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resumo e resenha crítica - saúde coletiva

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SAÚDE COLETIVA 
Prof.: Leonardo Vasconcelos
Aluna: Luana Ellen Farias – Fisioterapia – 01353500 
HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL 
· RESUMO
Na virada do século (XIX para XX), o Brasil se vê entrando em novas fases econômicas e produtivas, tendo em vista os avanços tecnológicos daquele período incluindo os da medicina. O governo estava esperançoso quanto ao aumento da industrialização e exportações que iriam crescer o país, entretanto não tinham evoluído na questão da saúde pública, com falta de saneamento básico e formas de prevenção em muitos lugares do Rio de Janeiro, deixando a população vulnerável á vários tipos de doenças, e logo mais tiveram que lidar com uma série de epidemias como a febre amarela, cólera, malária, varíola, tuberculose e outras pestes.
O governo temia perder a mão de obra dos imigrantes e assim as indústrias ficarem paradas, já que os europeus não queriam enfrentar doenças ao aportar seus navios. Os operários brasileiros não tinham direitos de tratamento de saúde e tampouco podiam contar com a saúde pública do país, estando sujeitos a doenças e só sendo ajudados pela caridade prestada das Santas Casas que usavam a filantropia e doações da população para tratar os doentes e demais pobres. Foi então que, em 1903, o médico bacteriologista Oswaldo Cruz foi nomeado o diretor geral de saúde pública do Brasil, dando início á muitas campanhas de combate á epidemias, trabalhando em soros antipestosos, saneando a cidade para eliminar doenças da população mais pobre que não tinha recursos para centros privados de tratamento e deixando todos em quarentena com o intuito de diminuir o contágio.
Oswaldo Cruz enfrentou muitos problemas como sanitarista, um dos maiores foi conter um surto de varíola que registraram muitos incidentes em 1904. Diante disso, ele tentou promover uma vacinação obrigatória em massa na população para erradicar a doença, fazendo com que empegados da saúde pública entrassem nas casas e vacinassem todos que habitavam nestas, causando indignação á todos pela forma de agir. Os jornais criticavam a nova conduta e incentivaram a população á se rebelar contra o sistema fazendo com que criassem muitos movimentos populares pelo Rio, ficando conhecidos pela Revolta da Vacina. Após uma semana com muitos feridos, presos e até mortos, a rebelião foi derrubada pelo governo com o acordo de suspensão da obrigatoriedade de se vacinar, mostrando á todos que poderia ser feito de forma diferente. Em São Paulo, as obras de saneamento haviam começado sendo dirigidas pelo Dr. Emilio Ribas e, quando se completaram, trouxe de volta a ordem do porto, normalizando o progresso da indústria. Emilio acreditava que podia mudar o conceito de contaminação das doenças presentes, convivendo com os doentes e mostrando que não se passava uma doença para alguém apenas de tocar ou ficar perto.
Ao passar dos anos, operários imigrantes (em maioria italianos) que aportaram no Brasil tiveram que lidar com muitos problemas de convivência e falta de organização no seu meio de trabalho. A situação era precária com relação á saúde, já que havia falta de tratamentos médicos no caso de acidentes de trabalho ou doenças, falta de descanso pois trabalhavam mais horas que o devido, não tinham uma imunidade correta. Entre esses e muitos outros descasos, iniciou-se uma onda de greves de operários em todo o país em 1917, que durou muitos dias e fez com que as cidades ficassem nas mãos dos grevistas e as indústrias têxteis parassem. Em 1918 no período da Primeira Guerra Mundial, ocorreu a maior pandemia da história que matou milhões de pessoas no mundo, sendo chamada de gripe espanhola. No Brasil, a doença contaminou mais de 350 mil pessoas, uma vez que precisavam ter o mínimo de cuidado médico e benefícios de saúde possíveis, porém o governo e chefes de saúde nada fizeram. Em 1919 os grevistas entraram em acordo com seus patrões, voltando o movimento nas indústrias com o que eles viam ser seus direitos básicos em vigor.
Em 1923, com o impacto das greves gerais e uma pandemia, o ministro da justiça Eloy Chaves constituiu uma lei que regulamentava a segurança e benefícios dos trabalhadores de indústrias ferroviárias e que logo mais beneficiou outras empresas. A lei consistia em assegurar os trabalhadores criando Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAPs) para diminuir tensões sociais e proporcionando uma condição justa. Desta forma o operariado sentia um peso menor e a indústria caminhava com menos polêmica até então.
A história dá início á Era Vargas, quando Getúlio Vargas se elege presidente do Brasil em 1930 declarando sua luta pelos pobres e trabalhadores e criando caminhos mais estendidos para a classe baixa que adotou ele como “o pai dos pobres”. Vargas criou o Ministério de Educação e Saúde para que a população fosse amparada, levando causas e leis para todo o país. Ele criou os IAPS (Instituto de Aposentadoria e Pensões) que foi substituto das CAPs, os trabalhadores que quisessem assistência teriam que pagar do seu salário aos empresários, quando fosse necessário, e também teriam direito a aposentadorias e pensões quando parassem de trabalhar. O IAP gerou uma enorme arrecadação de dinheiro, assim Vargas o destinou á capitalização para aumentar a economia do país, sempre financiando a industrialização. Durante seu mandato ele expandiu os benefícios de saúde pública para o povo brasileiro, criando projetos de combate á doenças em evidência como o SESP, que foi fundamental para a saúde pública nos interiores, com forma de prevenção em lugares onde a ideia de saúde nunca chegou, com equipes de profissionais da saúde á postos, tendo a previdência social em mãos, assim fazendo com que outros poderes se levantassem contra ele, gerando conflito de interesses e a oposição á Getúlio só aumentou ao longo dos anos com a implantação da ditadura, então ele foi deposto e fizeram nova eleição para presidente.
Os modelos dos centros de saúde, com os anos se torna alvo para médicos especialistas que queriam um sistema de saúde inspirado nos americanos com grandes hospitais e alas para todo tipo de especialidade e com muitos equipamentos, e assim foi feito. Hospitais com alas específicas e modernas, dando espaço apenas para quem tivesse a condição de adquirir consultas e tratamentos deste nível, a saúde evoluiu de forma privada. Getúlio Vargas retorna a presidência depois de se candidatar e ser eleito pelo povo e trazendo novos feitos como a Petrobras e a TV Tupi. Ele resolveu tornar exclusivo o Ministério da Saúde para fortalecer a gestão, devido a evolução moderna da medicina e saúde individual. A saúde pública se tornou algo que não podia ser ignorado por médicos e políticos, tendo aqueles que desprezavam e os que aplaudiam. O governo Vargas passou por turbulências até que foi acusado de enorme corrupção e levou ao fim a vida de Getúlio, pois ele se suicidou.
Em meio á mudanças no governo e políticas da ditadura, a classe operária e média se revolta e se posiciona para ter seus direitos de assistência médica e auxílios, pois os salários diminuiriam junto com a qualidade de vida e doenças vinham á tona devido o êxodo rural, aumentando também a mortalidade infantil. Eles sentiam o governo errando muito com a saúde pública, se preocupando com a saúde privada e seus benefícios e fazendo com que órgãos de saneamento e assistências públicas ficassem para trás.
Acompanhando a evolução econômica, a previdência social cresceu dando extensão aos benefícios atingidos por muitos brasileiros, redes hospitalares numerosas, o governo entusiasmado com a iniciativa privada do modelo de saúde, porém a imprensa como de costume questionava a política do governo, achando incoerente o orçamento, alegando haver até fraudes, já que não tinha fiscalização de gastos, muitos deles financiando unidades privadas de saúde. Enquanto isso, a saúde pública estacionou, sendo esquecida pelos políticos, que pararam de expandir benefícios. Então a população de classe mais baixa como moradoresda periferia sendo eles mulheres, estudantes e sanitaristas, se juntavam por uma causa que consistia em trazer melhoria na saúde pública de todos. Movimentos sociais eram bem discutidos pela comunidade e chamavam a atenção de jornalistas que mesmo querendo, eram vetados de espalhar notícias que fossem prejudicar o governo, como uma epidemia de meningite nas comunidades aumentando a mortalidade infantil, falta de saneamento e estruturas de creche e transporte coletivo. O movimento popular de saúde foi criado pela população afim de chamar atenção para aumentar a qualidade da saúde pública, lutar por benefícios como postos de saúde, insumos na medida correta e outros interesses fundamentais. Faziam manifestações para conquistar seus direitos apenas com a voz do povo, atraindo a imprensa e indo ao ar para incomodar os que estão acima. Contudo o movimento criou uma onda maior de manifestações e declarou cada conquista sendo mérito do povo, a saúde era uma conquista social que criava cada vez mais espaço e voz para suas indignações, pois o governo censurava a realidade da saúde pública, colocando a em segundo plano.
A luta levou o movimento popular em prol da saúde, á 8º Conferência Nacional da Saúde em 1986, que para todos foi uma vitória grande. Propostas foram lançadas pelos gestores do movimento, exigindo um sistema único de saúde que preservasse o direito á assistência médica e benefícios á toda a população brasileira que necessitava, e assim foi aprovado, tornando possível a provação da criação do SUS (Sistema Único de Saúde) em 1988. O SUS foi feito para ser universal, dando a saúde como um direito e não como favor ou caridade, obtendo princípios e leis que incluíam todo ser humano no benefício proposto, tendo em vista que foi uma conquista social, de interesse público e dever do estado. em 1990, o Congresso Nacional aprovou a Lei Orgânica da Saúde, que detalha o funcionamento do sistema e instituiu os preceitos que seguem até hoje. A partir deste momento, a população brasileira passou a ter direito à saúde universal e gratuita. 
· RESENHA CRÍTICA
Analisando fatos passados e atuais, o SUS passou por lutas políticas e sociais que retardaram o real efeito que deveria ser implantado no Brasil. Grande parte dos profissionais deveria optar por capacitação maior, tanto em questão profissional como social, pois a falta de humanidade torna a essência do SUS desvalorizada. Entidades de saúde deveriam recolocar os quesitos de aprovação para profissionais antes de se empregarem na rede pública, além do concurso. 
Atualmente o período de pandemia pelo novo coronavírus está provando que a saúde pública precisava estar preparada para qualquer situação como esta, levando em conta que algo deste tamanho já aconteceu na história da saúde. Toda consequência que sofremos vinda da saúde coletiva, é uma lesão deixada por falta de um investimento maior, que poderia ter sido feito á anos atrás quando foi solicitado, já que o país tinha movimento econômico e financiamento coerentes, que foram sujeitos á ouros investimentos que beneficiavam apenas os políticos. No geral, em questão de estrutura, capacitação de profissionais e falta de humanidade, é difícil restaurar de forma que agrade á todos, levando o SUS a ser um termo de necessidade e não preferência, pelo menos por uma parcela da população brasileira.

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