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Dr. Zilmar Ferreira Freitas Teórico: Esteban Lewin Disciplina: CLINICA PSICOMOTORA A Clinica Psicomotora - O Corpo na Linguagem Autor: Levin, Esteban Editora: Vozes Categoria: Psicologia / Psicologia A psicomotricidade inaugura uma nova visão dentro do contexto do desenvolvimento psicomotor: ela vai além da definição de corpo como mera ferramenta biomecânica ou como ser puramente emocional. Ela não só abarca o discurso psicomotor como ampla a profundidade do complexo horizonte dos problemas da criança Prof. Dr. Esteban Levin Argentino. Um dos grandes nomes atuais no tratamento transdisciplinar. Psicólogo, psicomotricista, psicanalista, professor de curso de pós-graduação da Faculdade de Psicologia de Buenos Aires. Assessor e supervisor clínico em Hospitais Dia e em serviços interdisciplinares com crianças com plurideficiências. Professor em diferentes universidades na América Latina (Buenos Aires) e Espanha (Barcelona). Autor de numerosos artigos publicados em revistas especializadas da Argentina, América Latina e Europa além da autoria de inúmeros livros, traduzidos para português. O que é Psicomotricidade? http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com/-TJSZicscSWI/Tajq5slQ0yI/AAAAAAAAAG8/4irJthVy-9A/s1600/livros-pedagogicos-para-bebes.jpg&imgrefurl=http://psicomotricidadesantista.blogspot.com/feeds/posts/default&usg=__byZtkHx7ToLA1sEpNw7sAOc1dk0=&h=440&w=660&sz=66&hl=pt-BR&start=8&zoom=1&tbnid=U9NUXUhM_7uxeM:&tbnh=92&tbnw=138&ei=Fh0PT7PrE6ag2gWVvry3Ag&prev=/search%3Fq%3Dbebes%2Bfazendo%2Bexercicios%2Bpsicomotricidade%26hl%3Dpt-BR%26tbm%3Disch&itbs=1 PSICO MOTRICIDADE Social Afetiva Cognitiva Atividade dinâmica Movimento do corpo Base neurofisiológica PSICOMOTRICIDADE Significado: PSICO: Intelectual, cognitivo emocional, afetivo, mental e neurológico. MOTRICIDADE: Movimento, ato, ação, gesto. PSICOMOTRICIDADE é a realização de um pensamento através de um ato motor coeso, econômico e harmonioso, exigindo para isso uma afetividade equilibrada. É a educação do movimento com atuação sobre o intelecto, numa relação entre pensamento e ação, englobando funções neurofisiológicas e psíquicas. (José Coelho) Prática que tem como eixo central o movimento e o corpo de um sujeito desejante. (Levin e Steban) PSICOMOTRICIDADE Definições Conceituais PSICOMOTRICIDADE Mendes e Fonseca (1988) a psicomotricidade é utilizada para detectar dificuldades de aprendizagem pela análise do desempenho da criança, a história de experiência lúdico-motora e o perfil de adaptabilidade em cada etapa do desenvolvimento. Gualberto (2003) a psicomotricidade surge como um alicerce sensório-perceptivo-motor PSICOMOTRICIDADE Educação e Reeducação Psicomotora Organização Motora, Cognitiva, Afetiva e Social De Meur e Staes (1984) a psicomotricidade evoluiu ao longo do tempo. Área do conhecimento que visa destacar a relação existente entre a motricidade, a mente e a afetividade e facilitar a abordagem global da criança por meio de uma técnica.(De Meur e Staes) Desenvolvimento motor Desenvolvimento motor e intelectual Habilidades manuais e desempenho em função da idade Lateralidade, estrutura espacial, orientação temporal, noção do corpo e autoconfiança. Outras Definições Importantes: ROSSEL: Educação psicomotora é a educação do controle mental e da expressão motora. AJURIAGUERRA: É a realização do pensamento através de um ato motor preciso, econômico e harmonioso. VAYER: É a educação da integridade do ser, através do seu corpo. HURTADO: É a ciência da educação que enfoca a unidade indivisível do homem (constituída pela soma e psique), educando o movimento ao mesmo tempo que põe em jogo as funções intelectuais. COSTALLAT: É a ciência da educação que realiza o enfoque integral do desenvolvimento nos aspectos: físico, psíquico e intelectual de maneira harmoniosa. LE BOULCH: Tem por finalidade assegurar o desenvolvimento funcional, tendo em conta as possibilidades das crianças e ajudar sua afetividade a expandir-se e equilibrar-se através do intercâmbio com o ambiente humano. NEGRINE: Sua finalidade é promover através de uma ação pedagógica o desenvolvimento de todas as potencialidades da criança, objetivando o equilíbrio biopsico-social. WALLON: Propicia o estudo da função tônica da musculatura e sua relação com o emocional. PIAGET: Essa ciência trata da relação entre o homem, seu corpo, o meio físico e sóciocultural na qual convive. A psicomotricidade é importante: na prevenção, no tratamento das dificuldades sensório-motoras e na exploração do potencial ativo da criança PSICOMOTRICIDADE O que é a Clínica Psicomotora? http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.bagozzi.edu.br/imagens/blocos/conteudos/nivel4/45624/1.jpg&imgrefurl=http://www.bagozzi.edu.br/portal/2-12-92/niveis-de-ensino-educacao-infantil-periodos&usg=__2E-9MG_UFGo38QLQdZjqkb7oALQ=&h=453&w=604&sz=41&hl=pt-BR&start=15&zoom=1&tbnid=m3hd5F6d4V14XM:&tbnh=101&tbnw=135&ei=Fh0PT7PrE6ag2gWVvry3Ag&prev=/search%3Fq%3Dbebes%2Bfazendo%2Bexercicios%2Bpsicomotricidade%26hl%3Dpt-BR%26tbm%3Disch&itbs=1 http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.dtonetti.com.br/blog/wp-content/uploads/2011/05/bebes6.jpg&imgrefurl=http://www.dtonetti.com.br/blog/%3Fp%3D1551&usg=__D4A570qCROt9kmCi9g4he-D-tp4=&h=373&w=560&sz=38&hl=pt-BR&start=30&zoom=1&tbnid=-vbmklfe-xexrM:&tbnh=89&tbnw=133&ei=iB0PT8r1EKKC2AX2-dyAAw&prev=/search%3Fq%3Dbebes%2Bfazendo%2Bexercicios%2Bpsicomotricidade%26start%3D20%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26tbm%3Disch&itbs=1 CLINICA PSICOMOTORA É aquela na qual o eixo é a transferência e, nela, o corpo real, imaginário e simbólico é dado a ver ao olhar do psicomotricista (terapeuta com formação em psicomotricidade). http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.faprender.org/assets/images/psicomotricidade.jpg&imgrefurl=http://www.fundacaoaprender.org.br/cursos-de-pos-graducaoaperfeicoamento&usg=__X-neK4VFCU1eHruhaTzqUPvX97c=&h=352&w=352&sz=46&hl=pt-BR&start=8&zoom=1&tbnid=ZtuaY9vmeMpelM:&tbnh=120&tbnw=120&ei=YygOT92FNoryggeTqpzCBw&prev=/search%3Fq%3Dclinica%2Bpsicomotora%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26gbv%3D2%26tbm%3Disch&um=1&itbs=1 O sujeito diz com o seu corpo, com sua motricidade, com seus gestos, e, portanto, espera ser olhado e escutado na transferência desde um lugar simbólico. Esta concepção de sujeito, como veremos adiante, implica um corte que o lança a uma divisão no real, no imaginário e no simbólico. O Corpo na Clínica Psicomotora O Corpo Fala - A Linguagem Silenciosa da Comunicação Não- verbal" tenta desvendar a comunicação não- verbal do corpo humano. O livro é indicado para profissionais de qualquer área, ou seja, para todo o ser humano. O Corpo: Seu significado e sua história A palavra corpo teve sua origem: Do sânscrito garbhas que significa embrião... Do grego kapós que significa fruto, semente, envoltura... Do latim corpus que significa tecido de membros, envoltura da alma, embrião do espírito... O uso hábil do corpo foi importante na história da espécie humana durante milhares de anos, atingindo o seu apogeu na cultura grega e no ocidente durante a era clássica. A beleza da forma humana foi ressaltada através da arte e do atletismo. Havia preocupação nas atividades físicas em desenvolver um corpo perfeito, proporcional e gracioso em todos os seus movimentos, no seu equilíbrio e na sua tonicidade. http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.portalsmo.com.br/content/img/upload/publicacoes/thumb_575x500/3ca6210311ff190a77d7e05c8d305dda.jpg&imgrefurl=http://www.portalsmo.com.br/portal/publicacoes/ler/5478/1/cabelo%2Bde%2Bbebe.html&usg=__RKXw-JyN8dubr92bfY64FQsdf18=&h=460&w=575&sz=32&hl=pt-BR&start=15&zoom=1&tbnid=49N3IwOy6JN-0M:&tbnh=107&tbnw=134&ei=vx4PT4jXBYPG2wXtk-HPAg&prev=/search%3Fq%3Do%2Bcorpo%2Bde%2Bum%2Bbebe%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26tbm%3Disch&itbs=1 A dicotomização existente entre o corpo e a alma foi estabelecida por René Descartes no séc. XVII. Na concepção cartesiana, o corpo seria algo externo não pensante. Seria o depositário da alma, e a alma seria a substância pensante por excelência. Para Descartes, a alma não executa nenhum tipo de participação naquilo que pertence ao corpo e vice-versa. http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.guiame.com.br/images_materia/materia/x923.jpg&imgrefurl=http://www.guiame.com.br/v4/91501-1706-Cabelo-de-beb-.html&usg=__p_qo-ZTtpIkRQwtrJ2l82P75BJ4=&h=300&w=300&sz=25&hl=pt-BR&start=11&zoom=1&tbnid=-S1g-8jpUB8AIM:&tbnh=116&tbnw=116&ei=vx4PT4jXBYPG2wXtk-HPAg&prev=/search%3Fq%3Do%2Bcorpo%2Bde%2Bum%2Bbebe%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26tbm%3Disch&itbs=1 As atividades de raciocínio e as atividades físicas são tradicionalmente percebidas em nossa cultura de formas distintas e estanques. A valorização das atividades mentais em detrimento das atividades físicas é um fenômeno ainda presente na civilização ocidental. http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://bebegravidez.com/wp-content/uploads/2011/07/Lavar-o-cabelo-do-beb%C3%AA.jpg&imgrefurl=http://bebegravidez.com/page/15/&usg=__zYnwq5gVI3al5omH7dLZXj3JNig=&h=320&w=480&sz=31&hl=pt-BR&start=60&zoom=1&tbnid=NrlVFQo6CfphbM:&tbnh=86&tbnw=129&ei=Kh8PT_vfOLTs2AWX8cW2Ag&prev=/search%3Fq%3Do%2Bcorpo%2Bde%2Bum%2Bbebe%26start%3D40%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26tbm%3Disch&itbs=1 Estudos psicológicos do desenvolvimento humano demonstraram a importância do uso do corpo no desenvolvimento cognitivo da criança. A partir de então a relação entre corpo e mente vem sendo alvo de inúmeros estudos e indagações. http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://bebegravidez.com/wp-content/uploads/2011/05/A-massagem-ben%C3%A9fica-para-os-beb%C3%AAs.jpg&imgrefurl=http://bebegravidez.com/a-massagem-benefica-para-os-bebes/&usg=__2jmXWjvw4zIkvlyFepQ3GZuAB0o=&h=336&w=480&sz=35&hl=pt-BR&start=66&zoom=1&tbnid=pqax8gR2WLtKmM:&tbnh=90&tbnw=129&ei=Sh8PT_W5HOTe2AWnndzDAg&prev=/search%3Fq%3Do%2Bcorpo%2Bde%2Bum%2Bbebe%26start%3D60%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26tbm%3Disch&itbs=1 O corpo possui uma função social, pois antes de tudo é uma imagem, uma representação de si, que veicula significados e produz sentidos. Não consegue se restringir à dimensão biofiosiológica, pois é um objeto simbólico socialmente construído, partilhado e sustentado em diferentes culturas e sociedades (PERUZZOLO, 1998). Assim, as diferentes formas de conceber o corpo convertem-se em significados peculiares e historicamente contextualizados. Os padrões estéticos revelam essa mutabilidade de sentidos, estando a beleza e saúde, por exemplo, outrora relacionados à silueta curvelínea, contrariamente ao corpo excessivamente esguio que é perseguido na contemporaneidade.1 Percebe-se, sobretudo, que a cultura contemporânea imprime nos corpos uma mediação relacional importante, dada a valoração premente do físico enquanto representação do sujeito no social. O corpo e seu significado na modernidade Nunca na história da humanidade o culto ao corpo foi tão intenso como nos dias atuais, as preocupações das pessoas em estarem em forma, a procura por medidas ideais, satisfação pessoal, alegria, prazer ou até mesmo motivação na vida tem sido intenso nos últimos anos esses tipos de procuras. As mulheres e os homens se preocupam cada vez mais com a forma física: os quilinhos a mais, a pele, o cabelo, o corpo em geral. Manter uma aparência agradável é, sem dúvida, algo positivo para a vida de qualquer pessoa hoje, pois isso faz com que você se sinta mais feliz e mantenha uma boa auto-estima. O corpo sem duvidas é o principal motivo de tanta inquietação, pois a beleza é vista como algo necessário para que alguém possa obter completa felicidade, muitas vezes as coisas mais essenciais na vida são deixadas de lado por causa da busca intensa de um corpo ideal, almejado por tais pessoas, ou seja, o excesso de preocupação, entretanto, pode não ser muito bom e muitas vezes interferem negativamente até mesmo na sua vida familiar e nas relações com as outras pessoas. Fonte: http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1731162-corpo-na-sociedade-atual/#ixzz1jGrDQMMw http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1731162-corpo-na-sociedade-atual/ http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1731162-corpo-na-sociedade-atual/ http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1731162-corpo-na-sociedade-atual/ http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1731162-corpo-na-sociedade-atual/ http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1731162-corpo-na-sociedade-atual/ http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1731162-corpo-na-sociedade-atual/ http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1731162-corpo-na-sociedade-atual/ http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1731162-corpo-na-sociedade-atual/ http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1731162-corpo-na-sociedade-atual/ http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1731162-corpo-na-sociedade-atual/ http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1731162-corpo-na-sociedade-atual/ http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1731162-corpo-na-sociedade-atual/ http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1731162-corpo-na-sociedade-atual/ http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/0000002173/md.0000026146.jpg&imgrefurl=http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html%3Faula%3D27872&usg=__2hWLUmeHvtej8wntY7RopragLcg=&h=277&w=350&sz=18&hl=pt-BR&start=2&zoom=1&tbnid=qhOC10quKdFKuM:&tbnh=95&tbnw=120&ei=KyoPT7jfA7DLsQLXzJDWAw&prev=/search%3Fq%3DO%2BCORPO%2BNA%2BSOCIEDADE%2BATUAL%26hl%3Dpt-BR%26tbm%3Disch&itbs=1 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O indivíduo torna-se o ponto focal da reflexão e da preocupação Christopher Lasch, The Culture of Narcisism O individuo faz exigências excessivas aos outros para satisfação emocional cultivando um desprendimento. Patologias do self Se o indivíduo não mantém as «aparências normais» (Goffman) na sua narrativa do self pode surgir um falso self ou um self desencarnado. Laing, Divided Self 1. O sistema de falso self torna-se cada vez mais envolvente e prevalecente. 2. Torna-se mais autónomo das rotinas corporais. 3. Torna-se “assediado” por fragmentos de comportamento compulsivo. 4. As acções do corpo tornam-se cada vez mais “mortas, irreais, falsas, mecânicas”. Constituição do Sujeito X Desenvolvimento da Criança Constituição do Sujeito X Desenvolvimento da Criança A Psicanálise elaborou uma teoria sobre a constituição de uma estrutura subjetiva, do processo de tornar-se sujeito de desejo e da importância dessas construções na infância. Tais construções sustentam e determinam o funcionamento de cada sujeito no decorrer da vida. Entretanto, há entre os teóricos uma tendência a fazer uma separação radical entre a perspectiva estrutural e a perspectiva do desenvolvimento, criando um hiato entre essas formulações e dificultando o diálogo interdisciplinar. Sabe-se que a estrutura e o desenvolvimento atravessam a vida da criança, que se constitui sujeito e se constrói em um corpo que se desenvolve, amadurece e cresce. O desenvolvimento do corpo e sua construção corporal vão formando o aspecto imaginário dessa estrutura que, através da ligação do sujeito com seu funcionamento imaginário, realiza os acontecimentos singulares do desenvolvimento (Levin, 2002). Por meio dessa comunicação inter-humana, a imagem inconsciente do corpo estrutura-se e nela se inscrevem as vivências relacionais que são registradas no inconsciente durante o percurso da libido. Desse modo, pode-se pensar que a imagem inconsciente do corpo tem níveis que estão de acordo com os estágios evolutivos da libido, que passam pelas provas das castrações: castração primária, estágio do espelho, fase oral, anal, e, finalmente, a castração edipiana (Cabral, 2001). A bandeira defendida pelos psicanalistas franceses, liderados por Lacan, era a de oposição às teorias psicológicas do desenvolvimento de crianças que foram requintadas pela psicanálise americana, a chamada Ego Psychology. A perspectiva de Lacan era a de evidenciar a importância da linguagem e, portanto, o necessário estudo de suas leis para a concepção da constituição psíquica. O movimento teórico denominado estruturalismo, bastante forte nos anos 60 na França, liderado por Lévi-Strauss e Jacques Lacan, parte de uma concepção estruturalista advinda da lingüística, ciência criada por Ferdinand de Saussure. Enfim, esse estruturalismo lingüístico reformulado com a inclusão do sujeito passou a dominar e a opor-se a outras formas de conceber estrutura presentes em teorias do desenvolvimento. A partir da teoria formulada por Sigmund Freud sobre os modelos da sexualidade humana, Jacques Lacan assinalou a ausência de uma cronologia evolutiva na constituição das estruturas do sujeito. Para ele, o sujeito não se desenvolve, o sujeito está antecipado em uma estrutura dada, da qual ele mesmo começa a fazer uso, e na qual desde o início de sua vida esteve imerso. Lacan formula a base de sua concepção de estrutura a partir da lingüística. Nessa perspectiva, a linguagem é considerada uma instituição coletiva, cujas regras se impõem aos indivíduos, sendo transmitidas, de modo coercitivo, pelas gerações. http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com/-VX7E_ZxxYrE/TWypkt2ckkI/AAAAAAAAAKs/Su5C3W-qkvI/s1600/lacan-400.jpg&imgrefurl=http://acccccidie.blogspot.com/2011/02/felicidade-segundo-o-evangelho-de-lacan.html&usg=__nvOzJVfhtbbbpgei6acg9iz8kXo=&h=364&w=400&sz=16&hl=pt-BR&start=1&zoom=1&tbnid=dN2VTYZb4NWGHM:&tbnh=113&tbnw=124&ei=QzAPT-jIE7HjsQL8uaXUAw&prev=/search%3Fq%3DJACQUES%2BLACAN%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26tbm%3Disch&itbs=1 Contudo, Lacan (1953, citado por Cirino, 2003) discorda dessa concepção de estrutura rígida, uma vez que o sujeito faz parte da linguagem, e é ele quem a diz. O fato de incluir o sujeito falante na estrutura da linguagem faz com que seja necessário pensar essa estrutura como tendo um traço de falha: o sujeito que a faz funcionar não é da mesma materialidade que ela. É essa diferença que possibilita todo o movimento e dinâmica da fala de um sujeito numa língua dada. Considerar o sujeito estruturado na linguagem, segundo Lacan, é dizer que ele é quase completamente sustentado pela estrutura da linguagem, que, entretanto, comporta uma falha. Afinal, a sexualidade humana, talcomo Freud buscou sistematizar, produz o inconsciente, que resguarda conteúdos que não damos conta de aceitar, assim como a estrutura da linguagem não dá conta de dizer tudo o que se passa com o homem. Por isso, Lacan diz que a estrutura tem uma lógica de borracha, que é maleável e não tão rígida como a lingüística (Dor, 1989). Ao falar da constituição do sujeito, Lacan dedica-se a um estádio do desenvolvimento da criança: o estádio do espelho. Sua teoria do estádio do espelho diz do processo de formação do eu através da identificação do sujeito infans com a própria imagem especular. Esse processo tem início com o “desamparo original” do bebê humano após seu nascimento. Segundo Lacan, a prematuração fisiológica e a falta de controle motor, entre outros fatores, conduzem o bebê a essa identificação com a imagem da unidade corporal que lhe é atribuída pelo agente de seus cuidados (Cirino, 2003). A constituição do sujeito Numa perspectiva aberta pela psicanálise lacaniana, a constituição estrutural do sujeito foi elaborada a partir do modelo matemático-topológico apresentado pelo nó borromeano. Trata- se do que se pode ver a partir das considerações de um dos capítulos da tese de doutorado de Vorcaro (1997). Considerar que as manifestações da criança não são da ordem da ação e considerá-las atos constitutivos de sua realidade psíquica, que se estruturam a partir de sua relação à alteridade, conduziu à formação da hipótese da constituição do sujeito a partir do cruzamento entre: Real, Simbólico e Imaginário. Para que um bebê sobreviva, é necessário que ele busque a linguagem para se comunicar, e passa a servir- se da linguagem em grito, em vocalizes, na intenção de convocar o outro. Desse modo, haverá uma mediação até o ponto em que a linguagem sozinha resolva a tensão. O que vem dar a esse bebê a sensação de prazer é a alternância vivida entre tensão orgânica e apaziguamento, uma vez que, antes de o bebê possuir um “Eu”, ele é submetido a esse ritmo imposto pela mãe. Esse tempo é rompido quando a articulação entre tensão e apaziguamento falha, obrigando o bebê a mobilizar-se para refazê-la. Nesse momento, ele engaja-se na linguagem, e se manifesta para apelar ao Outro o retorno do ritmo perdido; ou seja, a sua manifestação tem função simbólica. Assim, a mãe empresta para o bebê uma subjetividade que ele ainda não tem, ao introduzí-lo na linguagem. Se o Inconsciente se dá a ouvir no que o discurso cala, o corpo se dá a ver no que no olhar do Outro falta. Alfredo Jerusalinsky (1999, p.70) Crescimento, maturação e desenvolvimento são termos que se referem a três perspectivas teóricas diferentes, relativas aos processos evolutivos da criança. O termo desenvolvimento é, entre os três conceitos, o mais abrangente, já que remete às transformações globais que, incluindo o crescimento, a maturação e os aspectos psicológicos, conduzem a adaptações cada vez mais flexíveis. http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com/_NLFTXhzGFMc/Svb8DycFM3I/AAAAAAAAAjg/X2yPglxBE7Y/s320/Professor1.jpg&imgrefurl=http://tommyelrodante.blogspot.com/2009/11/os-vinte-conceitos-fundamentais-de.html&usg=__b4h76UowFYTyPt9zF5FoRGXXuaQ=&h=197&w=142&sz=4&hl=pt-BR&start=8&zoom=1&tbnid=6mS-PQIXZggxRM:&tbnh=104&tbnw=75&ei=XTYPT77DAuPU2AXi_dT3Ag&prev=/search%3Fq%3DAlfredo%2BJerusalinsky%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26tbm%3Disch&itbs=1 Entretanto, Levin (2002, p.27) lembra que “o sujeito nunca se desenvolve: o sujeito se estrutura ou não há sujeito. O “ou” opera aqui como disjunção e não como conjunção. Neste sentido, uma criança se desenvolve, mas um sujeito não”. Assim, não se pode equacionar sujeito e criança, da mesma forma que não se pode equacionar estrutura e desenvolvimento. Devemos estabelecer a seguinte equação lingüística: Segundo Levin (2002, p. 33), a estrutura é a linguagem; implica um corte sincrônico e uma constância; constitui- se em relação com o Outro e é constituinte; não se desenvolve. (...) O desenvolvimento é do corpo em seus aspectos motores, verbais, mentais; implica uma diacronia (corte horizontal); constrói-se em relação com a demanda do Outro; e supõe um processo de construção, de aprendizagem e de maturação. Tal estrutura é inteiramente governada pela ordem simbólica, ao passo que o desenvolvimento é governado pela dinâmica do imaginário. Quando falamos em estrutura psicomotora, falamos dos aspectos neurológicos e psíquicos do sujeito e de suas articulações. Para Jerusalinsky (1999, p. 193), por exemplo: estes processos se assentam e transcorrem num corpo. Por isto, quando falamos de estrutura psicomotora, nos referimos centralmente ao corpo e suas produções. (...) Essas produções abarcam um sem número de atividades: o movimento, o tônus, os gestos, as posturas, os jogos, a palavra etc., desenvolvidas em um espaço e em um tempo e basicamente em uma relação com um Outro e com o que este Outro produz manifestando nesta produção seu desejo. O corpo humano depende, portanto, para sua subsistência, de um Outro, já que a criança quando nasce é imatura, e sem o Outro não conseguirá constituir um corpo subjetivado. De acordo com Levin (2003, p. 52) é o Outro que vai criando nesse puro corpo “coisa”: buracos, bordas, protuberâncias tatuando deste modo um mapa corporal produto do desejo do Outro, que o erogeiniza, pulsionaliza, ou seja, cria-lhe uma falta no corpo, uma maneira, uma forma de que lhe falte algo. Estas faltas primordiais geram uma queda deste corpo “coisa”, “carne” puro real, que ao cair reencontra-se sujeito ao Outro. Estas marcas, estes modos de que falte algo no corpo, transformam-no num corpo erógeno e simbólico. Levin acredita que para construir o seu espaço e o seu corpo, a criança deverá identificar-se com a imagem especular, mas também deverá separar-se dela. Para que isso aconteça, a criança terá que gerar um espaço e um corpo diferentes do corpo materno. Haverá, então, uma passagem de um ser uno com a mãe a um ser capaz de poder separar-se dela, surge aí a zona transicional de que tanto o bebê quanto a mãe irão beneficiar-se, uma vez que essa passagem está em “função de ausência”. Através do brincar de presença e ausência, a criança finalmente encontrará uma porta de entrada aberta para separar-se do corpo materno. Haverá uma passagem de um domínio imaginário do corpo a um domínio simbólico. Ao falar do corpo humano, Levin (2003, p. 67) afirma que ao ser inscrito pelo desejo do Outro o corpo humano diz; diz nas suas posturas, nas suas atitudes corporais, em seus gestos e em seus movimentos, por isso não se trata de uma mera ação motora, mas de um ato, de uma práxis, de um ato de dizeres, desejante, por isto é psicomotor: porque toda a motricidade humana está tomada pela linguagem. Se o inconsciente tem estrutura de linguagem, como conceituou Lacan, “quando se trata da constituição de um sujeito, trata-se da construção de um lugar a partir do qual ele vai se posicionar como falante, isto é, de uma estruturação”. (Bernardino, 2004, p. 39) Dentro dessa tênue relação entre o desenvolvimento maturacional do sujeito e sua estruturação, como articular inconsciente e tempo para chegar a uma definição de estrutura? O corpo e o gozo na constituição do sujeito Na constituição do sujeito, a presença do Outro, da linguagem e do desejo, função da mãe ou cuidador, é o que possibilita ao bebê advir como sujeito desejante, como corpo simbolizado e com um imaginário que lhe da as condições para intercâmbio entre real e simbolico. O Outro é também objeto de gozo, um gozo necessário para a vida e perigoso sob certas circunstâncias. A partir do nascimento, o bebê sai de um ambiente de homeostase e saciedade para um meio hostil, onde sua vida depende de outra pessoa, ou seja,aquele indivíduo que possui os objetos de desejo da criança, como o leite, o toque, a voz e a linguagem; essa posição é exercida normalmente pela mãe ou cuidador. Nesse momento, a criança se aliena ao Outro, ou seja, à linguagem. O Outro é um "lugar", posição, a qual confere a função de potência nomeadora. Este lugar, na instância psíquica do sujeito, pode ser ocupado por pessoas e até mesmo objetos. No início, o bebê depende apenas de sua percepção e seus reflexos corporais, ou seja, do choro, do reflexo de sucção do seio, entre outros. Aos poucos o Outro, vai nomeando seu choro, sua dor, sua fome e seu próprio nome, que o diferenciará da mãe. Assim, os movimentos que eram instintuais, se transformam em voluntários e pulsionais; a criança passa a demandar por carinho, presença, cheiro na tentativa de baixar sua tensão, seu desprazer e obter prazer. A criança passa do automatismo corporal para o início de sua constituição subjetiva (Jerusalinsky, 1999). Para Dolto (1996), a comunicação entre a mãe e a criança se dá de duas formas: por meio da linguagem vocalizada, que forma códigos de expressão audíveis, e por meio da linguagem dos gestos e mímicas, que são interpretados como códigos de desejos exprimidos. Esses códigos compartilhados estruturam imagens que são memorizadas, essas imagens podem ser auditivas, olfativas, tácteis e visuais provindas de percepções diversas e, são responsáveis por coordenar uma "espécie de presença do pré-sujeito sutil para ele próprio, que, a partir de então, se exprime por sua pequena massa carnal, tornada simbólica de seu desejo" (p. 246). Essas várias imagens irão constituir sua imagem do corpo, a qual permanece inconsciente, mas se articula com o esquema corporal, esse corpo biológico que se desenvolve no dia a dia. Para a autora, as possibilidades de desenvolvimento psicomotor dependem de cada relação mãe-criança. http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.dolto.fr/archives/siteWeb/image/Dolto/FD%2520brabo.jpg&imgrefurl=http://www.dolto.fr/archives/siteWeb/archives.htm&usg=__xwdKvzaG0_W_agmGPXirNucGcf0=&h=437&w=472&sz=51&hl=pt-BR&start=5&zoom=1&tbnid=gPqi_75OLDqxcM:&tbnh=119&tbnw=129&ei=7j0PT5jhNcPW2AWtgvz4Ag&prev=/images%3Fq%3DfRANCOISE%2BdOLTO%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG%26tbm%3Disch&itbs=1 A sexualidade para Freud está presente na criança desde muito cedo. Ele notou que três regiões do corpo são especialmente excitáveis: a boca/ lábios, a região anal e a genital. Ele notou que crianças ao mamar, não o fazem somente por necessidade, elas sentem prazer na região da boca e, quando não estão mamando, é comum vê-las chuchar o dedo ou outra parte do corpo. Se, por um lado, o não reconhecimento da mãe quanto a um desenvolvimento psicomotor pode fazê-lo desaparecer, sua supervalorização, por outro lado, da mãe ou da criança de uma região erógena, pode provocar uma fixação. (Freud, 1905/1996b). http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.sedes.org.br/Departamentos/Formacao_Psicanalise/freud_grande.jpg&imgrefurl=http://www.sedes.org.br/Departamentos/Formacao_Psicanalise/inveja_do_penis.htm&usg=__d1f_z26FuLlG79Q38rlIr6lABPg=&h=500&w=500&sz=32&hl=pt-BR&start=2&zoom=1&tbnid=BpGCvgGFRK_ABM:&tbnh=130&tbnw=130&ei=Tz4PT5eZK-Sg2AXovKmwAg&prev=/images%3Fq%3Dfreud%2Bjovem%26hl%3Dpt-BR%26tbm%3Disch&itbs=1 A fase ideal para trabalhar todos os aspectos do desenvolvimento motor, intelectual e sócio-emocional é do nascimento aos 8 anos de idade. (Manhães, 2004) PSICOMOTRICIDADE Este período é propício para desenvolver dificuldades de aprendizagens, sendo importante observar todo o contexto em que a criança vive. Se as dificuldades não forem exploradas e trabalhadas a tempo, poderão surgir déficits na escrita, na leitura, no cálculo matemático, na socialização, entre outras. PSICOMOTRICIDADE (Fonseca, 1995; Gualberto, 2003). CONCEITOS DA PSICOMOTRICIDADE Percepções É a capacidade de reconhecer e compreender estímulos recebidos. Está ligada à atenção, consciência e memória. É o fenômeno de captar, distinguir, associar e interpretar as sensações. Divide-se em espacial, temporal, visual, auditiva, olfativa, gustativa, termo-tátil e de análise e síntese. P E R C E P Ç Ã O Percepção auditiva; Percepção visual; Percepção tátil; Percepção olfativa/gustativa; Percepção motora; Percepção espacial; Processo de organização e interpretação dos estímulos que são obtidos por meio dos orgãos dos sentidos: audição, visão, tato, paladar e olfato. Identificação auditiva; Atenção auditiva; Memória auditiva; A área temporal do cérebro é a responsável pela discriminação auditiva. AUDITIVA (Mendes e Fonseca, 1988; Manhães, 2004) P E R C E P Ç Ã O Identificação, organização e interpretação dos estímulos sensoriais captados pela visão. A visão é o canal mais importante na comunicação com o meio exterior; Figura-fundo; Memória visual. VISUAL (Mendes & Fonseca, 1988) P E R C E P Ç Ã O É a primeira das percepções a serem desenvolvidas (ventre materno); Percepção das variações de pressão; Percepção de temperatura; Percepção de peso (leve e pesado); Percepção de seco, úmido e molhado; Percepção dos objetos (formas e texturas); Sem o auxilio da visão. TÁTIL (Mendes e Fonseca, 1988; Manhães, 2004) P E R C E P Ç Ã O Capacidade de distinguir odores; Discriminação de sabores; É o órgão do sentido menos evoluído no homem em relação aos animais. OLFATIVA/GUSTATIVA (Mendes e Fonseca, 1988; Manhães, 2004) P E R C E P Ç Ã O Interação de todas as percepções com as atividades do corpo; Posição do corpo; Deslocamento no espaço; O treino desta percepção envolve diferentes habilidades e capacidades motoras, verbalizando e questionando quais as partes do corpo estão se interagindo. MOTORA (Mendes e Fonseca, 1988, Manhães, 2003) P E R C E P Ç Ã O É a percepção de dois ou mais objetos entre si; Posição e direção espacial; Semelhança e diferença; ESPACIAL (Mendes e Fonseca, 1988, Manhães, 2003) P E R C E P Ç Ã O Percepção Espacial Relações: Seu corpo e objetos; Seu corpo e de outras pessoas; Seu corpo e os de outros seres vivos; Objeto e objeto; Noções como: atrás, à frente, em cima, embaixo, etc; Dificuldades: Locomover os olhos durante a leitura; Saltar linhas; Não observar o sentido direito (esquerda - direita); Não respeitar o limite da folha; Esbarrar em objetos; Indecisões quando precisa desviar de um objeto; É a capacidade que temos de orientar-nos no espaço. Se desenvolve entre 1 e 6 anos. Percepção Temporal Conceitos: Tempo (passado – presente – futuro); Movimento (lento – moderado – rápido); Duração (curta – média – longa); Sucessão (antes – durante – depois); Ontem, hoje, amanhã, dias da semana, meses, anos, horas, estações do ano, etc; Dificuldades: Na pronúncia e escrita de palavras; Inversão nas letras ou sílabas das palavras; Dificuldade de retenção de uma série de palavras dentro da sentença; Má utilização dos tempos verbais. É a capacidade de situar um fato no tempo e de discernir a velocidade de um movimento. Percepção Olfativa: Identificação através do olfato de diferentes perfumes, odores ou cheiros específicos. Percepção Gustativa: Verificação de sabores diferentes, azedo, amargo, salgado, doce, etc. Percepção Termo-tátil: Interpretação tátil ou térmica relacionada com formas, tamanhos, texturas, peso, temperaturas. Análise e síntese: O todo pode se decompor em partes (análise) e as partes podem formar um todo (síntese). Percepção Visual: É a percepção de objetos, de pessoas, de formas, cores, tamanhos, espessuras, etc. Percepção Auditiva: Discriminação através do ouvido de sons, ruídos e tonalidades. Fatores Psicomotores http://www.portaldafamilia.org/sccurious/pf_cur001.shtmlFatores Psicomotores Tonicidade; Equilíbrio; Lateralidade; Esquema corporal; Organização espacial e temporal; Coordenação motora global e fina. TONICIDADE Estado de tensão ativa dos músculos (Guyton, 1997); É o primeiro sistema funcional complexo que compreende a psicomotricidade. Sem a organização tônica como suporte, a atividade motora e a estrutura psicomotora não se desenvolve (Fonseca, 1995). Segundo Ajurriaguerra (1980) observando a amplitude dos movimentos, a resistência ao movimento passivo, a palpação da atividade flexora e extensora dos diferentes músculos é possível determinar o tipo de tônus muscular. TONICIDADE Desenvolve do nascimento aos 12 meses de vida (Fonseca, 1995). TONICIDADE A tonicidade na Bateria Psicomotora de Fonseca avalia o tônus de suporte e o tônus de ação. Tônus de suporte - Extensibilidade; - Passividade; - Paratonia. Tônus de ação - Diadococinesia; - Sincinesia. TONICIDADE EQUILÍBRIO Responsável pelos ajustes posturais antigravitários, estabelecendo autocontrole nas posturas estáticas e no desenvolvimento de padrões locomotores (Luria, 1981; Fonseca, 1995). EQUILÍBRIO O controle na postura bípede se desenvolve por volta dos 12 meses aos 2 anos de idade (Fonseca, 1995). A criança é capaz de manter o equilíbrio com os olhos fechados por volta dos 7 anos, sendo que esta habilidade é refinada com a idade (Gallahue & Ozmun, 2003). LATERALIDADE É a capacidade motora de percepção dos lados do corpo (direita e esquerda); A predominância de um dos lados do corpo se faz em função do hemisfério cerebral; A lateralização inata é governada basicamente por fatores genéticos, embora o treino e os fatores de pressão social possam influenciar. (Fonseca, 1995; Manhães, 2004) LATERALIDADE A lateralidade manual surge no fim do primeiro ano, mas só se estabelece por volta dos 4-5 anos (Fonseca, 1995). A lateralidade só se estabelece aos 5-6 anos e o reconhecimento da mão direita e esquerda no outro, ocorre após os 6 anos e meio (Staes e Meur, 1991). Motricidade AMPLA: Desenvolvimento dos movimentos corporais realizados pelos grandes músculos (braços, pernas, tronco); – Deve proporcionar: – Agilidade motora; – Coordenação dos grandes movimentos; – Equilíbrio do corpo; FINA: Refere-se a ações de pequenos músculos que levam à precisão, rapidez e força muscular; – Coordenação viso-motora: é a integração entre visão e os movimentos do corpo. – Coordenação viso-manual: envolve o gesto manual e a visão. – Coordenação óculo-pedal: membros inferiores e a visão. – Motricidade lingual: para a pronúncia correta. – Motricidade dígito-manual: movimentação ordenada de mãos e dedos. Memória Visual É a capacidade que a criança tem de armazenar imagens. É a capacidade do indivíduo reter com exatidão, a longo ou a curto prazo, uma série de estímulos apresentados visualmente. Está intimamente relacionada com a atenção e com a figura – fundo. É por meio dessa capacidade que a criança memorizará, mais tarde, letras, números e formas. Habilidades Visuais Específicas Percepção e discriminação de semelhanças e diferenças: Em relação ao tamanho, forma, cor, posição e detalhes internos. Constância de percepção de forma e tamanho: É a capacidade de perceber que um determinado objeto permanece inalterado apesar da posição que ocupa no espaço ou independente do ângulo que é percebido. Percepção de figura – fundo: O cérebro faz uma seleção dos estímulos que recebemos, e ela varia conforme o interesse do momento. – O estímulo selecionado pelo cérebro como foco principal da atenção chama-se FIGURA e os estímulos restantes são o FUNDO. Ritmo Abrange a noção de ordem, sucessão, duração e alternância; Depende do equilíbrio emocional da criança; Etapas de aquisição do ritmo: – Pré-operatória A criança sente o ritmo por meio de seu corpo (coração, respiração, deglutição); A criança começa a perceber a sequência no universo dos sons e movimentos (palmas); – Operações concretas: Começa a dominar a noção de tempo (antes, depois,causa, efeito) – Operações abstratas: Perceber simultaneamente sucessão de sons, símbolo, movimentos. Identifica melodias. A importância do Ritmo É a condição inata do ser humano e suscetível de educação; Favorece a percepção da ocorrência e pausa dos sons (duração e sucessão); A falta dessa habilidade poderá causar: – Leitura lenta e silábica; – Erros de pontuação e entonação; – Não respeito ao espaço entre as palavras; – União de palavras ou sílabas; – Omissão ou audição de sílabas; – Falhas na acentuação (escrita e leitura); Concentração e Atenção Concentrar-se é o poder de prender a atenção em função de algo ou em alguém durante um tempo considerável, sem deixar-se distrair por algo ou alguém ao seu redor. Atenção é a aplicação cuidadosa da mente em alguma coisa (escutar, ver). Para acontecer a concentração, primeiro deve ocorrer a atenção. Problemas da falta de atenção, principalmente na idade escolar: – O ambiente; – A prática pedagógica – a tarefa não deverá se demasiadamente fácil, nem extremamente difícil; – A motivação; Causas da má concentração: – Fixação dos olhos: a criança vagueia com os olhos sem achar um objeto ou alvo específico; – Acomodação: o ambiente deverá ser confortável; – Acuidade visual: visão turva ou incerta; – Reconhecimento da forma e da cor; – Percepção auditiva; – Vocabulário; – Discriminação figura – fundo; Equilíbrio É a capacidade de manutenção do corpo em uma mesma posição durante um tempo determinado, pode ser estático ou dinâmico; Está diretamente ligado a atenção e a afetividade; Habilidades Auditivas Específicas Discriminação de sons: É a capacidade de se perceber e discriminar auditivamente e, sem ambiguidade, todos os sons existente na língua falada. Discriminação auditiva figura – fundo: É a capacidade de seleção auditiva dos estímulos principais e acessórios do ambiente. Memória Auditiva: Permite a atenção e a recordação das informações captadas auditivamente. – Mediata: lembrar experiências vividas – Imediata: lembrar em detalhes e na sequência correta as informações auditivas adquiridas. Freio Inibitório É a capacidade de deter voluntariamente os movimentos de supressão dos movimentos no tempo e no espaço preciso. Conhecimento de Direita e Esquerda Está ligado aos conceitos de esquema corporal e lateralidade. Permite distinguir os lados direito e esquerdo em si, nas outras pessoas e nos objetos. É esperado entre 6 e 7 anos. Dominância Lateral Predomínio ocular, auditivo e sensório-motor de um dos membros superiores ou inferiores. Se define por volta de 5 anos e será mais forte, mais ágil do lado direito ou esquerdo. Lateralidade É o uso preferencial de um lado do corpo para a realização das atividades (olhos, mãos, pés e ouvidos). Essa preferência se explica pela predominância de um dos hemisférios cerebrais. Se o hemisfério predominante for o direito, a pessoa será canhota, se for o esquerdo, será destra. Tipos de Lateralidade Contrariada: Geralmente canhotos que foram obrigados a mudar a preferência devido a pressões sociais ou familiares. Cruzada: Quando não existe homogeneidade na preferência de um dos lados do corpo – olho direito, mão esquerda, pé direito. Indefinida: Crianças que não definiram sua preferência lateral após 5 anos. Ambidestria: Utilização de ambos os lados do corpo com a mesma habilidade e destreza. ESQUEMA CORPORAL Noção do Eu, conscientização corporal, percepção corporal e condutas de imitação. Imagem Corporal: é a impressão que a pessoa tem de si mesma. Esquema Corporal: conhecimento intelectual das partes do corpo e suas funções. (Fonseca, 1995) ESQUEMA CORPORAL A noção de corpo surge em torno dos 3 aos 4 anos de idade(Fonseca, 1995). ESQUEMA CORPORAL Interpretação de Desenhos Parte superior: indica otimismo, conquista, futuro. Parte inferior: sentimentos de insegurança, depressão e passado. No centro: presente Lado esquerdo: princípio feminino; Lado direito: princípio masculino; (Bolander, 1977) Interpretação de Desenhos • Lado Esquerdo: tendências autocentradas, impulsivas e emocionais; • Lado Direito: tendências controladas e busca de satisfação intelectual. (Buck, 1974) Interpretação de Desenhos Qualidade da Linha: - Linhas leves, indecisas ou quebradas: criança insegura e deprimida; - Linhas vigorosas e contínuas: criança autoconfiante e segura. Sombreamento: -Obscurece a figura: expressão de ansiedade. Interpretação de Desenhos Interpretação de Desenhos Simetria e equilíbrio: - Quando saliente: figuras rígidas – ocorre em adolescentes e adultos retraídos, com projeção de defesa (meio ambiente opressivo); Interpretação de Desenhos Estilo do desenho e qualidade da linha: Criança insegura: - Criança pequena: poucas linhas, minúsculas e pouco visíveis (canto); - Criança mais velha: figura humana com linhas pequenas, trêmulas e quebradas (afastada do centro); Interpretação de Desenhos Criança segura: - Criança pequena: vigorosa, com força em todo o espaço disponível; - Criança mais velha: figura humana grande, linha saliente e contínua (figura no centro). Interpretação de Desenhos As partes do Corpo • Cabeça enorme: pode expressar o foco no qual se localiza disfunção física ou psicológica; • Olho: excessivamente grande (desconfiança e paranóia); olho sem pupila, muito pequeno, escondido (despertar sexual, culpa e vergonha encontradas nos adolescentes). Interpretação de Desenhos As partes do Corpo • Braços e mãos: pequenos (timidez, medo); grandes (agressão, defesa). • Orelha: salientes (paranóia, desconfiança); ausência (esperada em pré-escolares) Interpretação de Desenhos Interpretação de Desenhos Consciência da localização das coisas entre si; Auto-organizar diante do mundo que o cerca. Noção de direção; Noção de distância; ORGANIZAÇÃO ESPACIAL (Fonseca, 1995) Embora o acesso ao espaço seja proporcionado pela motricidade, a visão é o sistema sensorial mais preparado para o estruturar. ORGANIZAÇÃO ESPACIAL Desenvolve em torno dos 4-5 anos de idade (Fonseca, 1995). Capacidade de situar-se em função: Sucessão dos acontecimentos; Duração dos intervalos; São abstratas e difíceis de serem adquiridas pelas crianças; ORGANIZAÇÃO TEMPORAL (Fonseca, 1995) Piaget (1971) salienta que a percepção temporal é mais complexa que a percepção espacial. ORGANIZAÇÃO TEMPORAL RITMO O exercício rítmico é importante para trabalhar a concentração e a atenção. As atividades rítmicas devem ser trabalhadas de forma a causar: - descontração; - prazer; - calma e; - confiança. ORGANIZAÇÃO TEMPORAL ORGANIZAÇÃO TEMPORAL É importante que a criança tome consciência de seu corpo como um instrumento rítmico. O movimento rítmico é econômico e harmônico. No estudo da Praxia Global observa-se a postura e a locomoção, isto é, a integração sistêmica dos movimentos do corpo com os estímulos ambientais (Fonseca, 1995). COORDENAÇÃO MOTORA GLOBAL Possibilidade de controle de movimentos amplos do corpo como, andar, correr, rolar, saltitar, rastejar, engatinhar, entre outros. Praxias: movimento intencional, organizado, consciente, voluntário, que tem como objetivo a obtenção de um resultado (Mendes & Fonseca, 1988). COORDENAÇÃO MOTORA GLOBAL Apraxia: impossibilidade de resposta motora para realizar movimentos durante uma atividade (movimentos voluntários). Dispraxia: caracterizada por uma disfunção na organização tátil, vestibular e proprioceptiva que interfere na capacidade de agir, repercutindo no comportamento sócio-emocional e no potencial de aprendizagem. (Mendes & Fonseca, 1988) COORDENAÇÃO MOTORA GLOBAL A coordenação dinâmica global (coordenação óculomanual e óculopedal) e a integração rítmica dos movimentos começam a ser aprimoradas dos 5 aos 6 anos de idade (Fonseca, 1995). COORDENAÇÃO MOTORA GLOBAL Capacidade de controlar pequenos músculos para a realização de habilidades finas. A coordenação fina envolve concentração, organização dos movimentos e coordenação visuo- motora (Fonseca, 1995). Exemplo: Recortar, colar, pintar, escrever, encaixar e outras. COORDENAÇÃO MOTORA FINA Os exercícios de praxia fina podem ser realizados com atividades que envolvem o corpo um todo, visando estimular a destreza, a velocidade e a precisão dos movimentos. Exemplo: Bailarina e equilibristas. COORDENAÇÃO MOTORA FINA Coordenação músculo-facial: relacionado com movimentos finos de face, fundamental para a fala, mastigação e deglutição (Fonseca, 1995). Começa a ser aprimorada dos 6 -7 anos de idade (Fonseca, 1995). COORDENAÇÃO MOTORA FINA Resumo Fatores Psicomotores Idade Tonicidade 0 à 12 meses Equilibração 12 meses aos 2 anos Lateralização 2 aos 3 anos Noção do Corpo 3 aos 4 anos Estruturação Espaço-temporal 4 aos 5 anos Praxia Global 5 aos 6 anos Praxia Fina 6 aos 7 anos Desenvolvimento das capacidades psicomotoras. Resumo Criança normal deve ter pouca dificuldade com qualquer uma das tarefas da BPM depois dos 8 anos de idade (Fonseca, 1995). Bibliografia AJURRIAGUERRA, J. Manual de Psiquiatria Infantil. São Paulo: Masson. 1980. DE MEUR, A.; STAES, L. Psicomotricidade: educação e reeducação. Rio de Janeiro: Manole. 1984. FONSECA, V. Manual de Observação Psicomotora: significação psiconeurológica dos fatores psicomotores. Porto Alegre: Artes Médicas. p. 371. 1995a. GALLAHUE, D. L. & OZMUN J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 2ed. São Paulo: Phorte. 641p. 2003. GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1014p. 1997. Bibliografia MENDES, N.; FONSECA, V. Escola, escola, quem ès tu? Perspectivas Psicomotoras do Desenvolvimento Humano. 4 ed. Porto Alegre: Artes Médicas. 397p. 1988. PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W. Desenvolvimento humano. Trad. Bueno, D. 7ed. Porto Alegre: Artmed. 684p. 2000. PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. Trad. Cabral, A.; Oiticica, C. M. Rio de Janeiro: Zahar. 1971. PIAGET, J. A linguagem e o pensamento da criança. 3ed. Rio de janeiro: editora Fundo de Cultura. 334p. 1973.
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