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Análise crítica:
 COMO ORDENAR AS IDÉIAS
Comunicar é transmitir pensamentos e opiniões, mas para isso precisa-se organizar, arrumar e esquematizar as idéias, tornando clara e compreensível à comunicação.
Comunicar é expressar idéias e organizar idéias é dissertar. “Consiste na exposição de um assunto, no esclarecimento das verdades que o envolvem, na discussão da problemática que nele reside, na defesa de princípios, na tomada de posições.” (MAZZAROTTO; LEDO; CAMARGO, 2002, p.17).
Uma boa comunicação é questão de disciplina para prever, refletir e planejar o que será exposto. A reflexão leva ao planejamento da ordem das idéias, que serão transmitidas de maneira clara e seguras, para isso é preciso traçar metas. No ponto de vista de CURY (2002), traçar metas é construir alicerces e estabelecer prioridades é tornar real.
O plano de comunicação deve ser dividido e esquematizado. Descartes (apud BOAVENTURA, 2000) afirmou: “(...) conduzir por ordem os meus pensamentos, começando pelos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir pouco a pouco, como por degraus (...)”.
O planejamento deve estar presente em todo trabalho, na comunicação não é diferente. Com o plano os pensamentos são expressos de modo eficaz, claro e preciso, caso contrário, seria fácil se perder na sua exposição, tornando o trabalho repetitivo, superficial e ruim.
Para se expressar bem é preciso pensar e esquematizar. Como disse Cury (2002, p.61): Aplique a técnica do DCD (duvide, critique e determine)... Duvide da eficácia do seu plano, critique suas idéias e determine prioridades. Anote todos os pensamentos, risque e acrescente palavras na elaboração do plano, até chegar o mais perto possível da perfeição.
Introduzir é abrir o assunto, anunciar, despertar o interesse para o tema tratado, deixando clara a idéia geral, para que possa ser entregue aos auditórios.
A introdução tem como objetivo seduzir e atrair os receptores para a importância do tema, fazendo-se ouvir com simpatia, despertando a atenção dos receptores para sua visão do assunto, conduzindo-os para a imprevisível exposição e finalmente findar-se em poucas palavras. Portanto, introduzir é cativar o receptor. Como disse Exupéry (1996, p.66): criar laços...
O desenvolvimento segue a introdução, discutindo as idéias que foram apresentadas, para isso é preciso dividir o assunto, expressando uma idéia por vez, para torná-lo compreensivo, desde que um plano seja traçado. De acordo com Mazzarotto; Ledo; Camargo (2002, p.17);
 É pela ausência do plano, é por não ter refletido bastante sobre 
 o que vai escrever que um homem de talento se sente 
 embaraçado, não sabendo por onde começar a escrever.[...].
 Para escrever bem, é preciso, portanto estar plenamente senhor 
 do seu assunto, é preciso refletir bem nele, para ver claramente 
 a ordem dos pensamentos e formular deles uma seqüência, 
 uma cadeia em que cada ponto representa uma idéia.
Desenvolver é dividir e dividir é decompor um todo em partes.Mas a divisão só pode ser feita a partir de uma reflexão inicial, que permite o discutir das idéias desenvolvidas nas partes do plano.
O desenvolvimento pode ser feito em duas ou três partes. O desenvolvimento em três partes é um processo longo e demorado, que exige grande reflexão e estudo do tema a ser exposto, esse é um tipo de plano recomendado para grandes obras. Portanto a melhor maneira de desenvolver o corpo de um assunto é dividi-lo em duas partes.
A maneira perfeita para apresentar um assunto é encontrar duas partes opostas, mas é preciso evitar o comodismo e a vulgaridade de colocar as vantagens na primeira parte e as desvantagens na segunda. Quando não houver possibilidade de desenvolver um assunto por meio da oposição, pode-se desenvolvê-lo pela progressão. Sendo esses dois métodos característicos de planos lógicos, esquematizados e persuasivos.
Após o desenvolvimento, vem a conclusão, onde é preciso reunir argumentos para convencer os que ainda duvidam. Para tanto é preciso apresentar em poucas palavras, argumentos maciços para marcar e impressionar ouvintes e leitores.
Percebe-se então, que a boa comunicação deve ser planejada e esquematizada em partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. Essas partes são peças de um todo, portanto, é preciso ter o cuidado de ligá-las de modo que elas se apresentem unidas e harmônicas.
Para isso é preciso prever, cortar, aumentar, pesar, criticar e eliminar o desnecessário, então finalmente as partes encontrarão o equilíbrio necessário para a harmonia do todo.
“Se quisermos agir bem, nada melhor do que controlarmos os pensamentos...” (RODRIGUES, 2003, p.27). Pensando neste ensinamento, vê-se a importância de treinar e educar os pensamentos para escolher minuciosamente o que será exposto.
A boa comunicação, seja ela falada ou escrita, não é baseada no tamanho do discurso, mas pela organização das idéias expostas.
Organizar é ordenar, esquematizar, selecionar, retirar o excesso de palavras que só confunde o receptor e acrescentar o que falta para enriquecer o plano. Afinal, é um bom plano que nos leva a uma comunicação atraente, cativante e compreensiva.
Para se comunicar, é necessário pensar no plano, que deve ser criado apenas com o essencial para o bom entendimento, eliminando tudo o que for desnecessário e que dificulta a compreensão do texto. Por isso, é bom lembrar das palavras de Figueredo (2001, p.54): A roupa pode disfarçar o tolo até que ele abra a boca.
Em resumo, para uma comunicação clara e eficaz é necessário refletir, pensar, ordenar e esquematizar o plano, pois comunicação é anunciar, desenvolver por partes e concluir o assunto a partir de uma visão crítica e renovada.
REFERÊNCIAS
BOAVENTURA, Edivaldo M. Como ordenar as idéias.
8 ed. São Paulo: Ática, 2000.
SAINT-EXUPÉRY, Antoine de. O Pequeno Príncipe.
43 ed. Rio de Janeiro: Agir, 1996.
RODRIGUES, Fernando Iório. Pequenas histórias, grandes lições.
São Paulo: Paulinas, 2003. – (Coleção fé e vida).
CURY, Augusto Jorge. Você é Insubstituível: este livro revela a sua biografia.
Rio de Janeiro: Sextante, 2002.
FIGUEREDO, Guilerme [adaptação]. Fábulas de Esopo.
2 ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001. – (Leituras fora de série).
MAZZAROTTO, Luiz Fernando; LEDO, Terezinha de Oliveira; CAMARGO, Davi dias de. Redação Prática. São Paulo: DCL, 2002.

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