Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE FÍSICA LAB. DE FÍSICA MODERNA GEORGE ROMERO TADEU CARVALHO NUNES DETERMINAÇÃO DO COMPRIMENTO DE ONDA DO LASY DE He-Ne E MEDIÇÃO DO ÍNDICE DE REFRAÇÃO DO AR USANDO UM INTERFERÔMETRO DE MICHAELSON BOA VISTA – 2014 GEORGE ROMERO TADEU CARVALHO NUNES DETERMINAÇÃO DO COMPRIMENTO DE ONDA DO LASY DE He-Ne E MEDIÇÃO DO ÍNDICE DE REFRAÇÃO DO AR USANDO UM INTERFERÔMETRO DE MICHAELSON Relatório técnico apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina LABORATÓRIO DE FÍSICA MODERNA, no Curso de LICENCIATURA EM FÍSICA, na Universidade Federal de Roraima. Prof. Dr. Sergio Legoas BOA VISTA - 2014 SUMÁRIO 1 OBJETIVO ................................................................................................................ 4 2 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4 2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................... 5 2.1.1 Medindo o comprimento de onda usando o interferômetro ..................... 5 2.1.2 Medindo o índice de refração do ar ............................................................. 7 3 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS ............................................................................. 8 4 PARTE ESPERIMENTAL E DISCURSÕES ............................................................. 8 4.1 COIDADOS QUE DEVEM SER TOMADOS NO EXPERIMENTO .................... 8 4.2 PROCEDIMENTO ESPERIMENTAL ................................................................. 9 4.2.1 Ajustes preliminares: ................................................................................... 9 4.2.2 Determinação do comprimento de onda do laser He-Ne: ....................... 11 4.2.3 Determinação do índice de refração do ar: .............................................. 11 4.3 DADOS ESPERIMENTAIS .............................................................................. 12 4.3 CÁLCULOS ..................................................................................................... 14 4.3.1 Cálculo dos comprimentos da onda em função dos 100 mínimos. ........... 14 4.3.2 Cálculo do índice de refração do ar. .......................................................... 14 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 16 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 17 4 1 OBJETIVO Este experimento teve como objetivo familiarizar com o interferômetro de Michelson para investigar alguns aspectos relacionados com a interferência de feixes de luz coerente (laser), assim como: Realizar medições de padrões de interferência para determinar experimentalmente o comprimento de onda de uma luz laser, Medir o índice de refração do ar. 2 INTRODUÇÃO Interferômetros são instrumentos que produzem interferência óptica. Dentre eles, o interferômetro de Michelson é talvez o mais conhecido e o mais básico da família de interferômetros, que incluem o interferômetro de Fabry-Perot, o interferômetro de Twyman-Green, e o interferômetro de Mach-Zehnder. O interferômetro de Michelson foi primeiramente desenvolvido por Albert Michelson em 1881, e foi usado no experimento que mostrou a não existência do éter luminífero, na detecção e medição da estrutura hiperfina em linhas espectrais, na medição do efeito da maré da Lua sobre a Terra, e para fornecer um padrão substituto da unidade de comprimento, o metro, em termos de comprimentos de ondas da luz. Esse instrumento é geralmente utilizado em pesquisas que envolvem pequenas variações de comprimento do percurso óptico, permitindo detectar movimentos muito pequenos, da ordem de nanômetros. Com o interferômetro de Michelson podem-se produzir padrões de interferência na forma de franjas circulares ou lineares, usando-se para isso luz branca ou monocromática. Essas franjas podem ser usadas para realizar comparações muito precisas de comprimentos de onda, para medir índices de refração de gases e sólidos transparentes, assim como para determinar variações muito pequenas em comprimento com bastante precisão. 5 2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1.1 Medindo o comprimento de onda usando o interferômetro A superposição dos feixes refletidos pelos espelhos S1 e S2 na tela de observação dá origem a um padrão de franjas de interferência circulares devido à diferença de caminho ótico de cada feixe. Quando todos os feixes se propagam no mesmo meio, essa diferença de caminho ótico é causada unicamente pela diferença de trajetória entre os dois feixes, o que causa uma diferença de fase entre as funções de onda que se superpõem na tela. Como mostrado na figura 1, o feixe de luz proveniente da fonte pontual posicionada diante da lente sofre sucessivas reflexões nos espelhos S1, S2 e S3, dando origem às imagens virtuais L1 e L2, que atuam como fontes pontuais virtuais a partir das quais pode ser feita toda a descrição da formação do padrão de interferência observado na tela. Figure 1: Ilustração do processo de formação de franjas circulares de interferências mostrando as imagens virtuais da fonte formadas a partir das reflexões sucessivas nos tres espelhos. Sejam 𝑑1 e 𝑑2 as distâncias entre o ponto médio do divisor central 𝑆3 (espelho semitransparente) e os espelhos 𝑆1 e 𝑆2, respectivamente, e 𝑑 a diferença entre essas 6 duas distâncias 𝑑 = 𝑑2 − 𝑑1. Então a distância entre as imagens virtuais 𝐿1 e 𝐿2 será dada por: 𝛥𝐿 = 2𝑑 = 2(𝑑2 − 𝑑1) (1) Se 𝜃 representa o ângulo formado por um par de raios paralelos que partem de 𝐿1 e 𝐿2 e se superpõem na tela na aproximação de longas distâncias de observação para formar os anéis de interferência medido em relação ao eixo de simetria perpendicular à tela e passando pelo centro dos anéis, então a diferença de fase entre esses raios ao chegarem à tela pode ser escrita como: ∆𝜙 = 2𝜋 𝜆 (2𝑑 cos 𝜃) + Δ𝜙0 (2) onde Δϕ representa a diferença global de fase (constante em relação a 𝜃) entre os raios, devida às reflexões múltiplas que eles sofrem e ao fato de tais raios atravessarem o divisor central 𝑆3 um número diferente de vezes. Os máximos são obtidos na tela para os ângulos que satisfazem a condição 2𝑑 cos 𝜃 = 𝑚𝜆 − 2𝜋 𝜆 Δ𝜙0 (3) enquanto os mínimos são obtidos quando 2𝑑 cos 𝜃 = (𝑚 + 1 2 ) 𝜆 − 2𝜋 𝜆 Δ𝜙0 (4) sendo 𝜆 o comprimento de onda do laser e 𝑚 = 1, 2, 3, … Essas expressões justificam a formação das franjas circulares de interferência para cada valor de 𝑚, para as quais 𝜃 é fixo. Se o espelho 𝑆2 é deslocado de uma distância Δ𝑥2, a distância entre 𝐿1 e 𝐿2 muda para: 𝛥𝐿′ = 2𝑑 ± 2Δ𝑥2 (5) Suponha que 𝑑 satisfaça inicialmente uma condição de máximo ou mínimo para um dado m. O anel correspondente vai passar de uma condição de máximo ou mínimo para outra cada vez que Δ𝑥2 for um múltiplo inteiro de 𝜆 2⁄ . Assim, observando-se a sucessão de máximos ou mínimos num dado ponto fixo, o centro dos anéis por exemplo, pode-se obter uma relação direta entre o comprimento de onda e o deslocamento do espelho. Se o espelho for deslocado de uma distância total 𝐷2 enquanto são contados 𝑁 mínimos no centro da tela, então: 𝜆 = 2𝐷2 𝑁 (6) 7 2.1.2 Medindo o índice de refração do ar Para a medida do índice de refração do ar conforme seção 4.2.3, as distâncias 𝑑1 e 𝑑2 são mantidas fixas e a célula contendo ar à pressão atmosférica é introduzida diante do espelho 𝑆1.A variação do índice de refração do ar 𝑛 com a pressão 𝑝 pode ser escrita numa primeira aproximação segundo uma função linear: 𝑛(𝑝) = 𝑛0 + Δ𝑛 Δ𝑝 𝑝 (7) onde 𝑛0 = 1 é o índice de refração do vácuo e a razão Δ𝑛 Δ𝑝⁄ (positiva por definição) é o parâmetro a ser determinado experimentalmente. Se a célula cheia de ar à pressão 𝑝 possui uma espessura 𝑡, então o caminho ótico percorrido dentro da célula pelo raio que é refletido em 𝑆1, após atravessá-la duas vezes, é dado por: 𝑥 = 𝑛(𝑝). 2𝑡 (8) Se a pressão dentro da célula for alterada de 𝑝 para 𝑝 + Δ𝑝, então o caminho ótico do mesmo raio sofrerá uma alteração de: Δ𝑥 = [𝑛(𝑝 + Δ𝑝) − 𝑛(𝑝)]. 2𝑡 (9) Iniciando à pressão ambiente com um ponto de mínimo no centro da figura de interferência observada no anteparo e reduzindo progressivamente a pressão dentro da célula, são observadas 𝑁 alterações de mínimo para mínimo no centro da tela e anotados os valores correspondentes de pressão 𝑝. Como cada alteração de mínimo para mínimo corresponde a uma mudança no caminho ótico de um comprimento de onda, então a contagem do número de alterações entre os valores de pressão 𝑝 e 𝑝 + Δ𝑝, representado por 𝑛(𝑝 + Δ𝑝) − 𝑛(𝑝), está relacionada à variação no caminho ótico por: |Δ𝑥| = [𝑛(𝑝 + Δ𝑝) − 𝑛(𝑝)]. 𝜆 (10) onde, esta expressão foi escrita em termos de valores absolutos já que variações positivas ou negativas do caminho ótico levam à mesma alteração qualitativa no padrão de interferência. Combinando as equações 9 e 10 obtém-se: Δ𝑛 Δ𝑝 = | Δ𝑁 Δ𝑃 | ∙ 𝜆 2𝑡 (11) 8 3 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS 01 Fonte de luz laser de He-Ne, 01 interferômetro de Michelson (formado por espelhos semi e totalmente refletores), 01 trilho ótico, 01 lente convergente (distância focal = ± 20 mm), 01 anteparo, 01 bomba de vácuo manual, 01 manômetro, 01 célula para armazenamento de gás, 01 mangueira de silicone, 02 suportes. 4 PARTE ESPERIMENTAL E DISCURSÕES 4.1 COIDADOS QUE DEVEM SER TOMADOS NO EXPERIMENTO 1. Nunca olhe diretamente para o feixe laser, já que isso pode causar danos irreversíveis aos olhos do observador. 2. O interferômetro é um equipamento delicado e preciso, cujo manuseio requer atenção e cuidado para evitar danos ao equipamento e prejuízo na qualidade das medidas efetuadas. 3. O bom funcionamento do interferômetro depende fundamentalmente do alinhamento e nivelamento do sistema. Procure evitar, portanto, qualquer perturbação mecânica nas proximidades do interferômetro. 4. Nunca toque com os dedos nas superfícies dos espelhos assim como da célula para armazenamento de gás. 5. Mantenha o interferômetro coberto por sua tampa protetora sempre que encerrar a sua utilização. 9 4.2 PROCEDIMENTO ESPERIMENTAL 4.2.1 Ajustes preliminares: 1. O arranjo experimental está esquematizado na figura 2. A fonte de luz laser deve apontar diretamente para o espelho inclinável 𝑆1 passando primeiro pela lente convergente, e logo incidindo no espelho semi-refletor 𝑆3. Este espelho, 𝑆3, atua como um divisor do feixe, refletindo 50% da luz incidente em direção do espelho móvel 𝑆2, e transmitindo 50% para o espelho inclinável 𝑆1. O objetivo da lente convergente é produzir uma imagem pontual da fonte de luz bem na frente do espelho 𝑆3, para dessa forma, obter-se duas imagens estendidas no anteparo tanto devido ao espelho 𝑆1 quanto ao espelho 𝑆2. Essas duas imagens chegam ao anteparo com uma diferença de fase devido à diferença no percurso óptico a partir do espelho 𝑆3, e ao se sobre- por adequadamente acontecerá a interferência óptica dos feixes de luz. Figure 2: Arranjo experimental para utilização do interferômetro de Michaelson. 2. Uma imagem de perto do interferômetro encontra-se na figura 3a. Nota-se claramente a disposição geométrica dos três espelhos. O espelho 𝑆1 é 100% refletivo e fica diretamente frente ao feixe de luz incidente. Esse espelho não desliza, porém usando dois parafusos pode-se mudar a inclinação dele em relação ao plano vertical. Esse ajuste permite mudar a posição da imagem pontual da fonte de luz no anteparo, para produzir interferência com a outra imagem pontual devida ao espelho 𝑆2. O espelho 𝑆2 também é 100% refletivo e reflete a parcela do feixe incidente que é refletido no espelho central 𝑆3. O espelho 𝑆2 pode ser deslocado paralelamente ao eixo que une os centros de 𝑆2 e 𝑆3, mediante um sistema de alavanca controlada por um parafuso micrométrico. Girando o micrômetro, movimenta-se a alavanca, e com isso o espelho 𝑆2 desloca-se para frente ou para atrás, permitindo-se com isso mudanças no percurso óptico do feixe refletido por 𝑆2. Isso muda a fase dos feixes 10 provenientes de 𝑆2 e 𝑆3, e consequentemente altera-se o padrão de interferência no anteparo na forma de sucessivas alternâncias das franjas de interferência. A trajetória dos feixes que causam o padrão de interferência está ilustrada na figura 3b. O feixe laser incide sobre o espelho semi-refletor 𝑆3 central segundo um ângulo de incidência de 45º, sendo então, dividido em dois feixes perpendiculares. Estes são refletidos pelos outros dois espelhos cruzados 𝑆1 e 𝑆2 e, a seguir, direcionados para o anteparo de observação. Figure 3: (a) Visualização detalhada do interferômetro de Michelson. (b) Trajetória dos feixes que dão origem ao padrão de interferência. S1 = espelho inclinável; S2 = espelho móvel; S3 = espelho semi-refletor divisor do feixe. 3. Para estabelecer o alinhamento do sistema, remova inicialmente a lente, de modo que os feixes laser que chegam à tela produzam imagens pontuais. Ajuste os dois parafusos localizados atrás do espelho 𝑆1 localizado ao longo da direção inicial do feixe, de modo que essas duas imagens coincidam na tela de observação. 4. Posicione a lente convergente (distância focal = +20 mm) no trilho ótico aproximadamente a meio caminho entre o laser e o interferômetro, de forma a produzir uma imagem real pontual que será a fonte de luz para o interferômetro ver figura 1. Com isso os dois feixes produzirão na tela imagens circulares estendidas. Com um reajuste fino dos dois parafusos de controle do espelho S1, um padrão de interferência deverá ser agora observado com nitidez, formado por franjas circulares concêntricas. Reduza a iluminação ambiente para facilitar a visualização das franjas. 5. O uso do parafuso micrométrico requer alguns cuidados, tanto no manuseio dele quanto na leitura na escala micrométrica. 6. A menor leitura indicada pelo micrômetro é 0,01 mm. Este é um exemplo de instrumento, para o qual o limite de erro pode ser maior que a menor leitura. Controle a temperatura ambiente em 20º C para que a dilatação do instrumento não influencie na leitura. 11 4.2.2 Determinação do comprimento de onda do laser He-Ne: 1. Como indicado anteriormente, a distância entre o espelho 𝑆2 e o espelho semi- refletor central pode ser ajustada através de um parafuso micrométrico concatenado ao espelho 𝑆2. Gire este parafuso até que o centro da figura de interferência seja formado por uma franja escura (interferência destrutiva). 2. Prossiga girando o parafuso micrométrico no mesmo sentido e observe a alternância de máximos e mínimos de interferência no centro da figura projetada. Se o sentido de rotação for invertido podem ocorrer erros de medida devido à possível presença de algum atraso de sincronismo entre os movimentos do parafuso micrométrico e do espelho. A distância percorrida pelo espelho 𝑆2 durante a rotação do parafuso micrométrico é determinada dividindo-se a leitura do micrômetro por 10, devido ao fator de redução da conexão em alavanca entre espelho e o parafuso micrométrico figura 3a. Uma graduação na escala do parafuso micrométrico corresponde portanto a um deslocamento de 1 μm do espelho 𝑆2. 3.Inicialmente, configure o interferômetro para obter uma franja escura no centro da figura de interferência. Anote a graduação inicial do parafuso micrométrico na tabela 1, e logo gire suavemente o parafuso micrométrico e vá contando quantas vezes a figura de interferência se altera, isto é, quando volta a aparecer um mínimo de interferência no centro da figura. Em nossa experiência vamos chamar este número de 𝑁. Faça isso para 𝑁 = 100. Anote a graduação final do parafuso micrométrico na tabela 1. Se eventualmente o centro da figura de interferência deslocar-se para fora da área iluminada reajuste os parafusos de controle do espelho 𝑆1. Repita essa série de medidas no total de dez (10) vezes. Com isso se terão 10 valores de percurso do micrómetro 4.2.3 Determinação do índice de refração do ar: 1. Reajuste o parafuso micrométrico para obter novamente um mínimo no centro da figura de interferência. 2. Posicione a célula para armazenamento de gás, contendo ar à pressão atmosférica, no espaço apropriado localizado diante do espelho 𝑆1 ver figura 3a. Mantenha a saída da célula fechada e conecte a entrada à bomba de vácuo manual, através de uma mangueira de silicone. 3. Começando da pressão atmosférica, reduza gradualmente a pressão dentro da célula até um dado valor ∆𝑝, utilizando a bomba manual, e conte quantas alternâncias de mínimos ∆𝑁 no centro da figura de interferência ocorrem. Note que o manômetro da bomba manual está graduado em unidades de pressão relativa à pressão atmosférica. 12 4. Anote a variação de pressão ∆𝑝 (lida diretamente no manômetro) correspondente aos ∆𝑁 mínimos detectados na tabela 3. 5. Repita o procedimento dos dois itens anteriores no total dez vezes. Abra a válvula da bomba manual no princípio de cada série de medidas, de forma que o ar na célula retorne à pressão ambiente. 4.3 DADOS ESPERIMENTAIS Tabela 1: Deslocamento do espelho refletor D2 em função dos 100 mínimos contados no anteparo. Nº 𝐷𝑖 (mm) 𝐷𝑓 (mm) 𝐷 = 𝐷𝑓 − 𝐷𝑖 𝐷2(𝑁) = 𝐷 10⁄ 1 5,000 5,415 0,415 0,0415 2 5,415 5,835 0,420 0,0420 3 5,835 6,140 0,305 0,0305 4 6,240 6,633 0,393 0,0393 5 5,000 5,356 0,356 0,0356 6 5,000 5,360 0,360 0,0360 7 5,000 5,362 0,362 0,0362 8 5,000 5,402 0,402 0,0302 9 5,000 5,360 0,360 0,0360 10 5,000 5,363 0,363 0,0363 Obs.: N=100 mínimos. Tabela 2: Comprimentos de onda calculados através da equação 6 com sua média e seu erro. Nº 𝜆𝑖 = 2𝐷2 100⁄ (𝜂m) 𝜆̅ (𝜂m) 𝛿𝜆 ̅(𝜂m) Δ𝜆𝑒𝑠𝑡𝑎𝑡(𝜂m) Δ𝜆𝑖𝑛𝑠𝑡(𝜂m) 1 830 727 25 25 10 2 840 3 610 4 786 5 712 6 720 7 724 8 604 9 720 10 726 O valor almejado foi de 632,8 𝜂m do laser He-Ne, porém o valor alcançado foi de 727 𝜂m, que ficou muito distante do valor considerado como real para esta experiência. Devido ao valor de comprimento de onda adquirido e o resultado do índice de refração obtido, ficou evidente que a parte mecânica do micrômetro e seu acoplamento foram os causadores do erro na medida do comprimento de onda do laser He-Ne. 13 Tabela 3: Número de mínimos ∆𝑁 contados no anteparo para uma variação de pressão ∆𝑃 na célula de gás de espessura t. Nº ∆𝑁 ∆𝑃 (mbar) Δ𝑛 Δ𝑝⁄ 1 6 -790 2,403∙ 10−7 2 6 -800 2,373∙ 10−7 3 6 -800 2,373∙ 10−7 4 6 -790 2,403∙ 10−7 5 6 -795 2,388∙ 10−7 6 6 -797 2,382∙ 10−7 7 6 -795 2,388∙ 10−7 8 6 -797 2,382∙ 10−7 9 6 -797 2,382∙ 10−7 10 6 -800 2,373∙ 10−7 Obs.: t=10mm e 𝜆 = 632,8 𝜂m Δ𝑛 Δ𝑝⁄ – calculado pela equação 11. Tabela 4: Valores dos índices de refração, seu valor médio e sua incerteza. Nº 𝑛𝑖 �̅� 𝛿�̅� 1 1,000243 1,000242 0,000004 2 1,000240 3 1,000240 4 1,000243 5 1,000242 6 1,000241 7 1,000242 8 1,000241 9 1,000241 10 1,000240 Obs.: t=10mm e 𝜆 = 632,8 𝜂m ∆𝑃 é a variação de pressão relativa a 1 atm = 1013 mbar. Pela tabela 4, podemos observar que o valor achado para o índice de refração do ar, à temperatura ambiente, nesta experiência foi muito satisfatório, visto que nas literaturas o índice de refração da luz vermelha no ar é de 1,0002957. 14 4.3 CÁLCULOS 4.3.1 Cálculo dos comprimentos da onda em função dos 100 mínimos. Foi utilizada a equação 6 e os dados da tabela 1 para calcular os comprimentos de onda parciais para cada conjunto de 100 mínimos. Os valores estão resumidos na tabela 2 junto com sua incerteza, que foi calculada através do desvio padrão da média e o erro instrumental associado as 100 medições. O erro instrumental foi calculado por Δ𝜆𝑖𝑛𝑠𝑡 = 2 𝑁 ∙ 0,0005 mm, onde 𝑁 é o número de mínimos contado no anteparo. 𝜆1 = 2 ∙ 0,0415 ∙ 10−3 100 = 830 𝜂m 𝜆2 = 2 ∙ 0,0420 ∙ 10−3 100 = 840 𝜂m 𝜆3 = 2 ∙ 0,0305 ∙ 10−3 100 = 610 𝜂m 𝜆4 = 2 ∙ 0,0393 ∙ 10−3 100 = 786 𝜂m 𝜆5 = 2 ∙ 0,0356 ∙ 10−3 100 = 712 𝜂m 𝜆6 = 2 ∙ 0,0360 ∙ 10−3 100 = 720 𝜂m 𝜆7 = 2 ∙ 0,0362 ∙ 10−3 100 = 724 𝜂m 𝜆8 = 2 ∙ 0,0302 ∙ 10−3 100 = 604 𝜂m 𝜆9 = 2 ∙ 0,0360 ∙ 10−3 100 = 720 𝜂m 𝜆10 = 2 ∙ 0,0363 ∙ 10−3 100 = 726 𝜂m 4.3.2 Cálculo do índice de refração do ar. O cálculo do índice de refração 𝑛 do ar, foi encontrado utilizando a equação 7, onde 𝑛0 = 1 e 𝑝 = 1013 mbar. Os valores Δ𝑛 Δ𝑝⁄ estão indicados na tabela 3. 𝑛1(𝑝) = 1 + 2,403 ∙ 10 −7 ∙ 1013 = 1,000243 15 𝑛2(𝑝) = 1 + 2,373 ∙ 10 −7 ∙ 1013 = 1,000240 𝑛3(𝑝) = 1 + 2,373 ∙ 10 −7 ∙ 1013 = 1,000240 𝑛4(𝑝) = 1 + 2,403 ∙ 10 −7 ∙ 1013 = 1,000243 𝑛5(𝑝) = 1 + 2,388 ∙ 10 −7 ∙ 1013 = 1,000242 𝑛6(𝑝) = 1 + 2,382 ∙ 10 −7 ∙ 1013 = 1,000241 𝑛7(𝑝) = 1 + 2,388 ∙ 10 −7 ∙ 1013 = 1,000242 𝑛8(𝑝) = 1 + 2,382 ∙ 10 −7 ∙ 1013 = 1,000241 𝑛9(𝑝) = 1 + 2,382 ∙ 10 −7 ∙ 1013 = 1,000241 𝑛10(𝑝) = 1 + 2,373 ∙ 10 −7 ∙ 1013 = 1,000240 Os valores dos índices de refração do ar, sua média e sua incerteza estão resumidos na tabela 4. 16 CONCLUSÃO Este experimento teve como objeto aprender o funcionamento do interferômetro de Michelson através da medida do comprimento de onda do laser de He-Ne como também, da medida do índice de refração do ar. Os resultados obtidos foram os seguintes: Para o comprimento de onda, que tinha como referência 632,8 nm foi de 𝜆 = (727 ± 25) nm muito fora do esperado. Mas este fato se deve há problemas na parte mecânica do micrometro. Para o índice de refração o valor obtido foi de 𝑛 = 1,000242 ± 0,000004 satisfazendo o valor almejado no experimento. Com a precisão do resultado do indice de refração pode-se também concluir que tanto os espelhos refletores e semi estão funcionando conforme esperado, assim, isentando-os de serem os causadores de erro na primeira etapa do experimento. 17 BIBLIOGRAFIA LEGOAS, Sergio. Guia de experimentos para a disciplina laboratório de física moderna. – Boa vista – 2013. Voulo, José Henrique. Fundamentos da teoria de erros. 2ª ed. São Paulo: Blucher. 1996. HALLIDAY; RESNICK e WALKER. Fundamentos de Física 4. 7ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007
Compartilhar