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Insuficiência Cardíaca CARLOS REGO BARROS Conceitos básicos: • Pré-carga: é a pressão de sangue (pressão diastólica final) presente no ventrículo após o enchimento passivo e contração do átrio. - Refere-se ao máximo de estresse da parede do ventrículo, quando está cheio de sangue. - Mecanismo de Frank-Starling Conceitos básicos: • Pós-carga: dificuldade enfrentada pelo ventrículo, durante o processo de ejeção. - Fator que interfere na pós-carga: resistência vascular periférica ~ pressão arterial. - Quanto maior a pressão arterial, maior é a pós-carga, ou seja, mais difícil é a ejeção. Insuficiência cardíaca – Definição: • Insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica complexa, na qual o coração é incapaz de bombear sangue de forma a atender às necessidades metabólicas tissulares. • Alteração da função cardíaca (estruturais / funcionais) → sintomas e sinais de baixo débito cardíaco e/ou congestão pulmonar ou sistêmica, em repouso ou aos esforços. • Insuficiência cardíaca crônica → natureza progressiva e persistente da doença • Insuficiência cardíaca aguda → alterações rápidas ou graduais de sinais e sintomas resultando em necessidade de terapia urgente. Definição • IC diastólica → anormalidade na função diastólica, levando a defeito no enchimento ventricular • IC sistólica → causada por anormalidade na função sistólica produzindo redução do volume sistólico Obs.: Muitos pacientes coexistem as disfunções sistólica e a diastólica. Assim, convencionou-se definir os pacientes com IC de acordo com a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE). Classificação da insuficiência cardíaca 1. Fração de ejeção (preservada, intermediária e reduzida) 2. Gravidade dos sintomas (classificação funcional da New York Heart Association − NYHA) 3. Tempo e progressão da doença Classificação de acordo com a fração de ejeção FEVE normal: ≥ 50% Desempenho Cardíaco Débito cardíaco = FC x Vol.Sistólico Fração de Ejeção Vol.Diastólico Final – Vol. Sistólico Final / VDF Exemplo: 120ml – 60ml / 120ml = 0,5 (50%) Classificação de acordo com a gravidade dos sintomas • NYHA - se baseia no grau de tolerância ao exercício Classificação de acordo com a progressão da doença Insuficiência cardíaca - Epidemiologia • Sobrevida após 5 anos de diagnóstico ~ 35%; • Mortalidade tardia (1 ano) entre portadores de IC crônica: ICFEr: 8,8% ICFEi: 7,6% ICFEp: 6,3% Diagnóstico de insuficiência cardíaca Sinais e sintomas de insuficiência cardíaca: • Falta de ar/dispneia • Ortopneia • Intolerância ao exercício • Pressão venosa jugular elevada • Terceira bulha cardíaca • Crepitações pulmonares • Extremidades frias • Edema periférico. Diagnóstico de insuficiência cardíaca Avaliação etiológica • Isquêmica • Hipertensiva • Chagásica • Valvar • Cardiomiopatias • Congênitas • Cardiotoxicidade • Alcóolica • Miocardites... Avaliação prognóstica Insuficiência cardíaca aguda • Umas das principais causas de internação hospitalar no Brasil; • As principais etiologias: • isquêmica (30%) • hipertensiva (20%) • dilatada idiopática (15%) • valvar (12%) • doença de Chagas (11%) Insuficiência cardíaca aguda Classificada de acordo com quatro aspectos: 1. Síndrome clínica de apresentação (insuficiência ventricular esquerda, IC congestiva, choque cardiogênico e edema agudo de pulmão) 2. Tempo de evolução da doença (IC aguda nova ou crônica agudizada); 3. Tipo de disfunção ventricular (IC com ICFEp − considerada FEVE > 50%; IC com ICFEi − ou seja, com FEVE 40% e 50%; e ICFEr representada por FEVE < 40%); 4. Modelo clínico-hemodinâmico: presença de congestão ou baixo débito cardíaco, classificando o paciente em quatro categorias: quente-congesto, se sem baixo débito com congestão; quente-seco, se sem baixo débito ou congestão; frio-congesto, se baixo débito e congestão; e frio-seco, se com baixo debito e sem congestão. Fluxograma de avaliação diagnóstica admissional da insuficiência aguda Manejo do paciente com insuficiência cardíaca aguda descompensada - Suporte respiratório: • Congestão pulmonar, associada ou não à redução do débito cardíaco; • Ocasiona redução da função pulmonar e aumento do shunt intrapulmonar, com consequente hipoxemia e aumento do trabalho respiratório. Manejo do paciente com insuficiência cardíaca aguda descompensada - Suporte respiratório: • Congestão pulmonar, associada ou não à redução do débito cardíaco; • Ocasiona redução da função pulmonar e aumento do shunt intrapulmonar, com consequente hipoxemia e aumento do trabalho respiratório. • Alvos: estabelecer Saturação de Oxigênio (SatO2) > 90% e redução do trabalho respiratório; • Oxigenoterapia com cateter nasal ou máscara • Suporte ventilatório não invasivo com pressão positiva • Suporte ventilatório invasivo com pressão positiva.
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