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aula de estrategias da tradução (1)

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Estudos e Estratégias da 
Tradução
MINISTRANTE: Messias Lima Soares – Mestrando em Educação UFP / Especialista em Educação Especial Inclusiva e LIBRAS / Especialista
em Tradução e Interpretação de LIBRAS-PORTUGUÊS/ Intérprete de LIBRAS – SEEDUC –MA / Educador em Direitos Humanos – UFMA /
Orientador de LIBRAS – UFSC / Professor de Libras (UEMA) / Licenciado em Letras-Libras (UFPI) e-mail: messiaslim@yahoo.com.br
mailto:messiaslim@yahoo.com.br
“Não sei se a gente pode realmente 
ensinar tradução. Traduzir não é um 
ofício, mas uma arte. Podemos 
apenas ser bons guias”
Gregory Rabassa
Respostas:
1 - Cavalo dado, não se olha os dentes.
2 - Em terra de cego, quem tem um 
olho, é rei.
3 - Quem não chora, não mama.
4 - Em boca fechada não entra 
mosquito.
5 - Mais vale uma passado na mão, do 
que dois voando.
6 - Santo de casa não faz milagre.
7 - Apressado come cru
8 - Quem colhe vento colhe 
tempestade
9 - Cada macaco no seu galho.
10 - Antes só do que mal 
acompanhado.
11 - Burro preso também pasta.
12 - A união faz a força.
13 - Pra cavalo velho o remédio é 
capim novo.
14 - A curiosidade matou o gato
15 - Quem ama o feio bonito lhe 
parece
16 - O que os olhos não veem o 
coração não sofre
17 - Panela velha e que faz comida boa
Veja mais em: https://orkutudo.com/whatsapp/brincadeiras-
jogos/brincadeira-dos-ditados-populares/370
https://orkutudo.com/whatsapp/brincadeiras-jogos/brincadeira-dos-ditados-populares/370
Antes de ingressarmos nos estudos de tradução...
– Você sabe o que é globalização? 
– Você sabe quantos idiomas são falados no 
mundo?
– Você sabe quais são os idiomas mais falados no 
mundo?
Respostas:
1. é um dos processos de aprofundamento 
internacional da integração econômica, social, 
cultural, política
2. 7099 idiomas sendo 142 línguas de sinais.
Fonte:
https://www.ethnologue.com/guides/how-many-
languages
https://www.ethnologue.com/guides/how-many-languages
3ª
• A cultura da globalização tende cada vez mais a
fortalecer as grandes línguas, como o inglês – hoje
considerado uma espécie de língua-franca mundial.
• O fortalecimento dessas línguas enfraquece
paulatinamente os próprios idiomas locais.
• Michael Krauss (1992) avaliando a situação dos
últimos decênios, sobretudo a evolução da cultura da
globalização, calculou que até o final do século 21
estarão extintas entre 50 e 90% das línguas atualmente
faladas.
POR QUE TRADUZIMOS?
• Traduzimos porque a língua original não é 
entendida ou não é mais compreendida.
• Traduzimos por que sem ela, a comunicação fica 
comprometida ou se torna impossível.
O que é traduzir?
“atividade humana realizada através de estratégias 
mentais empregadas na tarefa de transferir 
significados de um código linguístico para outro” 
(BARBOSA, 2004, p.11).
• Por essa definição para ser um bom tradutor 
bastaria ter o domínio da língua de partida e da 
língua de chegada.
Mas será que isso é suficiente?
• Don’t worry. He’s on the wagon.
Não se preocupe. Ele está no vagão.
Não se preocupe. Ele parou de beber.
To be on the wagon quer dizer que alguém, que bebia
compulsivamente, decidiu parar de beber.
• Como se observa, embora necessário o domínio 
linguístico não é suficiente para se chegar a uma 
tradução que represente o original sob uma forma 
equivalente.
Nesse sentido, devemos entender que...
• “uma tradução não diz respeito apenas a uma
passagem entre duas línguas, mas entre duas
culturas, ou duas enciclopédias. Um tradutor não
deve levar em conta somente as regras
estritamente linguísticas, mas também os
elementos culturais, no sentido mais amplo do
termo” (Eco, 2007, p. 190).
• Não existe tradução “neutra” ou “transparente” através
da qual o texto original apareceria idealmente como um
espelho, identicamente. (Oustinoff, 2011, p. 22)
• A partir dessa crença na existência de uma tradução
perfeita criou-se o mito de que o tradutor é um traidor
(traduttori, traditori).
Uma tradução é capaz de evocar a mesma coisa que o original?
“A ideia de ‘traição’ pressupunha, dentre outras
coisas, uma outra crença também ainda bastante
disseminada, de que se traduz num vácuo
temporal e cultural, no qual uma ideia é
formulada numa língua pode ser
automaticamente transposta para outra língua
como se se tratasse de uma operação matemática
de equivalências entre palavras medida por um
dicionário”. (PAGANO, 2013, p. 14).
Os tipos de tradução (Jakobson, 1975):
INTRALINGUAL
INTERLINGUAL
INTERSEMIÓTICA
(ou TRADUÇÃO propriamente dita)
Tradução Intermodal
A tradução entre línguas da diferentes modalidades, como
Língua Portuguesa para Língua Brasileira de Sinais, Língua
Inglesa para Língua Americana de Sinais – ASL, entre outras,
pode ser considerada uma Tradução Intermodal.
TRADUÇÃO
INTERPRETAÇÃO
(tradução oral)
TRADUÇÃO
(tradução escrita)
O QUE É TRADUZIR?
“a tradução é o termo geral que se refere a transformar um
texto a partir de uma língua fonte(…), em outra língua meta (…)
Se a língua meta estiver na modalidade escrita trata-se de
tradução”. (Pereira, 2008)
Contextos de Tradução
• Tradução Literaria
• Tradução Audiovisual
• Tradução Juramentada
• Tradução Técnica
• Tradução Religiosa
• Tradução Geral
• Outras…
O QUE É INTERPRETAR?
“Atividade que consiste em estabelecer, simultaneamente ou
consecutivamente, a comunicação oral ou gestual entre dois ou vários
interlocutores que não falam a mesma língua” (LEE-Jahnke et al.,2013)
Contextos de Interpretação
• Interpretação de Conferência
• Interpretação Educacional
• Interpretação Jurídica
• Interpretação Medica
• Interpretação Religiosa
• Interpretação Remota por Vídeo
• Interpretação Comunitária
• Interpretação de Acompanhamento
• Guia-interpretação
• Outras…
Modalidades de Interpretação
• Interpretação Simultânea
• Interpretação Consecutiva
• Interpretação Sussurada
• Interpretação em Cadeia
• Tradução a Primeira Vista
TRADUÇÃO INTERPRETAÇÃO
Utiliza uma escrita Utiliza uma língua oral ou sinalizada
Permanente Evanecente
Consulta livre a materiais de apoio Tem apoio de seu parceiro de trabalho e 
eventualmente uma síntese
Tem a disposição softwares de gerenciamento
de tradução
Utiliza a memória e bloco de notas
Não há emergencia de tempo imediato Em tempo Real
Invisível Mais “visível”
Não recebe uma retroalimentação dos autores e 
leitores
Contato direto com os interlocutores
Geralmente trabalha sozinho. Geralmente trabalha em equipe.
Passível de revisão. Não há como revisar, apenas, compensar.
Algumas diferenças entre traduzir e interpretar.
(Pereira, 2008)
LÍNGUAS ORAIS LÍNGUAS DE SINAIS
Nodalidade Oral Modalidade Espaço-visual
Clientes são ouvintes de diferentes entornos 
geográficos.
Clientes surdos e ouvintes do mesmo entorno 
geográfico.
Limita-se a encontros internacionais Campo de trabalho amplo pois atende a todas 
as necessidades comunicativa do cliente
Atende a aspectos ligados a língua e cultura. - Aspectos ligados à língua e a cultura
- Ruídos ambientais significativos
- Pistas de contextualização ligadas a
prosódia e ao código ligüístico
Há diferenças entre traduzir e interpretar línguas de sinais e línguas orais?
(Pereira, 2008)
Segundo Pagura (2003), embora não haja
dúvidas de que o processo de
interpretação, tanto simultâneo quanto
consecutivo, envolva um processo de
tradução, no sentido geral desse dado a
esse termo, os termos interpretação e
tradução referem-se a duas atividades
diferentes.
De acordo com Kalina (1998, p.16),
essa não distinção entre essas duas
modalidades resultaria do
desconhecimento das especificidades
e diferenças inerentes aos processos
de tradução e interpretação.
Embora haja uma inegável diferença entre a
tradução e a interpretação. A maioria das
pessoas não sabe distinguir esses dois
processos. Segundo Luciano (2005), na
denominação imprópria “tradução
simultânea”, frequentemente usada no lugar
do termo correto, “interpretação
simultânea”.
Competência tradutória
[…] os conhecimentos e habilidades necessários ao tradutor paraque seja capaz
de traduzir. (BELL, 1991, p. 76).
[…] todos aqueles conhecimentos, habilidades e estratégias que o tradutor bem-
sucedido possui e que conduzem a um exercício adequado da tarefa tradutória.
(ALVES, MAGALHÃES, PAGANO 2000)
A competência tradutória não é: 
1. Uma habilidade inata ou uma aptidão natural;
2. A junção de competências linguísticas e/ou comunicativas;
3. O simples agrupamento de conhecimentos, habilidades e atitudes;
muito menos
4. O mero treinamento técnico para o exercício de uma atividade
profissional.
Na perspectiva de Roger Bell (1991), a competência do tradutor,
como comunicador, resultaria da junção de um conjunto de
elementos, mais especificamente, de cinco tipos distintos de
conhecimento:
1. Conhecimento da língua fonte; 
2. Conhecimento da língua-alvo; 
3. Conhecimento do tipo de texto; 
4. Conhecimento de do mínio, de área (“do mundo real”); e
5. Conhecimento contrastivo, somados às habilidades de 
codificação (de escrita de textos alvo) e de decodificação 
(leitura de textos fonte).
Essa integração manifesta-se, portanto, assim como os
componentes da “competência comunicativa”, por meio
do seguinte (Roger Bell, 1991):
(1) competência gramatical (habilidades e conhecimentos necessários
para compreender e expressar o significado literal dos enunciados);
(2) competência sociolinguística (conhecimento e capacidade de
produzir e compreender enunciados contextualizados);
(3) competência discursiva (capacidade de combinar forma e significado
para chegar a textos em diferentes gêneros); e
(4) competência estratégica (empregada para melhorar a eficácia da
comunicação e compensar possíveis deficiências), com destaque para
esta última.
A competência do tradutor demanda competência
linguística nas línguas de trabalho e competência
comunicativa nas culturas que envolvem essas línguas, ou
seja, depende diretamente dos:
“conhecimentos e capacidades que o tradutor possui e que
lhe permitem criar atos comunicativos – discurso – que não
são apenas (e não necessariamente) gramaticais, mas…
socialmente apropriados”. (BELL, 1991, p. 42, minha).
FIGURA 2 – Componentes da competência (Keen, 1998) (Rothe-Neves, 2002: 72-3)
Outra Concepção de Competência do Tradutor
Competência tradutória é uma forma especializada de competência
comunicativa. É tanto saber sobre tradução quanto saber fazer uma
tradução. Diz respeito a produzir traduções bem feitas,
referencialmente precisas em relação ao texto fonte e socialmente
adequadas nos seus contextos culturais. Diferentemente da
competência comunicativa, a competência tradutória não é
homogeneamente distribuída entre os membros linguisticamente
aculturados de uma sociedade. Não são todos os que sabem traduzir;
aqueles que aprendem a traduzir o fazem pela aquisição de uma
história de experiências tradutórias. (Shreve, 1997: 120-1)
Competências de um intérprete profissional segundo Roda, 1992.
“Competência" pode ser ainda útil, se compreendido como:
"todos aqueles conhecimentos, habilidades e estratégias que o
tradutor bem-sucedido possui e que conduzem a um exercício
adequado da tarefa tradutória" [Magalhães & Pagano (2000, 171:
13)
O que é Estratégia:
• Estratégia é uma palavra com origem no termo grego strategia, que 
significa plano, método, manobras ou estratagemas usados para alcançar 
um objetivo ou resultado específico.
• Na sua origem, a palavra estratégia estava estritamente relacionada com a 
arte de fazer guerra de um líder militar, como um general, por exemplo.
• A palavra estratégia tem vários significados e é um conceito que está
presente em vários contextos, sendo por isso difícil a sua definição. Em
sentido figurado, uma estratégia normalmente é estipulada para
ultrapassar algum problema, e nestes casos pode ser sinônimo
de habilidade, astúcia ou esperteza.
• Fonte: https://www.significados.com.br/estrategia/
https://www.significados.com.br/estrategia/
E uma estratégia da tradução?
As principais estratégias por Leeson 2005 com base em Gile 1996:
1. Omissão: é utilizada conscientemente pelos intérpretes, por exemplo:
quando existe redundância no texto na língua fonte.
2. Adição: é utilizada com o objetivo de deixar claro o texto da língua fonte para
o público da língua alvo, por exemplo: o intérprete adiciona uma informação
que não foi passada no texto da língua fonte.
3. Substituição: é utilizada em casos de pressão de tempo, por exemplo: o
intérprete escolhe um termo ou uma frase que seja mais específica ou menos
detalhada que a informação na língua fonte. Neste caso, existe a junção de
duas estratégias, a omissão e a substituição, e o intérprete tem consciência
de que a informação omitida pode fazer falta ao longo do trabalho.
4. Parafraseando: é utilizada principalmente quando o intérprete entende a
informação produzida na língua fonte, porém não conhece este conceito ou
ele pode não existir na língua alvo. (LEESON, 2005, citado por BARBOSA,
2014, p.45)
Tradução e interpretação: estratégias
(Germana Hortêncio 2006)
1. Omissão;
2. Simplificação;
3. Repetição;
4. O uso de recursos visuais;
5. Uso de perguntas retóricas;
6. Padronização.
1. Omissão 
Ao compararmos as falas de partida em português com as respectivas
interpretações em LIBRAS, percebemos que os textos das falas de partida são
muito mais extensos do que os textos das respectivas versões em LIBRAS.
Segundo Humphrey (1997), os significados das palavras dessa categoria são
muito abstratos para os surdos; por isso, recomenda que os hiperônimos sejam
traduzidos para as línguas de sinais por uma lista de dois hipônimos. Para
ilustrar esse ponto, tomemos, por exemplo, o hiperônimo “países orientais”. De
acordo com a recomendação acima, esse hiperônimo poderia ser traduzido
para a LIBRAS pelos hipônimos: JAPÃO – CORÉIA.
2. Simplificação
Objetivando a assimilação de ideias complexas por parte daquela
assistência, os intérpretes adaptaram sua forma de expressão ao nível
de compreensão dos conteúdos veiculados, e ao nível de domínio da
própria LIBRAS por parte daquele público receptor.
3. Repetição
A repetição é usada eficaz e profusamente pelos intérpretes para dar
ênfase a ideias importantes e como recurso facilitador da compreensão
e da memorização dessas ideias.
4. O uso de recursos visuais
O uso de recursos visuais também fez parte das estratégias
empregadas pelos intérpretes, que contribuem para reforçar a
compreensão da mensagem repassada.
5. Perguntas Retóricas 
O uso de perguntas retóricas para destacar ideias importantes, para
prender a atenção e para estimular o raciocínio.
Embora as perguntas retóricas não exijam respostas audíveis ou
visíveis, são um recurso eficaz em manter as assistências concentradas
nas argumentações desenvolvidas por conferencistas, devido ao poder
que as perguntas têm de provocar respostas mentais e de suscitar a
expectativa de respostas.
6. Padronização
A padronização, consistiu em submeter o texto das traduções aos
padrões linguísticos e textuais da LIBRAS e aos valores da cultura surda.
Para isso, os intérpretes evitam o uso do português sinalizado, e a
forma de expressão característica do meio oral-auditivo e da cultura
ouvinte.
Universais da tradução - Mona Baker 1998
1. Explicitação: A explicitação caracteriza-se por ser uma tendência geral de
explicar, no texto traduzido, trechos ou ideias que se apresentam implícitos
no texto original.
2. Simplificação: A simplificação é definida como a tendência de tornar mais
simples a linguagem usada na tradução, com o propósito de facilitar a
compreensão do leitor da língua de chegada.
3. Normalização: A normalização é definida como a tendência para exagerar
características da língua-alvo para adequar-se aos seus padrões típicos.
4. Estabilização: Esse traço é definido como a “tendência para tradução de
localizar-se dentro de um contínuo, evitando-se os extremos”. A
estabilização é considerada independente da língua-fonte e da língua-alvo.
Baker sugere que quatro são os traçostípicos da linguagem da tradução, a saber:
Sardinha (2009, p. 55) apresenta tais traços como “tendências 
de larga escala passíveis de observação em textos traduzidos”
• (1) Simplificação: tendência do tradutor em tentar tornar mais simples a linguagem
da tradução, por meio, por exemplo, de frases mais curtas e vocabulário mais
repetido;
• (2) Explicitação: tendência do tradutor em explicitar informações do texto original, o
que pode acarretar por exemplo textos mais extensos, vocabulário maior e maior
número de orações ligadas por conjunções nos textos traduzidos;
• (3) Normalização: tendência do tradutor em suprimir traços distintivos do texto
original, revelando-se, por exemplo, pelo uso de um mesmo vocábulo na língua de
chegada para traduzir vários vocábulos diferentes da língua de partida;
• (4) Estabilização: tendência de tradutores produzirem textos traduzidos que são mais
parecidos entre si do que com os textos originais correspondentes. (BERBER
SARDINHA, 2009, p. 55)
Estratégias 
O termo estratégia etimologicamente utilizado no contexto da guerra e
da arte militar, é hoje emprestado para outras áreas do conhecimento,
dada tamanha complexidade e abrangência do seu conceito. Em A arte
da Guerra, Sun Tzu (2008 [1800]), explica que na formulação de uma
estratégia deve-se respeitar quatro princípios fundamentais e
indissolúveis, que serão apresentados a seguir fazendo uma breve
analogia com o processo de tradução/ interpretação.
Princípios fundamentais Na guerra Na tradução/ interpretação
Do campo de batalha conhecer o campo da batalha; 
lugares para atacar e para 
refugiar-se
entender as condições, o 
contexto da tradução/ 
interpretação
Da concentração das forças o estado de suas tropas; as 
tropas devem saber que estão 
treinadas; ficar em guarda mesmo 
depois de uma aparente vitória
preparação; organização 
dos recursos línguísticos; a 
cada novo enunciado uma nova 
tradução
Do ataque saber o que fazer e o que não 
pode fazer; saber tirar proveito de 
todas as situações
concentração dispensada na 
tradução; implementação de 
procedimentos
Das forças diretas e indiretas gestão das contingências, saber 
o que temer ou esperar; controle 
do inimigo
gestão do inesperado; o fantasma 
da intradutibilidade; e a relação 
com “o outro ”
1. Decidir onde e se sentar ou ficar de pé, garantindo uma posição clara em relação ao 
outro, e, se necessário, contribuindo ou alertando com sinais. 
2. Decidir como dividir o trabalho. Em algumas situações como reuniões, pode ser mais 
eficaz um intérprete se concentrar em uma única direção de interpretação. As direções 
acordadas podem ser alternadas, para que se iguale a carga de trabalho. 
3. Discutir a melhor forma de dar e receber contribuições, quando a informação é 
perdida. 
4. Usar anotações para ajudar uns aos outros; o intérprete de apoio anota itens que são 
difíceis de reter tais como nomes e números grandes, para que o intérprete atuante 
possa olhar e recuperar sem interromper o fluxo da interpretação. 
5. Negociar os turnos de interpretação e quando realizar a troca; o intérprete de apoio 
geralmente controla o tempo, mas o intérprete do turno que geralmente decide o 
momento exato para essa troca
Napier et al (2006)
Estratégias para uma interpretação em equipe efetiva
Estratégias para uma interpretação em equipe efetiva
6. Acordar como a troca será “coreografada” para minimizar a possibilidade de
interromper os outros participantes (isto é, não tropeçando uns nos outros ou
empurrando o outro para fora do local definido).
7. Esclarecer a forma de dar e receber feedback sobre o trabalho de cada um.
8. Discutir e acordar opções de termos especializados de antemão.
9. Monitorar um ao outro, no estabelecimento de locais de referência no espaço e
manutenção da sequência lógica do texto na língua-alvo e, caso seja preciso, realizar a
alteração ao longo da apresentação.
10. Em contextos de conferência, onde há uma série de apresentadores, dividir os
discursos entre os intérpretes e, dessa forma, se aproveita o conhecimento pessoal do
assunto e/ou familiaridade com o palestrante.
Napier et al (2006)
A tradução é... 
“atividade humana realizada através de 
estratégias mentais empregadas na tarefa de 
transferir significados de um código linguístico 
para outro” (BARBOSA, 2004, p.11).
Referencias:
•ALBRES, Neiva de Aquino. Tradução e interpretação em língua de sinais como objeto de estudo: produção acadêmica
brasileira: 1980 a 2006. Campo Grande – MS: EPILMS 17 e 18 de novembro, 2006.
•BARBOSA, Heloisa Gonçalves. Procedimentos Técnicos da tradução: uma nova proposta. 2 ed. Campinas: Pontes, 2004.
•ESLILE, Jean e WOODSWORTH, Judith (orgs.). Os tradutores na história. Tradução de Sérgio Bath. São Paulo: Ática, 1998.
•FELIPE, Tanya A. Libras em contexto: curso básico: livro do estudante. 8 ed. Rio de Janeiro: WalPrint Gráfica e Editora, 2007.
•FERREIRA-BRITO, L. Por uma gramática de língua de sinais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1995.
•implicações para a formação de intérpretes e tradutores. D.E.L.T.A., 19, ESPECIAL, 2003. p.209-236. (Disponível em
http://www.scielo.br/pdf/delta/v19nspe/13.pdf)
•JACKOBSON, Roman. Lingüística e comunicação. São Paulo: Cultrix, 1975.
•JAKOBSON, Roman. Linguística e Comunicação. São Paulo: Cultrix, 1975.
•KORCHILOV, Igor. Translating HistoryNew York: A Lisa Drew Book, 1997.
•LEE-JANCKNEN, Jean et al. Terminologia da Tradução. Brasília: Editora UnB, 2013.
•LEITE, Tarcísio Arantes. 2008. A segmentação da língua de sinais brasileira (libras): um estudo lingüístico descritivo a partir da
conversação espontânea entre surdos. Tese de doutorado em Lingüística. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
(FFLCH) – USP, 2008.
•MAGALHÃES JR, Ewandro. Sua Majestade o Interprete. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
•MOREIRA, Renata Lucia. Uma descrição de Dêixis de Pessoa na língua de sinais brasileira: pronomes pessoais e verbos
indicadores. Dissertação de mestrado em Lingüística. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH)– USP, 2007.
Referencias:
•NAPIER, J.; McKEE, R.; GOSWELL, D. Sign Language interpreting: Theory and practice in Australian and New Zeland. The Federation Press, 2006.
•NOGUEIRA, T. C. Intérpretes de Libras-Português no contexto de conferência: uma descrição do trabalho em equipe e as formas de apoio na cabine. 2016. 211 f.
Dissertação (Mestrado) –Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Florianópolis, 2016.
•PAGURA, R. A interpretação de conferências: interfaces com a tradução escrita e implicações para a formação de intérpretes e tradutores. DELTA, São Paulo , v. 19, n.
spe, p. 209-236, 2003 .
•——————. A interpretação de conferências no Brasil: história de sua prática profissional e a formação de intérpretes brasileiros. 2010. Tese (Doutorado em Estudos
Linguísticos e Literários em Inglês) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. Disponível em: . Acesso em: 2016-
03-16.
•——————. O consenso internacional sobre a formação de intérpretes de conferência. Tradução & Comunicação, 2011. Disponível em: . Acesso em: 16 Mar. 2016.
•PEREIRA, Maria Cristina Pires. Interpretação interlíngue: as especificidades da interpretação de língua de sinais. Cadernos de Tradução XXI, Vol.
1, p. 135-156. Florianópolis: UFSC, PGET: 2008. (Disponível em http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/traducao/article/view/8231/7587)
•PIMENTA, Nelson; QUADROS, Ronice Muller de. Curso de Libras 2: básico. 1.ed., Rio de Janeiro: LSB Vídeo, 2009.
•SAID, Fabio M. Fidus Interpres: a prática da tradução profissional. São Paulo: edição do autor, 2011.
•SANTIAGO, Vânia de Aquino Albres. Procedimentos tradutórios no atendimento especializado ao aluno surdo na universidade: a transferência
com a explicação. In: IV Encontro “Serviço de Apoio Pedagógico Especializado: Contribuições para a Educação Inclusiva”. FEUSP: São Paulo, 2011
•SCHLEIRMACHER, Fredrich. Sobre losMétodos de Traducir. Madrid: Gredos, 2000.
•SEGALA, R. R. Tradução intermodal e intersemiótica/interlingual: Português brasileiro escrito para Língua Brasileira de Sinais. 2010. 74 f.
Dissertação (Mestrado em Estudos da Tradução) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, 2010.
•SOUZA-JUNIOR, José Ednilson G. Teoría e Prática de Tradução e Interpretação da Língua de Sinais. São Paulo: Know How, 2010.
WYLER, Lia. Línguas, poetas e bacharéis: uma crônica da tradução no Brasil. Rio de Janeiro: Rocco, 2003.

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