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Resenha Crítica "Uma História Social Da Mídia"

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Trabalho AV1
Resenha Crítica do Livro “Uma História Social Da Mídia”
Introdução
Páginas 11 - 23
No livro é contada a história da mídia desde seus tempos primordiais até os atuais. Com concentração de datas importantes, cujo marco fico na história da mídia e com a A riqueza de detalhes da obra chama atenção do princípio ao fim. Nada parece ser esquecido. Nomes, autores, inventores, lugares e países são descritos de forma sequencial, com concentração de datas importantes, cujo marco ficou na história da mídia.
Sendo o tema da obra a história da mídia, logo os autores conceituam o que seria essa “mídia” e o qual a história que será analisada com esse trecho: “esta história se restringirá à comunicação de informação e entretenimento e ideias, sob a forma de palavras e imagens, por meio da fala, escrita, publicações, rádio, televisão e, mais recentemente, da internet.”, fazendo uma oposição ao pensamento de alguns teóricos como Claude Lévi-Strauss e Niklas Luhmann, que abordam comunicação e os meios pelos quais ela se dá, de forma mais ampla, incluindo aí trocas comerciais e busca por dinheiro, poder, amor e etc.
Os autores ainda estabelecem o ponto temporal para o início dessa história como sendo a invenção da prensa por Gutenberg aproximadamente no ano de 1450, não ignorando o fato de que anteriormente já existiam meios de comunicação e de replicação de informação, como os monges copistas. De fato, a comunicação e transmissão de informações já existia mesmo antes da invenção do alfabeto ou da escrita, mas os autores se propõe a fazer uma análise das mídias após a invenção de Gutenberg, voltando esporadicamente ao mundo antigo e medieval para traçar paralelos e demonstrar como ocorria a comunicação nessas épocas, isso é retratado no trecho “Apesar da importância muitas vezes atribuídas a Johann Gutenberg (…) algumas vezes será necessário voltar no tempo até os mundos antigo ou medieval. Naquela época a comunicação não era imediata, mas já atingia todos os pontos do mundo conhecido”
A prensa de Gutenberg e suas consequências
Páginas 24 - 36
O capítulo 1 nos ajuda a entender a importância da imprensa, que foi uma descoberta que marcou a história, não só pelo novo modo de passar informação, mas como uma ferramenta que proporcionou mudanças sociais, políticas e psicológicas. Isso alterou todos os aspectos da cultura europeia do século XV. Como instrumento de mudança, contribuiu consideravelmente para a emergência da ciência, religião, cultura e política. Contribuiu, de certo modo, para o surgimento de um novo modelo que surgia, a era moderna.
É perceptível que ela se tornou um dos símbolos do Renascimento, a imprensa de caráter móvel favoreceu o rompimento da estrutura social rígida, que determinava as leis, contribuindo para o surgimento de uma classe média intelectual. A criação de Gutemberg desencadeou uma revolução nas comunicações, alargando consideravelmente a circulação da informação, alterando os modos de pensar e as interações sociais. Através das datas exatas e um grande detalhamento observamos uma mudança significativa nos fins e nos métodos da educação, em decorrência dessa nova tecnologia. A partir do século XV, começou a desgastar-se o ponto de vista de que o fim principal da educação escolar era transmitir informações, de um-para-um, ou de um-para-poucos, num contexto presencial. Com a invenção de Gutenberg tornou-se possível transmitir informações de um para milhares/milhões. Houve a disseminação da informação de forma mais democrática, quando o conhecimento deixou de ser de poucos, para atingir uma massa maior.A informação ganhou novas fronteiras e o pensamento se alastrou por áreas ou regiões que antes não tinham acesso, mesmo sendo a alfabetização um privilégio para poucos.
Comunicação Oral e Escrita
Páginas 36 – 43
Oral
Na terceira parte do capítulo 1 podemos observar a importância da oralidade na história da comunicação. Como a maioria da população durante a idade média se encontrava iletrada, o jeito utilizado pelo governo na época era de educar o povo através da religião, por intermédio de sermões, diante disso o sociólogo Zygmunt Bauman estabeleceu a relação dos púlpitos da Igreja Católica como um meio de comunicação em massa. Mas a cultura da oratória não ficava restrita somente ao público analfabeto, como Walter Ong mesmo descreveu de “resíduos orais”, já que se desenvolveram novas instituições que estruturam esse tipo de comunicação, se utilizando do debate, lugares como academias, sociedades, clube de debates e café se estabeleceram.
Escrita
O fato da maioria da população ser analfabeta desencadeou no letramento progressivo da população e no surgimento de novas profissões, com o avanço da doutrina protestante, pessoas não pertencente ao clero começaram à aprender a ler e escrever, criando novas profissões, como escritores públicos que eram civis letrados que escreviam em nome dos iletrados. O conhecimento da leitura e da escrita se tornou um obstáculo para o processo tradicional de “amnésia estrutual”, onde o governo conseguia manipular o acesso às informações para o povo, podendo também manipular a verdade.
Comunicação Social e Multimídia
Páginas 43 - 55
Em primeiro plano é importante destacar o surgimento da imagem, que foi um grande passo para a comunicação social, e a importância das gravuras dando sentido ás obras literárias. A partir da retórica da imagem, iniciada na Europa moderna, as “obras de arte” foram criadas, todavia na Renascença as “obras de arte” deveriam ser chamadas de imagens ou só de “eventos comunicativos” .
No começo, antes da revolução, as obras de artes eram encomendadas (retratos, paisagens…),porém artistas não tinham total liberdade de expressão como hoje no mundo contemporâneo. Depois da revolução eles começaram a realizar as obras de arte que realmente queriam e então se preocupar a vender para o público, assim criando uma autonomia de expressão e disseminação das gravuras. Um grande exemplo disso é a xilografia que está presente até hoje no Brasil, tanto que no nordeste todos os cordéis são feitos a arte da xilogravura, por meio de pedaço de madeira talhada, passando a tinta por cima e colocar no papel.
Outro ponto importante destacar é que antes da revolução todas as obras literárias eram escritas em latim e a partir do momento que começaram a escrever em outras línguas as pessoas começaram a participar e entender as obras literárias e assim ficaram conhecidas mundialmente, dando mais abertura para as pessoas de classe média, baixa , assim conseguindo um acesso de tradução ajudando na modificação da ciência e no pensamento. 
CENSURA E COMUNICAÇÃO CLANDESTINA
Páginas 51 - 61
Essa parte do primeiro capítulo do livro aduz sobre a censura na Idade Média, feita através das Inquisições católicas e protestantes. Os autores começam lembrando que a censura não estava limitada somente aos livros e manuscritos, uma vez que a maioria da sociedade era analfabeta; e podia ser usada também contra peças de teatro, bem como em cultos “pagãos”. 
Embora a Inquisição tenha criado outras formas de censurar a população, o meio mais conhecido foi o “Índex dos Livros Proibidos”, uma espécie de catálogo de livros impressos que os fiéis, bem como todos que se encontravam em uma região predominantemente católica, estavam proibidos de ler. Ele dividia os livros em três categorias, os heréticos, os imorais e os mágicos. O Índex era um livro impresso que proibia a leitura de diversos livros impressos, uma estratégia de “fogo contra fogo”. Grandes clássicos da literatura mundial encontravam-se nesse rol nada simpático, como Pantagruel, de Rabelais e O Príncipe, de Maquiavel. 
Malgrado pareça absurda, a Inquisição, através do monopólio da violência e do medo, obteve resultados satisfatórios em seus propósitos (os livros de Maquiavel realmente não foram censurados à toa). Os livros proibidos, aos olhos de quem estava sob esse regime de horror, realmente eram considerados perigosos.
A censura, apesar de parecer muito ultrapassada, ainda é vista na sociedade contemporânea,seja direta ou indiretamente, sempre encontrada em governos autoritários, como as teocracias árabes, as ditaduras africanas e venezuelana, bem como os governos que foram eleitos democraticamente mas preferem guinar a antidemocracia, como o governo húngaro de Orbán e o brasileiro de Bolsonaro.
Hoje, nesses países democráticos, ainda existem certas instituições que garantem uma segurança jurídica e constitucional para a população, como por exemplo o STF, que proibiu a censura de um quadrinho promovida pelo prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella. Porém, antigamente, os inquisidores, quando não eram o governo, estavam aliados a ele, logo, restava àqueles que não queriam viver sobre a sombra da Inquisição encontrar maneiras clandestinas de transmitirem informação. Através de obras manuscritas, obras traduzidas em códigos e cifras, panfletos, pseudônimos, fábulas disfarçadas e outras formas, a sociedade “alternativa” foi conseguindo driblar o status quo da época. 
O crescimento do Mercado Editorial e História da Leitura
Páginas 61 - 73
Como mostra nesse capítulo, a impressão gráfica é bastante lucrativa. Uma das consequências da nova técnica de impressão foi envolver os negociantes no processo de difundir conhecimento.
A lista dos mais vendidos tem seus primórdios nos primeiros dias.
A Imitação de Cristo, um trabalho religioso atribuído ao holandês Thomas Kempis, que viveu no século XIV, apareceu em mais de 99 edições por volta de 1500. A Sagrada Escritura também vendia muito na época.
Para vender mais livros, os editores publicavam catálogos e se envolviam com diversas formas de publicidade. Veneza contribuía notavelmente para o comércio de livros, pois, a indústria de lá tinha uma organização capitalista e o apoio financeiro de mercadores, cujo interesse econômico era maior do que a venda de livros. 
É importante destacar que nessa mesma época surgiu a ideia de propriedade intelectual, pois os humanistas se acusavam uns aos outros de plágio ou roubo e por conta disso, as forças de mercado estimulavam a ideia de autoria individual, reforçadas por novas praticas, como imprimir o retrato do autor no frontispícios. 
No início do século XVII, Amsterdã já era o maior centro europeus de jornais, um novo gênero literário que ilustra a comercialização da informação e a partir de 1622, um jornal semanal em francês, a Gazette d’Amsterdam oferecia não somente informação sobre negócios europeus mas também críticas sobre a igreja Católica e as políticas do governo francês. 
Não se pode deixar de citar que com a prática de leitura de livros e jornais, as coisas mudaram. O surgimento da leitura crítica (e a mudança de hábitos de muitos) foi dado graças ao aumento das oportunidades de se compararem opiniões em diversos livros diferentes sobre o mesmo assunto, mas infelizmente, a leitura privada era vista como algo perigoso, especialmente quando praticada por mulheres, sendo assim um exemplo do machismo estrutural enraizado que convivemos até hoje. 
A REVOLUÇÃO DA PRENSA GRÁFICA REVISITADA 
Páginas 73- 79
Nessa parte do capitulo podemos ter noção das consequências da impressão gráfica e suas inúmeras contribuições: deu início ao que chamamos hoje de literatura e ao conceito de autor. Mesmo assim, os primeiros livros impressos apresentavam falhas frequentes de impressão (não só por cairem nas mãos dos chamados piratas mas também pelas falhas de produção), o que foi se aperfeiçoando. 
Outro produto da chamada Revolução da Imprensa seria o que chamamos hoje de plágio e o conceito de propriedade intelectual. Em consequência dessa invensão, temos o envolvimento de empreendedores no processo de difundir conhecimento e a importância da publicidade. 
É importante destacar o uso de medalhas como método de propaganda onde governantes na Itália (séc XV) usavam para difundiruma imagem agradável deles mesmos e comemorar eventos importântes (alguns nem se quer aconteceram). 
Não se pode deixar de citar a capacidade de penetração dos materiais impressos, a difusão de livros, panfletos e jornais mas também o surgimento dos cartazes e formulários oficiais. Vêmos as constântes evoluções dos impressos (recibos, cédulas, livros, panfletos, cartazes, declarações de renda...) até os jornais, as influências e interações com os leitores. Um exemplo de influência foi o jornal “Sleepless Souls”, nele eram publicadas notícias e cartas de suicídio, não só influenciando como também banalizando o tema. 
Podemos dizer então que os jornais contribuiam extremamente com a formação de opinião pública, davam espaço para o aparecimento de argumentações racionais e críticas. 
Grupo: Amanda Gomes
Luiz Zamorano
Valentina Foerster
Luiza
Esther
Laura Motta

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