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Desafio brinquedoteca

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
POLO: OSASCO
CURSO: PEDAGOGIA
Disciplinas norteadoras: ORGANIZAÇÃO E METODOLOGIA EM EDUCAÇÃO INFANTIL; BRINQUEDOTECA E O ELEMENTO LÚDICO; DIDÁTICA DE CONTAR HISTÓRIAS; LITERATURA INFANTOJUVENIL; MULTIMEIOS APLICADOS À EDUCAÇÃO.
	
 CINTIA ISABELE MARIANA SIMIÃO FARIAS
RA: 9918004209
PLANO DE AÇÃO VISANDO À IMPLANTAÇÃO DE UMA BRINQUEDOTECA NO CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL.
NOME DA TUTORA: Elizângela Siqueira 
BARUERI / SP
2016
INTRODUÇÃO
A primeira coisa que associamos quando se fala em criança é a brincadeira, o ato de brincar, por este motivo é importante para educadores estudar sobre como estas brincadeiras podem auxiliar na aprendizagem da criança, deixando o brincara ser tratado apenas como “passa tempo”, passando a ser visto como estratégia para envolver as crianças com o ensino desde os primeiros anos da inserção na escola, trabalhando a aprendizagem através do lúdico.
Nas Instituições de Educação Infantil (crianças na faixa etária de 0 a 6 anos) o jogo, o brinquedo e a brincadeira têm sido utilizada como meio que possibilita o desenvolvimento e a aprendizagem.
Atualmente, não existe uma teoria do jogo aceita universalmente na totalidade, bem como um consenso geral sobre o conceito de jogo, brinquedo e brincadeira, muito embora haja significados básicos aceitos pela maioria dos pesquisadores. Um aspecto aceito por muitos autores é que tanto o jogo, como a brincadeira e o brinquedo além de fazerem parte da cultura de um povo propiciam o desenvolvimento da criança, de forma livre e prazerosa pois, através desses instrumentos a criança aprende, brincando.
O jogo, o brinquedo e a brincadeira começaram a ser encarada em nossas escolas como coisa séria nos últimos anos, porém muitas pessoas ainda não atribuem do valor real neles implícitos, em relação ao aprendizado e ao desenvolvimento global infantil. A partir dos anos 80 há um crescimento maior e contextualizado no uso da brincadeira e do brinquedo, são implementadas as primeiras brinquedotecas que, além da função da guarda e empréstimo do acervo de brinquedos, possuem outras funções estabelecidas, conforme os objetivos de criação.
Estes espaços mágicos têm sido utilizados, inclusive, por Instituições de Educação Infantil, com o objetivo de apoio pedagógico, embora quase sempre preservado o aspecto de liberdade quanto ao uso do acervo.
DESENVOLVIMENTO E APRENDIZADO SEGUNDO PIAGET
 Princípios básicos de J. Piaget
Como resultado dos vários anos de estudo e pesquisa sobre o comportamento infantil, Piaget nos deixou relatos elaborados que possibilitaram conclusões sensivelmente importantes sobre o desenvolvimento intelectual da criança.
 A formação de Jean Piaget, bem como o resultado de seus trabalhos no campo da biologia, exerceu grande influência na concepção de sua teoria sobre o desenvolvimento intelectual. 
De acordo com Piaget (1948), a inteligência é essencialmente um sistema de operações vivas e atuantes. É a adaptação mental mais avançada, um instrumento indispensável para os intercâmbios entre o sujeito e o meio. Se a inteligência é adaptação, a adaptação deve caracterizar-se como um equilíbrio entre as ações do organismo sobre o meio.
Embora seja antiga a concepção filosófica de que o conhecimento humano é uma construção do próprio homem, tanto coletiva como individual, neste século, Piaget se apresenta como o pioneiro do enfoque construtivista à cognição humana. Suas propostas configuram uma teoria construtivista do desenvolvimento cognitivo humano. Com importantes trabalhos na década de 20, apenas na década de 70, Piaget foi "redescoberto". Começa talvez aí a ascensão do cognitivismo e o declínio do behaviorismo, em termos de influência no ensino/aprendizagem e na pesquisa nessa área. Tamanha influência piagetiana a fim de se provocar confusão do termo construtivismo com Piaget.
Ressalta-se que além do enfoque piagetiano, dentre as visões construtivistas, existem outras, embora este enfoque seja o mais conhecido e influente. O "núcleo” da teoria de Piaget está na assimilação, na acomodação e na equilibração, não nos famosos períodos de desenvolvimento mental.
Há em sua teoria, quatro períodos gerais de desenvolvimento cognitivo, a saber: o sensório-motor que vai do nascimento ao cerca de dois anos de idade, no qual a única referência comum e constante é o próprio corpo da criança, decorrendo daí um egocentrismo praticamente total; deste estágio, característico do recém-nascido, a criança evolui cognitivamente, passando por outros estágios, até que, no fim do período sensório-motor, começa a descentralizar as ações em relação ao próprio corpo e a considerá-lo como um objeto entre os demais. O próximo é o pré-operacional, que vai dos dois aos seis ou sete anos. Por meio da linguagem, dos símbolos e imagens mentais, inicia-se uma nova etapa do desenvolvimento mental da criança, na qual o pensamento começa a se organizar, embora ainda não reversível, ocorre grande progresso no desenvolvimento motor da criança e ela evolui de um nível sensório-motor para um nível conceitual e representacional. Entre as habilidades da criança do estágio pré-operacional destacam-se as de representação e de socialização do comportamento.
Durante este estágio, a criança passa por várias fases. Cada fase não é substituída por outra, mas são incorporados elementos de ordem de qualidade e quantidade.
Os movimentos finos tornam-se mais precisos e com o uso das duas mãos a criança é capaz de coordenações e dissociações como enfiar contas em linha ou barbante, por exemplo, rosquear; empilhar e encaixar. Surge o planejamento da ação, onde há a substituição da ação ao acaso por uma ação preestabelecida mentalmente. As peças de um quebra-cabeças são colocadas em um determinado local e não por acaso. Neste período surge o interesse pelos livros editados com gravuras que proporcionam uma identificação com suas próprias experiências. Inicia-se o jogo simbólico, a partir da imitação do cotidiano. Posteriormente ela simboliza, atribui características próprias à realidade de acordo com sua percepção de mundo. Sendo assim, brincar com bonecos e objetos que representam coisas de casa como mobília, vassoura, panelinhas é fonte de prazer.
Outra característica do estágio operacional concreto é a diminuição do egocentrismo e o aumento da socialização e a linguagem utilizada pela criança objetiva, principalmente, a comunicação.
Entre 7 e 8 anos assinala, em geral, o início do período operacional-concreto e se prolonga aos 11 ou 12 anos. Verifica-se uma descentração progressiva em relação à perspectiva egocêntrica que caracterizava a criança até então operacional-formal; cada qual subdividido em estágios ou níveis.
Durante este período, a criança ganha precisão no contraste e comparação de objetos reais e torna-se capaz, por exemplo, de predizer qual o recipiente que contém mais água.
Dos onze ou doze anos, inicia-se o quarto e último período de desenvolvimento mental que passa pela adolescência e prolonga-se até a idade adulta. Este período tem como principal característica a capacidade de raciocinar com hipóteses verbais e não apenas com objetos concretos. Trata-se do pensamento proposicional, por meio do qual o adolescente, ao raciocinar, manipula proposições.
Segundo a Teoria de Piaget, o crescimento cognitivo da criança se dá por assimilação e acomodação. O indivíduo constrói esquemas de assimilação mentais para abordar a realidade.
No caso de modificação, ocorre o que Piaget chama de "acomodação". É através das acomodações (que, por sua vez, levam à construção de novos esquemas de assimilação) que se dá o desenvolvimento cognitivo. Se o meio não apresenta problemas, dificuldades, atividade da mente é, apenas, de assimilação, porém, diante deles, ela se reestrutura (acomodação) e se desenvolve.
A acomodação por ser uma reestruturação da assimilação, não se configura sem assimilação. O equilíbrio entre assimilação e acomodação é a adaptação à situação.
A "estrutura cognitiva"de um indivíduo é um complexo de esquemas de assimilação que, segundo Piaget, tendem a organizar-se segundo os modelos matemáticos de grupo e rede.
Piaget considera tudo no comportamento (motor, verbal e mental) parte da ação. Mesmo a percepção é, para ele, uma atividade e a imagem mental é uma imitação interior do objeto.
Pode-se falar em ação sensório-motor, ação verbal e ação mental. O pensamento é, simplesmente, a interiorização da ação (embora, geralmente, acompanhada de atividade motora residual, como, por exemplo, gestos e movimento dos olhos).
A teoria de Piaget não é uma teoria de aprendizagem e sim uma teoria de desenvolvimento mental. Não enfatiza o conceito de aprendizagem mas menciona o termo aumento do conhecimento, analisando como isto ocorre: só há aprendizagem (aumento de conhecimento) quando o esquema de assimilação sofre acomodação. De acordo com Piaget, a aprendizagem se configura quando há acomodação.
A mente, sendo uma estrutura (cognitiva) tende a funcionar em equilíbrio, o que aumenta seu grau de organização interna e de adaptação ao meio. Entretanto, quando este equilíbrio é rompido por experiências não-assimiláveis, o organismo (mente) se reestrutura (acomodação), a fim de construir novos esquemas de assimilação e atingir novo equilíbrio. Para Piaget, este processo reequilibrador, que ele chama de equilibração majorante, é o fator preponderante na evolução, no desenvolvimento mental, na aprendizagem (aumento de conhecimento) da criança.
O mecanismo de aprender é sua capacidade de reestruturar-se mentalmente em busca de um novo equilíbrio. O ensino deve, portanto, ativar tal mecanismo.
Na escola, esta necessidade de compatibilizar o ensino com o nível de desenvolvimento mental da criança, é, muitas vezes, ignorada. Em termos de esquemas de assimilação, a questão do ensino envolve três aspectos: os esquemas de assimilação do aluno, aqueles que se quer ensinar, e os do professor. Relativamente a esses três aspectos, um conceito interessante é o de ensino reversível.
Necessário é ao professor, não se limitar ao conhecimento da matéria de ensino, mas que esteja muito bem informado a respeito das peculiaridades do desenvolvimento psicológico da inteligência do educando. Tendo como suporte os pensadores e filósofos da educação, brincar é uma importante forma de comunicação, é por meio deste ato que a criança pode reproduzir o seu cotidiano, num mundo de fantasia e imaginação. O ato de brincar possibilita o processo de aprendizagem da criança, pois facilita a construção da reflexão, da autonomia e da criatividade, estabelecendo, desta forma, uma relação estreita entre jogo e aprendizagem.
O jogo é um fenômeno cultural com múltiplas manifestações e significados que variam conforme a época ou o contexto. A brincadeira é a ação que a criança desempenha ao concretizar as regras do jogo, ao mergulhar na ação lúdica. Os jogos, principalmente na Educação Infantil (Brinquedoteca), significam a possibilidade de auxiliar o professor na tarefa de ensinar, dando-lhe condições de trabalho para a ampliação do conhecimento da criança de forma lúdica, prazerosa, agindo e interagindo com o objeto de conhecimento e com o outro, tomando iniciativa, sendo capaz de rever ações e desenvolver em outros aspectos.
A Proposta do Lúdico
Na concepção da proposta o lúdico são as formas pela qual a criança inicia a aprendizagem sobre o mundo e sobre si mesma levando a conhecer signos e conhecê-los. Levando-a atingir um autocontrole e a simbolização. A brincadeira estimula a zona de desenvolvimento proximal das crianças, facilitando-se a convivência com outros indivíduos. E a troca existente entre estas faz com que o aprendizado seja melhorado e facilitado. O ato de brincar, utilizar diversas brincadeiras e inserir o lúdico no dia a dia das crianças na vida escolar é preciso que os profissionais de educação infantil tenham acesso ao conhecimento produzido na área da educação infantil e da cultura em geral, para repensarem sua prática, se reconstruir enquanto cidadãos e atuarem enquanto sujeitos da produção de conhecimento. Portanto, cabe a escola criar espaços para a brincadeira, valorizando a função educativa do brincar e do lúdico, pois quando as situações são criadas pelo adulto com objetivo de proporcionar um tipo de aprendizagem esta situação está inserida numa situação educativa, onde se diferencia o brincar e o educar.
PLANO DE AÇÃO VISANDO À IMPLANTAÇÃO DE UMA BRINQUEDOTECA PARA UM CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL.
Justificativa
Com a brinquedoteca pretende-se ampliar os conhecimentos na área de Educação Infantil, trabalhando a ludicidade enquanto ciência, tendo o brinquedo, o jogo e as brincadeiras como elementos facilitadores do processo ensino-aprendizagem, que proporcionam o crescimento da criança como um ser em constante desenvolvimento, buscando-se a evolução do saber, fazer na práxis pedagógica e o aprimoramento das habilidades cognitivas, afetivas e psicomotoras dos educandos.
Ao considerar a prática educativa, no âmbito escolar, como uma possibilidade de professores e alunos estabelecerem relações mais profundas entre o fazer e o compreender, a brinquedoteca atende as perspectivas da educação infantil, seus princípios metodológicos, o desenvolvimento humano, o desenvolvimento da inteligência e ainda uma ampla abordagem da importância do brincar, dos brinquedos e dos jogos, na construção do conhecimento da criança.
Também faz parte deste projeto o envolvimento dos alunos e professores na tarefa de proporcionar às crianças, desde muito cedo, diferentes jogos como estratégias facilitadoras da construção do conhecimento, não esquecendo de um planejamento prévio dessa ação, auxiliando assim, o raciocínio da criança, pois o jogo sendo bem direcionado faz deste ato de jogar por si só, suficientes para cumprir objetivos próprios e essenciais (predeterminados) para o desenvolvimento biopsicossocial da criança, porque ao jogar, a mesma está movimentando todos os músculos, o seu cognitivo (memória, percepção, etc.) e todo o envolvimento social, pois estará em contato com outras crianças, aprendendo também a perder e a ganhar, caracterizando uma situação de iniciativa em poder brincar com aquilo que é de seu interesse e de sua própria habilidade.
A articulação deste espaço é essencial para oportunizar o desenvolvimento das interações sociais, das múltiplas inteligências, dos limites básicos indispensáveis para o convívio em grupo, da responsabilidade coletiva, do prazer de brincar, explorar, descobrir, criar.
A brinquedoteca é um espaço de aprendizagens significativas, prazerosas e cooperativas. A criança aprende pelo manuseio de materiais, de cores, de tamanhos, de formas, de sons, de texturas e resistências diferentes. Com a riqueza do material lúdico e de sucata, reconhece, identifica as semelhanças e diferenças, abstrai, classifica, simboliza. Um ambiente lúdico tão rico, com certeza contribuirá para o desenvolvimento de experiências de sucesso no espaço escolar possibilitando à criança a oportunidade de desenvolver a iniciativa, a autonomia e enriquecer as interações sociais.
A Brinquedoteca oferece condições para favorecer o processo de aprendizagem, através da utilização dos recursos lúdicos disponíveis em seu acervo tornando o processo mais atraente, dinâmico e prazeroso, desenvolvendo as múltiplas inteligências dos alunos, assegurando experiências de sucesso no ambiente escolar.
Objetivos da brinquedoteca
Objetivo geral
Oferecer um espaço de qualidade para crianças de 03 a 12 anos, onde o lúdico é utilizado como instrumento de educação moral e afetiva, e como estratégia para o desenvolvimento da cidadania e da consciência emocional. Dessa forma, o lúdico será trabalhado através de brinquedos e brincadeiras tradicionais resgatados de nossa cultura, mediante o uso de literatura infantil, brinquedos pedagógicos e materiais para pintura, recorte, colagem e atividades manuais diversas, especialmente selecionados para o desenvolvimento de habilidades voltadas para a prática da cooperação,da organização, da interação social, da troca, da ajuda mútua, partilha e coordenação motora, assim como para o aprimoramento da comunicação interpessoal.
Objetivo específico
· Oportunizar um trabalho inter e multidisciplinar nas várias áreas do conhecimento, entre alunos e professores do curso de Pedagogia; 
· Criar um espaço de convivência que propicie interações espontâneas e prazerosas;
· Criar um espaço democrático de acesso ao brinquedo, jogos e brincadeiras, permitindo formas de expressão livre e de representação do mundo, na visão da própria criança, através de um atendimento não direcionado, tendo os educadores como "mediadores" das suas brincadeiras e construções imaginadas;
· Estimular as crianças a brincar livremente; 
· Promover a utilização do objeto lúdico enquanto atividade facilitadora do desenvolvimento cognitivo global da criança;
· Propiciar situações lúdicas para que as crianças possam manifestar suas necessidades e potencialidades;
· Criar situações que propiciem o desenvolvimento de habilidades físicas, sociais e intelectuais; Proporcionar um equilibrado desabrochar da personalidade da criança para que venha a ser um adulto livre, lúcido, crítico e interveniente;
· Conscientizar professores e futuros professores sobre a importância do brincar no contexto do processo ensino-aprentizagem; 
· Preparar os professores e os futuros professores para a utilização da brinquedoteca como instrumento de aprendizagem no contexto escolar;
· Oferecer formação acadêmica em cursos de extensão;
· Proporcionar um equilibrado desabrochar da personalidade da criança para que venha a ser um adulto livre, lúcido, crítico e interveniente;
· Promover a liberdade de expressão nas suas diferentes vertentes;
· Proporcionar níveis equilibrados de convivência;
· Ensinar 'jogando' regras de civismo e convivência;
· Descobrir laços culturais entre diversos grupos;
· Incentivar a troca de vivências e/ou experiências de modo a que se desencadeie um maior enriquecimento cultural;
· Possibilitar a todos os alunos o acesso ao jogo, aos brinquedos e as brincadeiras.
A brinquedoteca disponibiliza de um acervo diversificado de livros didáticos e de Literatura Infantil, bem como de CDs, DVDs e fitas para atividades pedagógicas lúdicas.
Ações a serem desenvolvidas 
O presente projeto compreende todas as ações necessárias para a implantação de uma brinquedoteca em uma Escola Municipal, que será utilizada mediante um cronograma de rodízio de turmas, devidamente planejado com antecedência pelas professoras, de acordo com o dia correspondente as atividades a serem realizadas com as crianças. Será dada a cada professora a oportunidade de escolher os brinquedos e materiais apropriados para trabalhar, conforme a necessidade da sua turma. A presença da brinquedoteca terá papel fundamental para as crianças uma vez que vai proporcionar a aprendizagem, a aquisição de conhecimentos e desenvolvimento de habilidades de forma natural e agradável, utilizando materiais pedagógicos apropriados. Com a criação do espaço A Escola Municipal passará a dispor de um espaço onde as crianças irão sentir prazer de estar participando ativamente de atividades estruturadas em um ambiente especialmente montado para atender ao objetivo do projeto. E isto irá trazer mais confiança e credibilidade em nosso trabalho, seja junto aos pais das crianças, seja no seio da comunidade.
Recursos
Ao planejar a brinquedoteca das crianças, priorize um lugar iluminado e arejado, que represente conforto, segurança e liberdade de criação. Montar um cantinho como este exige uma análise dos brinquedos que serão comprados, pois devem atender às necessidades dos pequenos em suas diferentes faixas etárias. A preocupação maior deve ser a segurança da criança: objetos pontiagudos, brinquedos quebrados (partidos ou faltando pedaços) e peças pequenas (no caso das crianças menores) devem ser abolidos, para prevenir os famosos acidentes domésticos. Também é muito importante que o espaço de brincar seja limpo frequentemente, para evitar alergias e problemas respiratórios, pois brinquedos costumam ter pequenos orifícios que acumulam bastante poeira. O piso da brinquedoteca deve ser, preferencialmente, emborrachado, que minimiza o risco de quedas e amortece o impacto. Tapetes de atividades coloridos são ótimas opções. Para que seja um local seguro, invista em poucos móveis (sem quinas e com proteção) e em brinquedos que tenham o selo de aprovação do Inmetro. A brinquedoteca deve ser atraente, sem ser cansativa para a criança. Por isso, abusar das cores de forma desordenada pode deixar o ambiente pesado e até irritá-las, devido ao excesso de estímulo visual. É importante trabalhar com as cores de maneira planejada. Priorizar os tons claros com estímulos visuais específicos que tenham significado para a criança, são melhores. Quadros e pinturas com formas geométricas são boas opções.
Cada idade uma escolha
A brinquedoteca deve levar em conta o interesse de cada criança, respeitando seus gostos e sua faixa etária. Para crianças de 0 a 2 anos, os brinquedos devem ser voltados para a estimulação sensorial. Dê preferência aos coloridos, com sons e diferentes texturas que estimulem os sentidos visão, audição e tato. Móbiles grandes, que tocam música e fazem movimento estimulam a coordenação visual e motora. Ainda para atender a esta faixa etária, existe no mercado giz de cera para crianças a partir de 18 meses, que são mais grossos para facilitar o manuseio. Já os pequenos de 2 a 3 anos estão em uma fase de verbalização e curiosidade. Para eles, livrinhos com ilustração, brinquedos de empilhar, encaixe e blocos são indicados para o desenvolvimento motor. A partir dos 3 anos, as crianças precisam de um ambiente com estímulos concretos e que simulem o dia a dia, casinha, carrinhos, bonecas, equipamentos de médico, mercadinho, além de fantasias, quebra-cabeça e livros, que incentivam a criatividade e o faz-de-conta. Caso haja apenas um espaço para crianças de diferentes faixas etárias, existem alguns brinquedos que podem ser considerados “neutros”, que tendem a promover socialização e estimular o desenvolvimento da criatividade em variadas fases. Algumas sugestões são fantoches, tintas e telas, família articulada de pano, entre outros. Para os maiores, aposte em jogos e alternativas um pouco mais complexas, como: montagem de pipas, jogos de tabuleiros de estratégias, kits de profissão como médico ou engenheiro. A criança aprende a ver o mundo por meio da brincadeira, estabelece relações entre o que é real e o que é imaginário, aprende regras. Os brinquedos são recursos didáticos de grande aplicação e valor no processo ensino aprendizagem.
· Livros infantis 
· Jogos e Brinquedos Pedagógicos
· Cozinha pedagógica 
· Estantes e prateleiras para guarda de livros e brinquedos
· Baú de madeira para guarda de materiais
· Copiadora multifuncional 
· Home Theater com Videokê
· Televisor de 42 polegadas
· Caixa de som multifuncional
· Papeis variados
· Fantoches
· Tapetes pedagógicos
Materiais diversificados serão confeccionados por professores, alunos e pais.
Finalidade dos recursos a serem utilizados
Dos Livros Infantis
Despertam nas crianças o interesse pelas estórias e seus personagens, fazendo participar e prestar atenção, desenvolvendo a capacidade de concentração e reflexão. Desenvolvem a coordenação visual e motora e estimula a linguagem oral, a criatividade e as habilidades manuais e contribuem para o conhecimento do mundo.
Dos Jogos, Brinquedos e Conjunto Pedagógicos
As crianças em contato com os brinquedos passam a conhecer e reconhecer as formas, cores, espessuras, tamanho, quantidade e peso. Os jogos e brinquedos estimulam a atenção, a concentração, o interesse e a autoestima, possibilitando o desenvolvimento da coordenação motora, da criatividade, a da imaginação, da visão espacial, pela visualização e manuseio dessas peças. Além disso, são facilitadores da prática da cooperação, da organização, da interação social, da troca, da ajuda mútua e da partilha, assim como do aprimoramentoda capacidade de comunicação interpessoal. Os componentes da “cozinha pedagógica” contribuem para a formação da ideia de espaço importante do ambiente onde acontece a convivência familiar.
Das Estantes, Prateleiras e Baú
A existência desses recursos para a guarda dos materiais da "Brinquedoteca" estimula a participação em grupo na organização do ambiente, trabalhando assim com as habilidades manuais e identificação de lugares, dentro do princípio "um lugar para cada coisa, cada coisa no seu lugar". Além disso, possibilitam a guarda e conservação dos brinquedos, livros, etc.
Da Copiadora Multifuncional
Trata-se de recurso necessário para a reprodução de figuras para colorir e recortar, assim como para a produção de materiais impressos para diversas atividades individuais e de grupo.
Do Home Theater com Videokê e Televisor de 42”
Equipamento a ser aplicado nas atividades de grupo voltadas ao desenvolvimento da expressão corporal, envolvendo a dança, a música, a interação com a projeção de contos infantis, teatro, etc.
Da Caixa de Som Multifuncional
Equipamento necessário para as atividades conjuntas de todas a Escola, em especial nas festas e comemorações em datas de efemérides e outras.
 Avaliação 
As escolas que utilizam a brincadeira no contexto escolar indicam que seus educadores entendem as crianças como cidadãs, ou seja, sujeitos históricos e sociopolíticos, que participam e transformam a sociedade em que vivem (Carvalho, Alves & Gomes, 2005).
Observar as crianças brincando no contexto escolar pode auxiliar os profissionais da educação e da saúde a conhecerem e a compreenderem as características do desenvolvimento infantil. De acordo com Kreppner (2001) e Cole e Cole (2004) é pela observação que muitos dados sobre o desenvolvimento infantil são explorados e desvendados.
Neste contexto observar as crianças e fazer registros individuais sobre elas durante as brincadeiras. Como regem as intervenções, de que maneira se apropriam dos materiais, como obedecem os combinados e como interagem com outras turmas de diferentes idades. Planejar novas atividades de maneira a enriquecer as atividades, seja oferecendo novos materiais, seja ensinado brincadeiras diferentes.
 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Brinquedoteca contribui para o processo de socialização das crianças, oferecendo-lhes oportunidades de realizar livremente atividades individuais ou coletivas. A interação entre crianças e adultos, abre-lhe oportunidades, de conhecer novos aspectos do mundo.
Quando se utiliza brinquedos e brincadeiras tradicionais, a brinquedoteca resgata e reserva o patrimônio e a identidade cultural da sociedade.
Pode-se assim dizer que a brinquedoteca é um espaço destinado ao resgate da ludicidade, do brincar espontâneo.
A ludicidade tem a função de oportunizar a vivência de diversas situações que as auxiliem no seu desenvolvimento, pois a criança aprende a se desenvolve afetivamente, cognitivamente, fisicamente e socialmente.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A. Ludicidade como instrumento pedagógico. Disponível em: http://www.cdof.com.br/recrea22.htm. Acesso em: Acesso em: nov. 2016
Carvalho, A. M. A. & Pedrosa, M. I. (2007). Cultura no grupo de brinquedo. Estudos de Psicologia, 7(1), 181-188.
Cole, M. & Cole S. R. (2004). O desenvolvimento da criança e do adolescente. Porto Alegre: Artmed. 4ª ed.
CANEIRO, M. A. B. Conhecendo a brinquedoteca. Disponível em: <http://universodabrinquedoteca.vilabol.uol.com.br/conhecendoabrinquedoteca.htm>
(Celino Bastos). Acesso em: out, 2016.
JARDIM, Tatiane M. S. Desafio Profissional de Organização e Metodologia em Educação Infantil; Brinquedoteca e o Elemento Lúdico; Didática de Contar Histórias; Literatura Infanto-juvenil; Multimeios aplicados à Educação. [On-line]. Valinhos, 2016. p. 01-09. Disponível em: <www.anhanguera.edu.br/cead>. Acesso em: nov. 2016.
KISHIMOTO, Tizuko. M. (Org). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 4ª edição. São Paulo-SP: Cortez, 2000. 183p.
Kreppner, K. (2001). Sobre a maneira de produzir dados no estudo da interação social. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 17(2), 97-107.
PIAGET, J. A Formação do Símbolo na Criança: Imitação, Jogo e Sonho Imagem a Representação. 2ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.

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