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CONTABILIDADE GERAL
(Conceito e Aplicação
A Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio de uma azienda. 
Azienda é toda entidade econômico-administrativa, como por exemplo: a empresa, instituições sem fins lucrativos, órgãos governamentais, cooperativas, etc. 
A Ciência Contábil possui uma metodologia própria para estudar o Patrimônio, captando, registrando, acumulando, resumindo e interpretando os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer entidade.
A Contabilidade, como todas as ciências, tem um objeto de estudo. Como a Física estuda os fenômenos da Natureza, a Química estuda a interação entres as diversas substâncias, etc., a Contabilidade estuda o patrimônio de uma entidade, sua composição, sua formação e mutação. 
* A Contabilidade é uma ciência que tem como finalidade registrar coletar, resumir, informar e interprestar dados e fenômenos que afetam as situações patrimonial, financeira e econômica de qualquer entidade.
* È considerada ciência devido a três requisitos: 
Campo de atuação = Entidades
Objeto = Patrimônio
Método = Partidas Dobradas
A Contabilidade é um instrumento da função administrativa que tem por finalidade controlar o patrimônio, apurar o resultado e prestar informações sobre o patrimônio das empresas.
· Empresa ou Entidade: é qualquer pessoa física ou jurídica detentora de um patrimônio. Resulta da combinação de 3 fatores de produção: Natureza, Capital e Trabalho.
(Os Usuários da Contabilidade
Os usuários da Contabilidade são todas as pessoas físicas ou jurídicas interessadas em conhecer e analisar a posição patrimonial de uma entidade. Como exemplos, temos:
· Governo;
· Sócios, acionistas e proprietários;
· Administradores, diretores e executivos;
· Bancos, capitalistas, emprestadores de dinheiro;
· Pessoas físicas.
(As Finalidades da Informação Contábil
· Controle
· Planejamento
Funções da Contabilidade:
Administrativa: objetiva controlar o patrimônio das entidades e prestar informações;
Econômica: objetiva apurar o Resultado (Lucro ou Prejuízo)
TÉCNICAS CONTÁBEIS
Para atingir sua finalidade, a Contabilidade se utiliza de algumas técnicas, tais como:
- Escrituração 
- Demonstrações contábeis (Inventários e balanços)
- Auditoria
- Análise das demonstrações contábeis
Escrituração 
- Registro dos fatos patrimoniais de forma contínua e metódica, tendo como apoio a documentação relativa a estes fatos.
É o registro dos fatos que ocorrem no patrimônio. Este registro é feito em ordem cronológica, o que dá à Contabilidade a característica de verdadeira história do patrimônio. O simples registro desses fatos de acordo com a sua reunião em grupos, não é elemento suficiente para atingir a finalidade da Contabilidade.
- Fato contábil: são ocorrências que geram variação no patrimônio e que devem ser registrados na Contabilidade.
Demonstrações contábeis (Inventários e balanços)
- Processo de prestação de informações úteis, oportunas e adequadas, conforme a necessidade do usuário;
Os fatos reunidos em demonstrações, quando estas têm em vista as exposições dos componentes patrimoniais, recebem o nome de Balanço Patrimonial - BP. Quando visam demonstrar as variações patrimoniais e o resultado econômico de um período são denominadas Demonstrações de Resultado do Exercício – DRE. Podemos ainda citar Demonstrações de mutações do Patrimônio Líquido – DMPL, as quais mostram as variações ocorridas de do Patrimônio Líquido das entidades; Demonstrações de Lucros e Prejuízos Acumulados – DLPA, as quais mostram o comportamento dos resultados registrados no Patrimônio Líquido e ainda, quando a demonstração é analítica e específica de determinados componentes patrimoniais, recebe o nome de inventário (Estoques, Duplicatas a Receber, Contas a Pagar, etc.).
Auditoria
- É a inspeção que se realiza sobre a escrituração contábil com a finalidade de verificar a exatidão dos fatos administrativos;
Consiste no exame de todos os documentos, livros e registros, obedecendo normas especiais de procedimento, com o objetivo de verificar se as demonstrações representam adequadamente a posição econômico-financeira do patrimônio e os resultados do período administrativo, de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos. 
Análise das demonstrações contábeis
- Processo de transformação dos dados em informações úteis aos diversos usuários da informação contábil.
Como algumas das demonstrações são sintéticas, e nem sempre esclarecem a composição analítica do patrimônio e de suas variações, a contabilidade se utiliza dessa técnica especializada, que permite decompor, comparar e interpretar essas demonstrações, oferecendo aos interessados na riqueza patrimonial, dados analíticos e interpretação sobre os componentes do patrimônio e sobre os resultados da atividade econômica desenvolvida pela entidade.
PATRIMÔNIO 
* Patrimônio: é o conjunto de elementos necessários à existência de uma entidade (empresa), ou seja, é o conjunto de bens, direitos e obrigações.
* Em contabilidade a palavra patrimônio tem sentido amplo: Por um lado significa o conjunto de bens e direitos pertencentes a uma pessoa ou empresa; por outro lado inclui as obrigações a serem pagas.
* Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações.
Componentes Patrimoniais
- BENS: Tudo aquilo que pode ser avaliado economicamente; coisas úteis capazes de satisfazer às necessidades das pessoas e das empresas.
Coisas que uma entidade possui para uso, consumo ou troca. Exemplos: 
	Bens de Uso
	Bens de Consumo
	Bens de troca
	Máquinas
	Material de limpeza
	Dinheiro
	Móveis
	Material de escritório
	Mercadorias
	Imóveis
	Alimentos para funcionários
	
* Bens Tangíveis (materiais ou corpóreos): Têm forma física, são palpáveis. Possuem existência física como coisa ou objeto. 
Ex. Veículos, imóveis, mercadorias, dinheiro, máquinas, equipamentos, móveis e utensílios etc. 
- Bens imóveis: são aqueles vinculados ao solo, que não podem ser retirados sem destruição ou danos: edifícios, construções etc.
- Bens móveis: são aqueles que podem ser removidos por si próprios ou por outras pessoas: máquinas, equipamentos, estoques de mercadorias, etc.
* Bens Intangíveis (imateriais ou incorpóreos): São os bens não palpáveis, não constituídos de matéria. 
Ex.: Marcas e patentes, ações ou Quotas de Capital.
- DIREITOS: Entende-se por um direito que a entidade possui perante terceiros. São bens de propriedade da entidade que se encontram em poder de terceiros.
Os direitos representam bens cuja propriedade é da entidade mas a posse está confiada a terceiros. Sendo assim, a entidade proprietária tem o direito de receber do possuidor o bem de volta em algum momento no futuro. 
Ex.: duplicatas a receber, títulos a receber, notas promissórias a receber, aluguéis a receber, clientes, dinheiro em banco, aplicações financeiras, etc.
- OBRIGAÇÕES: São dívidas que a entidade possui com outras pessoas ou instituições. São bens de propriedade de terceiros que se encontram em poder da entidade. São exigíveis, isto é, são compromissos que podem ser reclamados ou exigidos.
Entende-se por obrigações, todas as dívidas e valores a pagar a terceiros.
Ex.: duplicatas a pagar, títulos a pagar, notas promissórias a pagar, aluguéis a pagar, fornecedores, impostos a recolher, etc.
Componentes Patrimoniais
- ATIVO: conjunto de bens e direitos da propriedade da empresa (parte positiva). Também chamado de Patrimônio Bruto.
São os itens positivos do patrimônio; trazem benefícios, proporcionam ganho para a empresa.
- PASSIVO: conjunto de obrigações (parte negativa). Também chamado de Capital de Terceiros ou Passivo Exigível.
Significa as obrigações exigíveis da empresa, ou seja, as dívidas que serão cobradas, reclamadas a partir da data de seu vencimento.
- PATRIMÔNIO LÍQUIDO : É a diferença entre o Ativo e o Passivo. Representa as obrigações da entidade para com os sócios ou acionistas.
É a soma de bens e direitos, subtraindo o total das obrigações.
É a parte do Patrimônio que vai medir ouavaliar a situação ou condição da entidade; é chamado, também, de Passivo não exigível ou Situação Líquida.
Equação Patrimonial:
Patrimônio Líquido = Ativo – Passivo
PL = A – P
	Balanço Patrimonial
	ATIVO
	PASSIVO
	
	
	Bens
	Obrigações com Terceiros
	Direitos
	
	
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	
	
	
	Obrigações com Sócios
	
	
* Na representação gráfica apresentada temos, de um lado, os Bens e os Direitos, que formam o grupo dos ELEMENTOS POSITIVOS; e, do outro lado, as Obrigações, que formam o grupo dos ELEMENTOS NEGATIVOS.
Assim, a representação do patrimônio de uma empresa comercial assume a forma: 
Ativo = Passivo Exigível + Patrimônio Líquido
Situações Patrimoniais
a) Situação Líquida Positiva: 
ATIVO > PASSIVO 
Patrimônio Líquido é positivo / superavitário
Situação Favorável 
Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) excedem o valor das obrigações com terceiros (Passivo Exigível)
b) Situação Líquida Negativa: 
ATIVO < PASSIVO
Patrimônio Líquido é negativo / deficitário
Situação Desfavorável
Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) forem menores que as obrigações com terceiros (Passivo Exigível)
c) Situação Liquida Nula:
ATIVO = PASSIVO
Patrimônio Líquido é nulo / equilibrado
Situação nula, Equilíbrio Aparente: A = P, logo PL = 0
Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) forem iguais às obrigações com terceiros (Passivo Exigível); nessa hipótese o patrimônio líquido será nulo.
ORIGEM E APLICAÇÃO DE RECURSOS
Origens de Recursos – O lado do Passivo, tanto Capital de Terceiros (Passivo Exigível) como Capital Próprio (Patrimônio Líquido), representa toda a fonte de recursos, toda a origem de capital.
Aplicações de Recursos – O lado do Ativo é caracterizado pela aplicação dos recursos originados no Passivo e no Patrimônio Líquido.
	ATIVO
	PASSIVO
	
	
	Aplicação de
	Origem de
	Recursos
	Recursos
	
	
CAPITAL - CONCEITOS
- CAPITAL SOCIAL - Obrigação da empresa para com os sócios originária da entrega de recursos para a formação do capital da entidade. Corresponde ao patrimônio líquido (PL)
- CAPITAL PRÓPRIO - são os recursos originários dos sócios ou acionistas da entidade ou decorrentes de suas operações sociais.
- CAPITAL DE TERCEIROS - representam recursos originários de terceiros utilizados para a aquisição de ativos de propriedade da entidade. Corresponde ao passivo exigível (PE)
ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS
* Atos Administrativos 
São os atos que não provocam alterações nos elementos do Patrimônio ou do Resultado, portanto não interessam a Contabilidade.
Exemplo: admissão de empregado, assinatura de contratos de compra e venda, e de seguros, finanças em favor de terceiros, avais de títulos.
Por não provocarem modificações no Patrimônio, os atos administrativos não precisam ser contabilizados. 
* Fatos administrativos
São aqueles que de alguma forma provocam modificações no patrimônio, quer sob o aspecto qualitativo, quer sob o aspecto quantitativo. São chamados, também, de Fatos Contábeis e, portanto, são objeto de contabilização através das Contas Patrimoniais ou das Contas de Resultado, podendo ou não alterar o Patrimônio Líquido (Situação Líquida).
CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS ADMINISTRATIVOS OU CONTÁBEIS
* Fatos Permutativos: são fatos que modificações no patrimônio da entidade sem alterar o seu patrimônio líquido. Refletem trocas entre os elementos patrimoniais. 
Ex.: 
Compra de mercadorias à vista (bens por bens); 
Compra de mercadorias a prazo (bens por obrigações); 
Recebimento de valor pela quitação de uma duplicata; 
Aumento do capital social com lucros acumulados;
* Fatos Modificativos: são aqueles que alteram o patrimônio da entidade e o patrimônio líquido, aumentando (fato modificativo aumentativo) ou diminuindo (fato modificativo diminutivo) a situação líquida.
* Fatos Mistos ou Compostos: são aqueles que combinam fatos contábeis permutativos e modificativos. Podem ser aumentativos ou diminutivos, conforme a alteração que geram no patrimônio líquido.
Registro dos Fatos Contábeis
1º passo - identificação das contas envolvidas (pelo menos duas contas);
2º passo - identificação do grupo ao qual cada conta pertence. Uma conta só pode pertencer a um determinado grupo.
3º passo – identificação de qual é o efeito do fato sobre cada conta envolvida, ou seja, qual elemento contábil aumenta ou diminui devido a este fato;
4º passo - efetuar o lançamento, conforme o mecanismo de débito e crédito.
CONTAS
É o nome técnico que identifica os elementos patrimoniais (bens, direitos, obrigações e patrimônio liquido) e de resultado (despesa e receita)
Conta é o título que identifica um componente do patrimônio ou de resultado.
· É através das contas que a contabilidade consegue desempenhar o seu papel. Todos os acontecimentos que ocorrem na empresa são registrados em livros próprios.
Existem três escolas doutrinárias quanto a divisão dos grupos de contas. As contas são divididas, segundo essas doutrinas em:
* Teoria Patrimonialista
- Patrimoniais (bens, direitos, obrigações e patrimônio liquido)
- Resultado (despesa e receita)
* Teoria Materialista
- Integrais (bens, direitos, obrigações)
- Diferenciais (patrimônio líquido, despesa e receita)
* Teoria Personalista
- Contas do agente consignatário (bens)
- Contas do agente correspondente (direitos e obrigações)
- Contas do proprietário (patrimônio líquido e suas variações, receitas e despesas)
Segundo Vincenzo Masi, o mentor da Escola Patrimonialista, em seu livro “Rilevazione Patrimoniale”, “Conta é um conjunto de levantamentos refletindo um elemento ou componente formado ou em formação, efetivo ou potencial, de um patrimônio aziendal ou de terceiros, o qual exprime, geralmente, a variável grandeza em uma dada medida, quase sempre monetária”.
CONTAS SINTÉTICAS E CONTAS ANALÍTICAS
As Analíticas representam maior detalhamentos das contas
As sintéticas representam o somatório das analíticas, ou seja, o resumo das contas 
ELEMENTOS DE UMA CONTA
· Título: nome da conta
· Débito: registros efetuados na coluna do débito da conta – representa a “dívida” da conta
· Crédito: registros efetuados na coluna do crédito – representa o que a conta tem “a haver”
· Histórico: relata o fato acontecido 
· Saldo: é a diferença existente entre o débito e o crédito
- As contas são movimentadas através de débitos ou créditos, nelas lançados.
Uma conta pode apresentar os seguintes saldos:
- Saldo devedor: débitos maiores que os créditos
- Saldo credor: créditos maiores que os débitos
- Saldo nulo: quando os débitos forem iguais aos créditos
 
· As contas que representam: bens e direitos (A), despesas e custos têm saldo devedor, exceto retificadoras.
· As contas que representam: obrigações (PE), Patrimônio Líquido (PL) e receitas, têm saldo credor, exceto retificadoras.
RAZONETE
· Para estudo, usamos o gráfico simplificado, denominado conta “T”, “razonete”, ou “razonete em T”.
· O lado esquerdo é o lado do débito, e o lado direito é o lado do crédito.
PLANO DE CONTAS
É um conjunto composto pela relação ordenada e codificada das contas utilizadas pela entidade, bem como de todas as normas e procedimentos adotados pelo seu sistema contábil, que tem por objetivo servir como meio de padronização, a fim de facilitar a analise e a elaboração dos registros e demonstrações contábeis.
Cada empresa deve elaborar o seu próprio plano de contas, de acordo com o seu porte, ramo de atividade e características peculiares, e este não pode ser rígido e inflexível. 
O fator que irá determinar um maior ou menor quantidades de informações contidas no plano de contas é o grau de exigência dos seus usuários, que esta diretamente relacionado a complexidade das operações realizadas pela empresa.
Deve ser organizado de acordo com o que estabelece a lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976, atualizado pelas leis 11.638/2007 e 11.941/2009.
GRUPOS DE CONTAS
· Contas patrimoniais
O balanço patrimonial é uma das demonstrações contábeis que visa a evidenciar, de forma sintética, a situação patrimonial da empresa e dos atos e fatosconsignados na escrituração contábil.
Em síntese, ele é composto de:
Ativo Circulante: O ativo circulante abrange valores realizáveis no exercício social subsequente. Assim, por exemplo, uma empresa cujo exercício social encerre em 31 de dezembro, ao realizar o encerramento do exercício de 31 de dezembro de 2006, deverá classificar no Ativo Circulante todos os valores realizáveis até 31 de dezembro de 2007.
Na empresa cujo ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo deste ciclo. Raramente, porém, é usado esta classificação mais extensa, de forma que, como padrão, pode-se adotar a classificação das contas como circulante se forem realizáveis ou exigíveis no prazo de 1 (um) ano.
Ativo Não Circulante: São incluídos neste grupo todos os bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade.
 
O Ativo Não Circulante será composto dos seguintes subgrupos: Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível.
Ativo Realizável a Longo Prazo: De uma forma geral, são classificáveis no Realizável a Longo Prazo contas da mesma natureza das do Ativo Circulante, que, todavia, tenham sua realização certa ou provável após o término do exercício seguinte, o que, normalmente, significa realização num prazo superior a um ano a partir do próprio balanço. 
As despesas apropriáveis após o exercício seguinte também são classificadas no Ativo Realizável a Longo Prazo. 
Os direitos não derivados de vendas, e adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da empresa, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da empresa, serão classificados no Ativo Realizável a Longo Prazo.
Investimentos: No subgrupo Investimentos do Ativo Não Circulante devem ser classificadas as participações societárias permanentes, assim entendidas as importâncias aplicadas na aquisição de ações e outros títulos de participação societária, com a intenção de mantê-las em caráter permanente, seja para se obter o controle societário, seja por interesses econômicos, entre eles, como fonte permanente de renda.
 
Imobilizado: O Ativo Imobilizado é formado pelo conjunto de bens e direitos necessários à manutenção das atividades da empresa, caracterizados por apresentar-se na forma tangível (edifícios, máquinas, etc.). O imobilizado abrange, também, os custos das benfeitorias realizadas em bens locados ou arrendados.
 
Intangível: Os ativos intangíveis compreendem o leque de bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
Trata-se de um desmembramento do ativo imobilizado, que, a partir da vigência da Lei 11.638/2007, ou seja, a partir de 01.01.2008, passa a contar apenas com bens corpóreos de uso permanente.
Como exemplos de intangíveis, os direitos de exploração de serviços públicos mediante concessão ou permissão do Poder Público, marcas e patentes, softwares e o fundo de comércio adquirido.
Passivo Circulante: Neste grupo são escrituradas as obrigações da entidade, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, quando se vencerem no exercício seguinte. No caso de o ciclo operacional da empresa ter duração maior que a do exercício social, a concepção terá por base o prazo desse ciclo.
Passivo Não Circulante: Neste grupo são escrituradas as obrigações da entidade, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, quando se vencerem após o exercício seguinte. No caso de o ciclo operacional da empresa ter duração maior que a do exercício social, a concepção terá por base o prazo desse ciclo.
Patrimônio Líquido: É a diferença entre o valor dos ativos e dos passivos. É constituído por Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados.
· Contas de Resultado
A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal apresentar de forma vertical resumida o resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas num determinado período, normalmente, de doze meses.
De acordo com a lei 6.404/76, as empresas deverão na Demonstração do Resultado do Exercício discriminar:
-         a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
-         a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;
-         as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
-         o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;
-         o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
-         as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa;
-         o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
Na determinação da apuração do resultado do exercício serão computados em obediência ao princípio da competência:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.
MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
É uma relação de contas e seus respectivos saldos, extraídos do razão, cujo objetivo é verificas se o total dos débitos é igual ao total dos créditos.
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL 
A escrituração contábil é a técnica contábil que tem por objetivo os registros, em livros próprios, de todos os fatos contábeis. Deve ser feita observando as técnicas e princípios contábeis, bem como a legislação em vigor.
Apresenta duas funções importantes:
- monetária: compreende os valores reunidos tecnicamente, mostrando as variações ocorridas no patrimônio.
- histórica: compreende os registros dos fatos, relatando a historia do patrimônio ao longo do tempo.
A contabilidade, para registrar as suas operações, adota o Método das Partidas Dobradas. 
MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS
Em contabilidade, o Método das Partidas Dobradas, ou Método Veneziano foi descrito pela primeira vez em Veneza, na Itália, em 1494, pelo frade franciscano Luca Pacioli, no livro "Summa de Arithmetica, Geometria proportioni et propornaliti". 
É o sistema-padrão usado em empresas e outras organizações para registrar transações financeiras. 
Neste método, a escrituração é bilateral. Cada transação financeira é registrada na forma de entradas em pelo menos duas contas, nas quais o total de débitos deve ser igual ao total de créditos.
A essência deste método, é que o registro de qualquer operação implica que um débito em uma ou mais contas deve corresponder um crédito equivalente, em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual à soma dos valores creditados. Ou seja, não há débito sem crédito.
· A soma dos valores debitados será igual a soma dos valores creditados. 
· A soma dos saldos devedores será igual a soma dos saldos credores. 
· A soma das aplicações (débitos) será igual a soma das origens (créditos)
ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS
O Passivo representa 'de onde veio' o dinheiro para a empresa, se próprio ou de terceiro. E, o Ativo ‘onde foi aplicado' o dinheiro, se em bancos, estoques, bens, etc.
Dessa forma podemos resumir:
As origens de recursos são os capitais de terceiros (obrigações) mais os capitais próprios (patrimônio liquido), totalizando o passivo, e as aplicações de recursos são os bens e direitos (ativo).
ATIVO = APLICAÇÃO DE RECURSOS
PASSIVO = ORIGEM OUFONTE DE RECURSOS
LANÇAMENTOS
A escrituração contábil é processada através de lançamentos. O conjunto de todos os lançamentos chama-se escrituração. 
· Lançamento contábil é o registro individual do fato contábil. É a forma como a Contabilidade registra os fatos que afetam (ou que possam vir a afetar) o patrimônio da empresa. 
· O lançamento contábil é feito em ordem cronológica e relata as funções histórica e monetária da escrituração, sendo composto dos seguintes elementos:
a) Local e Data;
b) Conta debitada, com respectivo valor; ou apenas débito;
c) Conta creditada, com respectivo valor; ou apenas crédito;
d) Histórico
e) Valor 
Os lançamentos são feitos tanto nas contas Patrimoniais, quanto nas contas de Resultado.
FÓRMULAS DE LANÇAMENTO
Devido a necessidade de debitar e creditar varias contas, nos registros de determinados fatos contábeis foram criadas as seguintes formulas de lançamentos. 
a) Primeira fórmula: quando há uma única conta de Débito e uma única conta de Crédito.
b) Segunda fórmula: quando há uma conta de débito e duas ou mais contas de créditos no mesmo lançamento.
c) Terceira fórmula: quando há diversas contas de Débito (duas ou mais) e uma conta de Crédito num mesmo lançamento.
d) Quarta fórmula: Quando surgem várias contas debitadas e várias contas creditadas.
RESUMO DO MECANISMO DE DÉBITO E CRÉDITO
EXERCICIO SOCIAL
Exercício social é o período determinado para se apurar o resultado econômico correspondente.
É o período onde as receitas, despesas e custos são registrados e acumulados e no final são confrontados para determinação do lucro ou prejuízo.
De acordo com a lei 6.404/76:
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício; e
IV - demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007).
V - se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007).
§ 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior.
§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes".
§ 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa. (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007).
 VARIAÇÕES DO PATRIMONIO LÍQUIDO
As causas principais que fazem o Patrimônio Líquido variar são:
• O investimento inicial de capital, feito pelos sócios, e seus aumentos posteriores ou desinvestimentos; 
• O resultado obtido do confronto entre contas de receitas, custos, despesas e perdas dentro do período contábil.
Receitas são as entradas de elementos para o ativo, sob a forma de dinheiro ou direitos a receber, correspondentes, normalmente, à venda de mercadorias, de produtos ou à prestação de serviços. • Uma receita também pode derivar de juros sobre aplicações financeiras e de outros ganhos eventuais. 
• A obtenção de uma receita aumenta o patrimônio líquido, logo são contas de origem CREDORA.
Custo é um sacrifício financeiro para a obtenção de um bem ou serviço qualquer para a obtenção de outro bem ou serviço qualquer. 
• Um custo diminui o patrimônio líquido, logo, são contas de origem DEVEDORA.
Despesa é consumo de bens ou serviços, que, direta ou indiretamente ajuda a produzir receitas. 
• Uma despesa diminui o patrimônio líquido, logo, são contas de origem DEVEDORA.
Perdas são bens ou serviços consumidos de forma anormal ou involuntária. 
• Uma perda diminui o patrimônio líquido, logo, são contas de origem DEVEDORA.
Caso as receitas obtidas superem as despesas incorridas, o resultado do período contábil será positivo (lucro), que aumenta o patrimônio liquido. Se as despesas forem maiores que as receitas, esse fato ocasiona u, prejuízo, que diminuirá o patrimônio liquido. 
PERIODO CONTÁBIL
Segundo o princípio da continuidade, presume-se que uma empresa, normalmente operará indefinidamente, portanto o resultado exato dela somente poderá ser apurado ao final de sua vida, após a venda de todos os seus ativos e pagamento de todas as suas obrigações com terceiros. 
Entretanto, a administração não poderia esperar até que a empresa seja liquidada ou encerrada para obter essas informações sobre resultado, e este deve ser fornecido em intervalos regulares.
O período contábil é o espaço de tempo escolhido para que a contabilidade mostre a situação patrimonial e financeira e a evolução dos negócios da empresa, que quando é de um ano em um ano, é também denominado de exercício social.
Para finalidade externas, o período é de normalmente um ano, já para finalidades internas, pode ser quinzenal, mensal, semestral, a fim de que a administração acompanhe mais frequentemente o desenvolvimento dos negócios.
REGIMES DE ESCRITURAÇÃO
Contabilmente, existem três regimes para apuração do Resultado:
a) Regime de Caixa
b) Regime de Competência
c) Regime misto (usado em contabilidade pública)
Regime de Caixa
O regime de caixa considera receita aquela que foi efetivamente recebida dentro do exercício (entrada de dinheiro no caixa) e como despesa aquela que foi efetivamente paga no período (saída de dinheiro). 
Sob o regime de caixa, as receitas e despesas são reconhecidas na escrituração contábil, unicamente quando se recebe ou se paga mediante dinheiro ou equivalente.
A legislação brasileira não admite o uso do regime de caixa pelas empresas que tenham finalidade lucrativa, porem ele é bastante utilizado pelas entidades sem fins lucrativos.
Regime de Competência
O regime de competência considera as receitas realizadas (ganhas) recebidas ou não, e as despesas incorridas (consumidas) pagas ou não. Não leva-se em consideração o recebimento ou pagamento, e sim a geração da receita ou despesa.
Sob o regime de competência, os efeitos financeiros das transações e eventos são reconhecidos nos períodos nos quais ocorrem, independentemente de terem sido recebidos ou pagos.
O regime de competência é também um princípio contábil, que deve ser, na prática, estendido a qualquer alteração patrimonial, independentemente de sua natureza e origem.
· Receitas
As receitas consideram-se realizadas:
1 -  nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à Entidade, quer pela fruição de serviços por esta prestados; Vendas a vista ou a prazo. 
2 - quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior; Insubsistência Ativa ou Insubsistência do Passivo.
3 - pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros; Superveniência do ativo ou superveniência ativa.
4 - no recebimento efetivo de doações e subvenções. Superveniência do ativo ou superveniência ativa.
· Despesas ou Custos
Consideram-se incorridas as despesas ou custos:
1 – quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para terceiros, despesa.
2 – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; Insubsistência Passiva ou Insubsistência do Ativo.
3 – pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo. Superveniência do passivo ou superveniência passiva.
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