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Estudos e Estratégias da Tradução MINISTRANTE: Messias Lima Soares – Mestrando em Educação UFP / Especialista em Educação Especial Inclusiva e LIBRAS / Especialista em Tradução e Interpretação de LIBRAS-PORTUGUÊS/ Intérprete de LIBRAS – SEEDUC –MA / Educador em Direitos Humanos – UFMA / Orientador de LIBRAS – UFSC / Professor de Libras (UEMA) / Licenciado em Letras-Libras (UFPI) e-mail: messiaslim@yahoo.com.br mailto:messiaslim@yahoo.com.br “Não sei se a gente pode realmente ensinar tradução. Traduzir não é um ofício, mas uma arte. Podemos apenas ser bons guias” Gregory Rabassa Respostas: 1 - Cavalo dado, não se olha os dentes. 2 - Em terra de cego, quem tem um olho, é rei. 3 - Quem não chora, não mama. 4 - Em boca fechada não entra mosquito. 5 - Mais vale uma passado na mão, do que dois voando. 6 - Santo de casa não faz milagre. 7 - Apressado come cru 8 - Quem colhe vento colhe tempestade 9 - Cada macaco no seu galho. 10 - Antes só do que mal acompanhado. 11 - Burro preso também pasta. 12 - A união faz a força. 13 - Pra cavalo velho o remédio é capim novo. 14 - A curiosidade matou o gato 15 - Quem ama o feio bonito lhe parece 16 - O que os olhos não veem o coração não sofre 17 - Panela velha e que faz comida boa Veja mais em: https://orkutudo.com/whatsapp/brincadeiras- jogos/brincadeira-dos-ditados-populares/370 https://orkutudo.com/whatsapp/brincadeiras-jogos/brincadeira-dos-ditados-populares/370 Antes de ingressarmos nos estudos de tradução... – Você sabe o que é globalização? – Você sabe quantos idiomas são falados no mundo? – Você sabe quais são os idiomas mais falados no mundo? Respostas: 1. é um dos processos de aprofundamento internacional da integração econômica, social, cultural, política 2. 7099 idiomas sendo 142 línguas de sinais. Fonte: https://www.ethnologue.com/guides/how-many- languages https://www.ethnologue.com/guides/how-many-languages 3ª • A cultura da globalização tende cada vez mais a fortalecer as grandes línguas, como o inglês – hoje considerado uma espécie de língua-franca mundial. • O fortalecimento dessas línguas enfraquece paulatinamente os próprios idiomas locais. • Michael Krauss (1992) avaliando a situação dos últimos decênios, sobretudo a evolução da cultura da globalização, calculou que até o final do século 21 estarão extintas entre 50 e 90% das línguas atualmente faladas. POR QUE TRADUZIMOS? • Traduzimos porque a língua original não é entendida ou não é mais compreendida. • Traduzimos por que sem ela, a comunicação fica comprometida ou se torna impossível. O que é traduzir? “atividade humana realizada através de estratégias mentais empregadas na tarefa de transferir significados de um código linguístico para outro” (BARBOSA, 2004, p.11). • Por essa definição para ser um bom tradutor bastaria ter o domínio da língua de partida e da língua de chegada. Mas será que isso é suficiente? • Don’t worry. He’s on the wagon. Não se preocupe. Ele está no vagão. Não se preocupe. Ele parou de beber. To be on the wagon quer dizer que alguém, que bebia compulsivamente, decidiu parar de beber. • Como se observa, embora necessário o domínio linguístico não é suficiente para se chegar a uma tradução que represente o original sob uma forma equivalente. Nesse sentido, devemos entender que... • “uma tradução não diz respeito apenas a uma passagem entre duas línguas, mas entre duas culturas, ou duas enciclopédias. Um tradutor não deve levar em conta somente as regras estritamente linguísticas, mas também os elementos culturais, no sentido mais amplo do termo” (Eco, 2007, p. 190). • Não existe tradução “neutra” ou “transparente” através da qual o texto original apareceria idealmente como um espelho, identicamente. (Oustinoff, 2011, p. 22) • A partir dessa crença na existência de uma tradução perfeita criou-se o mito de que o tradutor é um traidor (traduttori, traditori). Uma tradução é capaz de evocar a mesma coisa que o original? “A ideia de ‘traição’ pressupunha, dentre outras coisas, uma outra crença também ainda bastante disseminada, de que se traduz num vácuo temporal e cultural, no qual uma ideia é formulada numa língua pode ser automaticamente transposta para outra língua como se se tratasse de uma operação matemática de equivalências entre palavras medida por um dicionário”. (PAGANO, 2013, p. 14). Os tipos de tradução (Jakobson, 1975): INTRALINGUAL INTERLINGUAL INTERSEMIÓTICA (ou TRADUÇÃO propriamente dita) Tradução Intermodal A tradução entre línguas da diferentes modalidades, como Língua Portuguesa para Língua Brasileira de Sinais, Língua Inglesa para Língua Americana de Sinais – ASL, entre outras, pode ser considerada uma Tradução Intermodal. TRADUÇÃO INTERPRETAÇÃO (tradução oral) TRADUÇÃO (tradução escrita) O QUE É TRADUZIR? “a tradução é o termo geral que se refere a transformar um texto a partir de uma língua fonte(…), em outra língua meta (…) Se a língua meta estiver na modalidade escrita trata-se de tradução”. (Pereira, 2008) Contextos de Tradução • Tradução Literaria • Tradução Audiovisual • Tradução Juramentada • Tradução Técnica • Tradução Religiosa • Tradução Geral • Outras… O QUE É INTERPRETAR? “Atividade que consiste em estabelecer, simultaneamente ou consecutivamente, a comunicação oral ou gestual entre dois ou vários interlocutores que não falam a mesma língua” (LEE-Jahnke et al.,2013) Contextos de Interpretação • Interpretação de Conferência • Interpretação Educacional • Interpretação Jurídica • Interpretação Medica • Interpretação Religiosa • Interpretação Remota por Vídeo • Interpretação Comunitária • Interpretação de Acompanhamento • Guia-interpretação • Outras… Modalidades de Interpretação • Interpretação Simultânea • Interpretação Consecutiva • Interpretação Sussurada • Interpretação em Cadeia • Tradução a Primeira Vista TRADUÇÃO INTERPRETAÇÃO Utiliza uma escrita Utiliza uma língua oral ou sinalizada Permanente Evanecente Consulta livre a materiais de apoio Tem apoio de seu parceiro de trabalho e eventualmente uma síntese Tem a disposição softwares de gerenciamento de tradução Utiliza a memória e bloco de notas Não há emergencia de tempo imediato Em tempo Real Invisível Mais “visível” Não recebe uma retroalimentação dos autores e leitores Contato direto com os interlocutores Geralmente trabalha sozinho. Geralmente trabalha em equipe. Passível de revisão. Não há como revisar, apenas, compensar. Algumas diferenças entre traduzir e interpretar. (Pereira, 2008) LÍNGUAS ORAIS LÍNGUAS DE SINAIS Nodalidade Oral Modalidade Espaço-visual Clientes são ouvintes de diferentes entornos geográficos. Clientes surdos e ouvintes do mesmo entorno geográfico. Limita-se a encontros internacionais Campo de trabalho amplo pois atende a todas as necessidades comunicativa do cliente Atende a aspectos ligados a língua e cultura. - Aspectos ligados à língua e a cultura - Ruídos ambientais significativos - Pistas de contextualização ligadas a prosódia e ao código ligüístico Há diferenças entre traduzir e interpretar línguas de sinais e línguas orais? (Pereira, 2008) Segundo Pagura (2003), embora não haja dúvidas de que o processo de interpretação, tanto simultâneo quanto consecutivo, envolva um processo de tradução, no sentido geral desse dado a esse termo, os termos interpretação e tradução referem-se a duas atividades diferentes. De acordo com Kalina (1998, p.16), essa não distinção entre essas duas modalidades resultaria do desconhecimento das especificidades e diferenças inerentes aos processos de tradução e interpretação. Embora haja uma inegável diferença entre a tradução e a interpretação. A maioria das pessoas não sabe distinguir esses dois processos. Segundo Luciano (2005), na denominação imprópria “tradução simultânea”, frequentemente usada no lugar do termo correto, “interpretação simultânea”. Competência tradutória […] os conhecimentos e habilidades necessários ao tradutor paraque seja capaz de traduzir. (BELL, 1991, p. 76). […] todos aqueles conhecimentos, habilidades e estratégias que o tradutor bem- sucedido possui e que conduzem a um exercício adequado da tarefa tradutória. (ALVES, MAGALHÃES, PAGANO 2000) A competência tradutória não é: 1. Uma habilidade inata ou uma aptidão natural; 2. A junção de competências linguísticas e/ou comunicativas; 3. O simples agrupamento de conhecimentos, habilidades e atitudes; muito menos 4. O mero treinamento técnico para o exercício de uma atividade profissional. Na perspectiva de Roger Bell (1991), a competência do tradutor, como comunicador, resultaria da junção de um conjunto de elementos, mais especificamente, de cinco tipos distintos de conhecimento: 1. Conhecimento da língua fonte; 2. Conhecimento da língua-alvo; 3. Conhecimento do tipo de texto; 4. Conhecimento de do mínio, de área (“do mundo real”); e 5. Conhecimento contrastivo, somados às habilidades de codificação (de escrita de textos alvo) e de decodificação (leitura de textos fonte). Essa integração manifesta-se, portanto, assim como os componentes da “competência comunicativa”, por meio do seguinte (Roger Bell, 1991): (1) competência gramatical (habilidades e conhecimentos necessários para compreender e expressar o significado literal dos enunciados); (2) competência sociolinguística (conhecimento e capacidade de produzir e compreender enunciados contextualizados); (3) competência discursiva (capacidade de combinar forma e significado para chegar a textos em diferentes gêneros); e (4) competência estratégica (empregada para melhorar a eficácia da comunicação e compensar possíveis deficiências), com destaque para esta última. A competência do tradutor demanda competência linguística nas línguas de trabalho e competência comunicativa nas culturas que envolvem essas línguas, ou seja, depende diretamente dos: “conhecimentos e capacidades que o tradutor possui e que lhe permitem criar atos comunicativos – discurso – que não são apenas (e não necessariamente) gramaticais, mas… socialmente apropriados”. (BELL, 1991, p. 42, minha). FIGURA 2 – Componentes da competência (Keen, 1998) (Rothe-Neves, 2002: 72-3) Outra Concepção de Competência do Tradutor Competência tradutória é uma forma especializada de competência comunicativa. É tanto saber sobre tradução quanto saber fazer uma tradução. Diz respeito a produzir traduções bem feitas, referencialmente precisas em relação ao texto fonte e socialmente adequadas nos seus contextos culturais. Diferentemente da competência comunicativa, a competência tradutória não é homogeneamente distribuída entre os membros linguisticamente aculturados de uma sociedade. Não são todos os que sabem traduzir; aqueles que aprendem a traduzir o fazem pela aquisição de uma história de experiências tradutórias. (Shreve, 1997: 120-1) Competências de um intérprete profissional segundo Roda, 1992. “Competência" pode ser ainda útil, se compreendido como: "todos aqueles conhecimentos, habilidades e estratégias que o tradutor bem-sucedido possui e que conduzem a um exercício adequado da tarefa tradutória" [Magalhães & Pagano (2000, 171: 13) O que é Estratégia: • Estratégia é uma palavra com origem no termo grego strategia, que significa plano, método, manobras ou estratagemas usados para alcançar um objetivo ou resultado específico. • Na sua origem, a palavra estratégia estava estritamente relacionada com a arte de fazer guerra de um líder militar, como um general, por exemplo. • A palavra estratégia tem vários significados e é um conceito que está presente em vários contextos, sendo por isso difícil a sua definição. Em sentido figurado, uma estratégia normalmente é estipulada para ultrapassar algum problema, e nestes casos pode ser sinônimo de habilidade, astúcia ou esperteza. • Fonte: https://www.significados.com.br/estrategia/ https://www.significados.com.br/estrategia/ E uma estratégia da tradução? As principais estratégias por Leeson 2005 com base em Gile 1996: 1. Omissão: é utilizada conscientemente pelos intérpretes, por exemplo: quando existe redundância no texto na língua fonte. 2. Adição: é utilizada com o objetivo de deixar claro o texto da língua fonte para o público da língua alvo, por exemplo: o intérprete adiciona uma informação que não foi passada no texto da língua fonte. 3. Substituição: é utilizada em casos de pressão de tempo, por exemplo: o intérprete escolhe um termo ou uma frase que seja mais específica ou menos detalhada que a informação na língua fonte. Neste caso, existe a junção de duas estratégias, a omissão e a substituição, e o intérprete tem consciência de que a informação omitida pode fazer falta ao longo do trabalho. 4. Parafraseando: é utilizada principalmente quando o intérprete entende a informação produzida na língua fonte, porém não conhece este conceito ou ele pode não existir na língua alvo. (LEESON, 2005, citado por BARBOSA, 2014, p.45) Tradução e interpretação: estratégias (Germana Hortêncio 2006) 1. Omissão; 2. Simplificação; 3. Repetição; 4. O uso de recursos visuais; 5. Uso de perguntas retóricas; 6. Padronização. 1. Omissão Ao compararmos as falas de partida em português com as respectivas interpretações em LIBRAS, percebemos que os textos das falas de partida são muito mais extensos do que os textos das respectivas versões em LIBRAS. Segundo Humphrey (1997), os significados das palavras dessa categoria são muito abstratos para os surdos; por isso, recomenda que os hiperônimos sejam traduzidos para as línguas de sinais por uma lista de dois hipônimos. Para ilustrar esse ponto, tomemos, por exemplo, o hiperônimo “países orientais”. De acordo com a recomendação acima, esse hiperônimo poderia ser traduzido para a LIBRAS pelos hipônimos: JAPÃO – CORÉIA. 2. Simplificação Objetivando a assimilação de ideias complexas por parte daquela assistência, os intérpretes adaptaram sua forma de expressão ao nível de compreensão dos conteúdos veiculados, e ao nível de domínio da própria LIBRAS por parte daquele público receptor. 3. Repetição A repetição é usada eficaz e profusamente pelos intérpretes para dar ênfase a ideias importantes e como recurso facilitador da compreensão e da memorização dessas ideias. 4. O uso de recursos visuais O uso de recursos visuais também fez parte das estratégias empregadas pelos intérpretes, que contribuem para reforçar a compreensão da mensagem repassada. 5. Perguntas Retóricas O uso de perguntas retóricas para destacar ideias importantes, para prender a atenção e para estimular o raciocínio. Embora as perguntas retóricas não exijam respostas audíveis ou visíveis, são um recurso eficaz em manter as assistências concentradas nas argumentações desenvolvidas por conferencistas, devido ao poder que as perguntas têm de provocar respostas mentais e de suscitar a expectativa de respostas. 6. Padronização A padronização, consistiu em submeter o texto das traduções aos padrões linguísticos e textuais da LIBRAS e aos valores da cultura surda. Para isso, os intérpretes evitam o uso do português sinalizado, e a forma de expressão característica do meio oral-auditivo e da cultura ouvinte. Universais da tradução - Mona Baker 1998 1. Explicitação: A explicitação caracteriza-se por ser uma tendência geral de explicar, no texto traduzido, trechos ou ideias que se apresentam implícitos no texto original. 2. Simplificação: A simplificação é definida como a tendência de tornar mais simples a linguagem usada na tradução, com o propósito de facilitar a compreensão do leitor da língua de chegada. 3. Normalização: A normalização é definida como a tendência para exagerar características da língua-alvo para adequar-se aos seus padrões típicos. 4. Estabilização: Esse traço é definido como a “tendência para tradução de localizar-se dentro de um contínuo, evitando-se os extremos”. A estabilização é considerada independente da língua-fonte e da língua-alvo. Baker sugere que quatro são os traçostípicos da linguagem da tradução, a saber: Sardinha (2009, p. 55) apresenta tais traços como “tendências de larga escala passíveis de observação em textos traduzidos” • (1) Simplificação: tendência do tradutor em tentar tornar mais simples a linguagem da tradução, por meio, por exemplo, de frases mais curtas e vocabulário mais repetido; • (2) Explicitação: tendência do tradutor em explicitar informações do texto original, o que pode acarretar por exemplo textos mais extensos, vocabulário maior e maior número de orações ligadas por conjunções nos textos traduzidos; • (3) Normalização: tendência do tradutor em suprimir traços distintivos do texto original, revelando-se, por exemplo, pelo uso de um mesmo vocábulo na língua de chegada para traduzir vários vocábulos diferentes da língua de partida; • (4) Estabilização: tendência de tradutores produzirem textos traduzidos que são mais parecidos entre si do que com os textos originais correspondentes. (BERBER SARDINHA, 2009, p. 55) Estratégias O termo estratégia etimologicamente utilizado no contexto da guerra e da arte militar, é hoje emprestado para outras áreas do conhecimento, dada tamanha complexidade e abrangência do seu conceito. Em A arte da Guerra, Sun Tzu (2008 [1800]), explica que na formulação de uma estratégia deve-se respeitar quatro princípios fundamentais e indissolúveis, que serão apresentados a seguir fazendo uma breve analogia com o processo de tradução/ interpretação. Princípios fundamentais Na guerra Na tradução/ interpretação Do campo de batalha conhecer o campo da batalha; lugares para atacar e para refugiar-se entender as condições, o contexto da tradução/ interpretação Da concentração das forças o estado de suas tropas; as tropas devem saber que estão treinadas; ficar em guarda mesmo depois de uma aparente vitória preparação; organização dos recursos línguísticos; a cada novo enunciado uma nova tradução Do ataque saber o que fazer e o que não pode fazer; saber tirar proveito de todas as situações concentração dispensada na tradução; implementação de procedimentos Das forças diretas e indiretas gestão das contingências, saber o que temer ou esperar; controle do inimigo gestão do inesperado; o fantasma da intradutibilidade; e a relação com “o outro ” 1. Decidir onde e se sentar ou ficar de pé, garantindo uma posição clara em relação ao outro, e, se necessário, contribuindo ou alertando com sinais. 2. Decidir como dividir o trabalho. Em algumas situações como reuniões, pode ser mais eficaz um intérprete se concentrar em uma única direção de interpretação. As direções acordadas podem ser alternadas, para que se iguale a carga de trabalho. 3. Discutir a melhor forma de dar e receber contribuições, quando a informação é perdida. 4. Usar anotações para ajudar uns aos outros; o intérprete de apoio anota itens que são difíceis de reter tais como nomes e números grandes, para que o intérprete atuante possa olhar e recuperar sem interromper o fluxo da interpretação. 5. Negociar os turnos de interpretação e quando realizar a troca; o intérprete de apoio geralmente controla o tempo, mas o intérprete do turno que geralmente decide o momento exato para essa troca Napier et al (2006) Estratégias para uma interpretação em equipe efetiva Estratégias para uma interpretação em equipe efetiva 6. Acordar como a troca será “coreografada” para minimizar a possibilidade de interromper os outros participantes (isto é, não tropeçando uns nos outros ou empurrando o outro para fora do local definido). 7. Esclarecer a forma de dar e receber feedback sobre o trabalho de cada um. 8. Discutir e acordar opções de termos especializados de antemão. 9. Monitorar um ao outro, no estabelecimento de locais de referência no espaço e manutenção da sequência lógica do texto na língua-alvo e, caso seja preciso, realizar a alteração ao longo da apresentação. 10. Em contextos de conferência, onde há uma série de apresentadores, dividir os discursos entre os intérpretes e, dessa forma, se aproveita o conhecimento pessoal do assunto e/ou familiaridade com o palestrante. Napier et al (2006) A tradução é... “atividade humana realizada através de estratégias mentais empregadas na tarefa de transferir significados de um código linguístico para outro” (BARBOSA, 2004, p.11). Referencias: •ALBRES, Neiva de Aquino. Tradução e interpretação em língua de sinais como objeto de estudo: produção acadêmica brasileira: 1980 a 2006. Campo Grande – MS: EPILMS 17 e 18 de novembro, 2006. •BARBOSA, Heloisa Gonçalves. Procedimentos Técnicos da tradução: uma nova proposta. 2 ed. Campinas: Pontes, 2004. •ESLILE, Jean e WOODSWORTH, Judith (orgs.). Os tradutores na história. Tradução de Sérgio Bath. São Paulo: Ática, 1998. •FELIPE, Tanya A. Libras em contexto: curso básico: livro do estudante. 8 ed. Rio de Janeiro: WalPrint Gráfica e Editora, 2007. •FERREIRA-BRITO, L. Por uma gramática de língua de sinais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1995. •implicações para a formação de intérpretes e tradutores. D.E.L.T.A., 19, ESPECIAL, 2003. p.209-236. (Disponível em http://www.scielo.br/pdf/delta/v19nspe/13.pdf) •JACKOBSON, Roman. Lingüística e comunicação. São Paulo: Cultrix, 1975. •JAKOBSON, Roman. Linguística e Comunicação. São Paulo: Cultrix, 1975. •KORCHILOV, Igor. 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