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1-autismo apostila

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Prévia do material em texto

Noções básicas sobre autismo 
 
Quando se ouve a palavra "autismo", logo vem à mente a imagem de uma
isolada em seu próprio mundo, contida numa 
estranha, balança o corpo para lá e para cá, alheia a tudo e a
associada a alguém "diferente" de nós, que vive à
extremamente limitada, em que nada faz
parece estreito demais: quando nós 
com habilidades absolutamente reveladoras, que calam fundo na nossa alma, e nos fazem 
refletir sobre quem de fato vive alienado.
O autismo é um transtorno global do desenvolvimento infantil que se manifesta
antes dos 3 (três) anos de idade e se prolonga por toda a vida. Segundo a Organização
Nações Unidas (ONU), cerca de 70 milhões de pessoas no mundo são
transtorno, sendo que, em crianças, é mais comum que o câncer,
Caracteriza-se por um conjunto de sintomas que afeta as
comunicação e do comportamento, e, dentre elas, a mais
social. No entanto, isso não significa dizer, em
consiga e nem possa desempenhar seu
contrário, pretendemos, neste
romper a visão obtusa e
mundo singular. 
Compreender esse transtorno pode ser relativamente simples quando estamos
dispostos a nos colocar no lugar do outro, a buscar a essência mais pura do ser
a resgatar a nobreza de realmente conviver com as diferenças. E talvez
dos nossos desafios: aceitar o diferente e ter a chance de
1 
Disciplina: 
Autismo 
 
Módulo I 
Noções básicas sobre autismo 
Quando se ouve a palavra "autismo", logo vem à mente a imagem de uma
isolada em seu próprio mundo, contida numa bolha impenetrável, que
estranha, balança o corpo para lá e para cá, alheia a tudo e a todos. Geralmente está 
associada a alguém "diferente" de nós, que vive à margem da sociedade e tem uma vida 
extremamente limitada, em que nada faz sentido. Mas não é bem assim. Esse olhar nos 
parece estreito demais: quando nós falamos em autismo, estamos nos referindo a pessoas 
absolutamente reveladoras, que calam fundo na nossa alma, e nos fazem 
sobre quem de fato vive alienado. 
O autismo é um transtorno global do desenvolvimento infantil que se manifesta
anos de idade e se prolonga por toda a vida. Segundo a Organização
Nações Unidas (ONU), cerca de 70 milhões de pessoas no mundo são
rno, sendo que, em crianças, é mais comum que o câncer, 
se por um conjunto de sintomas que afeta as áreas da socialização, 
comunicação e do comportamento, e, dentre elas, a mais comprometida é a interação 
entanto, isso não significa dizer, em absoluto, que a pessoa com autismo não 
consiga e nem possa desempenhar seu papel social de forma bastante satisfatória. Ao 
contrário, pretendemos, neste livro, não só esclarecer algumas dúvidas como também 
ão obtusa e estigmatizada que a nossa sociedade ainda tem acerca desse 
Compreender esse transtorno pode ser relativamente simples quando estamos
dispostos a nos colocar no lugar do outro, a buscar a essência mais pura do ser
atar a nobreza de realmente conviver com as diferenças. E talvez
dos nossos desafios: aceitar o diferente e ter a chance de aprender com ele.
Noções básicas sobre autismo 
Quando se ouve a palavra "autismo", logo vem à mente a imagem de uma criança 
bolha impenetrável, que brinca de forma 
todos. Geralmente está 
margem da sociedade e tem uma vida 
o. Mas não é bem assim. Esse olhar nos 
falamos em autismo, estamos nos referindo a pessoas 
absolutamente reveladoras, que calam fundo na nossa alma, e nos fazem 
O autismo é um transtorno global do desenvolvimento infantil que se manifesta 
anos de idade e se prolonga por toda a vida. Segundo a Organização das 
Nações Unidas (ONU), cerca de 70 milhões de pessoas no mundo são acometidas pelo 
 a Aids e o diabetes. 
áreas da socialização, 
comprometida é a interação 
absoluto, que a pessoa com autismo não 
papel social de forma bastante satisfatória. Ao 
livro, não só esclarecer algumas dúvidas como também 
estigmatizada que a nossa sociedade ainda tem acerca desse 
Compreender esse transtorno pode ser relativamente simples quando estamos 
dispostos a nos colocar no lugar do outro, a buscar a essência mais pura do ser humano e 
atar a nobreza de realmente conviver com as diferenças. E talvez seja esse o maior 
aprender com ele. 
 
 
Podemos fazer uma analogia entre o autismo e um jogo de quebra
olharmos apenas para c
avaliarmos, de maneira parcial, o conjunto que a obra representa. Mas, se
cuidarmos corretamente desse indivíduo, o jogo é montado e
com o resultado obtido. A tarefa 
para muitos de nós: buscamos peça a peça e
de que pequenos fragmentos, que
em uma bela paisagem. No
prazeroso para muitos, 
vezes, desempenham essa tarefa com maestria. Isso porque o transtorno propicia uma
visão extraordinária dos detalhes e, 
beleza, arte e talentos incontestáveis.
Devemos considerar que as primeiras descrições mais fidedignas do autismo
surgiram na década de 40, portanto, trata
problema já existia antes disso, mas, em se tratando de ciência, é
curto. Por isso, ainda estamos em fase embrionária nas
do problema, embora muitos avanços tenham
entendimento e tratamento eficaz.
O conhecimento atual sobre autismo é fruto de uma parceria que costuma dar
pesquisadores comprometidos e pais que dedicam suas vidas a zelar por
Brasil, os cuidados mais efetivos têm apenas três décadas de vida
principalmente, à coragem de algumas famílias de desbravarem
tratamento do autismo. 
Felizmente, cada vez mais, grupos e associações em vários países ao redor do
mundo se engajam e se esforçam, incessantemente, para busca
adequados e, sobretudo, para exigir respeito, quebrar preconceitos,
sejam cumpridas e que efetivamente haja inclusão escolar.
Foi pensando justamente na discriminação que a grande maioria das pessoas com
esse funcionamento mental sofre que procuramos evitar o termo "autista" como
para essas pessoas. Não que a palavra esteja incorreta, porém, em nosso
ela tem sido amplamente usada de forma inadequada e pejorativa
descontraídas quanto nos diversos meios de comunicação ou
político. Isso só faz crescer o estigma do autismo,
2 
Podemos fazer uma analogia entre o autismo e um jogo de quebra
olharmos apenas para cada um dos sintomas envolvidos, incorremos no erro de
avaliarmos, de maneira parcial, o conjunto que a obra representa. Mas, se
cuidarmos corretamente desse indivíduo, o jogo é montado e podemos nos surpreender 
com o resultado obtido. A tarefa de montar um quebra cabeça pode não ser nada fácil 
para muitos de nós: buscamos peça a peça e tentamos encaixá-las, cuidadosamente, a fim 
de que pequenos fragmentos, que aparentemente não têm lógica, possam se transformar 
em uma bela paisagem. No entanto, o que pode ser difícil para alguns é extremamente 
 inclusive para os próprios indivíduos com autismo, que, muitas 
desempenham essa tarefa com maestria. Isso porque o transtorno propicia uma
visão extraordinária dos detalhes e, em muitas situações, esta característica se
beleza, arte e talentos incontestáveis. 
Devemos considerar que as primeiras descrições mais fidedignas do autismo
surgiram na década de 40, portanto, trata-se de um diagnóstico recente.
oblema já existia antes disso, mas, em se tratando de ciência, é
curto. Por isso, ainda estamos em fase embrionária nas descobertas das causas e da cura 
do problema, embora muitos avanços tenham sido conquistados em termos de 
e tratamento eficaz. 
O conhecimento atual sobre autismo é fruto de uma parceria que costuma dar
pesquisadores comprometidos e pais que dedicam suas vidas a zelar por
Brasil, os cuidados mais efetivos têm apenas três décadas de vida
principalmente, à coragem de algumas famílias de desbravarem fronteiras na luta pelo 
Felizmente, cada vez mais, grupos e associações em vários países ao redor do
mundo se engajam e se esforçam, incessantemente, para buscar diagnóstico e
adequados e, sobretudo, para exigir respeito, quebrar preconceitos, fazer com que as leis 
sejam cumpridas e que efetivamente haja inclusão escolar. 
Foi pensando justamente na discriminação quea grande maioria das pessoas com
esse funcionamento mental sofre que procuramos evitar o termo "autista" como
para essas pessoas. Não que a palavra esteja incorreta, porém, em nosso
ela tem sido amplamente usada de forma inadequada e pejorativa
ontraídas quanto nos diversos meios de comunicação ou até mesmo como jargão 
político. Isso só faz crescer o estigma do autismo, reduzindo o indivíduo, única e 
Podemos fazer uma analogia entre o autismo e um jogo de quebra-cabeça. Se 
ada um dos sintomas envolvidos, incorremos no erro de 
avaliarmos, de maneira parcial, o conjunto que a obra representa. Mas, se tratarmos e 
podemos nos surpreender 
pode não ser nada fácil 
las, cuidadosamente, a fim 
aparentemente não têm lógica, possam se transformar 
o que pode ser difícil para alguns é extremamente 
inclusive para os próprios indivíduos com autismo, que, muitas 
desempenham essa tarefa com maestria. Isso porque o transtorno propicia uma 
em muitas situações, esta característica se traduz em 
Devemos considerar que as primeiras descrições mais fidedignas do autismo 
se de um diagnóstico recente. Obviamente, o 
oblema já existia antes disso, mas, em se tratando de ciência, é um tempo bastante 
descobertas das causas e da cura 
sido conquistados em termos de 
O conhecimento atual sobre autismo é fruto de uma parceria que costuma dar certo: 
pesquisadores comprometidos e pais que dedicam suas vidas a zelar por seus filhos. No 
Brasil, os cuidados mais efetivos têm apenas três décadas de vida e se devem, 
fronteiras na luta pelo 
Felizmente, cada vez mais, grupos e associações em vários países ao redor do 
r diagnóstico e tratamento 
fazer com que as leis 
Foi pensando justamente na discriminação que a grande maioria das pessoas com 
esse funcionamento mental sofre que procuramos evitar o termo "autista" como rótulo 
para essas pessoas. Não que a palavra esteja incorreta, porém, em nosso entendimento, 
ela tem sido amplamente usada de forma inadequada e pejorativa tanto em conversas 
até mesmo como jargão 
reduzindo o indivíduo, única e 
 
 
exclusivamente, a um transtorno ou "doença" e
extrair a riqueza que há dentro dele.
As diversas manifestações do autismo, que vão desde
transtorno, passam pela síndrome de Asperger, até
O diagnóstico precoce e um
mudar a vida dessas pessoas e daquelas do seu convívio íntimo. Para se tratar o autismo é 
necessário quebrar antigos paradigmas, eliminar as culpas e aprender a despertar e a
valorizar os talentos inatos de cada indivíduo. Não devemos 
dificuldades, mas sim viabilizar as potencialidades, sempre visando a
autonomia, socialização e autor
peculiar. 
Os pais, em sua grande maioria, ficam perdidos quando 
filho e, muitas vezes, não sabem a quem recorrer nem por onde começar. Além disso,
temos por objetivo alertar a população sobre os traços de autismo, que são
serem diagnosticados, mas que podem trazer prejuízos por toda
tratamento adequado. Estes traços, muitas vezes, estão
convivem em sociedade, de forma natural, e nem nos
intensamente. Vale ressaltar que, ao longo da história, as diferenças nunca 
aceitas e a nossa tendência é sempre sermos impiedosos com quem foge à regra.
Atualmente existe uma força
pessoas com autismo, a fim de serem incluídas e reintegradas na arena social.
movimento vem aumentando seu contingente de adeptos em vários países, e
também está neste roteiro.
Em dezembro de 2007, a ONU decretou que o dia 2 de abril seria o Dia Mundial
Conscientização do Autismo, celebrado pela primeira vez em 2008. Pode
pequeno passo, mas até bem pouco tempo atrás o autismo sequer era
comunicação. Portanto, é causa de alegria constatar que o
lugar de tabu e está começando a ser abordado com
Conhecer a fundo uma pessoa com autismo pode trazer um aprendizado especial
para nossas vidas. Assim como um diamante precisa ser lapidado para brilhar,
pessoa com autismo merece e deve ser acolhida, cuidada e estimulada a se
Para isso, são necessárias ações motivadoras, de tal forma que ela
participar de atividades conosco, e que sejamos as pessoas com
3 
exclusivamente, a um transtorno ou "doença" e abolindo de vez qualquer possibilidade de 
riqueza que há dentro dele. 
s diversas manifestações do autismo, que vão desde simples "traços" (esboço) do 
transtorno, passam pela síndrome de Asperger, até chegar ao autismo clássico ou grave. 
diagnóstico precoce e um tratamento efetivo, cientificamente embasado, podem 
pessoas e daquelas do seu convívio íntimo. Para se tratar o autismo é 
quebrar antigos paradigmas, eliminar as culpas e aprender a despertar e a
valorizar os talentos inatos de cada indivíduo. Não devemos 
dificuldades, mas sim viabilizar as potencialidades, sempre visando a
autonomia, socialização e autorrealização de quem vive e se expressa dessa maneira tão 
em sua grande maioria, ficam perdidos quando recebem o diagnóstico do 
muitas vezes, não sabem a quem recorrer nem por onde começar. Além disso,
temos por objetivo alertar a população sobre os traços de autismo, que são
serem diagnosticados, mas que podem trazer prejuízos por toda a 
tratamento adequado. Estes traços, muitas vezes, estão presentes em pessoas que 
convivem em sociedade, de forma natural, e nem nos damos conta de que sofrem 
Vale ressaltar que, ao longo da história, as diferenças nunca 
a nossa tendência é sempre sermos impiedosos com quem foge à regra.
Atualmente existe uma força-tarefa para quebrarmos preconceitos em relação às
pessoas com autismo, a fim de serem incluídas e reintegradas na arena social.
to vem aumentando seu contingente de adeptos em vários países, e
também está neste roteiro. 
Em dezembro de 2007, a ONU decretou que o dia 2 de abril seria o Dia Mundial
Conscientização do Autismo, celebrado pela primeira vez em 2008. Pode
pequeno passo, mas até bem pouco tempo atrás o autismo sequer era
comunicação. Portanto, é causa de alegria constatar que o autismo está saindo de um 
lugar de tabu e está começando a ser abordado com coerência, clareza e comp
Conhecer a fundo uma pessoa com autismo pode trazer um aprendizado especial
para nossas vidas. Assim como um diamante precisa ser lapidado para brilhar,
pessoa com autismo merece e deve ser acolhida, cuidada e estimulada a se
sso, são necessárias ações motivadoras, de tal forma que ela
participar de atividades conosco, e que sejamos as pessoas com as quais ela realmente 
abolindo de vez qualquer possibilidade de 
simples "traços" (esboço) do 
chegar ao autismo clássico ou grave. 
ente embasado, podem 
pessoas e daquelas do seu convívio íntimo. Para se tratar o autismo é 
quebrar antigos paradigmas, eliminar as culpas e aprender a despertar e a 
valorizar os talentos inatos de cada indivíduo. Não devemos nos deter nas suas 
dificuldades, mas sim viabilizar as potencialidades, sempre visando a independência, 
expressa dessa maneira tão 
recebem o diagnóstico do 
muitas vezes, não sabem a quem recorrer nem por onde começar. Além disso, 
temos por objetivo alertar a população sobre os traços de autismo, que são difíceis de 
 vida, se não houver 
presentes em pessoas que 
damos conta de que sofrem 
Vale ressaltar que, ao longo da história, as diferenças nunca foram bem-
a nossa tendência é sempre sermos impiedosos com quem foge à regra. 
tarefa para quebrarmos preconceitos em relação às 
pessoas com autismo, a fim de serem incluídas e reintegradas na arena social. Este 
to vem aumentando seu contingente de adeptos em vários países, e o Brasil 
Em dezembro de 2007, a ONU decretou que o dia 2 de abril seria o Dia Mundial de 
Conscientização do Autismo, celebrado pela primeira vez em 2008. Pode parecer um 
pequeno passo, mas até bem pouco tempo atrás o autismo sequer era citado nos meios de 
autismo está saindo de um 
coerência, clareza e compaixão. 
Conhecer a fundo uma pessoa com autismo pode trazer um aprendizado especial 
para nossas vidas. Assim como um diamante precisa ser lapidado para brilhar, uma 
pessoacom autismo merece e deve ser acolhida, cuidada e estimulada a se desenvolver. 
sso, são necessárias ações motivadoras, de tal forma que ela sinta vontade de 
as quais ela realmente 
 
 
tenha prazer em estar e ficar. Essas são as primeiras etapas
seu mundo singular e estabeleça vínculos com as
Uma pessoa com autismo sente, olha e percebe o mundo de maneira muito
da nossa. Pais, professores, profissionais e a sociedade como um todo
mergulhar em seu universo p
Imbuídos desse espírito, os resultados dessa empreitada são
transformadores. 
 
Vivemos em uma sociedade com padrões pré
esteja fora deles, é de pr
educadores, estamos quebrando. Embora ainda haja resistências ainda por parte de alguns 
educadores. 
Esta é a sociedade que uma criança, com necessidades especiais, bem como sua 
família, se depara ao b
realidade, a importância
melhor entendimento a 
do transtorno para melhor
as especificidades do autismo,
Especificamente objetivando conhecer o percurso
compreender como é realizado o diagnóstic
 
Considerado um dos desvios comportamental mais estudado e debatido, o autismo 
tem ainda suas causas desconhecidas, levando pesquisadores a se posicionarem em dois 
grandes segmentos de teorias que se opõem: a psicogenética e a biológica.
 Independente da visão que se tenha a respeito do autismo, pois não há como 
separar o desenvolvimento cognitivo, do afetivo e sua essência biológica, torna
fundamental que se apresentem de maneira nítida, as formas de abordagens educativas à 
crianças autistas , considerando entretanto a tríade, que são os três grades grupos de 
perturbações e os métodos
(Análise Aplicada do Comportamento); PECS (Sistema de Comunicação através de 
figuras) e TEACCH (Programa
 
 
 
4 
tenha prazer em estar e ficar. Essas são as primeiras etapas para que ela seja resgatada do 
seu mundo singular e estabeleça vínculos com as pessoas ao seu redor.
Uma pessoa com autismo sente, olha e percebe o mundo de maneira muito
da nossa. Pais, professores, profissionais e a sociedade como um todo
mergulhar em seu universo particular e perceber o mundo da mesma
Imbuídos desse espírito, os resultados dessa empreitada são
Vivemos em uma sociedade com padrões pré-estabelecidos, onde qualquer um que
esteja fora deles, é de primeira instancia excluído. Esse é um paradigma que nós, 
estamos quebrando. Embora ainda haja resistências ainda por parte de alguns 
Esta é a sociedade que uma criança, com necessidades especiais, bem como sua 
depara ao buscar apoio especial no campo da educação. Diante desta 
realidade, a importância de abordar a respeito do autismo, para que se possa alcançar um 
 respeito. Sendo assim, fundamental conhecer as especificidades 
do transtorno para melhor intervenção educacional. Tendo como objetivo geral conhecer 
as especificidades do autismo, bem como suas intervenções pedagógicas. 
Especificamente objetivando conhecer o percurso histórico sobre o autismo, bem como 
compreender como é realizado o diagnóstico autístico, 
Considerado um dos desvios comportamental mais estudado e debatido, o autismo 
ainda suas causas desconhecidas, levando pesquisadores a se posicionarem em dois 
segmentos de teorias que se opõem: a psicogenética e a biológica.
pendente da visão que se tenha a respeito do autismo, pois não há como 
desenvolvimento cognitivo, do afetivo e sua essência biológica, torna
apresentem de maneira nítida, as formas de abordagens educativas à 
considerando entretanto a tríade, que são os três grades grupos de 
perturbações e os métodos de intervenção de aprendizagem, aqui abordados como: ABA 
Comportamento); PECS (Sistema de Comunicação através de 
(Programa de Aprendizado Individualizado). 
para que ela seja resgatada do 
pessoas ao seu redor. 
Uma pessoa com autismo sente, olha e percebe o mundo de maneira muito diferente 
da nossa. Pais, professores, profissionais e a sociedade como um todo precisam 
articular e perceber o mundo da mesma forma que ela o vê. 
Imbuídos desse espírito, os resultados dessa empreitada são surpreendentes e 
estabelecidos, onde qualquer um que 
imeira instancia excluído. Esse é um paradigma que nós, 
estamos quebrando. Embora ainda haja resistências ainda por parte de alguns 
Esta é a sociedade que uma criança, com necessidades especiais, bem como sua 
uscar apoio especial no campo da educação. Diante desta 
de abordar a respeito do autismo, para que se possa alcançar um 
respeito. Sendo assim, fundamental conhecer as especificidades 
intervenção educacional. Tendo como objetivo geral conhecer 
bem como suas intervenções pedagógicas. 
histórico sobre o autismo, bem como 
Considerado um dos desvios comportamental mais estudado e debatido, o autismo 
ainda suas causas desconhecidas, levando pesquisadores a se posicionarem em dois 
segmentos de teorias que se opõem: a psicogenética e a biológica. 
pendente da visão que se tenha a respeito do autismo, pois não há como 
desenvolvimento cognitivo, do afetivo e sua essência biológica, torna-se 
apresentem de maneira nítida, as formas de abordagens educativas à 
considerando entretanto a tríade, que são os três grades grupos de 
de intervenção de aprendizagem, aqui abordados como: ABA 
Comportamento); PECS (Sistema de Comunicação através de 
 
 
Segundo Bosa (2002), são chamadas Autistas as crianças que tem inadaptação para
estabelecer relações normais com o outro, um atraso na aquisição da linguagem e, quando 
ela se desenvolve, uma incapacitação de 
apresentam igualmente estereótipos gestuais, uma necessidade de manter imutável seu
ambiente material, ainda que 
A descrição de Kanner organizava
inaptidão das crianças em estabelecer relações normais com as pessoas e em reagir 
normalmente às situações desde o início da vida”. Para descrevê
Autismo, que já existia, 
 
Esse termo na verdad
disposição/orientação) e foi tomado emprestado de Bleuler (o qual, por sua 
vez,
descrever os
 
Kanner mostrava a importância que queria atribuir à noção de afastamento social.
Infelizmente, o conceito de autismo atribuído a Bleuler foi a fonte de confusão, como o 
fez notar Rutter (1979): segundo o conceito de Bleuler,
refere a um retraimento ativo de imaginário. Na realidade sugere, primeiramente, ”um 
retraimento” fora das relações sociais enquanto Kanner descreve uma incapacidade de 
desenvolver o relacionamento social; em segundo lugar
rica, enquanto que as observações de Kanner sugerem uma falta de imaginação; em 
terceiro lugar, ele postula
conflitos que explicam o fato de os
permutável os diagnósticos de
O autismo em 1943, caracterizado por Leo Kanner tornou
comportamentais mais estudados, debatidos e disputados, que teve o mé
a diferença do comportamento esquizofrênico e do autismo. Até hoje, sua descrição 
clínica é utilizada da mesma forma, que foi chamado de Distúrbios Autísticos do Contato 
Afetivo – Síndrome Única.
Porém em no mesmo ano de 1943 Asperger p
similares à de Kanner, onde propunha uma abordagem autística. Em 1983, as Síndromes 
de Asperger fora reconhecida e deixou de ser considerado autismo, a Associação 
Americana de Psiquiatria criara o termo Distúrbio Abrangente d
1987, desta forma o Autismo deixa de ser uma psicose infantil.
5 
Segundo Bosa (2002), são chamadas Autistas as crianças que tem inadaptação para
estabelecer relações normais com o outro, um atraso na aquisição da linguagem e, quando 
se desenvolve, uma incapacitação de lhe dar um valor de comunicação. Essas crianças
apresentam igualmente estereótipos gestuais, uma necessidade de manter imutável seu
ambiente material, ainda que deem provas de uma memória frequentemente
A descrição de Kanner organizava-se em torno do distúrbio central que é “a 
das crianças em estabelecer relações normais com as pessoas e em reagir 
situações desde o início da vida”. Para descrevê
 segundo Bosa: 
Esse termo na verdade, deriva do grego (autos = si mesmo + ismo =
disposição/orientação) e foi tomado emprestado deBleuler (o qual, por sua 
vez, subtraiu o “eros” da expressão autoerotismus, cunhada por Ellis, para 
descrever os sintomas fundamentais da esquizofrenia.(BOSA,2002,p.26)
Kanner mostrava a importância que queria atribuir à noção de afastamento social.
Infelizmente, o conceito de autismo atribuído a Bleuler foi a fonte de confusão, como o 
notar Rutter (1979): segundo o conceito de Bleuler, o Autismo nos esquizofrênicos se 
um retraimento ativo de imaginário. Na realidade sugere, primeiramente, ”um 
retraimento” fora das relações sociais enquanto Kanner descreve uma incapacidade de 
relacionamento social; em segundo lugar, ele implica uma vida imaginária 
as observações de Kanner sugerem uma falta de imaginação; em 
terceiro lugar, ele postula uma ligação com a esquizofrenia dos adultos. São esses 
conflitos que explicam o fato de os psiquiatras terem algumas vezes, utilizado de forma 
permutável os diagnósticos de esquizofrenia infantil, psicose infantil e de Autismo.
O autismo em 1943, caracterizado por Leo Kanner tornou
comportamentais mais estudados, debatidos e disputados, que teve o mé
diferença do comportamento esquizofrênico e do autismo. Até hoje, sua descrição 
utilizada da mesma forma, que foi chamado de Distúrbios Autísticos do Contato 
Síndrome Única. 
Porém em no mesmo ano de 1943 Asperger propôs um estudo com definições
similares à de Kanner, onde propunha uma abordagem autística. Em 1983, as Síndromes 
Asperger fora reconhecida e deixou de ser considerado autismo, a Associação 
Psiquiatria criara o termo Distúrbio Abrangente do desenvolvimento e em 
Autismo deixa de ser uma psicose infantil. 
Segundo Bosa (2002), são chamadas Autistas as crianças que tem inadaptação para 
estabelecer relações normais com o outro, um atraso na aquisição da linguagem e, quando 
lhe dar um valor de comunicação. Essas crianças 
apresentam igualmente estereótipos gestuais, uma necessidade de manter imutável seu 
frequentemente notável. 
do distúrbio central que é “a 
das crianças em estabelecer relações normais com as pessoas e em reagir 
situações desde o início da vida”. Para descrevê-lo escolhe o termo 
e, deriva do grego (autos = si mesmo + ismo = 
disposição/orientação) e foi tomado emprestado de Bleuler (o qual, por sua 
subtraiu o “eros” da expressão autoerotismus, cunhada por Ellis, para 
esquizofrenia.(BOSA,2002,p.26) 
Kanner mostrava a importância que queria atribuir à noção de afastamento social. 
Infelizmente, o conceito de autismo atribuído a Bleuler foi a fonte de confusão, como o 
o Autismo nos esquizofrênicos se 
um retraimento ativo de imaginário. Na realidade sugere, primeiramente, ”um 
retraimento” fora das relações sociais enquanto Kanner descreve uma incapacidade de 
, ele implica uma vida imaginária 
as observações de Kanner sugerem uma falta de imaginação; em 
uma ligação com a esquizofrenia dos adultos. São esses 
as vezes, utilizado de forma 
esquizofrenia infantil, psicose infantil e de Autismo. 
O autismo em 1943, caracterizado por Leo Kanner tornou-se um dos desvios 
comportamentais mais estudados, debatidos e disputados, que teve o mérito de identificar 
diferença do comportamento esquizofrênico e do autismo. Até hoje, sua descrição 
utilizada da mesma forma, que foi chamado de Distúrbios Autísticos do Contato 
ropôs um estudo com definições 
similares à de Kanner, onde propunha uma abordagem autística. Em 1983, as Síndromes 
Asperger fora reconhecida e deixou de ser considerado autismo, a Associação 
o desenvolvimento e em 
 
 
As causas do Autismo ainda são desconhecidas, consistindo o problema da 
etiologia, sendo um tema base de intensas pesquisas de conceituados estudiosos na área. 
Segundo Bosa e Callis (2000) apontam que há dois grandes blocos de teorias que se 
opõem, sendo essas as teorias psicogenéticas e biológicas.
De acordo com Klin (2006), a teoria psicogenética apresentava
que a criança autista era normal no momento d
familiares adversos no decorrer do seu desenvolvimento desencadeou um quadro autista. 
Os sintomas eram considerados secundários, atribuíveis, portanto, as condutas parentais 
impróprio. Essa teoria deu inicio a pesquisas 
stress precoce, as patologias psiquiátricas parentais, quociente de inteligência e classe 
social dos pais, e por 
Leboyer, chega à determinada
 
“[...] as teorias 
podemos aceitar o modelo segundo o qu
calorosos e
enquanto seus irmãos são
 
Quanto à abordagem biológica Assumpção e Pimentel (2000) afirmam que as 
causas do autismo são desconhecidas, porém varias doenças neurológicas e/ou genéticas 
foram apresentadas como sintomas do autismo. Problemas cromossômi
metabólicos e mesmo doenças transmitidas/adquiridas durante a gestação, durante ou 
após o parto, podem estar associados diretamente ao autismo. Leboyer menciona que:
 
[...] A lista de situações patológicas é muito extensa e inclui fatores pré, peri e
neonatais, infecções virais neonatai
neurológicas e
entre elas, um ponto
induzir uma disfunção
nervoso
 
Tamanaha, Perissinoto e Chiari (2008) indicam que pesquisas recentes sugerem que 
o autismo pode ter haver com alterações neuroanatômicas, considerado este extramente
masculino. Tal fato ocorreria devido às altas taxas de testosterona a que os autistas seriam
expostos no período pré
socialização de maneira indut
ideia de que “sujeitos autistas apresentam um funcionamento cerebra
sistematizante. 
6 
As causas do Autismo ainda são desconhecidas, consistindo o problema da 
sendo um tema base de intensas pesquisas de conceituados estudiosos na área. 
e Callis (2000) apontam que há dois grandes blocos de teorias que se 
teorias psicogenéticas e biológicas. 
De acordo com Klin (2006), a teoria psicogenética apresentava
a criança autista era normal no momento do nascimento, mas devido fatores 
adversos no decorrer do seu desenvolvimento desencadeou um quadro autista. 
eram considerados secundários, atribuíveis, portanto, as condutas parentais 
teoria deu inicio a pesquisas reagrupadas em quatro eixos, sendo esses o 
patologias psiquiátricas parentais, quociente de inteligência e classe 
 ultimo a interação pais e filhos. Com base nas informações, 
Leboyer, chega à determinada observação: 
“[...] as teorias psicogênicas não parecem explicar a patologia do autismo. Não
podemos aceitar o modelo segundo o qual pais normais (com frequência 
calorosos e afetuosos) seriam responsáveis por graves distúrbios de seus filhos 
enquanto seus irmãos são normais”.(LEBOYER,2005,p.49). 
Quanto à abordagem biológica Assumpção e Pimentel (2000) afirmam que as 
do autismo são desconhecidas, porém varias doenças neurológicas e/ou genéticas 
apresentadas como sintomas do autismo. Problemas cromossômi
mesmo doenças transmitidas/adquiridas durante a gestação, durante ou 
estar associados diretamente ao autismo. Leboyer menciona que:
[...] A lista de situações patológicas é muito extensa e inclui fatores pré, peri e
neonatais, infecções virais neonatais, doenças metabólicas, doença 
neurológicas e doenças hereditárias. Apesar da ausência aparente de ligação 
entre elas, um ponto comum às reúne: todas as patologias são suscetíveis de 
induzir uma disfunção cerebral que interfere no desenvolvimento do sistema 
nervoso central.(LEBOYER,2005,p.60). 
Tamanaha, Perissinoto e Chiari (2008) indicam que pesquisas recentes sugerem que 
ter haver com alterações neuroanatômicas, considerado este extramente
masculino. Tal fato ocorreria devido às altas taxas de testosterona a que os autistas seriam
expostos no período pré-natal, sendo assim o motivo de responderem processo de 
e maneira indutiva e sistemática, desde modo, os autores defenderam a 
que “sujeitos autistas apresentam um funcionamento cerebra
As causas do Autismo ainda são desconhecidas, consistindo o problema da 
sendo um tema base de intensas pesquisas de conceituados estudiosos na área. 
e Callis (2000) apontam que há dois grandes blocos de teorias que se 
De acordo com Klin (2006), ateoria psicogenética apresentava-se como defensora 
o nascimento, mas devido fatores 
adversos no decorrer do seu desenvolvimento desencadeou um quadro autista. 
eram considerados secundários, atribuíveis, portanto, as condutas parentais 
reagrupadas em quatro eixos, sendo esses o 
patologias psiquiátricas parentais, quociente de inteligência e classe 
ultimo a interação pais e filhos. Com base nas informações, 
não parecem explicar a patologia do autismo. Não 
al pais normais (com frequência 
aves distúrbios de seus filhos 
normais”.(LEBOYER,2005,p.49). 
Quanto à abordagem biológica Assumpção e Pimentel (2000) afirmam que as 
do autismo são desconhecidas, porém varias doenças neurológicas e/ou genéticas 
apresentadas como sintomas do autismo. Problemas cromossômicos, gênicos, 
mesmo doenças transmitidas/adquiridas durante a gestação, durante ou 
estar associados diretamente ao autismo. Leboyer menciona que: 
[...] A lista de situações patológicas é muito extensa e inclui fatores pré, peri e 
s, doenças metabólicas, doença 
doenças hereditárias. Apesar da ausência aparente de ligação 
reúne: todas as patologias são suscetíveis de 
cerebral que interfere no desenvolvimento do sistema 
Tamanaha, Perissinoto e Chiari (2008) indicam que pesquisas recentes sugerem que 
ter haver com alterações neuroanatômicas, considerado este extramente 
masculino. Tal fato ocorreria devido às altas taxas de testosterona a que os autistas seriam 
natal, sendo assim o motivo de responderem processo de 
desde modo, os autores defenderam a 
que “sujeitos autistas apresentam um funcionamento cerebral essencialmente 
 
 
Mello (2001) esclarece que existem vários princípios de diagnósticos utilizados 
para classificação do autismo. Os mais utilizados são o Manual de Diagnóstico e de 
Estatística de Doenças Mentais da Academia Americana de Psiquiatria, DSM 
Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde, o CID 
publicado pela Organização Mundial de Saúde, sendo que, o diagnóstico deve ser feito 
por profissional especializado, os quais podem ser um médico neuropediatra ou um 
psiquiatra especializado 
 Na décima revisão da Classificação Internacional de Doe
é considerado um transtorno do desenvolvimento, assim se apresenta e caracterizam
acordo com Tamanaha, Perissinoto e Chiari:
 
[...] os Transtornos Globais do Desenvolvimento foram classificados como um
grupo de alterações, car
social e
atividades restrito
uma característica global
PERISSINOTO E CHIARI, 2008,
 
Assumpção e Pimentel (2000) destacam que a questão do diagnóstico passa a ser 
mais complexa na medida em que consideramos as chamadas síndromes de Asperger, que 
são inseridas dentro do Continuo Autístico. O
diagnostico diferencial dos quadros autístico inclui outros distúrbios invasivos do 
desenvolvimento, como
desintegrativos e os quadros não
grandes dificuldades do clinico
O fato é que não há como separar o desenvolvimento cognitivo do afetivo e sua
essência biológica, sendo assim, independente da visão etiológica e diagnostica que se 
tenha a respeito do autismo é de
abordagem educativa à essas crianças, levando em consideração a tríade e os métodos de 
intervenção de aprendizagem. 
A conclusão que emerge dessa reflexão é que existe um comprometimento
que afeta o desenvolvimento como um processo e, 
(por meio da interação entre as experiências com
desenvolvimento das noções de si, do outro e do mundo
autismo classificada como psicose ou como
Na verdade, existe a falta de um modelo teórico
dar conta das diferenças entre duas formas de
7 
Mello (2001) esclarece que existem vários princípios de diagnósticos utilizados 
classificação do autismo. Os mais utilizados são o Manual de Diagnóstico e de 
Doenças Mentais da Academia Americana de Psiquiatria, DSM 
Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde, o CID 
Organização Mundial de Saúde, sendo que, o diagnóstico deve ser feito 
especializado, os quais podem ser um médico neuropediatra ou um 
 no assunto autismo. 
Na décima revisão da Classificação Internacional de Doenças 
considerado um transtorno do desenvolvimento, assim se apresenta e caracterizam
acordo com Tamanaha, Perissinoto e Chiari: 
[...] os Transtornos Globais do Desenvolvimento foram classificados como um
grupo de alterações, caracterizadas por alterações qualitativas da interação 
social e modalidades de comunicação, e por um repertório de interesses e 
atividades restrito e estereotipado. Essas anomalias qualitativas constituem 
uma característica global do funcionamento do indivíd
PERISSINOTO E CHIARI, 2008, p.4): 
Assumpção e Pimentel (2000) destacam que a questão do diagnóstico passa a ser 
complexa na medida em que consideramos as chamadas síndromes de Asperger, que 
inseridas dentro do Continuo Autístico. Os respectivos autores afirmam: 
diferencial dos quadros autístico inclui outros distúrbios invasivos do 
desenvolvimento, como a síndrome de Asperger, a síndrome de Rett, transtornos 
desintegrativos e os quadros não especificados. Esse diagnostico diferencial é uma das 
grandes dificuldades do clinico. 
O fato é que não há como separar o desenvolvimento cognitivo do afetivo e sua
essência biológica, sendo assim, independente da visão etiológica e diagnostica que se 
respeito do autismo é de fundamental importância que se tenha claro a forma de 
educativa à essas crianças, levando em consideração a tríade e os métodos de 
aprendizagem. 
A conclusão que emerge dessa reflexão é que existe um comprometimento
eta o desenvolvimento como um processo e, consequentemente
eio da interação entre as experiências com o ambiente, que possibilita o 
desenvolvimento das noções de si, do outro e do mundo ao seu redor), seja a síndrome do 
ificada como psicose ou como transtorno d desenvolvimento. 
Na verdade, existe a falta de um modelo teórico suficientemente abrangente para 
dar conta das diferenças entre duas formas de classificação. O que vale a pensa ressaltar é 
Mello (2001) esclarece que existem vários princípios de diagnósticos utilizados 
classificação do autismo. Os mais utilizados são o Manual de Diagnóstico e de 
Doenças Mentais da Academia Americana de Psiquiatria, DSM – IV, e a 
Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde, o CID – 10, 
Organização Mundial de Saúde, sendo que, o diagnóstico deve ser feito 
especializado, os quais podem ser um médico neuropediatra ou um 
nças – CID 10 o autismo 
considerado um transtorno do desenvolvimento, assim se apresenta e caracterizam-se de 
[...] os Transtornos Globais do Desenvolvimento foram classificados como um 
acterizadas por alterações qualitativas da interação 
modalidades de comunicação, e por um repertório de interesses e 
e estereotipado. Essas anomalias qualitativas constituem 
do funcionamento do indivíduo. (TAMANAHA, 
Assumpção e Pimentel (2000) destacam que a questão do diagnóstico passa a ser 
complexa na medida em que consideramos as chamadas síndromes de Asperger, que 
s respectivos autores afirmam: O 
diferencial dos quadros autístico inclui outros distúrbios invasivos do 
a síndrome de Asperger, a síndrome de Rett, transtornos 
ico diferencial é uma das 
O fato é que não há como separar o desenvolvimento cognitivo do afetivo e sua 
essência biológica, sendo assim, independente da visão etiológica e diagnostica que se 
fundamental importância que se tenha claro a forma de 
educativa à essas crianças, levando em consideração a tríade e os métodos de 
A conclusão que emerge dessa reflexão é que existe um comprometimento precoce 
consequentemente, a personalidade 
ambiente, que possibilita o 
ao seu redor), seja a síndrome do 
transtorno d desenvolvimento. 
suficientemente abrangente para 
O que vale a pensa ressaltar é 
 
 
que seja qual for o sistema de
que crianças com autismo
linguagem / comunicação,
estereotipado (atentando
Segundo Lorna Wing (1979) as pessoas autistas possuem três grandes grupos de
perturbações,as quais se manifestam em três diferentes áreas de domínio, vindo a 
prejudicá-las. São elas: a Área Social, a da Lingua
Comportamento e Pensamento. No enta
de Lorna Wing, distingui a tríade não são separáveis como
expressão resultou de mensurações estatísticas, 
que apareciam nessas áreas não ocorriam “ao acaso”; apresentavam
com intensidade e qualidades
Na Área Social a pessoa tem dificuldade de relacionamento, pois não conseguem
interagir para compreender as regras sociais. É possível destacar algumas características 
da pessoa autista relacionadas a essa área como: não se relacionar com contato visual, 
expressões faciais, relação com os pares, primar pela rotina, sendo que a criança autista 
pode tanto isolar-se como também interagir de forma estranha aos padrões habituais. 
A inabilidade no relacionamento interpessoal chamou a atenção de Kanner (194
levando-o a afirmar que “há nelas a necessidade poderosa de não serem
Tudo o que é trazido para a criança do exterior, tudo o que altera o seu meio
interno representa uma intrusão assustadora”. No entanto estudos recentes
que nem todos os autistas mostram aversão ao toque ou isolamento, alguns ao contrário, 
podem buscar o contato físico, inclusive de uma forma intensa, quando não “pegajosa”, 
segundo pais e professores
Este campo estaria relacionado à dificuldade do autista de entender o que os outros
pensam, sentem e reagem, pois sua capacidade de compartilhar sentimen
comprometida, haveria uma enorme dificuldade em discriminar pessoas e entender o 
ponto de vista alheio, compreendendo que as outras pessoas apresentam sentimentos, 
ideias e pensamentos difer
Muitas vezes ausência de respostas das crianças deve
que esta sendo exigido e não de uma atitude de isolamento e recusa proposital. A
continua falta de compreensão do que se passa ao redor, aliada à escassa
interagir com crianças “normais” é que conduziria ao 
circulo vicioso. 
8 
ema de classificação ou a abordagem teórica adotada, a noção de 
que crianças com autismo apresentam déficits no relacionamento interpessoal, na 
linguagem / comunicação, na capacidade simbólica e, ainda, comportamento 
estereotipado (atentando-se para as diferenças individuais), não tem sido desafiada
Segundo Lorna Wing (1979) as pessoas autistas possuem três grandes grupos de
perturbações, as quais se manifestam em três diferentes áreas de domínio, vindo a 
las. São elas: a Área Social, a da Linguagem e Comunicação e a do 
Pensamento. No entanto Baptista e Bosa (2002) ressaltam que apesar 
distingui a tríade não são separáveis como leva a crer o termo “tríade”, 
de mensurações estatísticas, demonstrando que os comprometimentos 
áreas não ocorriam “ao acaso”; apresentavam
com intensidade e qualidades variadas. 
Na Área Social a pessoa tem dificuldade de relacionamento, pois não conseguem
reender as regras sociais. É possível destacar algumas características 
pessoa autista relacionadas a essa área como: não se relacionar com contato visual, 
faciais, relação com os pares, primar pela rotina, sendo que a criança autista 
como também interagir de forma estranha aos padrões habituais. 
relacionamento interpessoal chamou a atenção de Kanner (194
o a afirmar que “há nelas a necessidade poderosa de não serem
azido para a criança do exterior, tudo o que altera o seu meio
interno representa uma intrusão assustadora”. No entanto estudos recentes
autistas mostram aversão ao toque ou isolamento, alguns ao contrário, 
contato físico, inclusive de uma forma intensa, quando não “pegajosa”, 
professores. 
Este campo estaria relacionado à dificuldade do autista de entender o que os outros
pensam, sentem e reagem, pois sua capacidade de compartilhar sentimen
haveria uma enorme dificuldade em discriminar pessoas e entender o 
compreendendo que as outras pessoas apresentam sentimentos, 
diferentes. 
Muitas vezes ausência de respostas das crianças deve-se a falta de compreensão do
que esta sendo exigido e não de uma atitude de isolamento e recusa proposital. A
continua falta de compreensão do que se passa ao redor, aliada à escassa
interagir com crianças “normais” é que conduziria ao isolamento,
classificação ou a abordagem teórica adotada, a noção de 
apresentam déficits no relacionamento interpessoal, na 
na capacidade simbólica e, ainda, comportamento 
erenças individuais), não tem sido desafiada. 
Segundo Lorna Wing (1979) as pessoas autistas possuem três grandes grupos de 
perturbações, as quais se manifestam em três diferentes áreas de domínio, vindo a 
gem e Comunicação e a do 
) ressaltam que apesar 
leva a crer o termo “tríade”, a 
demonstrando que os comprometimentos 
áreas não ocorriam “ao acaso”; apresentavam-se juntos, embora 
Na Área Social a pessoa tem dificuldade de relacionamento, pois não conseguem 
reender as regras sociais. É possível destacar algumas características 
pessoa autista relacionadas a essa área como: não se relacionar com contato visual, 
faciais, relação com os pares, primar pela rotina, sendo que a criança autista 
como também interagir de forma estranha aos padrões habituais. 
relacionamento interpessoal chamou a atenção de Kanner (1943) 
o a afirmar que “há nelas a necessidade poderosa de não serem perturbadas. 
azido para a criança do exterior, tudo o que altera o seu meio externo ou 
interno representa uma intrusão assustadora”. No entanto estudos recentes comprovam 
autistas mostram aversão ao toque ou isolamento, alguns ao contrário, 
contato físico, inclusive de uma forma intensa, quando não “pegajosa”, 
Este campo estaria relacionado à dificuldade do autista de entender o que os outros 
pensam, sentem e reagem, pois sua capacidade de compartilhar sentimentos é 
haveria uma enorme dificuldade em discriminar pessoas e entender o 
compreendendo que as outras pessoas apresentam sentimentos, 
se a falta de compreensão do 
que esta sendo exigido e não de uma atitude de isolamento e recusa proposital. A 
continua falta de compreensão do que se passa ao redor, aliada à escassa oportunidade de 
isolamento, criando, assim, um 
 
 
A área de Comunicação e Linguagem, o autista tanto na linguagem verbal como na
linguagem não verbal, apresenta uma forma deficiente e bem diferente dos padrões 
habituais, pois possuem uma linguagem repetitiva
iniciar e manter uma conversa. Caracterizado com ecolalia, segundo Lamônica (1992) 
cerca de setenta e cinco 
ecolalia se apresenta de dois
Na ecolalia imediata, a criança autista repete quase que imediatamente aquilo que
acabara de escutar após a verbalização de outra pessoa, Lamônica (1992, p.3) afirma ser
indicio de falha da criança em compreender a fala do outro, “com
voltar às verbalizações para compreender seu conteúdo”. A ecolalia mediata, a criança 
demora certo tempo para repetir o que escutou. Segundo Fa
a ecolalia poderia representar a intenção da criança autist
social em faces as falhas para compreender uma mensagem. Desta forma a ecolalia seria 
um esforço do autista para participar da interação social, levando em consideração seu 
repertorio verbal ser limitado.
O autista apresenta pro
quando pequenas, a real função da linguagem, 
linguagem para se comunicarem, apesar disso conseguem pronunciar algumas palavras, 
enquanto as que não verbalizam, compree
porém somente palavras como substantivos e verbos. A esse fato Gillberg define que:
 
Estudos epidemiológicos tem apontado que 70% dos indivíduos com autismo
apresentam deficiência mental. Somente 30% apresentam 
caracterizado por uma discrepân
padronizados. Nesses indivíduos, geralmente não se identificam problemas na 
área
a
 
 Estima-se que cerca de 
toda a vida. Podemos então observar que a comunicação da criança autista
caracterizado por falta de verbalização ou por ecolalia, sen
raro encontrar autistas que falam normalmente. O que preconiza os cinemas, divulgando 
a noção de que indivíduos com autismo apresentam talentos especiais, de modo que 
Pring, Hermelin, Buhler e Walkerafirmam:
Na verdade, tais ha
diagnosticados como apresentando aut
combinação 
ainda, pela
especifica e não global
in: Baptista e Bosa 2002,
9 
rea de Comunicação e Linguagem, o autista tanto na linguagem verbal como na
linguagem não verbal, apresenta uma forma deficiente e bem diferente dos padrões 
pois possuem uma linguagem repetitiva e estereotipada, não conseguindo 
uma conversa. Caracterizado com ecolalia, segundo Lamônica (1992) 
 por cento das crianças autistas que falam, apresentam ecolalia. A 
ecolalia se apresenta de dois tipos: a ecolalia imediata e a mediata. 
Na ecolalia imediata, a criança autista repete quase que imediatamente aquilo que
acabara de escutar após a verbalização de outra pessoa, Lamônica (1992, p.3) afirma ser
indicio de falha da criança em compreender a fala do outro, “como se a criança quisesse 
às verbalizações para compreender seu conteúdo”. A ecolalia mediata, a criança 
tempo para repetir o que escutou. Segundo Fay (1980, in: Lamônica, 1992
a ecolalia poderia representar a intenção da criança autista em manter certa interação 
falhas para compreender uma mensagem. Desta forma a ecolalia seria 
para participar da interação social, levando em consideração seu 
limitado. 
O autista apresenta problemas de comunicação, pois não conseguem entender 
pequenas, a real função da linguagem, consequentemente falhando ao usarem a 
para se comunicarem, apesar disso conseguem pronunciar algumas palavras, 
não verbalizam, compreendem algumas palavras faladas pelos outros, 
palavras como substantivos e verbos. A esse fato Gillberg define que:
 
Estudos epidemiológicos tem apontado que 70% dos indivíduos com autismo
apresentam deficiência mental. Somente 30% apresentam 
caracterizado por uma discrepância entre as áreas verbal e não 
padronizados. Nesses indivíduos, geralmente não se identificam problemas na 
área não verbal (ex.: habilidades visuo motoras), podendo esta inclusive estar 
acima do esperado para a idade cronológica. 
 
se que cerca de 50% dos autistas não desenvolvem a
toda a vida. Podemos então observar que a comunicação da criança autista
caracterizado por falta de verbalização ou por ecolalia, sendo, segundo Lamônica (1992)
raro encontrar autistas que falam normalmente. O que preconiza os cinemas, divulgando 
noção de que indivíduos com autismo apresentam talentos especiais, de modo que 
Hermelin, Buhler e Walker afirmam: 
Na verdade, tais habilidades estão presentes em menos de 10% dos indivíduos
diagnosticados como apresentando autismo e tem sido explicadas pela 
combinação de comportamentos obsessivos e interesses sociais limitados ou 
ainda, pela tendência em processar informações do 
especifica e não global .(PRING, HERMELIN, BUHLER E WALKER,1997, 
in: Baptista e Bosa 2002, p.32) 
rea de Comunicação e Linguagem, o autista tanto na linguagem verbal como na 
linguagem não verbal, apresenta uma forma deficiente e bem diferente dos padrões 
e estereotipada, não conseguindo 
uma conversa. Caracterizado com ecolalia, segundo Lamônica (1992) 
por cento das crianças autistas que falam, apresentam ecolalia. A 
Na ecolalia imediata, a criança autista repete quase que imediatamente aquilo que 
acabara de escutar após a verbalização de outra pessoa, Lamônica (1992, p.3) afirma ser 
o se a criança quisesse 
às verbalizações para compreender seu conteúdo”. A ecolalia mediata, a criança 
y (1980, in: Lamônica, 1992), 
a em manter certa interação 
falhas para compreender uma mensagem. Desta forma a ecolalia seria 
para participar da interação social, levando em consideração seu 
blemas de comunicação, pois não conseguem entender 
falhando ao usarem a 
para se comunicarem, apesar disso conseguem pronunciar algumas palavras, 
ndem algumas palavras faladas pelos outros, 
palavras como substantivos e verbos. A esse fato Gillberg define que: 
Estudos epidemiológicos tem apontado que 70% dos indivíduos com autismo 
apresentam deficiência mental. Somente 30% apresentam um perfil cognitivo 
cia entre as áreas verbal e não verbal em testes 
padronizados. Nesses indivíduos, geralmente não se identificam problemas na 
motoras), podendo esta inclusive estar 
dos autistas não desenvolvem a linguagem durante 
toda a vida. Podemos então observar que a comunicação da criança autista é 
do, segundo Lamônica (1992) 
raro encontrar autistas que falam normalmente. O que preconiza os cinemas, divulgando 
noção de que indivíduos com autismo apresentam talentos especiais, de modo que 
bilidades estão presentes em menos de 10% dos indivíduos 
ismo e tem sido explicadas pela 
nteresses sociais limitados ou 
tendência em processar informações do ambiente de forma 
.(PRING, HERMELIN, BUHLER E WALKER,1997, 
 
 
 
A área do Comportamento e Pensamento é a terceira área afetada, sendo que ela é
caracterizada pela rigidez do comportamento e do pensamento,
imaginação. Destaca-se também o comportamento ritualista e muitas vezes obsessivo, a
ausência dos jogos de faz de conta, pois não percebem o objeto inteiro, mas só uma parte, 
um detalhe, e não entendem para que serve o brinquedo, o at
dependência de rotinas. Um dos grandes problemas que pais e educadores encontram é 
encontrar estratégias para remediar o atraso no desenvolvimento social do autista, que 
consequentemente trás prejuízos no relacionamento com outras pess
de comunicação. A essas
citados acima, “representam o
previsibilidade e controle sobre as
indivíduos com autismo e tem implicações
métodos de aprendizagem hoje conhecidos.
Sendo assim, Identificar o que devemos ensinar a uma criança autista passa a ser
fundamental, pois as mesmas não se aju
assim pontuaremos os principais tipos de intervenção educacional como: ABA; PECS; 
TEACCH. 
O método PECS, Sistema de comunicação através da troca de figuras, foi
desenvolvido com o intuito de ajudar crianças e ad
de desenvolvimento a adquirir capacidade de comunicação. Método considerado simples 
e de baixo custo, e quando bem implantado apresenta resultados inquestionáveis na 
comunicação através de cartões em crianças que não 
linguagem verbal para as
Outro método utilizado é TEACCH, tratamento e educação para crianças autistas e
com distúrbios da comunicação, segundo Cornelsen (2007), 
bastante utilizado em todo o mundo, utiliza uma avaliação chamada PEP
psicoeducacional revisado) para avaliar a criança, caracterizado como um programa de
aprendizado individualizado. Como afirmam Gomes e Silva: 
 
Nest
essenciais, pois possibilita o entendimento do que está ocorrendo, propicia
confiança e segurança. As dificuldades de generalização indicam a necessidade 
de
realizadas, além de instrumento de apoio para ensinar o que vem antes, o que
acontece depois, proporcionando o planejamento de ações e seu encadeamento
numa 
10 
rea do Comportamento e Pensamento é a terceira área afetada, sendo que ela é
caracterizada pela rigidez do comportamento e do pensamento, e também a precária
se também o comportamento ritualista e muitas vezes obsessivo, a
ausência dos jogos de faz de conta, pois não percebem o objeto inteiro, mas só uma parte, 
detalhe, e não entendem para que serve o brinquedo, o at
rotinas. Um dos grandes problemas que pais e educadores encontram é 
para remediar o atraso no desenvolvimento social do autista, que 
prejuízos no relacionamento com outras pessoas e nas habilidades 
de comunicação. A essas características observadas por Kanner, segundo os autores 
citados acima, “representam o embrião das noções contemporâneas de que o senso de 
previsibilidade e controle sobre as situações facilita a adaptação e a
indivíduos com autismo e tem implicações para intervenção.” Surgindo assim, os 
métodos de aprendizagem hoje conhecidos. 
Sendo assim, Identificar o que devemos ensinar a uma criança autista passa a ser
fundamental, pois as mesmas não se ajustam as formas habituais de avaliação. Sendo 
pontuaremos os principais tipos de intervenção educacional como: ABA; PECS; 
O método PECS, Sistemade comunicação através da troca de figuras, foi
desenvolvido com o intuito de ajudar crianças e adultos autistas e com outros distúrbios 
desenvolvimento a adquirir capacidade de comunicação. Método considerado simples 
baixo custo, e quando bem implantado apresenta resultados inquestionáveis na 
através de cartões em crianças que não falam, e na organização da 
linguagem verbal para as crianças que falam, mas que precisam organizar a linguagem.
Outro método utilizado é TEACCH, tratamento e educação para crianças autistas e
com distúrbios da comunicação, segundo Cornelsen (2007), trata-se de uma intervenção
bastante utilizado em todo o mundo, utiliza uma avaliação chamada PEP
psicoeducacional revisado) para avaliar a criança, caracterizado como um programa de
aprendizado individualizado. Como afirmam Gomes e Silva: 
Neste método a programação individual de cada aluno é uma das ferramentas
essenciais, pois possibilita o entendimento do que está ocorrendo, propicia
confiança e segurança. As dificuldades de generalização indicam a necessidade 
de rotina clara e previsível. Indica visualmente ao estudante quais tarefas serão
realizadas, além de instrumento de apoio para ensinar o que vem antes, o que
acontece depois, proporcionando o planejamento de ações e seu encadeamento
numa sequencia de trabalhos.(GOMES E SILVA ,2007, p.3)
rea do Comportamento e Pensamento é a terceira área afetada, sendo que ela é 
e também a precária 
se também o comportamento ritualista e muitas vezes obsessivo, a 
ausência dos jogos de faz de conta, pois não percebem o objeto inteiro, mas só uma parte, 
detalhe, e não entendem para que serve o brinquedo, o atraso intelectual e a 
rotinas. Um dos grandes problemas que pais e educadores encontram é 
para remediar o atraso no desenvolvimento social do autista, que 
oas e nas habilidades 
características observadas por Kanner, segundo os autores 
embrião das noções contemporâneas de que o senso de 
situações facilita a adaptação e a aprendizagem de 
para intervenção.” Surgindo assim, os 
Sendo assim, Identificar o que devemos ensinar a uma criança autista passa a ser 
stam as formas habituais de avaliação. Sendo 
pontuaremos os principais tipos de intervenção educacional como: ABA; PECS; 
O método PECS, Sistema de comunicação através da troca de figuras, foi 
ultos autistas e com outros distúrbios 
desenvolvimento a adquirir capacidade de comunicação. Método considerado simples 
baixo custo, e quando bem implantado apresenta resultados inquestionáveis na 
falam, e na organização da 
crianças que falam, mas que precisam organizar a linguagem. 
Outro método utilizado é TEACCH, tratamento e educação para crianças autistas e 
se de uma intervenção 
bastante utilizado em todo o mundo, utiliza uma avaliação chamada PEP-R (perfil 
psicoeducacional revisado) para avaliar a criança, caracterizado como um programa de 
e método a programação individual de cada aluno é uma das ferramentas 
essenciais, pois possibilita o entendimento do que está ocorrendo, propicia 
confiança e segurança. As dificuldades de generalização indicam a necessidade 
dica visualmente ao estudante quais tarefas serão 
realizadas, além de instrumento de apoio para ensinar o que vem antes, o que 
acontece depois, proporcionando o planejamento de ações e seu encadeamento 
de trabalhos.(GOMES E SILVA ,2007, p.3) 
 
 
 
Babtista e Bosa (2002) são incisivos ao afirmar que as formas como os autistas
comunicam suas necessidades não é imediatamente compreendida, se adotarmos um 
sistema de comunicação convencional. Assim uma escuta atenta e sem preconceitos 
permite-nos entender o esforço que as crianças autistas desprendem para se fazer 
entender, lançam mão de
Observa-se o interesse dos métodos educacionais em desenvolver a socialização e
sobre tudo a linguagem em crianças
criança autista tornando
linguagem melhor, assim como se dá em crianças como desenvolvimento normal, a 
linguagem, também em crianças autistas, se d
contexto social. Todavia,
habilidades sociais, é necessário proporcionar períodos de interação nos quais devam ser 
envidados esforços especiais para favorecer a 
facilitando, assim, a comunicação
deve ser desenvolvido em ambientes
rotina na qual eles respondem melhor aos
Nilsson (2004) diferencia o aprendizado de uma criança autista e a não autista
uma visão cognitiva. O autista apresenta um pensamento literal concreto, visual,
fragmentado. Ocorre um tipo de estímulo sensorial por vez, enquanto que em uma criança 
não autista ocorre a coordenação de todas as modalidades sensoriais. “Pessoas com 
autismo pensam de sua própria maneira associativa, e isto torna difícil de manter uma 
conversação, mesmo quando eles têm a habilidade de usar a linguagem”. Assim os 
métodos educacionais citados acima, ABA, PECS, TEACCH, de cunho visual é de 
fundamental importância para a
pensamento é fragmentado, e pautado na
dispositivo de substituição é oferecer 
compreensível sobre o que ele fará em que ordem se dará o
atividade ser terminada e onde as várias atividades deverão ocorrer. 
Levando sempre em consideração as diferenças entre os educandos
particularidades podendo estar sendo feito adaptações de acordo com a realidade 
diagnostica de cada criança e
Para a psicóloga Nunes (2004) o autista insere
alternativa, pois poucos desenvolvem a li
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Babtista e Bosa (2002) são incisivos ao afirmar que as formas como os autistas
comunicam suas necessidades não é imediatamente compreendida, se adotarmos um 
de comunicação convencional. Assim uma escuta atenta e sem preconceitos 
entender o esforço que as crianças autistas desprendem para se fazer 
entender, lançam mão de ferramentas que as ajudam a serem compreendidas.
se o interesse dos métodos educacionais em desenvolver a socialização e
sobre tudo a linguagem em crianças autistas, sendo a linguagem uma habilidade social, a
criança autista tornando-se mais sociável, pode, provavelmente, desenvolvem uma 
melhor, assim como se dá em crianças como desenvolvimento normal, a 
em crianças autistas, se daria através do intercambio verbal no 
contexto social. Todavia, afirma Lamônica (1992) “por causa de sua desvantagem nas 
necessário proporcionar períodos de interação nos quais devam ser 
especiais para favorecer a reciprocidade da criança autista, 
facilitando, assim, a comunicação social”. Assim o ensino da linguagem, aos autistas, 
deve ser desenvolvido em ambientes naturais da criança, pois o mesmo facilita uma 
rotina na qual eles respondem melhor aos estímulos. 
) diferencia o aprendizado de uma criança autista e a não autista
uma visão cognitiva. O autista apresenta um pensamento literal concreto, visual,
fragmentado. Ocorre um tipo de estímulo sensorial por vez, enquanto que em uma criança 
sta ocorre a coordenação de todas as modalidades sensoriais. “Pessoas com 
pensam de sua própria maneira associativa, e isto torna difícil de manter uma 
mesmo quando eles têm a habilidade de usar a linguagem”. Assim os 
citados acima, ABA, PECS, TEACCH, de cunho visual é de 
fundamental importância para a aprendizagem do autista, já que para o mesmo o 
pensamento é fragmentado, e pautado na previsibilidade. Usar o lado visual como 
dispositivo de substituição é oferecer à pessoa com autismo informação facilmente 
compreensível sobre o que ele fará em que ordem se dará o que vem depois de uma 
atividade ser terminada e onde as várias atividades deverão ocorrer. 
Levando sempre em consideração as diferenças entre os educandos
podendo estar sendo feito adaptações de acordo com a realidade 
diagnostica de cada criança e suas especificações. 
Para a psicóloga Nunes (2004) o autista insere-se em um grupo de linguagem
alternativa, pois poucos desenvolvem a linguagem verbal adequadamente, como notamos 
Babtista e Bosa (2002) são incisivos ao afirmar que as formas como os autistas 
comunicam suas necessidades não é imediatamente compreendida, se adotarmos um 
de comunicação convencional.Assim uma escuta atenta e sem preconceitos 
entender o esforço que as crianças autistas desprendem para se fazer 
ferramentas que as ajudam a serem compreendidas. 
se o interesse dos métodos educacionais em desenvolver a socialização e 
autistas, sendo a linguagem uma habilidade social, a 
se mais sociável, pode, provavelmente, desenvolvem uma 
melhor, assim como se dá em crianças como desenvolvimento normal, a 
aria através do intercambio verbal no 
) “por causa de sua desvantagem nas 
necessário proporcionar períodos de interação nos quais devam ser 
reciprocidade da criança autista, 
social”. Assim o ensino da linguagem, aos autistas, 
naturais da criança, pois o mesmo facilita uma 
) diferencia o aprendizado de uma criança autista e a não autista em 
uma visão cognitiva. O autista apresenta um pensamento literal concreto, visual, 
fragmentado. Ocorre um tipo de estímulo sensorial por vez, enquanto que em uma criança 
sta ocorre a coordenação de todas as modalidades sensoriais. “Pessoas com 
pensam de sua própria maneira associativa, e isto torna difícil de manter uma 
mesmo quando eles têm a habilidade de usar a linguagem”. Assim os 
citados acima, ABA, PECS, TEACCH, de cunho visual é de 
aprendizagem do autista, já que para o mesmo o 
previsibilidade. Usar o lado visual como 
autismo informação facilmente 
que vem depois de uma 
 
Levando sempre em consideração as diferenças entre os educandos e suas 
podendo estar sendo feito adaptações de acordo com a realidade 
se em um grupo de linguagem 
nguagem verbal adequadamente, como notamos 
 
 
em nossos estudos. O objetivo da linguagem alternativa é proporcionar, para o autista, 
meios não só de expressão como também de compreensão da linguagem oral.
Desta forma Amy (2001) afirma a importância de uma edu
percepção, na imitação e na motricidade, que são ferramentas indispensáveis a 
comunicação. Onde somente um método não é o bastante, mas sim a mistura entre eles, 
poder adaptar ao que é necessário no tempo certo e saber que assim podere
contribuindo com o desenvolvimento da criança autista, objetivo maior para a 
socialização. 
 
Considerações finais
 
Independente de sua classificação psicogenética ou biológica é notório que a 
criança autista apresenta déficits na área social, na 
comportamento e pensamento. 
Baseados nestas áreas que apresentam déficits e no direito da criança autista a uma
educação que respeite e considere suas limitações, é que através de estudos e pesquisas
surgem novos métodos de in
É evidente que tais métodos de intervenção não solucionam os déficits, mas vem para 
somar com todos os trabalhos já desenvolvidos nesta área, visando à melhora da 
qualidade de vida da criança auti
Consideramos o autismo como sendo uma síndrome intrigante, porque nos desafia
quanto ao conhecimento sobre a natureza humana. Pesquisar o autismo é recusar uma só
forma de ver o mundo, aquela que nos foi mostrada desde a infância. É pensar de varias
maneiras a compreensão da vida e seus limites, se assim houver, não perdendo a ética e
compromisso de educadores que somos, mas quebrando paradigmas pré
passando a ver o outro com tamanha capacidade empática.
 
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nossos estudos. O objetivo da linguagem alternativa é proporcionar, para o autista, 
só de expressão como também de compreensão da linguagem oral.
Desta forma Amy (2001) afirma a importância de uma educação voltada para a
percepção, na imitação e na motricidade, que são ferramentas indispensáveis a 
Onde somente um método não é o bastante, mas sim a mistura entre eles, 
que é necessário no tempo certo e saber que assim podere
desenvolvimento da criança autista, objetivo maior para a 
Considerações finais 
Independente de sua classificação psicogenética ou biológica é notório que a 
autista apresenta déficits na área social, na linguagem e comunicação e no 
pensamento. 
Baseados nestas áreas que apresentam déficits e no direito da criança autista a uma
educação que respeite e considere suas limitações, é que através de estudos e pesquisas
surgem novos métodos de intervenção de aprendizagem que atendem as crianças autistas. 
evidente que tais métodos de intervenção não solucionam os déficits, mas vem para 
com todos os trabalhos já desenvolvidos nesta área, visando à melhora da 
da criança autista. 
Consideramos o autismo como sendo uma síndrome intrigante, porque nos desafia
quanto ao conhecimento sobre a natureza humana. Pesquisar o autismo é recusar uma só
forma de ver o mundo, aquela que nos foi mostrada desde a infância. É pensar de varias
aneiras a compreensão da vida e seus limites, se assim houver, não perdendo a ética e
compromisso de educadores que somos, mas quebrando paradigmas pré
passando a ver o outro com tamanha capacidade empática. 
nossos estudos. O objetivo da linguagem alternativa é proporcionar, para o autista, 
só de expressão como também de compreensão da linguagem oral. 
cação voltada para a 
percepção, na imitação e na motricidade, que são ferramentas indispensáveis a 
Onde somente um método não é o bastante, mas sim a mistura entre eles, 
que é necessário no tempo certo e saber que assim poderemos estar 
desenvolvimento da criança autista, objetivo maior para a 
Independente de sua classificação psicogenética ou biológica é notório que a 
linguagem e comunicação e no 
Baseados nestas áreas que apresentam déficits e no direito da criança autista a uma 
educação que respeite e considere suas limitações, é que através de estudos e pesquisas 
tervenção de aprendizagem que atendem as crianças autistas. 
evidente que tais métodos de intervenção não solucionam os déficits, mas vem para 
com todos os trabalhos já desenvolvidos nesta área, visando à melhora da 
Consideramos o autismo como sendo uma síndrome intrigante, porque nos desafia 
quanto ao conhecimento sobre a natureza humana. Pesquisar o autismo é recusar uma só 
forma de ver o mundo, aquela que nos foi mostrada desde a infância. É pensar de varias 
aneiras a compreensão da vida e seus limites, se assim houver, não perdendo a ética e 
compromisso de educadores que somos, mas quebrando paradigmas pré-estabelecidos, 
 
 
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Histórico e conceitos
 
Foi descrito pela primeira vez em 1943, pelo médico austríaco Leo Kanner, 
trabalhando no Johns Hopkins Hospital, em seu artigo Autistic disturbance of affective 
contact, na revista Nervous Child, vol. 2, p. 217
Hans Asperger descreveu, em sua tese de doutorado, a psicopatia autista da infância. 
Embora ambos fossem austríacos, devido à Segunda Guerra Mundial não se conheciam.
A palavra "autismo" foi criada por Eugene Bleuler, em 1911, p
sintoma da esquizofrenia, que definiu como sendo uma "fuga da realidade". Kanner e 
Asperger usaram a palavra para dar nome aos sintomas que observavam em seus 
pacientes. 
O trabalho de Asperger só veio a se tornar conhecido nos anos 1970, q
médica inglesa Lorna Wing traduziu seu trabalho para o inglês. Foi a partir daí que um 
tipo de autismo de alto desempenho passou a ser denominado síndrome de Asperger.
Nos anos 1950 e 1960, o psicólogo Bruno Bettelheim
autismo seria a indiferença da mãe, que denominou de "mãe
essa teoria foi rejeitada e passou
autismo está ligado a causas genéticas associadas a caus
causas ambientais, a contaminação por metais pesados, como o mercúrio e o Chumbo, 
têm sido apontada como forte candidatos, assim como problemas na gestação. Outros 
problemas, como uso de drogas na gravidez ou infecções nesse
ser considerados. 
Apesar do grande número de pesquisas e investigações clínicas realizadas em 
diferentes áreas e abordagens de trabalho, não se pode dizer que o autismo é um 
transtorno claramente definido. Há correntes teóricas que a
comportamentais nos primeiros anos de vida (normalmente até os 3 anos) como 
relevantes para definir o transtorno, mas hoje se tem fortes indicações de que o autismo 
seja um transtorno orgânico.Apesar disso, intervenções intensivas e p
de melhorar os sintomas.
Em 18 de dezembro de 2007, a Organização das Nações Unidas decretou todo 2 de 
abril como o Dia Mundial do Autismo.
pela ONU. 
 
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Módulo II 
Histórico e conceitos de autismo 
Foi descrito pela primeira vez em 1943, pelo médico austríaco Leo Kanner, 
trabalhando no Johns Hopkins Hospital, em seu artigo Autistic disturbance of affective 
contact, na revista Nervous Child, vol. 2, p. 217–250. No mesmo ano, o também austríaco 
Hans Asperger descreveu, em sua tese de doutorado, a psicopatia autista da infância. 
Embora ambos fossem austríacos, devido à Segunda Guerra Mundial não se conheciam.
A palavra "autismo" foi criada por Eugene Bleuler, em 1911, p
sintoma da esquizofrenia, que definiu como sendo uma "fuga da realidade". Kanner e 
Asperger usaram a palavra para dar nome aos sintomas que observavam em seus 
O trabalho de Asperger só veio a se tornar conhecido nos anos 1970, q
médica inglesa Lorna Wing traduziu seu trabalho para o inglês. Foi a partir daí que um 
tipo de autismo de alto desempenho passou a ser denominado síndrome de Asperger.
Nos anos 1950 e 1960, o psicólogo Bruno Bettelheim afirmou que a causa do 
autismo seria a indiferença da mãe, que denominou de "mãe-geladeira". Nos anos 1970 
essa teoria foi rejeitada e passou-se a pesquisar as causas do autismo. Hoje, sabe
autismo está ligado a causas genéticas associadas a causas ambientais. Dentre possíveis 
causas ambientais, a contaminação por metais pesados, como o mercúrio e o Chumbo, 
têm sido apontada como forte candidatos, assim como problemas na gestação. Outros 
problemas, como uso de drogas na gravidez ou infecções nesse período, também devem 
Apesar do grande número de pesquisas e investigações clínicas realizadas em 
diferentes áreas e abordagens de trabalho, não se pode dizer que o autismo é um 
transtorno claramente definido. Há correntes teóricas que apontam as alterações 
comportamentais nos primeiros anos de vida (normalmente até os 3 anos) como 
relevantes para definir o transtorno, mas hoje se tem fortes indicações de que o autismo 
seja um transtorno orgânico. Apesar disso, intervenções intensivas e p
de melhorar os sintomas. 
Em 18 de dezembro de 2007, a Organização das Nações Unidas decretou todo 2 de 
mo o Dia Mundial do Autismo. Em 2008 houve a primeira c
autismo 
Foi descrito pela primeira vez em 1943, pelo médico austríaco Leo Kanner, 
trabalhando no Johns Hopkins Hospital, em seu artigo Autistic disturbance of affective 
smo ano, o também austríaco 
Hans Asperger descreveu, em sua tese de doutorado, a psicopatia autista da infância. 
Embora ambos fossem austríacos, devido à Segunda Guerra Mundial não se conheciam. 
A palavra "autismo" foi criada por Eugene Bleuler, em 1911, para descrever um 
sintoma da esquizofrenia, que definiu como sendo uma "fuga da realidade". Kanner e 
Asperger usaram a palavra para dar nome aos sintomas que observavam em seus 
O trabalho de Asperger só veio a se tornar conhecido nos anos 1970, quando a 
médica inglesa Lorna Wing traduziu seu trabalho para o inglês. Foi a partir daí que um 
tipo de autismo de alto desempenho passou a ser denominado síndrome de Asperger. 
afirmou que a causa do 
geladeira". Nos anos 1970 
se a pesquisar as causas do autismo. Hoje, sabe-se que o 
as ambientais. Dentre possíveis 
causas ambientais, a contaminação por metais pesados, como o mercúrio e o Chumbo, 
têm sido apontada como forte candidatos, assim como problemas na gestação. Outros 
período, também devem 
Apesar do grande número de pesquisas e investigações clínicas realizadas em 
diferentes áreas e abordagens de trabalho, não se pode dizer que o autismo é um 
pontam as alterações 
comportamentais nos primeiros anos de vida (normalmente até os 3 anos) como 
relevantes para definir o transtorno, mas hoje se tem fortes indicações de que o autismo 
seja um transtorno orgânico. Apesar disso, intervenções intensivas e precoces são capazes 
Em 18 de dezembro de 2007, a Organização das Nações Unidas decretou todo 2 de 
Em 2008 houve a primeira comemoração da data 
 
 
Em novembro de 2010, a ciência, falou pe
a publicação na revista científica Cell
com o pesquisador brasileiro Alysson Muotri, na Universidade da Califórnia, que 
conseguiu "curar" um neurônio "autista" em labo
Síndrome de Rett (um tipo de autismo com maior comprometimento e com comprovada 
causa genética). 
Grande parte da população já ouviu falar em autismo. Geralmente, esta palavra
remete a campanhas, filmes ou programas d
canto, balança o corpo e olha incansavelmente para seus dedinhos
até ilustra, em parte, pessoas com esse tipo de
estereótipo, é capaz de deixar marcas e
O retrato visto nessas imagens é apenas um flash de um mundo que se abre para
conhecimento de pessoas extraordinárias e peculiares, que muito podem nos
livro parte desta premissa para discorrer sobre esse 
universo complexo do autismo. Se deixarmos o
a oportunidade de conhecer pessoas
divertidas, amorosas e 
indivíduos com autismo é ter a oportunidade de participar de um milagre diário: a 
redescoberta do que há de mais humano em nós e neles.
Os primeiros sintomas do autismo manifestam
anos de idade, o que faz com que os profissionais da área da saúde busquem
incessantemente o diagnóstico precoce. Depois do nascimento, com direito a
filmado e foto com o médico, um filho passa a ser cuidado momento a
pais que, além de se dedic
do seu desenvolvimento. 
Conforme cresce e dá seus
"disputam" para ver qual será a primeira palavra, "papai" ou "mamãe", e não se cansam 
de dizer: "andou com apenas 10 meses" ou "no seu primeiro aniversário, já falava!". Mas 
e quando esses comportamentos não acontecem ou aparecem de forma peculiar? O
acompanhamento desses marcos de desenvolvimento é de fundamental
o diagnóstico de qualquer alteração na primeira infância. 
No caso do autismo, essa importância aumenta, pois quanto antes notarmos que 
algo não vai bem, maiores serão as chances de corrigirmos as disfunções advindas
condição. 
15 
Em novembro de 2010, a ciência, falou pela primeira vez em cura do autismo, com 
sta científica Cell da descoberta de um grupo de cientistas nos EUA, 
com o pesquisador brasileiro Alysson Muotri, na Universidade da Califórnia, que 
conseguiu "curar" um neurônio "autista" em laboratório. O estudo, que se baseou na 
Síndrome de Rett (um tipo de autismo com maior comprometimento e com comprovada 
Grande parte da população já ouviu falar em autismo. Geralmente, esta palavra
remete a campanhas, filmes ou programas de TV em que uma criança,
canto, balança o corpo e olha incansavelmente para seus dedinhos a se mexer. Essa cena 
até ilustra, em parte, pessoas com esse tipo de funcionamento mental, mas, como 
estereótipo, é capaz de deixar marcas e estigmatizar quem vive e se expressa assim.
O retrato visto nessas imagens é apenas um flash de um mundo que se abre para
conhecimento de pessoas extraordinárias e peculiares, que muito podem nos
livro parte desta premissa para discorrer sobre esse tema e apresentar as diversas faces do 
universo complexo do autismo. Se deixarmos o preconceito nos dominar, podemos perder 
a oportunidade de conhecer pessoas que são, na maioria das vezes, verdadeiras, honestas, 
 muito humanas. Entender e dominar o mundo singular dos 
autismo é ter a oportunidade de participar de um milagre diário: a 
do que há de mais humano em nós e neles. 
Os primeiros sintomas do autismo manifestam-se, necessariamente, antes dos 3
idade, o que faz com que os profissionais da área da saúde busquem
incessantemente o diagnóstico precoce. Depois do nascimento, com direito a
filmado e foto com o médico, um filho passa a ser cuidado momento a
pais que, além de se dedicarem a seus cuidados básicos, passam a acompanhar cada dia 
do seu desenvolvimento. 
Conforme cresce e dá seus primeiros passos, a criança se torna o xodó dos pais, que 
qual será a primeira palavra,

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