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História da Literatura e Literatura Brasileira - Apol 01

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Questão 1/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia a passagem a seguir: 
“Percursor de Tasso e de Leopardi, Petrarca, em plena Idade Média, isto é, em tempos de tanto vigor no bem e no mal, foi, sem o saber, atingido por aquela 
espécie de doença moral, que nos tempos modernos se alastrou com provas tantas. Esse mal consiste na desproporção entre o que desejamos e o que 
podemos. [...] Essa doença afligiu os italianos a ponto de, como que despertos de um longo sono, sentirem a necessidade de uma vida nova [...]”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DE SANCTIS, Francesco. A melancolia de Petrarca. In: _______. Ensaios críticos. Trad. A.L. de Almeida Prado. São Paulo: Nova Alexandria, 1993, p. 173. 
Petrarca está no limiar de dois mundos. Sua poesia, apanhada em um momento de transição, busca novos modelos que aqueles firmados pela cultura medieval. 
Essa procura, porém, não se complementa por inteiro, daí o sentimento de melancolia que atravessa seus versos. Considerando a passagem citada e os 
conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre a consolidação da literatura entre os anos 1200 e 1400, é correto afirmar que: 
Nota: 10.0 
 
A A poesia de Petrarca pertence à estética do Humanismo, cultua os clássicos e enfatiza os motivos psicológicos em vez das intervenções 
sobrenaturais. 
Você acertou! 
A poesia de Petrarca vincula-se à estética que surgia nesse período, a estética humanista: “Francesco Petrarca foi buscar na Antiguidade o ideal de 
intelectual ao cultivar os clássicos e, por isso, tornou-se um humanista [...] ‘Petrarca é o primeiro poeta inteiramente pessoal das literaturas modernas. 
É o primeiro poeta em que existem só motivos psicológicos, sem intervenção do sobrenatural’” (livro-base, p.110). 
 
B A poesia de Petrarca é antes de mais nada religiosa e medieval, repugnando-lhe as imagens pagãs herdadas da Antiguidade Clássica. 
 
C Petrarca era um racionalista como Descartes e seus versos expressavam a certeza das verdades obtidas pela razão. 
 
D O sentimento de maravilhoso, a presença do herói e do cavaleiro são traços de sua poesia, que retomava os temas das canções de gesta. 
 
E A fragmentação dos estados em feudos produziu tal isolamento na península italiana que a vemos expressa na melancolia dos versos de 
Petrarca. 
 
Questão 2/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Considere os seguintes versos de uma cantiga: 
“Senhora minha, desde que vos vi, 
lutei para ocultar esta paixão 
que me tomou inteiro o coração; 
mas não o posso mais e decidi 
que saibam todos o meu grande amor, 
a tristeza que tenho, a imensa dor 
que sofro desde o dia em que vos vi. 
[...] 
Já que assim é, eu venho-vos rogar 
que queirais pelo menos consentir 
que passe a minha vida a vos servir [...] 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FERNANDES, Afonso. Cantiga. In: Cá estamos Nós. <http://www.caestamosnos.org/efemerides/118.htm>. Acesso em 01 out. 2017. 
Nessa cantiga, identificamos um eu lírico masculino que se dirige à dama em termos de subserviência e vassalagem (utilizando termos como mia senhor ou 
mia dona, que, na tradução mencionada, podemos ler como senhora minha, no primeiro verso). Há a identificação explícita da coita amorosa, o sofrimento 
amoroso idealista, conforme podemos observar nos dois últimos versos, por exemplo. De acordo com as informações expostas e as leituras do livro-base 
História da Literatura Universal, esse forma de cantiga pode ser identificada como: 
Nota: 10.0 
 
A Cantiga de Escárnio. 
 
B Cantiga de Maldizer. 
 
C Cantiga de Amor. 
Você acertou! 
Trata-se de uma cantiga de amor, pois nela “[...] ‘o eu lírico é sempre masculino e se dirige à dama em termos de vassalagem e subserviência – mia 
senhor ou mia dona’ (a palavra senhor em galego-português é invariável e significa ‘minha senhora’); obedece às regras da métrica e convenções do 
amor cortês [...] vive, indefinidamente, a coita amorosa (sofrimento amoroso) e é idealista” (p. 115). 
 
D Cantiga de Amigo. 
 
E Cantiga de Gesta. 
 
Questão 3/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto: 
“Desencadeado como uma reação contra o Classicismo racionalista que constituíra o dogma literário reinante desde o Renascimento – caracterizou-se o 
movimento romântico por um conjunto de novas ideias, temas literários e tipo de sensibilidade, resultantes de correntes que convergiram paralelamente da 
Alemanha e da Inglaterra, no curso do século XVIII, durante o período hoje definido como Pré-romantismo”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: COUTINHO, Afrânio; COUTINHO, Eduardo de Faria. A literatura no Brasil – Era romântica. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, Niterói: Universidade Federal Fluminense-UFF, 1986. s. p. 
O Romantismo teve seu início na Europa, no decorrer do século XVIII, desenvolvendo-se ao mesmo tempo em países diferentes. Entre os autores românticos, 
havia características estilísticas e temáticas que os associavam, mas, ao mesmo tempo, os diferenciavam. Tendo como referência essas informações e a 
leitura do livro-base História da Literatura Universal, quanto aos autores representativos do Romantismo, analise as sentenças e, em seguida, assinale (V) 
para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas: 
I. ( ) A obra de Lord Byron influenciou diversos escritores não só pela Europa, mas também por outros continentes. Na obra desse autor, podem-se perceber 
características tais como: uma grande ênfase nos sentimentos em desarmonia, os quais são revelados na relação de tensão com o ambiente social. 
II. ( ) John Keats, poeta inglês, revela em seus poemas a tensão entre a morte e a vida, sendo que o prazer de viver, em alguns poemas, se constitui sobre o 
sentimento de sensualidade, contrastando com o sentimentalismo romântico. 
III. ( ) Johann Christoph Friedrich von Schiller, escritor alemão, ficou conhecido por desenvolver uma obra centrada sobre o sentimento de descrença em 
relação ao homem e à sociedade, caracterizando o pessimismo e o estado de melancolia tão comum nos escritores românticos. 
IV. ( ) Stendhal, romancista francês, desenvolveu em sua obra uma análise da sociedade francesa, contrastando um estilo objetivo de narrar com o 
aprofundamento na construção da interioridade e da subjetividade das personagens. Essa característica narrativa do autor resultou na construção do típico 
herói em conflito, na qual a ênfase na sua individualidade desencadeia o sentimento de desajuste em relação aos valores sociais. 
Nota: 10.0 
 
A V – F – F – V 
 
B F – V – V – V 
 
C V – V – F – V 
Você acertou! 
As afirmativas I, II e IV são verdadeiras porque a obra de Byron é “[...] permeada de enorme agitação e emoção, que exprime o pessimismo romântico 
e a tendência a se voltar contra a sociedade e seus pares [...] o byronismo se espalhou pela Europa até as últimas décadas do século XIX [...]” (livro-base, 
p. 188); a obra de John Keats “transita entre recorrência constante à morte e um apego prazeroso à vida” (p.189); Stendhal “[...] representou as ambições 
e as contradições da emergente sociedade de classes, destacando sobretudo a análise psicológica das personagens e o estilo direto e objetivo da narração 
calcada em um novo tipo de herói, tipicamente moderno, caracterizado pelo seu isolamento da sociedade e o seu confronto com as suas convenções e 
ideais [...]” (p. 192). A afirmativa III é falsa, pois Schiller defendeu os valores humanistas, expressando a crença nos homens e nos bons sentimentos que 
deveriam uni-los (p. 190, 191). 
 
D F – F – V – V 
 
E V – V – V – F 
 
Questão 4/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia os versos a seguir: 
“- Ó filho de Peleo, coração flâmeo! Devo-te 
Pôr a par de um lutuoso evento (antes jamais 
tivesse acontecido!): Pátroclo está morto! 
Em torno ao corponu, que Héctor, elmo-faiscante, 
Espoliou, lutam". Disse. E a dor, nuvem escura, 
eclipsou o herói. [...]”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: HOMERO. Ilíada. Trad. Haroldo de Campos. São Paulo: Arx, 2002, p. 231. 
A passagem, citada de um dos poemas épicos escritos supostamente por Homero no século VIII a.C, narra a morte de Pátroclo, episódio decisivo dessa 
narrativa. Considerando esses versos e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal, assinale a alternativa que apresenta corretamente o 
título desse épico e a síntese de sua história: 
Nota: 10.0 
 
A Trata-se da Odisseia, livro que narra as aventuras de Ulisses durante o retorno a sua casa, a ilha de Ítaca. 
 
B É a Eneida, epopeia que narra a fuga de Eneias, de Tróia, até a sua chegada à Itália, onde funda Roma. 
 
C Trata-se da Odisseia, narrativa que conta a ira de Aquiles e sua participação na guerra de Troia. 
 
D É a Ilíada, narrativa que conta a guerra de Troia – desencadeada pelo rapto de Helena – e a participação de Aquiles. 
Você acertou! 
Trata-se da Ilíada, que narra a Guerra de Troia, conflagrada depois do rapto de Helena pelo troiano Páris. Aquiles é o grande guerreiro grego, que, 
inicialmente, recusa-se a participar da guerra, mas acaba participando depois da morte de Pátroclo por Heitor, o grande guerreiro troiano. Ele entra na 
luta e mata Heitor (livro-base, p. 54, 55). 
 
E É a Ilíada, obra que conta o duelo entre Ulisses e Heitor durante a guerra de Troia. 
 
 
Questão 5/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto: 
“O estilo e a visão artística dos Gregos surgem, em primeiro lugar, como alento estético. [...] A idealização da arte só mais tarde aparece, no período clássico. 
[...] As formas literárias dos gregos surgem organizadamente, na sua multíplice variedade e elaborada estrutura, das formas naturais e ingênuas pelas quais o 
homem exprime a sua vida, elevando-se daí à esfera ideal da arte e do estilo”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: JAEGER, W. Paideia. Trad. Monica Sthael da Silva. São Paulo: Martins Fontes, 1986, p. 8. 
O extenso arco que cobre a literatura grega parte das obras de Homero, segue pelos versos dos poetas líricos como Píndaro, Arquíloco e Safo, passando 
pelos comediógrafos como Aristófanes, historiadores como Heródoto e Tuicídides, culminando nos grandes autores das tragédias: Ésquilo, Sófocles e 
Eurípedes. Considerando o fragmento citado e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal, relacione as obras abaixo a seus respectivos 
autores: 
1.Homero 
2. Sófocles 
3. Ésquilo 
4. Eurípides 
5. Aristófanes 
( ) Oresteia 
( ) Édipo rei 
( ) Medeia 
( ) Odisseia 
( ) As nuvens 
Nota: 10.0 
 
A 1 – 2 – 3 – 4 – 5 
 
B 1 – 3 – 5 – 2 – 4 
 
C 2 – 3 – 4 – 1 – 5 
 
D 3 – 2 – 4 – 1 – 5 
Você acertou! 
"A literatura grega exerceu grande influência em toda produção vindoura, tanto que a chamada literatura clássica nos remete a essa produção, 
inspirando desde a literatura romana a toda produção ocidental [...]" (livro-base, p. 53) A sequência correta é esta 3. Ésquilo – Oresteia; 2. Sófocles 
– Édipo rei; 4. Eurípides – Medeia; 1. Homero – Odisseia; 5. Aristófanes – As nuvens (livro-base, p. 53 a 72). 
 
E 3 – 1 – 2 – 5 – 4 
 
Questão 6/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto: 
“As obras dissolvem as fronteiras da sua época, vivem nos séculos, isto é, no grande tempo, e, além disso, levam frequentemente (as grandes obras, 
sempre) uma vida mais intensiva e plena que em sua atualidade. [...] Entretanto, uma obra não pode viver nos séculos futuros se não reúne em si, de certo 
modo, os séculos passados. Se ela nascesse toda e integralmente hoje (isto é, em sua atualidade), não desse continuidade ao passado e não mantivesse 
com ele um vínculo substancial, não poderia viver no futuro. Tudo o que pertence apenas ao presente morre juntamente com ele”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BAKHTIN, M. M. Os estudos literários hoje. In: _____. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003. p. 362. 
A expressão cunhada por Bakhtin, “diálogo no grande tempo”, permite-nos olhar para um conjunto de obras sem restringi-las a seus limites históricos e 
geográficos. As narrativas da Bíblia judaico-cristã, por exemplo, dialogam com as histórias orais e os registros escritos deixados pelos povos da 
Mesopotâmia. Assim, em parte, a cultura, o diálogo travado entre diferentes culturas, torna-se visível nos textos literários. De acordo com os conteúdos 
abordados nas aulas e no livro-base História da Literatura Universal, quanto às semelhanças entre a Bíblia e a Epopeia de Gilgamesh, é correto afirmar: 
Nota: 10.0 
 
A Uma semelhança é o número de dias em que Gilgamesh é testado e o número de dias que o Deus do Velho Testamento criou o mundo. 
Você acertou! 
Esta é a alternativa correta, porque o teste que Gilgamesh deveria superar consistia em ficar acordado durante seis dias e sete noites: número que 
coincide com o tempo que Deus levou para criar o mundo (livro-base, p. 34). 
 
B Uma semelhança é a passagem do dilúvio no Gilgamesh e a abertura do Mar Vermelho no Velho Testamento. 
 
C Uma semelhança é o número de dias em que Gilgamesh é testado e o tempo em que Noé leva para construir a Arca. 
 
D Uma semelhança é a águia que tenta Gilgamesh e a serpente que seduz Adão e Eva no Éden. 
 
E Uma semelhança é a busca pelo conhecimento em que Gilgamesh e Adão e Eva se lançaram. 
 
Questão 7/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto: 
“O CORO 
Ó gerações de mortais, como vossa existência nada vale a meus olhos! Qual a criatura humana que já conheceu felicidade que não seja a de parecer feliz, e 
que não tenha recaído após, no infortúnio, finda aquela doce ilusão? Em face de seu destino tão cruel, ó desditoso Édipo, posso afirmar que não há felicidade 
para os mortais! 
Tuas ambições, ergueste-as bem alto, e chegaste a possuir a mais promissora riqueza. Ó Júpiter! Só ele pôde vencer a horrenda Esfinge, de garras aduncas 
e de cantos enigmáticos; e assim apresentou-se diante de nós como uma torre de defesa contra a morte. Desde então, ó Édipo, nós fizemos de ti nosso rei, 
e, consagrado pelas mais altas honrarias, foste o senhor supremo da poderosa Tebas. 
E agora, quem pode haver no mundo, que seja mais miserável?”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SÓFOCLES. Édipo rei. Domínio Público. <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000024.pdf> Acesso em 30 set. 2017. 
Aristóteles comenta na Poética a obra de Sófocles citada. Para o filósofo grego, trata-se de uma das tragédias mais bem escritas, a ponto de considerá-la 
como verdadeiro modelo desse gênero literário. Considerando o fragmento mencionado e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre 
o comentário de Aristóteles a respeito de Édipo rei, é correto afirmar que: 
Nota: 10.0 
 
A é uma tragédia exemplar porque emprega bem a narrativa mista, alternando imitação e narrativa. 
 
B é modelo de tragédia porque contém um ótimo exemplo de reconhecimento: quando esse é resultado natural da intriga. 
Você acertou! 
“Aristóteles, na Poética, cita o Édipo rei de Sófocles com muita frequência como modelo de tragédia. Por exemplo, ao tratar do reconhecimento como 
uma das partes qualitativas do mito trágico, afirma que de ‘todos os reconhecimentos, melhores são os que derivam da própria intriga, quando a 
surpresa resulta de modo natural, como é o caso do édipo, de Sófocles’ [...]” (livro-base, p. 68). A alternativa [a] está errada porque a narrativa mista é 
característica da épica, segundo Aristóteles; a [c] está errada também porque a crítica ao Estado e a defesa da aproximação deste com a religiãoé a 
visão de Aristófanes; a [d] está incorreta porque o instituto da media res e da narrativa mista estão ligados à épica; e a [e] também incorre em erro 
porque é Ésquilo que aborda os destinos coletivos. 
 
C por criticar de forma veemente o Estado democrático e defender reaproximação do Estado à religião, é uma tragédia corretamente 
elaborada. 
 
D por instituir a presença do narrador, do efeito de media res e a adoção da narrativa mista (imitação e narrativa), é considerada uma tragédia 
exemplar. 
 
E por criar o modelo da tragédia que trata de destinos coletivos, não individuais, é considerada uma tragédia modelar. 
 
Questão 8/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia este fragmento de diálogo: 
"Édipo – Que oráculos? 
O Servo – Aquele menino deveria matar seu pai, assim diziam... 
Édipo – E por que motivo resolveste entregá-lo a este velho? 
O Servo – De pena dele, senhor! Pensei que este homem o levasse para sua terra, para um país distante... Mas ele o salvou da morte para maior desgraça! 
Porque, se és tu quem ele diz, sabe que tu és o mais infeliz dos homens! 
Édipo – Oh! Ai de mim! Tudo está claro! Ó luz, que eu te veja pela derradeira vez! Todos sabem: tudo me era interdito: ser filho de quem sou, casar-me com 
quem me casei e eu matei aquele a quem eu não poderia matar!”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SÓFOCLES. Édipo rei. Domínio Público <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000024.pdf>. Acesso 30 de set. 2017. 
O fragmento de diálogo apresenta o momento em que Édipo descobre ser filho de Laio, a quem matou, e de Jocasta, com quem se casou. Com esse 
reconhecimento, inicia-se um processo central da tragédia grega. Considerando o fragmento e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal, 
assinale a única alternativa que menciona como esse processo é chamado: 
Nota: 10.0 
 
A Canto do bode. 
 
B Paideia. 
 
C Teogonia. 
 
D Catarse. 
Você acertou! 
Trata-se da catarse. Ela ocorre no momento decisivo da tragédia, logo após o reconhecimento, ou seja, a passagem da ignorância para o conhecimento. 
Nesse momento, a personagem percebe seu erro e aceita a punição que decorrerá disso. Essa punição é sentida como um alívio pelo público por não estar 
no lugar dela: “Quando o público se depara com as ações incorretas do vilão e o vê sendo castigado, ao se identificar com esse personagem, teme ser 
punido como ele, sente alívio por não estar em seu lugar e passa por um processo de purificação, que o faz querer imitar apenas as ações virtuosas do 
herói [...]” (livro-base, p. 52). 
 
E Cosmogonia. 
 
Questão 9/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia estes versos: 
“Aura amara 
Aura amara 
branqueia os bosques, car- 
come a cor 
da espessa folhagem. 
Os 
bicos 
dos passarinhos 
ficam mudos, 
pares 
e ímpares. 
E eu sofro a sorte: 
dizer louvor 
em verso 
só por aquela 
que me lançou do alto 
abaixo, em dor 
— má dama que me doma. 
...........................................” 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DANIEL, Arnault. Aura Amara. Trad. De Augusto de Campos. Poemargens. <https://poemargens.blogspot.com.br/2009/07/arnaut-daniel.html>. Acesso em 01 out. 2017. 
O poema é de um dos poetas mais importantes do estilo que ficou conhecido como poesia provençal: Arnault Daniel. Nesse estilo, compunham-se poemas 
para serem cantados. Esse estilo influenciou todo continente europeu. Em Portugal, os trovadores cultivavam dois tipos de cantigas lírico-amorosas: as cantigas 
de amor e as cantigas de amigo. Considerando os comentários e os conteúdos abordados no livro-base História da Literatura Universal sobre as cantigas 
de amor e as cantigas de amigo, leia as afirmativas a seguir: 
I. As cantigas de amor têm o eu lírico masculino, que se dirige à dama em termos de subserviência e vassalagem. 
II. As cantigas de amor obedecem às regras e convenções do amor cortês. 
III. As cantigas de amigo têm o eu lírico feminino e o drama é o sofrimento amoroso da mulher, geralmente pertencente às camadas populares. 
IV. As cantigas de amigo traduzem um sentimento amoroso e idealista, em linguagem rebuscada. 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
Nota: 10.0 
 
A I e II 
 
B I, II e III 
Você acertou! 
As afirmativas I, II e III estão corretas, porque, nas cantigas de amor, “[...] ‘o eu lírico é sempre masculino e se dirige à dama em termos de vassalagem 
e subserviência – mia senhor ou mia dona’ (a palavra senhor em galego-português é invariável e significa ‘minha senhora’); obedece às regras da 
métrica e convenções do amor cortês [...]. As cantigas de amigo têm origem na Península Ibérica. O eu lírico é feminino e o drama é o sofrimento 
amoroso da mulher, geralmente pertencente às camadas populares (pastoras e camponesas, que se dirigem em confissão à mãe, às amigas)” (livro-base, 
p. 115). A afirmativa IV não está correta, porque as cantigas de amigo “apresentam um caráter mais narrativo e descritivo, têm linguagem simples, 
traduzem um sentimento natural de amor físico e são realistas” (p. 115). 
 
C I, II e IV 
 
D I, III e IV 
 
E II, III e IV 
 
Questão 10/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto: 
“Quem estuda as manifestações artísticas e as ideias que as alimentaram ou cercaram, sobretudo nos séculos XIX e XX, depara-se imediatamente com a 
palavra ‘romantismo’. É como se tudo o que foi criado nos últimos duzentos anos, obra de literatura, pintura, teatro, escultura, arquitetura, houvesse surgido 
do confronto e da união com este espírito mágico, que, buscando as esferas mais profundas do homem, reptou o consagrado, o estabelecido, modelado 
aparentemente desde e para todo o sempre, efetuando uma revolução fundamental na conceituação e na realização de todas as artes, mesmo daquelas que 
não sentiram ou expressaram de modo imediato ou feliz os efeitos da fermentação romântica”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GUINSBURG, J. Romantismo, Historicismo e História. In: O Romantismo. São Paulo: Editora Perspectiva, 1985. p. 13. 
O fragmento mostra a força do movimento romântico. Confrontando-se com o modelo clássico, espalhou-se por toda Europa e Américas. Tendo como referência 
essas informações e a leitura do livro-base História da Literatura Universal sobre os autores românticos, assinale a alternativa que descreve corretamente o 
autor e as características de sua obra: 
Nota: 0.0 
 
A O escritor escocês Walter Scott inaugurou a vertente do individualismo, produzindo romances cujas personagens são construídas dentro de 
uma visão introspectiva, revelando seus conflitos consigo mesmas e com a sociedade. 
 
B Alexandre Herculano, escritor português, está situado dentro da vertente historicista, construindo em sua obra de ficção um detalhado 
panorama histórico, que serve como cenário para a trama que envolve suas personagens. 
Esta é a única descrição correta, pois a marca de Alexandre Herculano “[...] era a historiografia, exatamente em razão de seu temperamento e formação; 
foi o maior historiador de seu tempo, introduzindo modernos métodos historiográficos em Portugal. [...] o escritor parece mais interessado no panorama 
histórico [...] do que no desenvolvimento do drama afetivo [...]” (livro-base, p. 204). As demais alternativas estão erradas, porque Walter Scott escreveu 
romances históricos; Emily Dickinson não escreveu poemas épicos, Stendhal não escreveu romances sentimentais, mas “crônicas” analíticas da sociedade 
francesa, nas quais se destacava a análise psicológica dos personagens; e Byron não introduziu a vertente historicista (livro-base, p. 184, 190, 194). 
 
C A poeta Emily Dickinson, embora tendo escrito na vigência do Romantismo, tem, em sua obra, uma clara influência do classicismo, 
principalmente em seus poemas épicos, nos quaisenaltece os grandes heróis de batalhas históricas. 
 
D Stendhal, romancista francês, escreveu romances de cunho sentimental, os quais se distanciavam da realidade de seu tempo, num 
característico movimento romântico de evasão, abordando superficialmente o caráter de suas personagens. 
 
E Lord Byron introduziu a vertente historicista no Romantismo, produzindo extensos poemas narrativos, sempre centrados em personagens 
históricas, os quais se tornaram referência para os escritores que seguiram essa vertente temática.

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