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EXERCÍCIOS 1º BIMESTRE - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA E PROCESSO DE EXECUÇÃO

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MATÉRIA: Cumprimento de Sentença e Processo de Execução
PROFESSOR: Adalberto Aleixo
EXERCÍCIOS DO 1º BIMESTRE (7º SEMESTRE)
1 – NOÇÕES GERAIS (julgue os itens a seguir justificando os falsos)
1. O processo de conhecimento apresenta duas fases: a primeira efetivamente cognitiva e a segunda de cumprimento, demonstrando o seu nítido caráter sincrético. (VERDADEIRO)
2. Os títulos executivos extrajudiciais estão sujeitos à execução por meio de processo autônomo. (VERDADEIRO)
3. A decisão proferida no processo que tramita no juízo cível que reconhece a exigibilidade de uma obrigação está sujeita ao cumprimento no mesmo processo. (VERDADEIRO)
4. Apesar de suas diferenças, o cumprimento da sentença dos títulos executivos judiciais e o processo de execução dos títulos executivos extrajudiciais buscam o mesmo objetivo que é a satisfação do direito do credor pelo adimplemento da obrigação. (VERDADEIRO)
5. No processo de execução dos títulos executivos extrajudiciais há a necessidade de se realizar a citação do executado devedor. (VERDADEIRO)
6. A execução dos títulos executivos judiciais se desenvolve da mesma forma que a execução dos títulos executivos extrajudiciais. (FALSO)
Justificativa: A distinção mais relevante entre a execução fundada em título judicial ou extrajudicial reside no modo como cada uma delas tem início, porque a execução por título judicial se realiza mediante mero requerimento do credor e o devedor não é citado, mas intimado com a consequência de ser essa uma fase de mesmo processo já pendente (cumprimento de sentença), não um processo autônomo; enquanto que a execução por título extrajudicial faz-se em autônomo processo executivo, instaurando mediante petição inicial formalmente estruturada como tal e o executado recebe citação, não mera intimação. Além disso, a execução por título judicial é suscetível de impugnação e a execução fundada em título extrajudicial, de embargos – sendo mais restritas as defesas admissíveis por aquela via e mais amplas por esta.
7. O cumprimento da sentença consiste em uma fase do processo de conhecimento e se desenvolve com o objetivo de forçar o adimplemento de obrigação reconhecida em uma decisão. (VERDADEIRO)
8. Qualquer execução terá como objetivo a constrição do patrimônio do devedor para a satisfação da pretensão do credor. (FALSO)
Justificativa: Não tem como se afirmar que qualquer execução terá como objetivo constranger o patrimônio do devedor. Por exemplo, a obrigação de fazer não ataca o patrimônio do devedor, na verdade, o que acontece é uma tentativa de forçá-lo a adimplir com a obrigação através de meios de coerção, multando ou adotando alguma medida que o faça cumprir com a obrigação ou alcançar o resultado prático equivalente ao adimplemento. Observa-se tal constrição do patrimônio do devedor, somente nas obrigações de pagar quantia e de entregar coisa.
9. As regras que regulam o processo de execução autônomo apresentam aplicação subsidiária ao cumprimento da sentença dos títulos executivos judiciais. (VERDADEIRO)
10. Apesar de se desenvolver no mesmo processo de conhecimento, a fase de cumprimento da sentença exige a citação do devedor para realizar o adimplemento da obrigação. (FALSO)
Justificativa: No cumprimento de sentença, normalmente o ato que dá ciência ao réu do início da fase e do prazo para cumprimento da obrigação (e a apresentação de eventual impugnação) é a intimação, feita na pessoa de seu advogado, tendo em vista que já foi citado na fase de conhecimento.
11. Tanto o cumprimento de sentença como o processo de execução autônomo realizam-se por meios de sub-rogação no sentido de constranger a liberdade do devedor. (FALSO)
Justificativa: O cumprimento de sentença, bem como o processo de execução autônomo, podem ser realizados por meios de sub-rogação (quando há a constrição do patrimônio do devedor, como se observa nas obrigações de entregar coisa ou pagar quantia) ou por meios coercitivos (execuções indiretas) para forçar o adimplemento da obrigação (exemplo: obrigações de fazer).
II – PRINCÍPIOS (julgue os itens a seguir justificando os falsos)
1. Qualquer resultado no processo de execução que não venha a ser a satisfação da pretensão do exequente irá significar uma extinção anômala da execução diante do princípio do desfecho único. (VERDADEIRO)
2. Diferentemente do processo de conhecimento, o exequente pode desistir da execução sem a necessidade de anuência do executado mesmo que este já tenha sido citado. (VERDADEIRO)
3. Em que pese não ser tão intenso como no processo de conhecimento, o princípio do contraditório está presente na execução, não acerca do direito material anteriormente reconhecido, mas acerca de fatores que o circundam, tais como a avaliação de um bem penhorado. (VERDADEIRO)
4. Mesmo que comprometa a satisfação do crédito do exequente, o princípio da menor onerosidade deve ser obedecido, sob pena de ofender a própria dignidade da pessoa do devedor. (FALSO)
Justificativa: Ainda que se reconheça que a execução deve ser realizada de forma menos onerosa ao devedor, não se pode desprezar o interesse do credor e a eficácia da prestação jurisdicional. Por isso, o princípio da menor onerosidade não pode ser analisado isoladamente. Ao lado dele, há outros princípios informativos do processo de execução, dentre eles, o da máxima utilidade da execução, que visa à plena satisfação do exequente. Cumpre, portanto, encontrar um equilíbrio entre essas forças, aplicando-se o princípio da proporcionalidade, com vistas a buscar uma execução equilibrada, proporcional.
5. Uma vez que o direito se mostra anteriormente reconhecido não sendo suscetível de discussão, na execução não há razão para o exercício do contraditório. (FALSO)
Justificativa: O contraditório na execução será mais limitado, não se discute mais a existência da relação jurídica e não há contestação do pedido executório, no entanto, é possível o exercício do direito de defesa em fatores externos, tais sejam, o valor do débito, cobrança, forma de pagamento, dentre outros...
III – REQUISITOS DA EXECUÇÃO (julgue os itens a seguir justificando os falsos)
1. O título executivo consiste no fato jurídico de reconhecimento de um direito comprovado por meio de um documento. (VERDADEIRO)
2. A liquidez do título extrajudicial não retira a viabilidade de sua execução, desde que no curso do processo se realize a sua liquidação. (FALSO)
Justificativa: Não existe liquidação de títulos executivos extrajudiciais. Se o título for extrajudicial e não for líquido, deve ser proposta uma ação de conhecimento e, na sequência, cumprimento de sentença para aquela decisão.
3. O credor no momento da propositura da execução deve comprovar que o devedor está inadimplente, uma vez que isso se mostra como requisito da execução. (FALSO)
Justificativa: O inadimplemento pressupõe uma situação de inércia culposa do devedor, portanto a ele é que incumbe o ônus da prova em contrário, isto é, a demonstração de que ocorreu o inadimplemento.
4. O ônus da prova quanto à exigibilidade do título executivo é do credor. (VERDADEIRO)
5. A exigibilidade do título executivo se mostra como condição essencial para a sua execução. (VERDADEIRO)
6. A declaração de inconstitucionalidade de lei a qual o juiz se baseou para constituir o título executivo judicial afeta a sua exigibilidade. (VERDADEIRO)
7. O título executivo pode ser substituído por documento hábil que comprove a existência da dívida. (FALSO)
Justificativa: Só é possível a comprovação do título executivo através de prova documental, não se admitindo a cópia do título, ou seja, deve-se obrigatoriamente apresentar o documento original.
8. Um título executivo que apresenta uma condição suspensiva somente será exigível quando tal evento futuro e incerto ocorrer. (VERDADEIRO)
9. Um título subordinado a uma condição suspensiva não pode ser executado em razão da ausência de certeza. (FALSO)
Justificativa: Se o título encontra-se em condição suspensiva a sua não execução decorre da ausência de exigibilidade.
IV – TÍTULOS EXECUTIVOS (julgue os itens a seguirjustificando os falsos)
1. Uma decisão interlocutória pode configurar um título executivo judicial desde que reconheça a exigibilidade de uma obrigação. (VERDADEIRO)
2. O formal de partilha é título executivo judicial inclusive contra terceiros que não participaram do inventário. (FALSO)
Justificativa: O formal de partilha é título executivo judicial oponível somente em face do inventariante, dos herdeiros e dos sucessos a título singular ou universal, o que significa que não serve de título executivo contra terceiros estranhos ao inventário. 
3. Somente as decisões de natureza condenatória podem ser consideradas títulos executivos judiciais. (FALSO)
Justificativa: A decisão que, ainda sem “condenar” o réu ao adimplemento de obrigação, contenha todos os elementos capazes de tornar certa a exigibilidade de certa prestação, é título executivo judicial.
4. O documento público depende da assinatura de, pelo menos, duas testemunhas para configurar título executivo. (FALSO)
Justificativa: Para ter valor de título executivo o documento público deve ser assinado somente pelo devedor. Aquele no qual exige a assinatura do devedor e de pelo menos duas testemunhas para configurar título executivo, é o documento particular.
5. A sentença arbitral é considerada título executivo judicial, desde que homologada pelo Poder Judiciário. (FALSO)
Justificativa: A sentença arbitral não depende de homologação judicial, em razão de sua equivalência às sentenças proferidas pelo Poder Judiciário. Portanto, a sentença arbitral por si só é considerada título executivo judicial.
6. A certidão de dívida ativa está sujeita ao cumprimento da sentença. (FALSO)
Justificativa: A certidão de dívida é um título executivo extrajudicial, portanto está sujeita a instauração do processo de execução.
7. A certidão de dívida ativa, para ser considerada como título executivo, deve ser referendada pelo Poder Judiciário. (FALSO)
Justificativa: A certidão de dívida ativa é título executivo extrajudicial, elencada no inciso IX do art. 784 do CPC, não precisando ser referendada pelo Poder Judiciário.
8. Um contrato garantido por hipoteca prescinde de testemunhas para ser considerado título executivo. (VERDADEIRO)
9. A sentença arbitral está sujeita a instauração de processo de execução, uma vez que constitui um título executivo extrajudicial. (FALSO)
Justificativa: A sentença arbitral produz os mesmos efeitos da sentença judicial proferidas pelos órgãos do Poder Judiciário, e terá força de título executivo judicial sujeita ao cumprimento de sentença.
10. A sentença que reconhece a obrigação de fazer não pode ser considerada título executivo. (FALSO)
Justificativa: Toda decisão proferida que reconhece uma obrigação, seja ela de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa será considerada título executivo judicial, nos termos do art. 515, I do CPC. 
11. A sentença estrangeira depende da homologação para constituir um título executivo judicial com força executiva no Brasil. (VERDADEIRO)
12. Crédito do perito judicial constitui título executivo judicial, desde que homologado pelo juiz. (VERDADEIRO)
13. O crédito documentalmente comprovado de despesas do condomínio, para ser exigido do condômino, deve ser reconhecido por sentença em processo de conhecimento. (FALSO)
Justificativa: O crédito, documentalmente comprovado, decorrente de despesas de condomínio constitui em título executivo extrajudicial, portanto será instaurado diretamente o processo de execução autônomo.
14. O trânsito em julgado é condição essencial para que a sentença penal condenatória seja considerada título executivo judicial. (VERDADEIRO)
15. A falta de liquidez do título extrajudicial impede o sucesso da execução, não impedindo, todavia, que o credor proponha uma ação de conhecimento para ver seu direito reconhecido. (VERDADEIRO)
16. Compete ao juízo cível processar o cumprimento de sentença penal condenatória e de sentença arbitral que reconheçam a obrigação de pagar quantia. Tais processos sujeitam-se a distribuição e podem ser impugnados pelos executados nos mesmos moldes das sentenças condenatórias provenientes do juízo cível. (VERDADEIRO)
17. O cumprimento da sentença penal condenatória exige a instauração do processo no juízo cível por meio de petição inicial. (VERDADEIRO)
18. Uma dívida documentalmente comprovada de aluguel permite a instauração de ação de execução autônoma para se exigir as prestações não pagas. (VERDADEIRO)
19. O acordo extrajudicial consiste em título executivo extrajudicial mesmo que homologado em juízo. (FALSO)
Justificativa: Nos termos do art. 57 da Lei nº 9.099/95, que dispõe sobre os Juizados Especiais, o acordo extrajudicial, de qualquer natureza ou valor, poderá ser homologado, no juízo competente, independentemente do termo, valendo a sentença como título executivo judicial.
V – LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA (julgue os itens a seguir justificando os falsos)
1. Para o cálculo dos juros de mora impostos por uma sentença condenatória não há a necessidade de se efetivar a sua liquidação. (VERDADEIRO)
2. Nada impede que, para a apreciação dos fatos novos na liquidação, seja reapreciada questão que foi objeto da fase cognitiva. (FALSO)
Justificativa: Na liquidação de sentença não se rediscute o mérito do processo nem se modifica a sentença, apenas apura fatos exclusivamente para encontrar o valor devido.
3. Via de regra os processos de conhecimento exigem a fase de liquidação de sentença para a realização do seu cumprimento. (FALSO)
Justificativa: A fase de liquidação deve ser excepcional, pois é dever das partes e do juízo a determinação da extensão da obrigação desde logo, nos termos do art. 491 do CPC. Ou seja, deverá decorrer à liquidação de sentença quando não for possível determinar, de modo definitivo, o montante devido ou quando a apuração deste valor depender da produção de prova de realização demorada ou excessivamente dispendiosa.
4. Caso o juiz criminal não tenha imposto o valor da indenização devida pelo acusado, o credor poderá instaurar diretamente o cumprimento da sentença para que o juiz faça o arbitramento da importância devida. (FALSO)
Justificativa: O cumprimento de sentença não poderá ser instaurado se o título executivo judicial, neste caso a sentença penal condenatória com trânsito em julgado, contemplar obrigação ilíquida, caso em que, antes de se requerer a execução, haverá necessidade de ser instaurado módulo procedimental para sua liquidação. Nesse passo, a finalidade da liquidação é atribuir um valor ao título executivo que contempla uma obrigação ilíquida. Portanto, diante do fato apresentado, o pedido de cumprimento de sentença a ser formulado perante o Juízo Cível competente deverá ser precedido de liquidação. 
5. Decisões judiciais subordinadas à condição suspensivas estão sujeitas à liquidação de sentença. (FALSO)
Justificativa: Liquidação de sentença é para aquelas decisões judiciais que não são líquidas. Diferentemente, daquelas decisões judiciais subordinadas à condição suspensiva que estão relacionadas à falta de exigibilidade.
6. A liquidação da sentença que condena o réu a pagar o valor correspondente a 10% da remuneração do autor por um período de cinco anos deverá ser realizada por arbitramento. (FALSO)
Justificativa: Diante da situação fática, presume-se que seja necessário somente mero cálculo aritmético, o que não retira a liquidez do título. E mesmo que se entenda que precise de liquidação diante do caso apresentado, a liquidação não seria feita por arbitramento, seria pelo procedimento comum, pois teria a necessidade de apurar fatos novos.
7. Caso os pedidos de A sejam julgados procedentes e a sentença condene B em quantia ilíquida, a liquidação poderá ocorrer tanto a requerimento de A quanto de B, sendo certo que se dará pelo procedimento comum quando houver a necessidade de alegar ou provar fato novo. (VERDADEIRO)
8. A decisão do juiz que resolve a liquidação de sentença apresenta natureza jurídica de decisão interlocutória. (VERDADEIRO)
9. A decisão judicial que depende da apuração dos cálculospara se chegar ao valor devido depende de liquidação pelo procedimento comum. (FALSO)
Justificativa: A sentença não é ilíquida se a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, de modo que também pode ser promovido o cumprimento da sentença de imediato.
10. A dependência de fato novo para a apuração do valor da condenação exige a liquidação de sentença seguindo o procedimento comum. (VERDADEIRO)
11. A liquidação consiste no procedimento para conferir ao título judicial liquidez através de um arbitramento ou seguindo o procedimento comum. (VERDADEIRO)
12. Uma liquidação de sentença realizada pelo procedimento comum não poderá dar o resultado zero, uma vez que ofenderia a coisa julgada. (FALSO)
Justificativa: Admite-se a possibilidade de o juiz declarar líquida a obrigação no montante zero. Ocorrerá, por exemplo, quando ajuizada liquidação pelo procedimento comum de sentença penal condenatória e colhidas todas as provas, o juiz concluir que a vítima não sofreu dano nenhum, não teve nenhum prejuízo, nenhuma despesa.
VI – LEGITIMIDADE (julgue os itens a seguir justificando os falsos)
1. O fiador, por não ser o devedor principal indicado no título executivo, não pode figurar o polo passivo de uma execução sem que a dívida tenha sido exigida inicialmente do devedor originário. (FALSO)
Justificativa: O fiador do débito constante no título poderá figurar o polo passivo da execução, sem o devedor principal, basta que renuncie seu benefício de ordem. Se o fiador renuncia do benefício de ordem, o credor poderá cobrar dele, sem que tenha cobrado primeiramente do devedor originário.
2. O herdeiro apresenta legitimidade ativa ordinária superveniente para prosseguir na execução proposta pelo credor que veio a óbito. Podendo, também, instaurar o processo de execução se este não o realizou. (VERDADEIRO)
3. O credor apresenta legitimidade ordinária primária para a propositura da execução. (VERDADEIRO)
4. O fiador não apresenta legitimidade para ocupar o polo passivo no cumprimento da sentença se este não participou da fase de conhecimento. (VERDADEIRO)
5. O Ministério Público somente apresenta legitimidade extraordinária para a execução nos casos previstos em lei. (VERDADEIRO)
6. Para que o novo devedor tenha legitimidade passiva para a execução há a necessidade que a assunção de dívida se aperfeiçoe com a anuência da parte credora. (VERDADEIRO)
7. O sub-rogado apresenta legitimidade para prosseguir na execução no mesmo polo em que se encontrava enquanto devedor. (FALSO)
Justificativa: É importante observar que, enquanto devedor possuirá legitimidade passiva, ao pagar a dívida se sub-roga nos direitos de credor, virando sub-rogado adquire legitimidade ativa. Há uma troca de polo.
8. Os herdeiros apresentam legitimidade passiva limitada ao quinhão hereditário que possam receber. (VERDADEIRO)
9. O cessionário somente apresenta legitimidade para suceder o credor originário no processo de conhecimento caso a parte contrária assim consinta, salvo se tal sucessão se der na fase de cumprimento da sentença. (VERDADEIRO)
10. O responsável tributário apresenta legitimidade ativa para exigir do devedor o adimplemento da obrigação tributária. (FALSO)
Justificativa: O responsável tributário tem legitimidade passiva para ser executado pelo fisco.
11. A legitimidade ativa ordinária superveniente está restrita à propositura da execução, não podendo substituir o exequente nos processos já instaurados. (FALSO)
Justificativa: Em conformidade com o disposto no art. 778 do CPC, aqueles que ocupam o polo passivo superveniente podem promover a execução forçada, ou nela prosseguir, em sucessão ao exequente originário.
VII – RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL (julgue os itens a seguir justificando os falsos)
1. Dívidas para a aquisição do bem de família não podem acarretar sua penhora. (FALSO)
Justificativa: É lícita a penhora do único imóvel do devedor para pagamento do crédito de financiamento de construção ou aquisição do próprio imóvel, nos termos do art. 3º da Lei nº 8.009/90.
2. Em prol da dignidade da pessoa humana o salário consiste em verba impenhorável para pagamento de dívidas de natureza alimentícia. (FALSO)
Justificativa: Via de regra, o salário é impenhorável, contudo, há exceções, tais sejam: a) para pagamento de pensão alimentícia; e b) quando o salário do devedor exceder a 50 (cinquenta vezes) o valor do salário-mínimo.
3. Os materiais utilizados para o exercício da profissão não estão sujeitos à penhora. (VERDADEIRO)
4. Bens dos sócios apresentam responsabilidade patrimonial secundária naqueles casos previstos em lei. (VERDADEIRO)
5. Bens alienados em fraude contra credores apresentam responsabilidade patrimonial secundária. (FALSO)
Justificativa: Os bens alienados em fraude contra credores apresentam responsabilidade patrimonial primária, pois o sujeito que detém o débito terá o patrimônio sujeito ao cumprimento da obrigação.
6. Os bens do cônjuge apresentam responsabilidade patrimonial secundária pelas dívidas contraídas à bem da família. (VERDADEIRO)
7. Os bens do devedor quando em poder de terceiros apresentam responsabilidade patrimonial secundária. (FALSO)
Justificativa: Os bens do devedor, ainda que em poder de terceiros, serão caso de responsabilidade patrimonial primária. Ressalte-se que ainda em posse de terceiros, o bem permanece sendo do devedor, situação na qual estão ressalvados os direitos do possuidor.
8. Valores superiores a quarenta salários mínimos estão sujeitos à penhora para pagamento de dívida. (VERDADEIRO)
9. Os bens do devedor respondem pelo adimplemento de suas obrigações, salvo nos casos em que a lei afasta tal responsabilidade primária. (VERDADEIRO)
10. Os bens do fiador apresentam responsabilidade patrimonial secundária. (FALSO)
Justificativa: A fiança tem condão de estender ao patrimônio do fiador a responsabilidade sobre a execução. Assim, estarão os bens do fiador sujeitos à execução na hipótese de os bens do devedor serem insuficientes. Portanto, os bens do fiador apresentam responsabilidade patrimonial primária.
11. Os bens dos sócios respondem pelas dívidas da empresa, salvo nos casos previsto em lei. (FALSO)
Justificativa: Nos termos do art. 795 do CPC, os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade, senão nos casos previstos em lei.
12. Em geral, o alcance do patrimônio dos sócios ou responsáveis depende da desconsideração da personalidade jurídica. (VERDADEIRO)
13. Os materiais de construção de uma obra podem ser penhorados, mesmo que o imóvel seja impenhorável. (FALSO)
Justificativa: São impenhoráveis apenas os materiais que possuírem qualidade de móveis, sejam os destinados à construção, porém ainda não utilizados, sejam os provenientes da demolição de algum prédio. De modo diverso, caso a própria obra seja objeto de penhora, haverá a penhorabilidade plena desses materiais.
VIII – FRAUDE A EXECUÇÃO (julgue os itens a seguir justificando os falsos)
1. Para se alcançar o bem objeto de uma fraude à execução não há a necessidade da propositura da ação pauliana. (VERDADEIRO)
2. A alienação em fraude à execução deixa o negócio anulável. (FALSO)
Justificativa: O ato de disposição fraudulento, no curso do processo, é considerado ineficaz ante o exequente. Assim, não se tratando de ato nulo ou anulável (mas, ineficaz), o negócio jurídico fraudulento gera pleno efeito entre alienante e adquirente, mas não poderá ser oposto ao exequente.
3. De acordo com o Novo CPC, o ônus de provar a boa-fé é do terceiro, quando o bem não está sujeito a registro. (VERDADEIRO)
4. A alienação em fraude à execução se mostra válida, todavia sem eficácia ao credor. (VERDADEIRO)
5. Mesmo demonstrada a boa-fé do terceiro, o bem alienado após a citação do devedor poderá ser alcançado pelo credor. (FALSO)
Justificativa: A alegada boa-fé do terceiro busca conduzir à inocorrência de consilium fraudis, o que descaracterizaria a fraude à execução.
6. É exigida a propositura de ação pauliana para se alcançar o bem alienado em fraude contra credores. (VERDADEIRO)
7. A alienação em fraude contracredores deixa o negócio jurídico anulável. (VERDADEIRO)
8. A averbação da demanda no registro do imóvel faz com que se presuma a fraude de execução de sua alienação após tal ato. (VERDADEIRO)
9. Se a alienação ocorre antes do devedor ser devidamente citado, tal ato não configura fraude à execução. (VERDADEIRO)
10. O bem alienado em fraude à execução apresenta responsabilidade patrimonial secundária. (VERDADEIRO)
IX – COMPETÊNCIA (julgue os itens a seguir justificando os falsos)
1. Os títulos executivos extrajudiciais são executados no foro do domicílio do devedor. (FALSO)
Justificativa: Via de regra, os títulos executivos extrajudiciais serão instaurados no juízo cível que seria competente para ação de conhecimento sobre a matéria em questão.
2. A sentença penal condenatória é levada para cumprimento da sentença no próprio juízo que prolatou a decisão. (FALSO)
Justificativa: No caso de sentença penal condenatória, a primeira fase do processo será realizada no juízo criminal, porém a segunda fase, ou seja, na fase do cumprimento da sentença, será realizada no juízo cível que seria competente para conhecer da ação de conhecimento sobre a matéria.
3. O cumprimento da sentença arbitral se dá junto ao juízo que seria competente para conhecer da ação de conhecimento sobre o tema em questão. (VERDADEIRO)
4. A sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça será executada junto ao juízo federal de primeira instância. (VERDADEIRO)
5. Via de regra, o juízo competente para o cumprimento de sentença é o mesmo que presidiu a fase cognitiva. (VERDADEIRO)
X – OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER (julgue os itens a seguir justificando os falsos)
1. Quando a obrigação for fungível, o credor pode exigir que outro seja escolhido para cumpri-la à custa do executado. (VERDADEIRO)
2. As astreintes impostas são revertidas para o Poder Judiciário quando o devedor não adimple com sua obrigação no prazo fixado pelo juiz. (FALSO)
Justificativa: As astreintes não objetivam punir, e sim reforçar o cumprimento de uma obrigação. Ademais, elas são fixadas exclusivamente em relação ao demandado e em prol do credor da prestação discutida no processo, razão pela qual as astreintes sempre se revertem em favor do credor.
3. Na execução da obrigação de fazer ou não fazer imposta em título executivo extrajudicial, há a possibilidade de imposição das astreintes para forçar o devedor a cumprir com sua obrigação. (VERDADEIRO)
4. A execução em razão do inadimplemento de uma obrigação de não fazer segue o mesmo procedimento das execuções em razão de uma obrigação de fazer, uma vez que o objetivo do credor será o desfazimento daquilo que não era permitido pelo título executivo, salvo nos casos em que tal desfazimento se mostra impossível, restando ao credor reivindicar perdas e danos. (VERDADEIRO)
5. A indenização por perdas e danos em razão da inadimplência do devedor em cumprir com sua obrigação de fazer é apurada por liquidação seguindo-se de execução por quantia certa devendo ser instaurado um outro processo para tanto. (FALSO)
Justificativa: Não satisfeita a obrigação, o valor das perdas e danos será apurado em liquidação, de fato, seguindo-se o processo para execução da obrigação de pagar quantia certa, ressaltando que será feito no mesmo processo.
6. Para a execução de uma obrigação de não fazer imposta em título executivo extrajudicial é imprescindível a citação do devedor. (VERDADEIRO)
XI – QUESTÕES DA OAB/ENAD/CONCURSOS:
1. Magno ajuizou ação de execução em face de Maria, alegando ser credor da quantia de R$ 28.000,00. A obrigação está vencida há 50 dias, não foi paga e está representada por contrato particular de mútuo, regularmente originado em país estrangeiro, assinado pelos contratantes e por duas testemunhas, estando indicada, para cumprimento da obrigação, a cidade de Salinas/MG. Após despacho positivo proferido pelo Juiz da Vara Cível de Salinas/MG, Maria foi citada, bem como houve penhora eletrônica de quantia existente em caderneta de poupança de titularidade da devedora, sendo a quantia suficiente para suportar 80% da dívida executada. A quantia penhorada foi depositada na caderneta de poupança 10 dias antes do ajuizamento da execução, sendo que Maria possui dois veículos que poderiam ter sido penhorados. A partir dos elementos do enunciado, considerando as regras do CPC/15, assinale a afirmativa correta.
( ) a) Antes do ajuizamento da ação de execução, exige-se que Magno proceda à homologação do título executivo originado em país estrangeiro.
( ) b) Maria poderá alegar a inexistência de título executivo extrajudicial apto a instruir a ação de execução.
( x ) c) A penhora recaiu sobre quantia impenhorável.
( ) d) O juiz deve manter a penhora sobre a quantia depositada e seus rendimentos.
Justificativa: De início, é necessário fazer algumas operações matemáticas. O equivalente a 80% do valor da obrigação cobrada em juízo, de R$ 28.000,00, corresponde a R$ 22.400,00 (vinte e dois mil e quatrocentos reais), valor este que, por sua vez, corresponde a, aproximadamente, 25 (vinte e cinco) salários mínimos. Estas operações são necessárias porque a lei processual determina que a quantia depositada em caderneta de poupança é impenhorável até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos (art. 833, X, CPC/15). Por isso, tendo a penhora eletrônica realizada pelo juízo recaído sobre bem considerado impenhorável, deve ela ser desfeita.
2. Ronaldo tem um crédito de R$ 20.000,00 com Celso. O referido crédito foi proveniente de contrato de mútuo celebrado entre as partes, subscrito por duas testemunhas. Apesar do vencimento da obrigação, Celso não cumpre o avençado. Ronaldo propõe ação de execução para o adimplemento da obrigação, restando evidenciado que Celso efetivamente doou seus únicos bens (automóveis) para Jorge antes da propositura da ação.
De acordo com as informações constantes no caso, responda aos itens a seguir:
a) É possível identificar algum vício na doação dos bens (automóveis)?
Resposta: Sim. Diante do caso em comento, identifica-se a fraude contra credores, visto que a doação dos únicos bens reduz o devedor à insolvência, consoante ao que preceitua o art. 158 do Código Civil.
b) Indique o instrumento processual do qual Ronaldo pode se valer para permitir que os bens doados possam ser expropriados na execução proposta. Fundamente a resposta com os dispositivos legais pertinentes.
Resposta: O credor poderá se valer de ação pauliana ou ação revocatória, em conformidade com o art. 161 do Código Civil.
3. No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou não fazer, para a efetivação da tutela específica, o juiz poderá,
( x ) a) de ofício ou a requerimento, impor multa, em decisão passível de cumprimento provisório, permitindo-se o levantamento do valor após o trânsito em julgado da sentença favorável à parte.
( ) b) desde que a requerimento da parte, determinar busca e apreensão de pessoas e coisas, cujo mandado será cumprido por um oficial de justiça.
( ) c) de ofício ou a requerimento, impor multa, em decisão passível de cumprimento provisório, permitindo-se o levantamento imediato do valor, independentemente do trânsito em julgado da sentença favorável à parte.
( ) d) desde que a requerimento, impor multa, em decisão passível de cumprimento provisório, permitindo-se o levantamento imediato do valor, independentemente do trânsito em julgado da sentença favorável à parte.
( ) e) desde que a requerimento da parte, impor multa que será devida desde o dia em que se configurar o descumprimento, até a prolação da sentença.
Justificativa: O art. 536 do CPC é bem claro em estabelecer que no cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente. Em complemento, os §§ 1º e 3º do referido artigo, traz a imposição de multa como uma dessas medidas, ressaltando que a decisão que fixa a multa é passível de cumprimento provisório, devendo ser depositadaem juízo, permitido o levantamento do valor após o trânsito em julgado da sentença favorável à parte.
4. A tutela específica das obrigações de fazer ou não fazer consiste:
( ) a) na vedação a que o juiz profira sentença de natureza diversa da que pedida, ou condene o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
( ) b) na concessão da tutela liminarmente sempre que relevante o fundamento da demanda e havendo receio de ineficácia do provimento final.
( ) c) na conversão, de plano, em perdas e danos, verificado o descumprimento pelo devedor.
( x ) d) no poder atribuído ao juiz para que determine as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras, impedimento de atividade nociva com requisição, sempre que necessário, de força policial.
Justificativa: Conforme preceitua o art. 536, caput e §1º do CPC: o cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a imposição de multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o impedimento de atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de força policial.
XII – QUESTÕES SUBJETIVAS
1. O MM Juiz condenou o réu a pagar pelas despesas médicas que o autor terá em seu tratamento. Transitada em julgado a decisão, o autor instaurou a liquidação de sentença sendo que, após a apresentação das provas para comprovar os fatos novos trazidos ao processo, o juiz proferiu decisão considerando que o valor devido seria igual a zero. Agiu corretamente o juiz? Justifique sua resposta.
Resposta: Sim. A liquidação de sentença pelo procedimento comum, admite a possibilidade de o juiz declarar líquida a obrigação com resultado zero. Tal fato é possível, observando o caso concreto, em razão dos fatos novos trazidos ao processo fazerem o juiz chegar a conclusão de que não houve despesas.
2. O MM Juiz condenou o réu a pagar as prestações, cujo valor unitário é de R$ 1.000,00, vencidas durante o processo de conhecimento, além de atualização monetária e juros de mora de 1% ao mês a partir da citação. Condenou ainda o réu a pagar o valor correspondente a 20% da remuneração mensal líquida do autor dos anos de 2011 e 2012 de acordo com os demonstrativos de pagamento presentes nos autos. Transitada em julgado a decisão, o autor instaurou cumprimento da sentença sendo que, após a análise da petição autoral, o juiz indeferiu a instauração do cumprimento alegando que havia a necessidade de se apurar o valor devido por meio de liquidação. Agiu corretamente o juiz? Justifique sua resposta.
Resposta: Não. No caso em tela, não há necessidade de instaurar liquidação de sentença, pois a dependência de mero cálculo aritmético não retira a liquidez do título.
3. O MM Juiz condenou o réu a pagar pela prestação de serviços advocatícios realizados pelo autor. Transitada em julgado a decisão, o autor instaurou a liquidação de sentença. O juiz verificando que, para a apuração do valor devido não haveria a necessidade de apuração de fatos, determinou a nomeação de um perito para indicar o valor a ser imposto. Após a apresentação do relatório do perito nomeado, o juiz proferiu decisão considerando que o valor devido seria igual a zero, uma vez que os referidos serviços não tinham valor econômico. Agiu corretamente o juiz? Justifique sua resposta.
Resposta: Não. No caso em comento, observa-se que a liquidação de sentença instaurada foi por arbitramento, em decorrência da nomeação de perito e da não necessidade de apuração de fatos novos. Desse modo, é importante ressaltar que o valor devido, nos casos de liquidação de sentença por arbitramento, nunca poderá ser igual a zero.
4. José realizou um contrato de prestação de serviços contábeis com Manoel. No pacto ficou avençado que Manoel iria realizar uma auditória em uma empresa, apresentando seu relatório em seis meses. Em contrapartida José iria pagar a quantia de R$ 100.000,00, sendo que R$ 30.000,00 foram pagos no momento da assinatura do contrato e o restante seriam pagos no momento da assinatura do contrato e o restante seriam pagos quando da apresentação do referido relatório. Todavia, passados mais de um ano, Manoel não cumpriu com sua obrigação. Com o objetivo de forçar o adimplemento, José ingressou em juízo em desfavor de Manoel exigindo a tutela específica da obrigação de fazer o que foi deferida pelo Juiz, determinando a apresentação do relatório em três meses, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 limitado ao valor de R$ 10.000,00. Após transcorrido o prazo fixado pelo juiz e o período de imposição das astreintes, José peticionou requerendo a escolha de um terceiro para a realização do serviço em tela. Foi então escolhido João que realizou o serviço pela quantia de R$ 300.000,00 (melhor proposta apresentada). Após o adimplemento da obrigação de fazer o efetivo pagamento a João, José requereu o seguimento do processo para a execução dos valores devidos por Manoel. Com base nos dados do texto, qual o montante devido por Manoel no processo? Justifique sua resposta.
Resposta: O montante devido por Manoel no processo é de R$ 240.000,00. Diante da situação fática, José gastou com João (terceiro): R$ 300.000,00; em contrapartida, havia adiantado ao Manoel (devedor) o valor de R$ 30.000,00, resultando, assim, no total de R$ 330.000,00. Por outro lado, o valor previsto no contrato, inicialmente, era o de R$ 100.000,00, razão pela qual os prejuízos que recaíram à José totalizam R$ 230.000,00. Por outro lado, Manoel por não ter adimplido a obrigação no prazo estipulado pelo juiz, acumulou o valor de R$ 10.000,00 de multa. Somando os prejuízos do credor e o valor acumulado da multa, o montante devido será de R$ 240.000,00.
5. Fulano propôs ação indenizatória pleiteando a condenação de Ciclano a pagar o valor de R$ 2.000.000,00, demanda esta capaz de reduzir o réu a insolvência. Ao final da fase cognitiva o juiz proferiu sentença julgando totalmente procedente o pedido. Transitado em julgado e instaurado o cumprimento da sentença, na busca de bens do devedor, Fulano descobriu que o réu alienou um bem móvel não sujeito a registro a Beltrano no curso do processo em questão onde já havia completada a relação processual. Diante de tal fato Fulano peticionou ao juiz no sentido de alcançar o referido bem de propriedade de Beltrano. Intimado a falar acerca do pedido de Fulano, Ciclano afirmou que não havia irregularidade no referido negócio, uma vez que não estava insolvente à época da transação e que a venda foi realizada a um valor de mercado, mesmo Beltrano sendo irmão. Beltrano intimado reforçou as argumentações de Ciclano. O juiz indeferiu o pedido autoral por não estar configurada a fraude à execução porque Fulano não se desincumbiu do ônus de provar a má-fé de Beltrano e, também, argumentando que, em que pese a nulidade presente na alienação, o móvel seria de propriedade de Beltrano que não é devedor no processo. Diante disso, para conseguir alcançar o bem, haveria a necessidade de se anular o negócio jurídico realizado por meio da propositura de uma ação pauliana. Agiu corretamente o juiz? Justifique sua resposta.
Resposta: Não. A ação pauliana somente é cabível em fraude contra credores, porém, o caso concreto configura a fraude à execução, porque a alienação do bem se deu após a citação do devedor. No caso de aquisição de bem não sujeito a registro, o terceiro adquirente tem o ônus de provar que adotou as cautelas necessárias para a aquisição, e não o credor.

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