extingue suas obrigações, 
respeitado o disposto no § 1º do art. 181. Assim, os principais efeitos da 
sentença declaratória da falência quanto à pessoa do falido estão relacionados 
à perda do direito de dispor e administrar os bens que compõem o seu 
patrimônio, conforme o art. 104 da Lei de Falências: a) Após ser intimado da 
decisão, deve assinar o termo de comparecimento no autos, com a indicação 
de seu nome, nacionalidade, estado civil, endereço completo do domicílio, 
devendo, ainda, declarar o discriminado nas alíneas a, b, c, d, e, f, e g, do 
parágrafo I, do artigo 104, da LF; b) Depositar em cartório, no ato de assinatura 
do termo de comparecimento, os seus livros obrigatórios, para que sejam 
entregues depois de encerrados, através de termos assinados pelo juiz; c) Não 
se ausentar do lugar onde a falência está sendo processada sem motivo justo 
ou comunicação expressa ao juiz e sem deixar procurador, sob as penas da 
lei; d) Comparecer a todos os atos da falência; e) Entregar todos os livros, 
papéis e bens ao administrador judicial; f) Comparecer a todos os atos da 
falência, podendo ser representado por procurador, quando não for 
indispensável sua presença; g) Entregar, sem demora, todos os bens, livros, 
papéis e documentos ao administrador judicial, indicando-lhe, para serem 
arrecadados, os bens que porventura tenha em poder de terceiros; h) Prestar 
as informações reclamadas pelo juiz, administrador judicial, credor ou 
Ministério Público sobre circunstâncias e fatos que interessem à falência; i) 
Auxiliar o administrador judicial com zelo e presteza; j) Examinar as 
habilitações de crédito apresentadas; l) Assistir ao levantamento, à verificação 
do balanço e ao exame dos livros; m) Manifestar-se sempre que for 
determinado pelo juiz; n) Apresentar, no prazo fixado pelo juiz, a relação de 
seus credores; o) Examinar e dar parecer sobre as contas do administrador 
judicial. 
 
25) Como é a responsabilidade dos sócios de uma sociedade falida? Em relação à 
responsabilidade civil pelas obrigações da sociedade, tanto os sócios 
diretores, administradores ou os que apenas prestaram capital para o negócio 
respondem pelas obrigações na mesma extensão. Entretanto, quando se trata 
de sociedade limitada ou anônima com o capital social inteiramente 
integralizado, o sócio ou acionista não tem responsabilidade pelas obrigações 
sociais, de forma que seus bens não são envolvidos no processo 
falimentar Nas sociedades em que os sócios têm responsabilidade ilimitada, 
prevê o artigo 81 da LRF a decisão que decreta a falência da sociedade com 
sócios ilimitadamente responsáveis também acarreta a falência destes, que 
ficam sujeitos aos mesmos efeitos jurídicos produzidos em relação à 
sociedade falida e, por isso, deverão ser citados para apresentar contestação, 
se assim o desejarem, visto que os bens dos sócios de responsabilidade 
ilimitada são arrecadados pelo administrador judicial juntamente com os da 
sociedade, ficando sujeitos à mesma constrição judicial do patrimônio da 
falida. 
 
26) Conceitue Massa Falida? A massa falida de uma empresa é formada no 
momento da decretação de sua falência, e consiste no acervo do ativo e 
passivo de bens e interesses do falido, que passam a ser administrados e 
representados pelo administrador judicial, que irá gerir os recursos da 
empresa e os interesses da massa falida – acervo do ativo e passivo de bens e 
direitos do falido. 
27) O que acontece com as ações em curso e com o prazo prescricional após a 
decretação da Falência? Conforme o Art. 6º da Lei 11101/05 a decretação da 
falência suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em 
face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio 
solidário. Entretanto, terá prosseguimento no juízo no qual estiver se 
processandoa ação que demandar quantia ilíquida. É permitido pleitear, 
perante o administrador judicial, habilitação, exclusão ou modificação de 
créditos derivados da relação de trabalho, mas as ações de natureza 
trabalhista, inclusive as impugnações a que se refere o art. 8º desta Lei, serão 
processadas perante a justiça especializada até a apuração do respectivo 
crédito, que será inscrito no quadro-geral de credores pelo valor determinado 
em sentença. As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo 
deferimento da recuperação judicial, ressalvada a concessão de parcelamento 
nos termos do Código Tributário Nacional e da legislação ordinária específica. 
A suspensão em hipótese nenhuma excederá o prazo improrrogável de 180 
(cento e oitenta) dias contado do deferimento do processamento da 
recuperação, restabelecendo-se, após o decurso do prazo, o direito dos 
credores de iniciar ou continuar suas ações e execuções, independentemente 
de pronunciamento judicial. 
 
28) O que significa o Juízo Universal? Todas as ações que o falido seja parte são 
direcionadas para esse juízo? O juízo da falência é universal. Isso significa que 
todas as ações referentes aos bens, interesses e negócios da massa falida 
serão processadas e julgadas pelo juízo perante o qual tramita o processo de 
execução concursal por falência. É a chamada aptidão atrativa do juízo 
falimentar, ao qual conferiu a lei a competência para conhecer e julgar todas as 
medidas judiciais de conteúdo patrimonial referentes ao falido ou à massa 
falida.O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer todas as 
ações sobre bens, interesses e negócios do falido, ressalvadas as causas 
trabalhistas, fiscais e aquelas não reguladas nesta Lei em que o falido figurar 
como autor ou litisconsorte ativo.Todas as ações, inclusive as excetuadas, 
terão prosseguimento com o administrador judicial, que deverá ser intimado 
para representar a massa falida, sob pena de nulidade do processo. 
As demandas que não são processadas e julgadas no juízo universal da 
falência, são aquelas que não são voltadas ao adimplemento de obrigação 
líquida, portanto, as ilíquidas, geralmente em fase de processo de 
conhecimento, que têm sua tramitação no juízo comum, por força do contido 
nos arts. (art. 6º, §§ 1º, 2º e 7º) da LF. Contudo, tornando-se líquida a 
obrigação, deverá ser habilitada no juízo universal da falência. 
O juízo universal da falência deve ser compreendido como um juízo universal 
de execução coletiva, razão que justifica sua vis attractiva e indivisibilidade, ou 
seja, sua competência para processar e julgar todas as demandas que 
envolvam bens, interesses e negócios do falido, sem desrespeitar, contudo, as 
competências constitucionais dos juízos trabalhistas ou federais, bem como a 
competência preventa de outros juízos para causas ilíquidas. 
 
29) O que acontece na fase de Arrecadação da Falência? No procedimento 
falimentar arrecadação e custódia (ou guarda) de bens é o ato pelo qual o 
administrador judicial, representando a massa falida, entra na posse de todos 
os bens, livros fiscais e documentos da empresa cuja falência foi decretada. 
Se o falido for empresário individual, são arrecadados todos os seus bens; se 
for sociedades empresárias são arrecadadas os bens da pessoa jurídica e dos 
sócios com responsabilidade ilimitada. Se a sociedade não possuir sócios 
dessa categoria (responsabilidade ilimitada), as Sociedades Anônimas, por 
exemplo, não haverá arrecadação dos bens dos sócios ou acionistas, mas 
apenas da empresa, ainda que o capital não esteja totalmente integralizado. 
 
30) Quais são as ações cabíveis na fase da arrecadação e qual o seu objeto? O 
proprietário de bem arrecadado no processo de falência ou que se encontre 
em poder do devedor na data da decretação da falência poderá pedir sua 
restituição, ação de restituição. A ação revocatória, de que trata o art. 130 
desta Lei, deverá ser proposta pelo administrador judicial, por qualquer credor 
ou pelo Ministério Público no prazo de 3 (três) anos contado da decretação da 
falência, pode ser promovida contra todos os que figuraram no ato ou que por 
efeito dele foram pagos, garantidos ou beneficiados; contra os terceiros 
adquirentes, se tiveram conhecimento, ao se criar o direito, da intenção do 
devedor de prejudicar os credores. 
31) O que acontece na fase da Realização dos Bens do Falido? Referida Lei nº 
11.101/2005 prescreve em seu artigo 139 que, logo após a arrecadação dos 
bens, com a juntada do respectivo auto ao processo de falência, será iniciada 
a realização do ativo. Assim, proferida a sentença declaratória da falência, tem 
início o processo falimentar propriamente dito, sendo que um de seus 
objetivos é a definição do Ativo e do Passivo da empresa falida. O 
conhecimento judicial da extensão do Ativo do falido envolve a arrecadação 
dos bens, o depósito em cartório dos seus livros obrigatórios, mas também 
envolve os embargos de terceiros e o pedido de restituição, por exemplo. Já a 
definição do Passivo do falido opera-se pela verificação dos créditos, que 
compreende a publicação e republicação da relação de credores, a 
apresentação de divergência, habilitação, impugnação de créditos, entre 
outros. Portanto, uma vez conhecido a real situação patrimonial (Ativo e 
Passivo) do falido, o administrador judicial deve providenciar, imediatamente, 
a realização (ou liquidação) do Ativo da massa para logo em seguida dar uma 
solução definitiva para o Passivo. Essa liquidação, etimologicamente falando, 
tem como significado a ação ou efeito de liquidar, ajustar ou até mesmo apurar 
as contas. Já na seara falimentar, a liquidação tem como significado apurar os 
valores determinados do Ativo e do Passivo da massa, ou seja, a liquidação no 
processo falimentar tem como objetivo converter em dinheiro (alienar/vender) 
os bens e direitos arrecadados e, com seu produto, efetuar o pagamento dos 
credores conforme sua ordem de preferência. 
 
32) Quais são as modalidades de venda dos bens do Falido? O juiz, ouvido o 
administrador judicial e atendendo à orientação do Comitê, se houver, 
ordenará que se proceda à alienação do ativo em uma das seguintes 
modalidades leilão, por lances orais; propostas fechadas; pregão, conforme 
artigo 142. O artigo 140 da Lei de Falências estabelece as formas pelas quais a 
alienação dos bens (ou realização dos ativos) do falido deve ser realizada e 
defini, ainda, uma ordem de preferência para elas. No entanto, seu parágrafo 1º 
(primeiro) ressalva que, se for conveniente à realização, ou em razão de 
oportunidade, poderá ser adotada mais de 1 (uma) forma de alienação. Assim, 
as formas prescritas na legislação, pela ordem de preferência, são as 
seguintes: alienação da empresa, com a venda de seus estabelecimentos em 
bloco; alienação da empresa, com a venda de suas filiais ou unidades 
produtivas isoladamente; alienação em bloco dos bens que integram cada um 
dos estabelecimentos do devedor; alienação dos bens individualmente 
considerados. 
 
33) Como ocorre a sucessão tributária e trabalhista nessa venda? A regra de 
sucessão empresarial do art. 1.146 do CC, conforme já estudamos, refere-se 
apenas às dívidas negociais do alienante do estabelecimento, não se 
aplicando, por conseguinte, às dívidas trabalhistas e tributárias, que possuem 
disciplina especial, respectivamente, na CLT (arts. 448 e 448-A) e no CTN (art. 
133). Ocorre que o art. 141 da LRE faz expressa menção a estas dívidas, não 
deixando dúvidas de que as sucessões trabalhista e tributária, quando o 
trespasse é feito em processo falimentar, também não se produzem, ou seja, o 
adquirente-arrematante do estabelecimento empresarial está isento de 
qualquer responsabilidade por dívidas anteriores à compra, ainda que elas 
sejam de natureza trabalhista ou tributária. No que se refere às dívidas 
tributárias, a aplicação do dispositivo inovadorda legislação falimentar não 
trará maiores problemas, uma vez que o art. 133 do CTN foi modificado 
recentemente para adaptar-se a essa nova realidade. Com efeito, a Lei 
Complementar 118/2005 acrescentou três parágrafos a ele, ajustando-o de 
forma perfeita ao disposto no art. 140 da LRE. No que tange às dívidas 
trabalhistas, entretanto, a nova disciplina deve gerar polêmicas nos tribunais 
da Justiça laboral, uma vez que: (i) sua postura é sempre de proteção 
intransigente do crédito trabalhista, dada a sua natureza alimentar, e que (ii) 
não houve, assim como ocorreu no CTN, uma alteração da CLT para adaptá-la 
aos novos ditames do direito falimentar. 
 
34) O que acontece na fase de verificação dos Créditos? A verificação dos 
créditos será realizada pelo administrador judicial, com base nos livros 
contábeis e documentos comerciais e fiscais do devedor e nos documentos 
que lhe forem apresentados pelos credores, podendo contar com o auxílio de 
profissionais ou empresas especializadas. Publicado o edital previsto no art. 
52, § 1º ou no parágrafo único do art. 99 desta Lei, os credores terão o prazo 
de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador judicial suas habilitações 
ou suas divergências quanto aos créditos relacionados. O administrador 
judicial, com base nas informações e documentos colhidos na forma 
do caput e do § 1º deste artigo, fará publicar edital contendo a relação de 
credores no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, contado do fim do prazo do § 
1º deste artigo, devendo indicar o local, o horário e o prazo comum em que as 
pessoas indicadas no art. 8º desta Lei terão acesso aos documentos que 
fundamentaram a elaboração dessa relação. A verificação dos créditos nada 
mais é do que realizar um levantamento dos créditos contra o devedor (talvez 
ficasse mais completo dizer dos débitos do devedor), ou seja, do que ele está 
efetivamente devendo. 
 
35) O que significa a habilitação retardatária? Não observado o prazo de 
15(quinze) dias, as habilitações de crédito serão recebidas como retardatárias. 
Na recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários, excetuados os 
titulares de créditos derivados da relação de trabalho, não terão direito a voto 
nas deliberações da assembléia geral de credores. No processo de falência os 
titulares de créditos retardatários não terão direito a voto nas deliberações da 
assembléia geral de credores, salvo se, na data da realização da assembléia 
geral, já houver sido homologado o quadro-geral de credores contendo o 
crédito retardatário. Na falência, os créditos retardatários perderão o direito a 
rateios eventualmente realizados e ficarão sujeitos ao pagamento de custas, 
não se computando os acessórios compreendidos entre o término do prazo e a 
data do pedido de habilitação. No caso de créditos retardatários na falência, o 
credor poderá requerer a reserva de valor para satisfação de seu crédito. As 
habilitações de crédito retardatárias, se apresentadas antes da homologação 
do quadro-geral de credores, serão recebidas como impugnação e 
processadas na forma dos arts. 13 a 15 da Lei 11.101/2005. Após a 
homologação do quadro-geral de credores, aqueles que não habilitaram seu 
crédito poderão, observado, no que couber, o procedimento ordinário previsto 
no Código de Processo Civil, requerer ao juízo da falência ou da recuperação 
judicial a retificação do quadro-geral para inclusão do respectivo crédito. 
 
36) Qual a ordem legal de classificação dos créditos? Encontram-se no artigo 84 
da lei de falências, que diz: “Serão considerados créditos extra concursais e 
serão pagos com precedência sobre os mencionados no art. 83 desta Lei, na 
ordem a seguir, os relativos a: I – remunerações devidas ao administrador 
judicial e seus auxiliares, e créditos derivados da legislação do trabalho ou 
decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços prestados após a 
decretação da falência; II – quantias fornecidas à massa pelos credores; III – 
despesas com arrecadação, administração, realização do ativo e distribuição 
do seu produto, bem como custas do processo de falência; IV – custas 
judiciais relativas às ações e execuções em que a massa falida tenha sido 
vencida; V – obrigações resultantes de atos jurídicos válidos praticados 
durante a recuperação judicial, nos termos do art. 67 desta Lei, ou após a 
decretação da falência, e tributos relativos a fatos geradores ocorridos após a 
decretação da falência, respeitada a ordem estabelecida no art. 83 desta Lei”. 
As ordens de pagamento dos créditos concursam, de acordo com as 
disposições do referido artigo supracitado: Inciso I - os créditos derivados da 
legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários mínimos 
por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho; Inciso II - créditos com 
garantia real até o limite do valor do bem: Inciso III - créditos tributários, 
independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as 
multas tributárias; Inciso IV – créditos com privilégio especial, a saber: a) os 
previstos no art. 964 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002; b) os assim 
definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta 
Lei; c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a coisa 
dada em garantia; Inciso V – créditos com privilégio geral, a saber: a) os 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/tributario/lei11101.htm
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675704/artigo-964-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
previstos no art. 965 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002; b) os previstos 
no parágrafo único do art. 67 desta Lei; c) os assim definidos em outras leis 
civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei; Inciso VI – créditos 
quirografários, a saber: a) aqueles não previstos nos demais incisos deste 
artigo; b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos 
bens vinculados ao seu pagamento; c) os saldos dos créditos derivados da 
legislação do trabalho que excederem o limite estabelecido no inciso I do 
caput deste artigo; Inciso VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias 
por infração das leis penais ou administrativas, inclusive as multas tributárias; 
Inciso VIII – créditos subordinados, a saber: a) os assim previstos em lei ou em 
contrato; b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo 
empregatício. 
 
37) O que significa crédito extra concursais? Decorrem das obrigações que foram 
contraídas na recuperação judicial pelo recuperando, e esses créditos surgem 
após a decretação da falência, os credores detentores dessa espécie de 
créditos têm prioridade na ordem de pagamento, e por isso serão pagos antes 
dos créditos concursais, for força normativa descrita no artigo 84 da 
lei 11.101/2005. 
 
38) Qual o conteúdo da Sentença de Encerramento? O juiz encerrará a falência 
por sentença no momento em que for apresentado a este o relatório final, 
como dispõe o artigo 156 da Lei 11.101/2005. Art. 156. Apresentado o relatório 
final, o juiz encerrará a falência por sentença. Parágrafo único. A sentença de 
encerramento será publicada por edital e dela caberá apelação. (BRASIL, 
2005). Nas palavras do Prof. Moacyr Lobato, o encerramento da falência é fase 
posterior à liquidação do ativo e pagamento do passivo (3), e "a falência, 
enquanto processo, será encerrada pelo juiz, mediante apresentação do 
relatório final pelo administrador judicial". Pela lei falimentar, o encerramento 
da falência se inicia com a prestação de contas do administrador judicial ao 
juízo do processo no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da conclusão 
da realização de todo o ativo do falidoe da distribuição do produto apurado 
entre os credores. A lei estabelece, ainda, que a prestação de contas deverá vir 
acompanhada dos documentos comprobatórios que serão prestadas em autos 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675371/artigo-965-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10936822/artigo-84-da-lei-n-11101-de-09-de-fevereiro-de-2005
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96893/lei-de-recupera%C3%A7%C3%A3o-judicial-e-extrajudicial-e-de-fal%C3%AAncia-lei-11101-05
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10927252/artigo-156-da-lei-n-11101-de-09-de-fevereiro-de-2005
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96893/lei-de-recupera%C3%A7%C3%A3o-judicial-e-extrajudicial-e-de-fal%C3%AAncia-lei-11101-05
https://www.valor.srv.br/matTecs/matTecsIndex.php?idMatTec=136#nota.3
apartados que, ao final, serão apensados aos autos da falência. Recebida a 
prestação de contas, o juiz fará publicar aviso de que as contas foram 
entregues e se encontram à disposição e conhecimento dos interessados (ou 
credores), que poderão impugná-las no prazo de 10 (dez) dias. Não havendo 
impugnações, ao final do prazo de 10 (dez) dias e depois de realizadas todas 
as diligências necessárias à apuração dos fatos, o juiz intimará o Ministério 
Público para manifestar-se no prazo de 5 (cinco) dias. A sentença que encerra 
o processo decorre do exaurimento patrimonial da massa ou da verificação de 
sua inexistência. O processo falimentar existe, portanto na medida em que 
houver bens que integrem o acervo patrimonial, de caráter objetivo, que 
integre a massa falida. O encerramento põe fim ao processo falimentar, mas 
não extingue as obrigações do falido, que serão explicadas no capítulo 
seguinte. Além disso, o encerramento da falência não impede a instauração de 
ação penal para persecução de crimes falimentares. 
 
39) Qual o conteúdo da Sentença de Extinção? Extingue as obrigações do falido: 
I – o pagamento de todos os créditos; II – o pagamento, depois de realizado 
todo o ativo, de mais de 50% (cinqüenta por cento) dos créditos quirografários, 
sendo facultado ao falido o depósito da quantia necessária para atingir essa 
porcentagem se para tanto não bastou a integral liquidação do ativo; III – o 
decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado do encerramento da falência, se o 
falido não tiver sido condenado por prática de crime previsto nesta Lei; IV – o 
decurso do prazo de 10 (dez) anos, contado do encerramento da falência, se o 
falido tiver sido condenado por prática de crime previsto nesta Lei. Art. 159. 
Configurada qualquer das hipóteses do art. 158 desta Lei, o falido poderá 
requerer ao juízo da falência que suas obrigações sejam declaradas extintas 
por sentença. § 1º O requerimento será autuado em apartado com os 
respectivos documentos e publicado por edital no órgão oficial e em jornal de 
grande circulação. § 2º No prazo de 30 (trinta) dias contado da publicação do 
edital, qualquer credor pode opor-se ao pedido do falido. § 3º Findo o prazo, o 
juiz, em 5 (cinco) dias, proferirá sentença e, se o requerimento for anterior ao 
encerramento da falência, declarará extintas as obrigações na sentença de 
encerramento. § 4º A sentença que declarar extintas as obrigações será 
comunicada a todas as pessoas e entidades informadas da decretação da 
falência. § 5º Da sentença cabe apelação. § 6º Após o trânsito em julgado, os 
autos serão apensados aos da falência. Art. 160. Verificada a prescrição ou 
extintas as obrigações nos termos desta Lei, o sócio de responsabilidade 
ilimitada também poderá requerer que seja declarada por sentença a extinção 
de suas obrigações na falência. 
	CURSO DE DIREITO

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