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Livro_toxicologia ambiental_ocupacional

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Prévia do material em texto

TOXICOLOGIA 
AMBIENTAL E 
OCUPACIONAL
Professora Dra. Cristiane Suemi Shinobu Mesquita
Professor Esp. Hudson Marleygino Mesquita
GRADUAÇÃO
Unicesumar
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; MESQUITA, Hudson Marleygino; MESQUITA, Cristia-
ne Suemi Shinobu. 
Toxicologia Ambiental e Ocupacional. Hudson Marleygino 
Mesquita; Cristiane Suemi Shinobu Mesquita. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2016. Reimpresso em 2019.
140 p.
“Graduação - EaD”.
1. Toxicologia. 2. Ambiental. 3. Ocupacional. 4. EaD. I. Título.
CDD - 22 ed. 616.9
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha catalográica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Diretoria Executiva
Chrystiano Minco�
James Prestes
Tiago Stachon 
Diretoria de Design Educacional
Débora Leite
Diretoria de Graduação e Pós-graduação 
Kátia Coelho
Diretoria de Permanência 
Leonardo Spaine
Head de Produção de Conteúdos
Celso Luiz Braga de Souza Filho
Gerência de Produção de Conteúdo
Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais
Daniel Fuverki Hey
Supervisão do Núcleo de Produção 
de Materiais
Nádila Toledo
Supervisão Operacional de Ensino
Luiz Arthur Sanglard
Coordenador de Conteúdo
Luciano Santana Pereira
Designer Educacional
Maria Fernanda Canova Vasconcelos
Projeto Gráico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Arte Capa
Arthur Cantareli Silva
Ilustração Capa
Bruno Pardinho
Editoração
Victor Augusto Thomazini
Qualidade Textual
Danielle Marta Loddi Santos
Hellyery Agda Gonçalves da Silva
Ilustração
Marta Kakitani
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos 
com princípios éticos e proissionalismo, não so-
mente para oferecer uma educação de qualidade, 
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in-
tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos 
em 4 pilares: intelectual, proissional, emocional e 
espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos 
de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 
100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil: 
nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba, 
Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos 
EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e 
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros 
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por 
ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma 
instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos 
consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos 
educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educa-
dores soluções inteligentes para as necessidades 
de todos. Para continuar relevante, a instituição 
de educação precisa ter pelo menos três virtudes: 
inovação, coragem e compromisso com a quali-
dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de 
Engenharia, metodologias ativas, as quais visam 
reunir o melhor do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes 
áreas do conhecimento, formando proissionais 
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Pró-Reitor de 
Ensino de EAD
Diretoria de Graduação 
e Pós-graduação
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
proissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de 
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com 
os desaios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica 
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando 
sua formação proissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em 
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal 
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o 
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento 
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e proissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. 
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns 
e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das dis-
cussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe 
de professores e tutores que se encontra disponível para 
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de 
aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-
lidade e segurança sua trajetória acadêmica.
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Professor Esp. Hudson Marleygino Mesquita
Graduado em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Maringá 
(2005) e especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho pela 
Universidade Estadual de Maringá (2007). Realizou MBA em Gestão 
Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (2015), atua como Engenheiro de 
Segurança do Trabalho no SESI unidade de Campo Mourão – PR.
Professora Dra. Cristiane Suemi Shinobu Mesquita
Graduada em Farmácia com Habilitação em Análises Clínicas pela 
Universidade Estadual de Maringá (2006). Possui mestrado em Biociências 
Aplicadas à Farmácia (2009). Doutora em Biociências e Fisiopatologia (2016) 
pela Universidade Estadual de Maringá.
Atuou como docente na Uningá em 2007/2008 e na Universidade Estadual 
de Maringá 2010/2011.
SEJA BEM-VINDO(A)!
Para um melhor desenvolvimento do livro, por se tratar de um assunto relativamente 
multidisciplinar, uma vez que abrange conhecimentos em Higiene Ocupacional e Segu-
rança do Trabalho, além de conteúdos relacionados à toxicocinética e toxicodinâmica, a 
escrita foi realizada por dois autores, visando uma abrangência maior sobre o conteúdo. 
Os autores são o especialista Hudson Marleygino Mesquita, graduado em Engenharia 
Química, com especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho e a mestre Cris-
tiane Suemi Shinobu Mesquita, graduada em Farmácia Bioquímica, com mestrado em 
Biociências Aplicadas à Farmácia.
A Toxicologia investiga os agentes tóxicos sob vários aspectos, desde sua natureza, mé-
todos de detecção até os efeitos que causam nos seres vivos. O risco de intoxicação por 
agentes químicos e físicos aumenta na proporção direta ao desenvolvimento da ciên-
cia e tecnologia, que coloca à disposição da população um número cada vez maior de 
produtos, sejam eles alimentos, medicamentos, inseticidas ou produtos de limpeza em 
geral, aumentando o risco de intoxicações.
Estas intoxicações podem ocorrer nos mais diversos lugares, seja em nossos lares, local 
de trabalho e até mesmo em locais públicos, ao ar livre. Podem abranger desde intoxica-
ções simples e isoladas, como a ingestão de produtos de limpeza, até situações coletivas 
de inalação de gases tóxicos em alguns tipos de indústrias. Neste livro, veremos quais 
agentes químicos podem ser responsáveis por quadros de intoxicação, como isso ocorre 
em nosso corpo e o que podemos fazer para nos auxiliar, evitando situações de risco.
Na unidade I serão apresentados conceitos básicos da toxicologia envolvendo termos 
utilizados para a compreensão da disciplina, e discutiremos suas áreas, enfatizando a 
toxicologia ocupacional, tema deste livro.Na unidade II vamos falar sobre os agentes químicos, apresentando conceitos e classi-
icações próprias da higiene ocupacional para agentes químicos, além de apresentar a 
NR-15 e seus anexos 11, 12 e 13, que falam de substâncias químicas.
Na unidade III será apresentada a toxicocinética, ou seja, conheceremos o percurso que 
o agente tóxico realiza, a partir da exposição com o trabalhador até sua eliminação.
Na unidade IV será abordado a toxicodinâmica, ou seja, entenderemos os mecanismos 
responsáveis por causar as lesões em órgãos e tecidos, além de conhecer algumas do-
enças ocupacionais que podem acometer indivíduos expostos a determinados agentes 
químicos.
Na unidade V iremos conhecer a FISPQ, entendendo sua utilização e importância.
APRESENTAÇÃO
TOXICOLOGIA AMBIENTAL E OCUPACIONAL
SUMÁRIO
09
UNIDADE I
INTRODUÇÃO À TOXICOLOGIA
15 Introdução
16 Conceituando Toxicologia 
21 Tipos de Toxicologia 
24 Toxicologia Ocupacional 
30 Considerações Finais 
37 Referências 
38 Gabarito 
UNIDADE II
AGENTES QUÍMICOS
41 Introdução
42 Conceituando Agentes Químicos 
45 Limite de Tolerância para Agentes Químicos 
47 NR-15 Anexo 11 e 12 
50 NR-15 Anexo 13 
52 Considerações Finais 
58 Referências 
59 Gabarito 
SUMÁRIO
10
UNIDADE III
TOXICOCINÉTICA
63 Introdução
64 Introdução à Toxicocinética 
64 Mecanismos de Transporte 
67 Absorção 
71 Distribuição 
73 Excreção 
76 Considerações Finais 
83 Referências 
84 Gabarito 
UNIDADE IV
TOXICODINÂMICA
87 Introdução
88 Conceituando Toxicodinâmica 
91 Mecanismos de Toxicidade 
96 Classiicação das Intoxicações 
98 Principais Doenças Ocupacionais no Brasil 
101 Considerações Finais 
111 Referências 
112 Gabarito 
SUMÁRIO
11
UNIDADE V
FISPQ
115 Introdução
116 Breve Histórico 
117 Conceituando a FISPQ 
124 Utilizando a FISPQ 
131 Considerações Finais 
138 Referências 
139 Gabarito 
140 CONCLUSÃO
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Professora Dra. Cristiane Suemi Shinobu Mesquita
INTRODUÇÃO À 
TOXICOLOGIA
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Compreender conceitos básicos em Toxicologia.
 ■ Distinguir as diferentes áreas da Toxicologia.
 ■ Compreender o signiicado de Toxicologia ocupacional e ambiental.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Conceituando Toxicologia
 ■ Tipos de Toxicologia
 ■ Toxicologia ocupacional
INTRODUÇÃO
Prezado(a) acadêmico(a), você já percebeu o quanto nossas vidas estão repletas 
de produtos químicos? Desde o suco que tomamos até o sabão que utilizamos 
para lavar nossas roupas contêm substâncias químicas, que podem ou não ser 
tóxicas ao nosso corpo. Geralmente, o que determina esta toxicidade é a quan-
tidade do agente químico utilizado, ou a natureza deste agente. Apesar de a 
tecnologia trazer a cada dia mais produtos químicos ao nosso cotidiano, a pre-
sença de substâncias químicas na vida das pessoas é muito antiga, e podemos 
dizer que a história da Toxicologia acompanha a própria história do desenvol-
vimento humano, pois desde o início da humanidade temos indícios de que o 
homem possuía conhecimento sobre os efeitos tóxicos de uma série de subs-
tâncias, desde venenos de animais até produtos extraídos de plantas tóxicas. 
Atualmente, a Toxicologia destaca-se como uma ciência que visa ao bem-estar 
das pessoas, propondo formas de se expor aos mais diversos agentes químicos, 
de maneira que se mantenha a saúde, possibilitando beneiciar-se de todas as 
vantagens que os produtos químicos que nos cercam podem nos proporcionar. 
Dessa forma, iniciaremos nossos estudos apresentando a você conceitos bási-
cos e termos utilizados em Toxicologia para facilitar a compreensão deste livro e 
otimizar o entendimento do assunto. O conteúdo de Toxicologia apresenta uma 
amplitude de assuntos demasiada, portanto, na sequência, discutiremos sobre 
suas diferentes áreas e enfatizaremos a Toxicologia ocupacional e ambiental, que 
são áreas importantes para proissionais que atuarão no ramo de segurança do 
trabalho. Nesta unidade contemplaremos assuntos mais básicos para introduzir 
a Toxicologia a você. Espero que o estudo seja agradável e que, após o término 
desta unidade, você tenha se familiarizado com os termos e conceitos, bem como 
entendido com tranquilidade as diversas áreas da Toxicologia. Bons estudos!
Introdução
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INTRODUÇÃO À TOXICOLOGIA
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CONCEITUANDO TOXICOLOGIA
A Toxicologia é o estudo 
dos efeitos decorrentes da 
interação de substâncias 
químicas com organismos 
vivos, de acordo com deter-
minados tipos de exposição. 
Dessa forma, a Toxicologia 
investiga a ocorrência, a 
natureza, a incidência, os 
mecanismos e os fatores de 
risco dos efeitos de agentes 
químicos.
A seguir serão apre-
sentados alguns termos e 
conceitos em Toxicologia, 
com a inalidade de facilitar e aumentar o entendimento dos tópicos seguintes 
que serão trazidos ao longo deste livro.
Todas as substâncias são venenos; não existe uma que não seja veneno. A 
dose certa diferencia um veneno de um remédio.
(Paracelsus – dritte defensio – 1538).
Conceituando Toxicologia
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Figura 1 – Conceitos em Toxicologia
Xenobiótico: substância química estranha ao organismo.
Substâncias Nocivas: são agentes químicos que, por 
inalação, absorção ou ingestão, produzem efeitos de 
menor gravidade.
Agente tóxico ou toxicante: é o agente químico capaz de 
causar dano ao organismo, alterando seriamente uma 
função ou levando-o à morte, sob certas condições de 
exposição, quando absorvido pelas diversas vias de 
penetração.
Substâncias Irritantes: são agentes químicos que podem 
produzir ação irritante sobre a pele, olhos e trato 
respiratório.
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Veneno: termo popular utilizado para se referir à substân-
cia química ou mistura de substâncias que provoca a 
intoxicação ou a morte com baixas doses, ou ainda, termo 
utilizado para designar substâncias de origem animal, com 
funções de defesa, como o veneno de cobra e o de abelha, 
por exemplo.
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Substâncias Tóxicas: são agentes químicos que, ao serem 
inalados, absorvidos ou ingeridos, podem causar efeitos 
graves e/ou mortais.
Substâncias Produtoras de Fogo: são agentes químicos 
sólidos, não explosivos, facilmente combustíveis que 
causam ou contribuem para a produção de incêndios.
Substâncias Corrosivas: são agentes químicos que 
causam destruição de tecidos vivos e/ou materiais inertes.
Substâncias Explosivas: são agentes químicos que, pela 
ação de choque, percussão, fricção, produzem centelhas 
ou calor su�ciente para iniciar um processo destrutivo por 
meio de violenta liberação de energia.
Antídoto: agente capaz de promover efeito contrário aos 
efeitos tóxicos causados por determinadas substâncias.
Droga: substância capaz de alterar ou explorar o sistema 
�siológico ou estado patológico, com ou sem intenção de 
benefício do organismo receptor.
Fonte: adaptado de Oga et al. (2008) e Michel (2000). 
Conceituando Toxicologia
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Conceitos biológicos em Toxicologia
Via de administração: caminho pelo qual uma substância entraem contato com 
o organismo.
Ação tóxica: é a maneira pela qual um agente tóxico exerce sua atividade sobre as 
estruturas teciduais.
Dose letal (DL 50): é a dose de uma substância química capaz de provocar a 
morte de 50% de um grupo de animais em estudo, da mesma espécie, quando 
administrada pela mesma via.
Concentração letal (CL 50): é a concentração atmosférica de uma substância 
química capaz de provocar a morte de 50% de um grupo de animais expostos, em 
estudo, por um tempo de�nido.
Dose resposta: é a relação entre o grau de resposta do sistema biológico e a 
quantidade de tóxico administrada.
Risco: é a probabilidade estatística de uma substância química provocar efeitos 
nocivos em condições de�nidas de exposição.
Exposição: é o contato do organismo com uma determinada substância tóxica.
Suscetibilidade ou sensibilidade: é uma característica especí�ca de um 
indivíduo em apresentar uma reação ou resposta na presença de um determinado 
agente.
Sinergismo: quando o efeito de duas drogas se somam e apresentam uma ação 
mais potente do que o efeito de cada droga separadamente.
Mutagênese: é a capacidade de uma substância química de causar mutações no 
DNA das células, que podem ser transmitidas durante a divisão celular.
Intoxicação: é a manifestação dos efeitos tóxicos.
Carcinogênese: é a capacidade especí�ca que uma substância química tem de 
produzir alterações no DNA celular que ocasionam o desenvolvimento de células 
cancerígenas, que podem dar origem a tumores.
Teratogenicidade: é a capacidade que uma substância tem de desenvolver uma 
má formação no embrião em desenvolvimento, no ventre materno. A in�uência 
das substâncias químicas depende da fase de gestação durante a qual ocorre a 
exposição à substância.
Fonte: adaptado de Oga et al. (2008) e Michel (2000). 
INTRODUÇÃO À TOXICOLOGIA
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Equipamentos em Toxicologia
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC): são equipamentos de uso coleti-
vo, utilizados para prevenir e/ou minimizar acidentes (extintores de incên-
dio, lava-olhos etc.).
Equipamentos de Proteção Individual (EPI): são equipamentos de uso pes-
soal, utilizados para prevenir e/ou minimizar acidentes (botas, luvas, prote-
tores faciais etc.).
Barreira Química: são dispositivos ou sistemas que protegem o indivíduo 
do contato com substâncias químicas irritantes, nocivas, tóxicas, corrosivas, 
líquidos inlamáveis, substâncias produtoras de fogo, agentes oxidantes e 
substâncias explosivas.
Fonte: adaptado de Oga et al. (2008) e Michel (2000). 
GRAVIDADE
Sempre que pensamos em Toxicologia, um termo constantemente utilizado é a 
toxicidade, que nada mais é do que a capacidade dos agentes tóxicos de causarem 
danos às estruturas biológicas, por meio de interações físico-químicas. De acordo 
com Michel (2000, p. 51), “[...]é a medida do potencial tóxico de uma substân-
cia”, lembrando que todas as substâncias químicas são capazes de causar efeitos 
que podem lesionar o organismo, porém, todas podem ser utilizadas com segu-
rança, respeitando-se a dose e a exposição ao organismo humano. Fatores que 
inluenciam a toxicidade estão relacionados à frequência da exposição, duração 
da exposição e via de administração pela qual aconteceu o contato. A toxicidade 
de uma substância pode ser classiicada de acordo com o tempo de resposta em: 
aguda, subcrônica e crônica, e de acordo com a severidade em: leve, moderada e 
severa. Além disso, a manifestação clínica dos sintomas pode ser local, ou seja, 
no local onde ocorreu a intoxicação, ou sistêmica, quando temos uma manifes-
tação disseminada pelo corpo como um todo.
Tipos de Toxicologia
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A Toxicologia tem como objetivo avaliar as lesões causadas no organismo por 
agentes químicos, bem como investigar os mecanismos envolvidos no processo, 
identiicando e quantiicando as substâncias tóxicas que podem estar presentes 
nos luidos biológicos, determinando seus níveis aceitáveis no organismo, permi-
tindo uma utilização segura destas substâncias. Este conhecimento é importante, 
pois permite realizar o tratamento adequado de pacientes intoxicados, além de 
auxiliar no estabelecimento de medidas capazes de prevenir intoxicações.
TIPOS DE TOXICOLOGIA
A Toxicologia compreende uma grande área de conhecimentos. Dessa forma, 
proissionais de diferentes formações contribuem para seu desenvolvimento. 
Podemos dividir as áreas de trabalho de acordo com a atividade que será realizada, 
sendo atualmente dividida em Toxicologia Analítica ou Química, Toxicologia 
Clínica ou Médica e Toxicologia Experimental.
TOXICOLOGIA ANALÍTICA
O objetivo da Toxicologia Analítica é o de prevenir ou diagnosticar intoxica-
ções por meio de métodos laboratoriais, pois procura detectar o agente químico 
ou algum outro parâmetro que indique a presença do agente tóxico em luidos 
biológicos, alimentos, água, ar, solo entre outros. Utiliza-se de métodos exatos, 
precisos e de sensibilidade para a identiicação do toxicante ou para observar 
alterações bioquímicas no organismo.
Dentro da Toxicologia Analítica, destaca-se a Toxicologia Forense, com o 
objetivo de detectar ou identiicar agentes tóxicos em material biológico envol-
vido em ocorrências policiais/legais. Como exemplo, podemos citar a detecção 
de álcool no sangue de indivíduos que se envolvem em acidentes de carro, com 
a intenção de se conirmar a embriaguez.
INTRODUÇÃO À TOXICOLOGIA
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IU N I D A D E22
Além disso, ela também é importante nos casos de monitoramento terapêu-
tico, para pacientes que realizam tratamentos prolongados com medicamentos 
que podem causar danos à saúde, de acordo com a dose administrada e o tempo 
de duração do tratamento. Dessa forma, é possível se realizar correções de doses 
para uma melhor eicácia terapêutica, com ausência ou baixo risco de intoxicações.
O monitoramento biológico da exposição ocupacional também é útil para 
acompanhamento de indivíduos expostos a agentes químicos em seu ambiente 
de trabalho, com o objetivo de evitar intoxicações ou o desenvolvimento de 
doenças. Por exemplo, a inalação de asbesto ou amianto, um agente químico 
utilizado para a fabricação de telhas e caixas d’água, pode ocasionar o desen-
volvimento de doença ibrótica pulmonar ou carcinoma pulmonar. Devido seu 
alto potencial patogênico, sua utilização pelas empresas deve ser controlada por 
meio de medidas de controle e monitoração do ar inalado pelos trabalhadores, 
além de utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) adequados. 
Outro aspecto importante é a elaboração e o acompanhamento do Programa 
de Prevenção Respiratória (PPR), que possui a intenção de realizar o monitora-
mento da exposição dos trabalhadores ao agente químico.
Outra utilidade interessante da Toxicologia Analítica está relacionada ao 
controle antidopagem em competições esportivas, com o intuito de investi-
gar a presença de substâncias proibidas no organismo do atleta pela Legislação 
Esportiva.
Outra área de atuação, ainda se pensando em Toxicologia Analítica, está rela-
cionada ao diagnóstico laboratorial da intoxicação aguda ou crônica, auxiliando 
o médico na escolha do melhor tratamento e acompanhamento do paciente 
intoxicado. 
De uma maneira geral, todas as áreas da Toxicologia relacionadas à detecção 
de algum agente tóxico no organismo, a partir de um substrato, que pode ser um 
luido biológico (sangue, urina), água, alimentos, utilizando técnicas de análise 
estão relacionadas à Toxicologia Analítica.Toda a metodologia utilizada para a 
realização dos testes deve apresentar alto grau de sensibilidade, ou seja, capaci-
dade de identiicar o agente químico em baixas concentrações, e especiicidade, 
que é a capacidade de identiicar exatamente o agente químico pesquisado, evi-
tando identiicar um que seja diferente do pesquisado.
Tipos de Toxicologia
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TOXICOLOGIA CLÍNICA
A Toxicologia Clínica está relacionada ao atendimento do paciente intoxicado, 
para prevenir ou diagnosticar a intoxicação, além de escolher o tratamento mais 
adequado para o paciente. Nesta área, a preocupação está relacionada aos sinais e 
sintomas da intoxicação apresentados pelo paciente e sua associação com a subs-
tância tóxica. Para o diagnóstico das intoxicações e identiicação do agente tóxico 
envolvido, geralmente é necessária uma equipe multidisciplinar capaz de reali-
zar análises laboratoriais, clínicas e toxicológicas para a elucidação do caso. Por 
exemplo, em casos de intoxicação por mordida de animais peçonhentos, após 
o acidente, o paciente deve ser levado ao hospital para avaliação médica e pos-
terior utilização de soro antiofídico. Em algumas situações, é necessário saber 
qual o animal ou inseto exato que causou a intoxicação, para administração do 
melhor antídoto e, caso isso não seja possível, uma avaliação médica adequada 
é capaz de auxiliar na escolha do tratamento mais indicado para a situação.
TOXICOLOGIA EXPERIMENTAL
A Toxicologia Experimental tem por objetivo esclarecer os mecanismos de ação 
dos agentes tóxicos sobre os sistemas biológicos, avaliando os efeitos decorrentes 
desta interação a partir de experimentos in vitro e in vivo, que visam simular o que 
ocorre nos organismos. A importância desta área da Toxicologia está relacionada 
à avaliação da toxicidade de substâncias, importante, por exemplo, para novos 
medicamentos, uma vez que é necessário a veriicação da toxicidade destes novos 
compostos para sua utilização de maneira segura, sem causar prejuízo às pessoas.
Independente da área de trabalho que você escolher dentro da Toxicologia, 
seu principal objetivo sempre será o diagnóstico, o tratamento e, especialmente, 
a prevenção das intoxicações. A cada dia, a Toxicologia torna-se mais atuante na 
sociedade, devido ao aumento e à diversidade de substâncias químicas disponí-
veis para o consumo da população, sendo encontradas nos mais diversos tipos 
de produtos, como alimentos, produtos de limpeza, higiene pessoal, medicamen-
tos, enim, a sociedade está cercada por agentes químicos. Dessa forma, o papel 
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do toxicologista, na busca pela excelência por meio de novas metodologias ou 
tratamentos, torna-se cada vez mais essencial para a sociedade.
Por ser uma ciência abrangente, a Toxicologia possui várias áreas de atuação, 
de acordo com a natureza do agente tóxico ou a maneira como atinge o sistema 
biológico, podendo ser dividida em Toxicologia Ambiental, Ocupacional, de 
Alimentos, de Medicamentos e Cosméticos e Social. A seguir, abordaremos a 
Toxicologia Ambiental e Ocupacional, pois estas áreas de atuação estão intima-
mente relacionadas à segurança do trabalho, nosso tema de estudo.
TOXICOLOGIA OCUPACIONAL
A Toxicologia Ocupacional dedica-se, basicamente, ao estudo dos efeitos maléicos 
produzidos pela interação dos agentes químicos e biológicos presentes no ambiente 
de trabalho com os trabalhadores. O principal objetivo do toxicologista ocupa-
cional é a prevenção dos efeitos adversos à saúde dos trabalhadores oriundos de 
seu ambiente de trabalho. As doenças originadas no ambiente de trabalho geral-
mente envolvem exposição por meio de inalação, ingestão ou absorção dérmica.
O toxicologista ocupacional deve icar atento, pois, em algumas situações, é 
difícil estabelecer a relação entre a doença do trabalhador e sua 
ocupação no trabalho, uma vez que alguns sintomas clínicos 
das doenças induzidas no local de trabalho são geralmente 
muito parecidos com sintomas de doenças que podem ser 
adquiridas em qualquer outro ambiente. Além disso, o inter-
valo entre a exposição ao agente e a manifestação da doença 
pode ser longo, diicultando a identiicação do causador da 
doença. E, inalmente, as doenças de origem ocupacional 
podem ser desenvolvidas devido a uma série de fatores, que 
podem ser desde pessoais até ambientais, e a somatória destes 
fatores contribui para o processo e desenvolvimento da doença.
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A resposta de um organismo a um agente tóxico depende de fatores relacio-
nados ao indivíduo e à dose do agente. Estes fatores podem inluenciar tanto na 
manutenção da saúde do trabalhador como progredir para o desenvolvimento 
da doença propriamente dita. Além disso, a dose pode estar relacionada à con-
centração, duração e frequência da exposição, e características individuais e 
ambientais podem afetar a dose.
De acordo com Oga et al. (2008), a exposição ocupacional a um agente quí-
mico é derivada de uma atividade proissional que ocasiona o contato com o 
mesmo, permitindo a possibilidade de ocorrência de efeitos tóxicos seja por ação 
local, na pele ou mucosas, no local onde houve o contato, ou com produção de 
efeitos sistêmicos, devido à absorção e penetração da substância, podendo oca-
sionar efeitos de curto, médio ou longo prazo.
A forma de manuseio das substâncias e as condições de trabalho e ambien-
tais as quais os trabalhadores são submetidos são fatores determinantes para 
a exposição ocupacional. Por isso, tudo deve ser considerado para se realizar 
a avaliação e monitorização ambiental. Os pontos importantes que devem ser 
observados são relacionados aos trabalhadores e as funções desempenhadas e 
ao ambiente de trabalho, desde o movimento dos materiais até as condições de 
ventilação do ambiente (OGA et al., 2008).
O monitoramento ambiental consiste na veriicação da presença de agen-
tes que possam ser capazes de causar risco à saúde presentes no ambiente de 
trabalho. Para estas veriicações, são realizadas avaliações e os resultados são 
comparados com dados obtidos de referências adequadas, determinadas pela 
Norma Regulamentadora 15 (NR-15), a qual especiica os Limites de Tolerância 
e Limites de Exposição Ocupacional. De acordo com a NR-15 (1978):
[...] entende-se por “Limite de Tolerância”, para os ins desta Norma, 
a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com 
a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à 
saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral (NR-15, INSALUBRI-
DADE, on-line)1. 
E, de acordo com a American Conference of Governmental Industrial Hygienists 
(ACGIH, 2006), a deinição para Limite de Exposição ou hreshold Limit Value 
(TLV): 
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Os limites de exposição referem-se a concentrações de substâncias quí-
micas dispersas no ar (assim como a intensidade de agentes físicos de 
natureza acústica, eletromagnética, ergonômica, mecânica e térmica) 
e representam condições às quais se acredita que a maioria dos traba-
lhadores possa estar exposta, repetidamente, dia após dia, sem sofrer 
efeitos adversos à saúde (ACGIH, 2008, p. 03).
Os Limites de Tolerância (para agentes químicos) são estabelecidos pela Legislação 
Brasileiraa partir da NR-15, anexos 11, 12 e 13, a qual ixa as substâncias passivas 
de aplicação de insalubridade, estabelecendo seus limites de tolerância a partir 
de uma tabela de valores. Dependendo do tipo de atividade praticada pelo tra-
balhador, podemos ultrapassar os limites de tolerância, devendo ser concedido 
ao trabalhador um adicional de insalubridade, que equivale a 10, 20 ou 40% do 
salário mínimo, devendo ser acrescentado ao salário do trabalhador.
Para a elaboração da NR-15, foram utilizados os limites estabelecidos pela 
ACGIH de 1977, e desde sua criação, em 1978, foram realizadas pouquíssimas 
atualizações.
Na prática diária, são muito utilizados os TLV’s, que são editados anual-
mente pela ACGIH, que publica a lista de agentes químicos e físicos, servindo 
como referência mais atualizada. Para os agentes químicos, os TLV’s referem-se 
a concentrações de substâncias químicas dispersas no ar, representando as con-
dições sob as quais imagina-se que quase todos os trabalhadores podem estar 
expostos, sem efeitos adversos à saúde. Por isso, devemos observar que as TLV’s 
estão relacionadas a substâncias dispersas no ar, representando quase todos os 
trabalhadores, não fazendo distinção de idade e sexo. As TLV’s podem ser clas-
siicadas como:
 ■ TLV-TWA (Time Weight Average – Média Ponderada pelo Tempo): utili-
zada para substâncias que produzem efeito a médio e longo prazo. Dessa 
forma, é possível uma exposição ligeiramente acima do valor deinido 
pela TLV, por um curto período, sendo que, na média, o limite deve ser 
respeitado (OGA et al, 2008).
 ■ TLV-STEL (Short Term Exposure Limit – Limite de Exposição de Curto 
Período): está relacionado a concentrações em que os trabalhadores podem 
estar expostos continuamente por um curto período, não comprometendo 
sua saúde (OGA et al, 2008).
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 ■ TLV-C (Ceiling – Teto): utilizado para substâncias altamente tóxicas, 
que produzem efeitos em curto prazo. Portanto, sua concentração não 
deve ser ultrapassada em momento algum durante a jornada de traba-
lho (OGA et al, 2008).
A Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO) anualmente realiza 
a tradução e edição do livreto contendo as TLV’s e realiza a distribuição da versão 
traduzida por todo o Brasil. Porém, é importante lembrar que as TLV’s não são 
contempladas pela NR-15, mas servem como referência para situações não pre-
vistas por esta norma reguladora, além de serem documentos mais atualizados.
Outro fator que deve ser considerado é o Nível de Ação que, conforme 
deinido na Legislação Brasileira, é o nível de concentração ambiental de uma 
substância química que pode ser inalado pelo trabalhador (NR’s 9 e 7). De uma 
forma geral, este nível equivale a 50% do Limite de Exposição Ocupacional (LEO), 
porém, este valor pode ser calculado a partir do desvio padrão geométrico das 
concentrações da substância química. Portanto, quanto maior a variação da expo-
sição ambiental menor será o valor para o nível de ação.
Os resultados das medições de Limite de Exposição Ocupacional e Nível 
de Ação fazem parte da avaliação ambiental e são utilizados para a elaboração 
do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, conhecido como PPRA. De 
acordo com os valores encontrados e o tipo de agente químico envolvido, é pos-
sível se determinar a periodicidade com que devem ser realizadas as avaliações 
no ambiente de trabalho. Por exemplo, quando os valores encontrados estão 
abaixo da concentração do Nível de Ação, as avaliações podem ser realizadas a 
cada 2 anos. No entanto, independente do controle periódico realizado, sem-
pre que houver alterações no ambiente de trabalho, sejam elas relacionadas ao 
processo, rotina de trabalho, entre outros aspectos, devem ser realizadas novas 
avaliações, com o objetivo de preservar a saúde dos trabalhadores.
A maior preocupação da Toxicologia Ocupacional está diretamente ligada 
ao cuidado da saúde dos trabalhadores. Durante a jornada de trabalho, pode-
mos nos expor a uma série de fatores de risco, dentre eles substâncias químicas 
que podem causar danos à saúde. Para prevení-los, é importante que o ambiente 
de trabalho seja monitorado, no sentido de se evitar exposição excessiva aos 
agentes químicos. Para auxiliar neste monitoramento, são realizadas avaliações 
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dos trabalhadores para determinar a presença de substâncias químicas em seus 
organismos, a partir da coleta de material biológico (sangue, urina), conhecidas 
como monitoramento biológico.
O monitoramento biológico é uma ferramenta importante que permite ao 
médico do trabalho realizar um programa de vigilância da saúde, o Programa 
de Controle Médico em Saúde Ocupacional (PCMSO). A vigilância da saúde é 
conceituada por Oga et al. (2008, p. 254) como:
[...] atividade sanitária desenvolvida pelo médico do trabalho com o 
objetivo de evidenciar, o mais precoce possível, as alterações do estado 
da saúde que podem ser consequência da exposição a uma substância 
química e podem tornar presente uma contra indicação da exposição 
a essa substância.
A manutenção da saúde dos trabalhadores necessita de uma abordagem mul-
tidisciplinar aplicada para prevenir qualquer alteração biológica que possa ser 
decorrente de uma exposição excessiva a substâncias químicas.
As doenças desenvolvidas por trabalhadores em função de sua atividade labo-
ral são desencadeadas geralmente por meio de inalação, ingestão ou absorção 
dérmica (devido ao contato da substância química com a pele ou mucosas). As 
doenças respiratórias são as mais frequentes, devido à inalação contínua de subs-
tâncias que agridem o sistema respiratório. No entanto, o contato com agentes 
químicos pode ocasionar o desenvolvimento de doenças em outros sítios, mui-
tas vezes distantes das vias de administração, como tumores no fígado, bexiga, 
no trato gastrintestinal, sistema cardiovascular, doenças hepáticas, doenças no 
sistema reprodutor ou ainda no sistema hematopoiético, também pode danii-
car o sistema nervoso central ou periférico e são atribuídos a agentes das mais 
variadas classes químicas. O desenvolvimento destas doenças pode ocorrer a 
curto, médio ou longo prazo, sendo que o agente determinante para estas mani-
festações está relacionado à natureza química do agente tóxico e características 
próprias do trabalhador.
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Agora que já temos um conhecimento básico de Toxicologia Ocupacional, 
ica fácil perceber que, em diversos ambientes de trabalho, o trabalhador está 
sujeito a intoxicações. Em algumas situações, devemos fazer adequações no local 
de trabalho, reduzindo a emissão de agentes químicos nocivos e, consequen-
temente, a chance de intoxicação do trabalhador. Porém, em outras situações, 
além destas adequações, pode ser necessária a adoção de um dos equipamentos 
de proteção individual, mais conhecidos como EPI’s.
Os EPI’s devem ser fornecidos gratuitamente pelas empresas, com a intenção 
de reduzir a chance de acidentes, por induzir o trabalhador a não cometer atos 
inseguros. Ou seja, o EPI não funciona como meio de prevenção de acidentes, 
porém, caso este aconteça, a utilização dos mesmos ameniza as consequências, 
evitando lesões ou reduzindo sua gravidade.
Portanto, diante de tudo que foi transmitido nesta unidade, é possível per-
ceber que os agentes químicos podem causar intoxicações nos trabalhadores e, 
dependendo da toxicidade doagente químico, estes ainda podem causar doen-
ças que só irão se manifestar futuramente. Dessa forma, é importante que as 
empresas realizem o controle do ambiente de trabalho no qual submetem seus 
trabalhadores, com a intenção de promover a saúde. 
As doenças pulmonares ocupacionais apresentam elevado índice de preva-
lência em todo o mundo. Ainda que a silicose e a asma ocupacional sejam as 
mais conhecidas doenças respiratórias, as doenças relacionadas ao asbesto 
vêm sendo diagnosticadas em número crescente no Brasil.
O asbesto ou amianto é uma ibra mineral, encontrada naturalmente na 
crosta terrestre, lexível, praticamente indestrutível, altamente resistente ao 
calor, conhecido desde a antiguidade.
A exposição ocupacional e ambiental às ibras de asbesto pode acarretar 
uma série de doenças, especialmente para o aparelho respiratório: a asbes-
tose, alterações pleurais benignas, câncer de pulmão e o mesotelioma de 
pleura e peritônio. Sintomas de asbestose incluem tosse e dispnéia e ester-
tores basilares inspiratórios.
Fonte: Capelozzi (2001, p. 206-207).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro(a) aluno(a), nesta primeira unidade tivemos a intenção de transmitir a 
você alguns conceitos ligados à Toxicologia, para posicioná-lo(a) nas etapas 
seguintes. Estes conceitos podem parecer difíceis em um primeiro momento, 
no entanto, após um contato e uma maior utilização de todos, icará muito mais 
fácil a compreensão e até mesmo a memorização dos mesmos. Além disso, tam-
bém procuramos orientá-lo(a) a respeito da diversidade de áreas que abrangem 
a Toxicologia, ressaltando nossa área de estudo, a Toxicologia Ocupacional, rela-
cionada à segurança do trabalho.
Espero que tenha icado claro a dimensão do que aborda a Toxicologia, espe-
cialmente a Toxicologia Ocupacional, dada a sua importância para a manutenção 
da saúde dos trabalhadores, uma vez que estamos expostos diariamente a subs-
tâncias químicas, pois as mesmas encontram-se dispersas em nossas vidas a todo 
momento, em casa e no trabalho. Outro fator importante é que, quando se trata 
de saúde do trabalhador, precisamos contar com uma equipe multidisciplinar, 
com médicos, enfermeiros, técnicos e engenheiros de segurança do trabalho, 
capazes de realizar todas as atividades necessárias para a prevenção de aciden-
tes de trabalho e promoção à saúde dos trabalhadores. 
Com base nas informações obtidas, você perceberá que as próximas eta-
pas icarão mais claras e o seu entendimento será mais fácil, dessa forma, seu 
aprendizado será mais tranquilo. A partir de agora, aprofundaremos nossos 
conhecimentos em Toxicologia, pois iremos apresentar a você fatores mais especí-
icos dos agentes químicos e todo o caminho que eles podem percorrer em nosso 
organismo, além de saber mais sobre o que acontece na combinação destes ele-
mentos, como ocorre esta interação no organismo. Continue com determinação 
este nosso caminho em busca do conhecimento.
Bons estudos!
31 
1. Qual o signiicado de agente tóxico?
a. Termo popular utilizado para se referir à substância química ou mistura de 
substâncias, que provoca a intoxicação ou a morte com baixas doses.
b. São agentes químicos que causam destruição de tecidos vivos e/ou materiais 
inertes.
c. É o agente químico capaz de causar dano ao organismo, alterando seriamen-
te uma função ou levando-o à morte, sob certas condições de exposição.
d. São agentes químicos que podem produzir ação irritante sobre a pele, olhos 
e trato respiratório.
e. Agente capaz de promover efeito contrário aos efeitos tóxicos causados por 
determinadas substâncias.
2. Relacione o conceito ao signiicado:
I – Exposição
II – Dose letal (DL 50)
III – Sinergismo
IV – Barreira química
( ) São dispositivos ou sistemas que protegem o indivíduo do contato com 
substâncias químicas irritantes, nocivas, tóxicas, corrosivas, líquidos inlamáveis, 
substâncias produtoras de fogo, agentes oxidantes e substâncias explosivas.
( ) É o contato do organismo com uma determinada substância tóxica.
( ) Quando o efeito de duas drogas se somam e apresentam uma ação mais 
potente do que o efeito de cada droga separadamente.
( ) É a dose de uma substância química capaz de provocar a morte de 50% de 
um grupo de animais em estudo, da mesma espécie, quando administrada pela 
mesma via.
Assinale a alternativa correta:
a. I, II, III e IV.
b. IV, I, III e II.
c. IV, III, II e I.
d. III, II, I e IV.
e. IV, I, II e III.
32 
3. Assinale a alternativa correta:
a. Substâncias nocivas são capazes de causar graves efeitos tóxicos caso sejam 
inaladas, ingeridas ou absorvidas pela pele.
b. Substâncias tóxicas não causam efeitos graves quando em contato com o 
organismo.
c. Substâncias irritantes são agentes químicos que podem produzir irritação 
quando em contato com a pele, olhos e trato respiratório.
d. Substâncias corrosivas são agentes sólidos, não explosivos, facilmente com-
bustíveis que causam ou contribuem para a produção de incêndios.
e. Substâncias explosivas são agentes químicos que causam destruição de teci-
dos vivos e/ou materiais inertes.
4. Quais seriam atribuições da Toxicologia Analítica? Assinale Verdadeiro (V) ou Fal-
so (F):
( ) Controle antidopagem em competições esportivas.
( ) Atendimento do paciente intoxicado, para prevenir ou diagnosticar a into-
xicação, além de escolher o tratamento mais adequado para o paciente.
( ) Monitoramento biológico da exposição ocupacional.
( ) Toxicologia Forense, com o objetivo de detectar ou identiicar agentes tó-
xicos em material biológico envolvido em ocorrências policiais/legais.
5. Qual é o objetivo da Toxicologia Ocupacional?
a. Prevenir ou diagnosticar intoxicações por meio de métodos laboratoriais.
b. Esclarecer os mecanismos de ação dos agentes tóxicos sobre os sistemas bio-
lógicos, avaliando os efeitos decorrentes desta interação a partir de experi-
mentos in vitro.
c. Diagnóstico laboratorial da intoxicação aguda ou crônica, auxiliando o mé-
dico na escolha do melhor tratamento e acompanhamento do paciente in-
toxicado.
d. Prevenção dos efeitos adversos à saúde dos trabalhadores oriundos de seu 
ambiente de trabalho.
e. Investiga a ocorrência, a natureza, a incidência, os mecanismos e os fatores 
de risco dos efeitos de agentes químicos.
33 
Para a leitura complementar, preparamos uma tabela onde constam vários agentes quí-
micos, os órgãos ou sistemas em que causaram a doença e a doença que pode ser de-
sencadeada devido à exposição aos agentes tóxicos. Com relação às doenças desenvol-
vidas, as mesmas podem variar com relação à gravidade, e o que ocasiona esta variação 
é o tipo de agente ao qual o trabalhador é exposto e a concentração ao qual o mesmo 
é submetido.
ÓRGÃO/SISTEMA OU 
GRUPO DE DOENÇA
DOENÇA AGENTE CASUAL
Pulmões e vias aéreas
Edema pulmonar agudo, 
bronquiolite obliterante
Rinite alérgica
Asixia
Asma
Síndrome semelhante à asma
Bronquite, pneumonite
Bronquinte crônica
Enizema
Doença ibrótica pulmonar
Pneumonite por hipersensi-
bilidade
Febre do fumo de metais
Irritação da membrana mu-
cosa
Síndrome tóxica de poeiras 
orgânicas
Inlamação do trato respirató-
rio superior
Óxidos de nitrogênio, 
fosgênio
Polens, esporos de fungos
Monóxido de carbono, cia-
neto de hidrogênio, gases 
inertes (por queda do O
2
)
Diisocianato de tolueno, ɑ-amilase, proteínas de 
urina animal
Celeiro de suínos, poeira 
de algodão, bioaerossóis
Arsênio, cloro
Poeiras de algodão e de 
frãos, fumos de soldas
Poeiras de carvão, fumaça 
de cigarro
Sílica, asbestos
Bactérias termofílicas, 
proteínas de aves, piretro, 
Penicillium, Aspergillus
Zinco, cobre, magnésio
Ácido clorídrico, celeiros 
de suínos
Silagem mofada, endoto-
xina
Endotoxina, perptideogli-
cana, glucanas, viroses
34 
Câncer
Leucmia agudamielogênica
Câncer da bexiga
Cânceres gastrintestinais
Hemangiosarcoma hepático
Carcinoma hepatocelular
Mesotelioma, carcinoma 
pulmonar
Câncer de pele
Benzeno, óxido de etileno
Benzidina, 2-naftilamina, 
4-difenilamina
Asbestos
Cloreto de vinila
Alatoxina, vírus da hepa-
tite B
Asbestos, arsênio, éter bis 
(clorometila), radônio
Hidrocarbonetos aromáti-
cos policíclicos, irradiação 
ultravioleta
Pele
Dermatite alérgica de contato
Queimaduras químicas
Cloracne
Dermatite por irritação
Látex de borracha natural, 
isotiazolinas, hera tóxica, 
níquel
Hidróxido de sódio, ácido 
luorídrico
TCDD, *bifenilas policlo-
radas
Sulfato de sódio dodecilia
Sistema nervoso
Inibição de colinesterase
Neuropatia
Parkinsonismo
Neuropatia periférica
Inseticidas organofosfo-
rados
Metilmércúrio
Monóxido de carbono, 
dissulfeto de carbono
N-Hexano, tricloretileno, 
acrilamida
Sistema imune
Doença autoimune
Hipersensibilidade
Imunossupressão
Cloreto de vinila, sílica
Ver entradas para rinite 
alérgica, asma, hipersen-
sibilidade, pneumonite, 
dermatite de contato 
alérgica
TCDD, chumbo, mercúrio, 
pesticidas
35 
Sistema renal
Falha renal indireta
Nefropatia
Arsina, fosina, trinitrofenol
Paraquat, 1,4-dicloroben-
zeno, cloreto mercúrico
Doença cardiovascular
Arritmias
Aterosclerose
Doença arterial coronariana
Cor pulmonale
Hipotensão sistêmica
Acetona, tolueno, cloreto 
de metila, tricloretileno
Dinitrotolueno, monóxido 
de carbono
Dissulfeto de carbono
Berílio
Nitroglicerina, dinitrato de 
etilenoglicol
Doença hepática
Fígado gorduroso (esteatose)
Cirrose
Morte hepatocelular
Tetracloreto de carbono, 
tolueno
Arsênio, tricloretileno
Dimetilformamida, TCDD
Sistema reprodutivo
Homens
Mulheres
Ambos os gêneros
Clordecona (kepone), 
dibromocloropropano, 
hexano
Anilina, estireno
Dissulfeto de carbono, 
clumbro, cloreto de vinila
Doenças infecciosas
Encefalite por arbovírus
Aspergilose
Criptoporidiose
Hepatite B
Histoplasmose
Legionelose
Doença de Lyme
Psitacose
Tuberculose
Alfavírus, buniavírus, 
lavivírus
Aspergillus niger, a. Fumiga-
tus, A. lavus
Cryptosporidium parvum
Vírus da hepatite B
Histoplasma capsulatum
Legionella pneumophila
Borrelia burgdorferi
Chlamydia psittaci
Mycobacterium tuberculo-
sis hominis
Fonte: Klaassen e Watkins III (2012, p. 432).
MATERIAL COMPLEMENTAR
Este vídeo retrata um dos maiores acidentes químicos que ocorreu em Bhopal na 
Índia em 1984, quando houve o vazamento de 40 toneladas de gases tóxicos de 
uma fábrica de pesticidas.
Disponível no link: <https://www.youtube.com/watch?v=YMhmcbecB9Y>
Revista Emergência Edição 7/2015 - Emergências químicas industriais requerem 
preparação tanto dos órgãos públicos quanto privados
Lia Nara Bau
Editora: Proteção Publicação e Eventos
Sinopse: Com os avanços tecnológicos que vivemos nos últimos tempos, 
a cada dia temos mais substâncias químicas presentes em nossa vida. Seja 
nos alimentos que consumimos, nos produtos de limpeza ou higiene 
pessoal e até mesmo nos brinquedos das crianças. Diante deste cenário, 
podemos imaginar o aumento de acidentes com produtos químicos 
nas indústrias, o que vem preocupando as empresas no que se refere ao 
preparo das mesmas para conter este problema. A Revista Emergência 
traz uma notícia de capa comentando esta situação, que preocupa a 
todos, com considerações sobre o que deve ser feito.
Leia mais em: <http://www.revistaemergencia.com.br/edicoes/7/2015/
AAjj>.
REFERÊNCIAS
ACGIH, AMERICAN CONFERENCE OF GOVERNMENTAL INDUSTRIAL HYGIENISTS. 
Limites de Exposição (TLV’s) para substâncias químicas e agentes físicos e limi-
tes biológicos de exposição. Cincinnati (OH); 2008. Tradução da Associação Brasi-
leira de Higienistas Ocupacionais: São Paulo, 2008.
BRASIL, Ministério do Trabalho. Portaria Ministerial número 3214, normas regu-
lamentadoras 7, 9 e 15 e anexos. Brasília (DF): Diário Oicial da União; 28-12-1978.
CAPELOZZI, V. L. Asbesto, asbestose e câncer: critérios diagnósticos. Jornal de 
Pneumologia, São Paulo, v. 27, n. 4, p. 206-218, jul./ago. 2001.
KLAASSEN, C. D.; WATKINS III, J. B. Fundamentos em Toxicologia de Casarett e 
Doull. Porto Alegre: Editora AMGH, 2012.
MICHEL, O. da R. Toxicologia Ocupacional. Rio de Janeiro: Editora Revinter, 2000.
OGA, S.; CAMARGO, M. de A.; BATISTUZZO, J. A. de O. Fundamentos de Toxicologia. 
São Paulo: Editora Atheneu, 2008.
Citação de Links
1<http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/insalubridade.htm>. Acesso em: 07 de 
jun. de 2016.
37
GABARITO
1. C.
2. B.
3. C.
4. V, F, V, V.
5. D.
U
N
ID
A
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E II
Professora Dra. Cristiane Suemi Shinobu Mesquita
AGENTES QUÍMICOS
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Compreender conceitos básicos de agentes químicos.
 ■ Aprofundar os conhecimento sobre agentes químicos sob a ótica da 
higiene ocupacional e entender os limites de tolerância.
 ■ Entender como utilizar a Norma Regulamentadora para avaliar o 
agente químico pelo limite de tolerância.
 ■ Entender como utilizar a Norma Regulamentadora para avaliar o 
agente químico pela atividade e contato com o agente.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Conceituando agentes químicos
 ■ Limite de tolerância de agentes químicos
 ■ NR 15 (anexo 11 e 12)
 ■ NR 15 (anexo 13)
INTRODUÇÃO
Você deve pensar em agentes químicos e se recordar das aulas de química, onde 
era necessário decorar os elementos químicos e suas posições na tabela periódica, 
fazer cálculos do peso molecular, ou até mesmo lembrar-se da química orgânica, 
onde aprendemos a montar o nome dos elementos químicos Met, Et, Prop, But... 
e assim por diante. A partir de agora, vamos utilizar alguns destes conhecimen-
tos aprendidos no segundo grau, conhecer as normas regulamentadoras para 
que possamos, por meio da antecipação, do reconhecimento, da avaliação, da 
prevenção e do controle de fatores de risco, proteger a saúde dos trabalhadores.
Nesta unidade vamos conhecer as Normas Regulamentadoras do Ministério 
do Trabalho e Emprego (MTE) que tratam, orientam e estabelecem valores rela-
tivos à saúde e segurança do trabalho, visando prevenir acidentes ou doenças 
relacionados à prática laboral. Conheceremos alguns conceitos de agentes quí-
micos, as maneiras de identiicação e os riscos associados ao químico. Vamos 
aprender a classiicação destes agentes, algumas propriedades destes produtos 
que são importantes para sua identiicação e o controle de sua propagação no 
ambiente.
Outro ponto importante abordado nesta unidade está relacionado ao reco-
nhecimento da presença de alguns elementos químicos dispersos no ambiente, 
uma vez que sua simples presença ou até mesmo ausência são capazes de causar 
acidentes, alguns podendo até ser fatais, além de quantiicar agentes químicos 
que podem proporcionar doenças ocupacionais.
A partir dos conceitos adquiridos para identiicar, avaliar e quantiicar os 
agentes químicos, poderemos utilizar a Norma Regulamentado 15 do MTE para 
avaliarmos uma atividade ou operação na qual os trabalhadores icam expostos 
a agentes químicos, sendo capazes de classiicá-la como insalubre, caso ultra-
passem os limites de tolerância, ou ainda por meio da inspeção e constatação 
no local de trabalho.
Muito obrigado e bom estudo!
Introdução
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AGENTES QUÍMICOS
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IIU N I D A D E42
CONCEITUANDO AGENTES QUÍMICOS
 Olá, aluno(a)! Agora que você já conhece alguns termos técnicos relacionados à 
Toxicologia, vamos aprender alguns conceitos e outras informações importantes 
sobre os agentes químicos com foco na área prevencionista e na Higiene Ocupacional.
Em muitas atividades, as pessoasestão expostas a diferentes substâncias, como 
a matéria prima necessária para fabricação de produtos, como exemplo a fabri-
cação de sabão, xampu, colchões, tintas, entre outros, ou até mesmo na limpeza 
e higienização de área e partes industriais, seja limpeza de tubulações, tanques, 
sanitários e pisos, ou ainda na preparação e pintura de peças como galvaniza-
ção, pintura de veículos ou peças metálicas, além de muitas outras atividades 
laborais. Essas substâncias em geral são misturas ou compostos de substâncias 
químicas que, se manuseadas de maneira inadequada, provocam riscos à saúde 
de quem manuseia e de quem está inserido no mesmo ambiente.
É evidente que o simples fato da presença de algumas substâncias não garante 
que ocorra a exposição ao agente químico, e nem mesmo a existência de um 
ambiente prejudicial aos trabalhadores, mas é um bom subsídio para o pro-
issional analisar e, se necessário, quantiicar cada agente, para então adotar as 
medidas necessárias para garantir a saúde dos que ali trabalham.
Como o que iremos abordar nesta unidade trata diretamente da Higiene 
Ocupacional, vale a pena trazer uma deinição deste conceito, segundo a American 
Conference of Governamental Industrial Hygienists (ACGIH): 
[...] é a ciência e arte de reconhecimento, avaliação e controle de fatores 
ou tensões ambientais originados do, ou no, local de trabalho e que 
podem causar doenças, prejuízo para a saúde e bem-estar, desconforto 
e ineiciência signiicativos entre os trabalhadores ou entre os cidadãos 
da comunidade. (FUNDACENTRO, 2004, p. 45).
De uma maneira simples, agente químico é a substância química, produto químico 
ou misturas que estão presentes no ambiente e que podem causar algum dano ou 
prejudicar a saúde quando entram em contato com um indivíduo. Este agente 
químico pode entrar em contato com o trabalhador por meio do ar ambiente, 
da água, pelo contato com equipamentos, pelo uso ou manuseio de instrumen-
tos ou ferramentas ou até mesmo pela ingestão de alimentos contaminados.
Conceituando Agentes Químicos
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Os produtos químicos podem estar presentes nos 3 estados físicos bem conhe-
cidos por todos que são: o estado sólido, líquido e gasoso, e em todos os estados 
existe a possibilidade de ocorrer o contato, proporcionando danos e risco à saúde.
Podemos identiicar agentes químicos misturados em suspensão ou dispersão 
no ar atmosférico, os quais são conhecidos como contaminantes atmosféricos. 
Este tipo de dispersões, que podem ser compostas de partículas líquidas ou 
sólidas, chamamos de aerodispersóides, que podem ser divididos quanto à sua 
formação em poeiras, neblinas, névoas e fumos.
Para deixar mais simples, veja o quadro abaixo que caracteriza e exempli-
ica aerodispersóides.
Quadro 1: Tipos de aerodispersóides 
Poeiras
São partículas sólidas geradas 
mecanicamente por ruptura 
de partículas maiores, ou por 
dispersão secundária de partí-
culas sedimentadas.
Poeira de sílica, carvão mineral, 
algodão, talco.
Fumos
Partículas sólidas produzidas 
por condensação ou oxidação 
de vapores de substâncias 
sólidas.
Fumos de óxido de zinco, 
fumos de soldagem.
Névoas
Partículas líquidas resultantes 
da ruptura mecânica ou da 
dispersão de líquidos.
Névoa de água, névoa de lago-
as de aeração, borrifadores.
Neblinas
Partículas líquidas produzidas 
por condensação de vapores 
de substâncias que são líqui-
das à temperatura normal.
Neblina.
Fibras
Partículas sólidas produzidas 
por ruptura mecânica de 
sólidos, que se diferenciam 
das poeiras porque têm forma 
alongada, com um compri-
mento de 3 a 5 vezes superior 
ao seu diâmetro. Podem ser 
de origem animal, vegetal ou 
mineral.
Fibra de lã, seda (animal); 
Fibras de algodão, linho e 
cânhamo (vegetal); Fibras de 
asbestos, vidros (mineral).
Fonte: adaptado de Greco (2007).
AGENTES QUÍMICOS
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Para não nos confundirmos, os aerodispersóides são diferentes de gases e vapo-
res, pois:
 ■ Gases: são substância em fase gasosa, que, em condições normais de tem-
peratura e pressão (CNTP 25ºC e 760 mmHg), também encontram-se no 
estado gasoso. Exemplos: hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, argônio, hélio.
 ■ Vapores: são substâncias em fase gasosa, mas que, em condições nor-
mais de temperatura e pressão (CNTP 25ºC e 760 mmHg), encontram-se 
líquidas ou sólidas. Exemplos: vapores de água, vapores de gasolina, ace-
tona, tolueno.
Os gases e vapores são classiicados pela sua ação no organismo, e podem ser 
divididos em irritantes, anestésicos e asixiantes.
Gases ou vapores irritantes: produzem irritação nos tecidos com os quais 
entram em contato direto, tais como a pele, a conjuntiva ocular e as vias respi-
ratórias. Vale ressaltar que a intensidade da ação irritante causada pelos gases 
ou vapores depende da estrutura química da substância, de sua concentração no 
ar e/ou do tempo de exposição do indivíduo. Podem ser divididos ainda como 
irritantes primários (irritantes de ação sobre as vias respiratórias superiores, 
irritantes de ação sobre os brônquios, irritantes sobre os pulmões, irritantes atí-
picos) e irritantes secundários.
Gases ou vapores anestésicos: produzem efeito narcótico ou depressivo 
sobre o sistema nervoso central, fundamentalmente o cérebro. Podem ser intro-
duzidos pelas vias respiratórias, mas alcançam a corrente sanguínea, por onde 
são distribuídos. São divididos em anestésicos primários, anestésicos de efeito 
sobre as vísceras (fígado e rins), anestésicos de ação sobre o sistema formador 
de sangue e anestésicos de ação sobre o sistema nervoso.
Gases ou vapores asixiantes: a principal característica é o efeito tóxico que 
impede, de alguma forma, que o oxigênio atinja os tecidos. Podem ser dividi-
dos em simples e químicos.
Aluno(a), você percebeu que os aerodispersóides podem ser sólidos ou líqui-
dos e que são bem diferentes dos gases e vapores devido as suas características. 
Para ilustrar nosso aprendizado até esse ponto, observe o esquema a seguir:
Limite de Tolerância para Agentes Químicos
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Risco Químico
Gases e Vapores
Irritante Anestésico As�xiantes Sólidos Líquidos
NévoaPoeiras
Fumos Neblinas
Fibras
Aerodispersóides
Fonte: adaptado de Greco, 2007. 
Vale lembrar que o contato com os agentes químicos pode ocorrer de diferen-
tes maneiras, e as principais vias de penetração no organismo são: vias aéreas, 
contato dérmico e ingestão, sendo importante observar e conhecer a forma de 
exposição ao qual o trabalhador foi submetido.
LIMITE DE TOLERÂNCIA PARA AGENTES QUÍMICOS
A simples presença de agentes químicos não implica necessariamente que o traba-
lhador venha a contrair uma doença do trabalho ou que aquele seja um ambiente 
inadequado para quaisquer atividades. Já vimos no tópico anterior o conceito de 
limite de tolerância, mas, para se realizar a determinação deste valor, é impor-
tante avaliar duas grandezas: TEMPO DE EXPOSIÇÃO e CONCENTRAÇÃO.
O tempo de exposição é uma análise que avalia o tempo que o trabalhador 
ica exposto ao agente. Logicamente, para uma mesma concentração do agente, 
quanto maior o tempo de exposição maiores serão as possibilidades de se pro-
duzir uma doença ocupacional. A concentração é quanto do agente químico está 
presente em uma determinada quantidade de ar daquele ambiente, e essa concen-
tração é avaliada pela Norma Regulamentadora em diferentes unidades de medida:
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 ■ ppm (partes por milhão) – em geral, essa unidade é utilizada para repre-
sentar a concentração de gases e/ou vapores. Representa quantas partes 
do agente (em volume) existem junto a um milhão de partes (em volume) 
de ar analisado.
 ■ mg/m3 (miligrama por metro cúbico) – em geral é utilizada para repre-
sentar a quantidade de aerodispersóides. Representa quantos miligramas 
(massa) do agente existe em um metro cúbico de ar analisado.
Para facilitar nosso dia a dia, é possível fazer a conversão destas unidades, seguindo 
a tabela abaixo:
Tabela 1: Conversão de unidades 
CONVERSÃO OPERAÇÃO
ppm a mg/m³ ppm x ( pm / 24,45*)
mg/m³ a ppm mg/m³ * (24,45 / pm**)
Onde: 22,45* é o volume ocupado por uma molécula de gás a 25ºC e 1 atm
pm* é a peso molecular do agente químico.
Fonte: o autor.
Exemplo:
Para o Acetaldeído – C
2
H
4
O, o limite de tolerância é de 78 ppm, que em 
mg/m³ é:
Massa molecular do Acetaldeído:
Peso atômico C=12g/mol; H=1g/mol; O=6g/mol, então:
 C2 = 2 x 12 = 24
 H4= 4 x 1 = 4 24 + 4 + 16 = 44 g
 O = 1 x 16 = 16
mg/m³ = 78 ppm x 44 / 24,45 = 140,38
Quanto maior a concentração dos agentes presentes no ambiente de trabalho, 
maior será a possibilidade de efeitos nocivos à saúde dos trabalhadores. A con-
centração dos agentes químicos deve ser avaliada, mediante amostragem nos 
locais de trabalho, de maneira tal que ela seja a mais representativa possível da 
exposição real do trabalhador.
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NR-15 Anexo 11 e 12
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Se avaliarmos as duas grandezas, percebe-se que são inversamente propor-
cionais: Quanto maior a concentração do agente, menor deve ser o tempo de 
exposição do trabalhador, ou então, quanto maior o tempo de exposição, menor 
deve ser a concentração do agente químico, para garantir que o trabalhador não 
irá contrair uma doença ocupacional.
Bom, agora que sabemos um pouco mais sobre os agentes químicos, como 
são divididos e algumas maneiras de contato com o trabalhador, precisamos 
saber como o Ministério do Trabalho e Emprego orienta quanto à avaliação e 
deine os limites para cada agente.
Vale ressaltar que, no Brasil, os Limites de Tolerância para os agentes quí-
micos são estabelecidos pela Norma Regulamentadora 15, em seus Anexos 11 
e 12. O anexo 13 desta Norma trata também sobre agentes químicos, mas neste 
texto a veriicação é realizada de maneira qualitativa.
NR-15 ANEXO 11 E 12
A Norma Regulamentadora n.º 15 descreve 
as atividades, operações e agentes insalu-
bres, ixa seus limites de tolerância, deinindo 
quando a atividade ou operação é insalubre, 
e também os meios de proteger os trabalha-
dores de tais exposições.
O art. 189 da Consolidação das Leis 
Trabalhistas (CLT) deine atividades ou operações insalubres como:
Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por 
sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empre-
gados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância ixados 
em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de expo-
sição aos seus efeitos. (BRASIL, decreto n.º 26 de dezembro de 1977, 
on-line)1.
AGENTES QUÍMICOS
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A NR n.º 15 deine, no seu item 15.1.5:
“Limite de Tolerância”, para os ins desta Norma como sendo, “a con-
centração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natu-
reza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde 
do trabalhador, durante a sua vida laboral. (NR 15, ATIVIDADES E 
OPERAÇÕES INSALUBRES, 1978, on-line)2.
As atividades ou operações com agentes químicos que têm seus limites de tolerân-
cia ixados na NR-15 estão previstos nos Anexos n.º 11 - Agentes químicos cuja 
insalubridade é caracterizada por Limite de Tolerância e inspeção no local de tra-
balho, e Anexo n.º 12 - Limites de Tolerância para poeiras minerais. Vale lembrar 
que essa norma foi elaborada com base em uma jornada de trabalho de 48 horas 
semanais, e seus valores são válidos somente para absorção por vias respiratórias.
Ao analisarmos a norma, como ilustrado na tabela abaixo, é possível perce-
ber que a mesma é constituída por colunas onde temos as seguintes informações: 
Agentes químicos, valor teto (nem todos os agentes possuem esse limite), absor-
ção também pela pele, limite de tolerância e o grau de insalubridade que deve 
ser conferido caso o limite seja ultrapassado.
Tabela 2: Limites de tolerância 
AGENTES QUÍMICOS
VALOR 
TETO
ABSORÇÃO 
TAMBÉM P/
PELE
ATÉ 48 HORAS/
SEMANA
GRAU DE 
INSALUBRIDADE A 
SER CONSIDERADO 
NO CASO DE SUA 
CARACTERIZAÇÃO
PPM* MG/M3**
Acetaldeído 78 140 máximo
Acetato de cello-
solve
+ 78 420 médio
Acetato de éter 
monoetílico glicol 
(vide acetado de 
cellsolve)
- - -
Acetato de estila 310 1090 mínimo
Acetato de 2-etóxi 
estila (vide acetado 
de cellosolve)
- - -
NR-15 Anexo 11 e 12
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Acetileno Asixiante simples -
Acetona 780 1870 mínimo
Acetonitrila 30 55 máximo
Ácido acético 8 20 médio
Ácido cianídrico + 8 9 máximo
Ácido clorídrico + 4 5,5 máximo
Ácido crômico 
(névoa)
- 0,04 máximo
Fonte: NR 15 (ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES, 1978, on-line)2.
Analisando o primeiro agente da tabela, o acetaldeído, constatamos que o limite 
de tolerância para o mesmo é de 78 ppm = 140 mg/m³ (como vimos no exem-
plo 1). Caso este limite seja ultrapassado, o trabalhador exposto a esta condição 
terá um grau máximo de insalubridade.
Você percebe que, para o acetato de cellosolve, aparece um símbolo + na 
coluna absorção também pela pele, o que indica que, se o trabalhador manter um 
contato dérmico com este agente, o mesmo poderá ser absorvido também pela 
pele (via cutânea), sendo exigidos equipamentos de proteção individual (para mão 
ou área de contato) quando existir a possibilidade de exposição do trabalhador.
Ao analisarmos agora o ácido clorídrico, o simbolo + aparece na coluna valor 
teto, indicando que o valor da concentração do limite de tolerância não pode ser 
ultrapassado em momento algum durante a jornada de trabalho.
O anexo 12 da Norma regulamentadora deine o limite de tolerância para 
poeiras minerais, como asbesto, manganês e seus compostos, sílica livre crista-
lina. Além disso, traz orientações quanto ao vestuário, periodicidade de exames, 
modelos e outras informações para controle e monitoramento destas poeiras.
É importante ressaltar que, ao avaliar um agente químico que não possui seu 
limite de tolerância na NR-15, devemos recorrer à NR-9 da Portaria n.º 3.214, 
que dispõe:
[...] quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos 
trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR-15 ou, 
na ausência destes os valores limites de exposição ocupacional adotados 
pela ACGIH - American Conference of Governmental Industrial Higye-
nists, ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação coletiva 
de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais 
estabelecidos (NR 9, NORMA REGULAMENTADORA, on-line)3.
AGENTES QUÍMICOS
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NR-15 ANEXO 13
Outro anexo desta Norma que trata do assunto abordado nesse tópico é o Anexo 
n.º 13 - Agentes Químicos, que traz uma relação das atividades e operaçõesenvol-
vendo agentes químicos consideradas insalubres em decorrência de inspeção 
realizada no local de trabalho.
Os agentes químicos listados neste anexo são Arsênico, Carvão, Chumbo, 
Cromo, Fósforo, Hidrocarbonetos e outros compostos de carbono, Mercúrio, 
Silicatos, Substância Cancerígenas e outras operações diversas.
Quadro 2: Exemplo de insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho
ARSÊNICO
Insalubridade de grau máximo
Extração e manipulação de arsênico e preparação de seus compostos. Fabricação 
e preparação de tintas à base de arsênico.
Fabricação de produtos parasiticidas e raticidas contendo compostos de arsênico.
Pintura a pistola com pigmentos de compostos de arsênico, em recintos limita-
dos ou fechados.
Preparação do Secret.
Produção de trióxido de arsênico.
Insalubridade de grau médio
Bronzeamento em negro e verde com compostos de arsênico.
Conservação e peles e plumas; depilação de peles à base de compostos de arsênico.
Descoloração de vidros e cristais à base de compostos de arsênico
Emprego de produtos parasiticidas, inseticidas e raticidas à base de compostos 
de arsênico.
Metalurgia de minérios arsenicais (ouro, prata, chumbo, zinco, níquel, antimônio, 
cobalto e ferro).
Operações de galvanotécnica à base de compostos de arsênico.
Pintura manual (pincel, rolo e escova) com pigmentos de compostos de arsênico 
em recintos limitados ou fechados, exceto com pincel capilar.
Insalubridade de grau mínimo
Empalhamento de animais à base de compostos de arsênico.
Fabricação de tafetá “sire”.
Pintura a pistola ou manual com pigmentos de compostos de arsênico ao ar livre.
Fonte: NR 15 (ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES, 1978, on-line)2.
NR-15 Anexo 13
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Ao analisarmos o primeiro elemento do quadro acima, o Arsênio, observamos 
que ele pode conferir graus diferentes de insalubridade ao trabalhador. Neste caso, 
o que diferencia estes graus é o tipo de atividade desenvolvida pelo trabalhador.
Por exemplo, se o trabalhador realizar pintura a pistola com pigmentos de 
compostos de arsênico, em recintos limitados ou fechados, será conferido a ele o 
grau máximo de insalubridade. No entanto, se ele trabalhar com pintura manual 
(pincel, rolo e escova) com pigmentos de compostos de arsênico em recintos 
limitados ou fechados, exceto com pincel capilar, o trabalhador terá direito a um 
grau de insalubridade médio. Por outro lado, se o trabalho de pintura for feito 
a pistola ou manual com pigmentos de compostos de arsênico ao ar livre, seu 
grau de insalubridade será mínimo. Portanto, ica claro que a simples exposição 
a um determinado agente químico não é suiciente para avaliarmos a insalubri-
dade na qual o trabalhador está submetido. É importante também avaliar outros 
fatores, como atividade exercida e condições do local de trabalho. Estes fatores 
somados ao potencial de risco do agente químico são fundamentais para a clas-
siicação da insalubridade que será estabelecida para o trabalhador.
Estudos anteriormente desenvolvidos pela Fundacentro demonstram que 
materiais particulados suspensos no ar, provenientes de vários processos 
ou condições de trabalho, representam sério risco à saúde dos trabalhado-
res quando se apresentam em concentrações elevadas em ambientes sem 
controle, implicando no surgimento de doenças respiratórias. Sempre que a 
exposição dos trabalhadores a esses materiais particulados é avaliada quan-
titativamente, a metodologia utilizada deve ser baseada em critérios que 
relacionem a medição com o risco à saúde que está sendo estudado. Esta 
norma adotou como referência o critério harmonizado pela American Con-
ference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH®), pela International 
Organization for Standardization (ISO) e pelo Comité Européen de Norma-
lisation (CEN), visando atender às necessidades para a coleta com dispositi-
vos que classiicam as partículas por seleção de tamanhos correspondentes 
a regiões especíicas de deposição no trato respiratório. 
Mais informações, acesse: <http://goo.gl/JsYsaU>.
Fonte: Fundacentro (2009, p. 12). 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro(a) aluno(a), de acordo com os conhecimentos de química básica que você 
já possui, foi mais fácil compreender o assunto abordado nesta unidade, pois 
agora não foi necessário icar decorando os nomes dos elementos químicos e 
suas posições na tabela periódica, e a química orgânica nos facilitou o entendi-
mento da nomenclatura das substâncias químicas. E sobre os cálculos de peso 
molecular, foi possível perceber que todo conhecimento adquirido ao longo de 
nossa jornada sempre pode ser necessário.
Realizamos uma breve introdução sobre as normas regulamentadoras para 
reforçar nossa atividade e aumentar nosso conhecimento para fazer a anteci-
pação, o reconhecimento, a avaliação, a prevenção e o controle de fatores de 
risco, e assim ser um excelente proissional que trabalha todos os dias prote-
gendo a saúde dos nossos colegas de trabalho. Espero que tenham icado claros 
os termos e as orientações com as Normas Regulamentadoras do Ministério do 
Trabalho e Emprego que estudamos nesta unidade, já que em nossas atividades 
diárias estas Normas nos orientaram e serão nosso instrumento de trabalho na 
busca pela saúde e segurança no ambiente laboral. A conversão de unidades de 
concentração ppm e mg/m³ é bem simples, mas precisa ser praticada para real-
mente entendermos a relação e a maneira de utilizá-la, pois será fundamental 
no momento de uma avaliação de um resultado quantitativo.
Tentei apresentar de uma maneira simpliicada e com clareza os estudos e 
avaliação da Norma Regulamentadora 15 em seus anexos que tratam de agentes 
químicos, pois realmente são um elemento muito importante na boa caracteriza-
ção de insalubridade de um ambiente. E não podemos nos esquecer que o principal 
objetivo do nosso trabalho não está relacionado ao pagamento deste ou daquele 
adicional, mas sim a um objetivo muito maior, que é a melhoria do ambiente de tra-
balho de maneira técnica e proissional, pensando sempre no bem-estar de todos.
O dito popular “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. Como 
isso pode ser utilizado quando pensamos em tempo de exposição ao agen-
te químico?
53 
1. Quais as grandezas utilizadas para a avaliação do limite de tolerância?
a. Forma e Temperatura.
b. Composição e Concentração.
c. Tempo de exposição e Temperatura.
d. Tempo de exposição e Concentração.
2. Quais os anexos da Norma Regulamentadora 15 que ixam os limites de tolerân-
cia de agentes químicos?
I – Anexo 11.
II – Anexo 12.
III – Anexo 13.
IV – Anexo 11, 12 e 13.
Assinale a alternativa correta:
a. Apenas I e II estão corretas.
b. Apenas II e III estão corretas.
c. Apenas I está correta.
d. Apenas II, III e IV estão corretas.
e. Nenhuma das alternativas está correta.
3. Quais as unidade utilizadas para a apresentação dos limites de tolerâncias dos 
agentes químicos?
a. mg/m³ e %.
b. mg/m³ e ppm.
c. g/ml e ppb.
d. g/ml e %.
4. O acetato de etila possui um limite de tolerância de 310 ppm. Esse limite repre-
senta:
a. 4090 mg/m³.
b. 3500 mg/m³.
c. 1090 mg/m³.
d. 940 mg/m³.
e. 310 mg/m³.
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5. O eter etílico possui um limite de tolerância de 310 ppm. Esse limite representa:
a. 4090 mg/m³.
b. 3500 mg/m³.
c. 1090 mg/m³.
d. 940 mg/m³.
e. 310 mg/m³.
6. Sobre os agentes químicos acetato de etila e éter etílico dos exercícios 4 e 5, 
assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F):
( ) Os dois agentes apresentam o mesmo limite de tolerância na unidade 
ppm.
( ) Os dois agentes apresentam o mesmo limite de tolerância na unidade mg/
m³.

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