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Endoparasita e Ectoparasita de aves de produção (galinhas)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO AVANTIS – UNIAVAN 
CAMPUS BALNEÁRIO CAMBORIÚ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENDOPARASITAS E ECTOPARASITAS EM AVES DE PRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TAINARA MILANI NEHERING 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BALNEÁRIO CAMBORIÚ - SC 
2020 
1 
 
TAINARA MILANI NEHERING 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENDOPARASITAS E ECTOPARASITAS EM AVES DE PRODUÇÃO 
 
 
 
Trabalho de pesquisa e curiosidades de parasitas 
em aves de produção, apresentado à disciplina 
“Parasitologia e Doenças Parasitarias do Curso de 
Medicina Veterinária, 4º período, do Centro 
Universitário Avantis – UNIAVAN”, como 
atividade de avaliação da disciplina. 
 
Orientador: Profº MSc. Raniere Gaertner. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BALNEÁRIO CAMBORIÚ - SC 
2020
2 
 
SUMÁRIO 
 
 
RESUMO ................................................................................................................................................... 3 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 4 
1 ENDOPARASITAS ................................................................................................................................... 5 
1.1 CESTÓIDES .......................................................................................................................................... 5 
1.1.a Davainea proglottina .................................................................................................................. 5 
 1.1.b Hymenolepis carioca ................................................................................................................... 6 
 1.1.c Raillietina spp. ............................................................................................................................. 6 
1.2 NEMATÓDEIS ..................................................................................................................................... 7 
 1.2.a Ascaridia galli ............................................................................................................................ 7 
 1.2.b Capillaria spp. ............................................................................................................................ 8 
 1.2.c Hetrakis galinarum ..................................................................................................................... 9 
 1.2.d Syngamus trachea e Syngamus oswaldoi ............................................................................... 10 
 1.2.e Tretameres americana ............................................................................................................. 11 
2 ECTOPARASITAS .................................................................................................................................. 12 
2.a Dermanyssus gallinae .................................................................................................................. 12 
2.b Ornithonyssus sylviarum ............................................................................................................. 13 
2.c Ornithonyssus Bursa .................................................................................................................... 14 
 2.d Knemidocoptes spp. ..................................................................................................................... 14 
 2.e Piolhos.......................................................................................................................................... 15 
 2.f Echidnophaga gallinacea .............................................................................................................. 15 
 2.g Argas miniatus ............................................................................................................................. 16 
 
CONCLUSÃO ........................................................................................................................................... 17 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................................ 18 
 
3 
 
RESUMO 
 
A endoparasitose e ectoparasitose são patologias importantes causadas por parasitas dentro 
do organismo (vermes e hemoprotozoários) e fora do organismo, ou seja, no corpo dos 
animais. Geram grande preocupação para os criadores. Essas patologias estão relacionadas 
com problemas de manejo, higiene, nutrição, genético, ambiente inadequado e entre 
outros. Por isso é importante adotar normas na propriedade e realizar um controle eficaz, 
evitando assim perdas econômicas 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
 
A endoparasitose (parasitas do interior do corpo) pode promover um grande prejuízo 
econômico para os criadores das aves de produção, como por exemplo, perdas desses animais 
nos casos mais graves, e nos casos mais leves, o custo para o tratamento dessa patologia. 
Já a ectoparasitose (parasitas que ficam no animal externamente) é considerada menos 
perigosa para as aves, porém deve-se realizar o controle desses parasitas, pois como as pulgas 
e carrapatos se alimentam de sangue, podem ocorrer quadros clínicos de anemia podendo sim 
ocasionar a morte dessas aves. 
Diante disso, o presente trabalho, tem como objetivo principal, apresentar os principais 
endoparasitas e ectoparasitas de aves de produção, tanto do frango de corte quanto das 
galinhas poedeiras, além disso, no trabalho também consta a etiologia, patogenia, os possíveis 
controles tanto de ambiente quanto em forma de vacinas, sendo assim a prevenção, e, para 
concluir, o tratamento para cada caso clínico dos referentes parasitas. 
 
 
5 
 
Endoparasitas 
 
A endoparasitose (parasitas do interior do corpo, vermes do sistema digestivo) está 
relacionada a vermes e hemoprotozoários, podendo ou não ser parasitas obrigatórios, sendo 
que, para os frangos de corte isso não deveria ser de grande importância, já que esses frangos 
são abatidos em torno de 47 dias, tempo insuficiente para o desenvolvimento completo de 
uma verminose, já que o tempo para a apresentação das infestações e formas do parasita seja 
entre 5 a 8 semanas (35 a 56 dias), mas as formas lavais desses parasitas estão sim presentes, 
podendo exercer atividade mórbida nas primeiras semanas de vida dessas aves de corte, 
podendo gerar prejuízos ao criador com a morte desses animais. Já nas poederias, que o tempo 
de vida é mais longo, os endoparasitas assumem o grau de importância, assim o índice de 
parasitas nas aves poederias é superior em relação às aves de corte (VASCONCELOS, 2000 
apud RENNÓ et al, 2008). 
Sendo assim, há uma vasta quantidade de helmintos (vermes) que parasitam as aves de 
produção, dois grandes grupos de importância: cestóides e nematoides. Onde os cestóides, 
representados pelo filo Plathelminthes, classe Cestoda são caracterizados por serem vermes 
achatados. Apresentam seu ciclo de vida direta ou indireta por via de um hospedeiro 
intermediário (hospedeiro essencial para o ciclo do parasita acontecer), sendo menos 
patogênico em relação aos nematoides, podendo ocasionar doenças clínicas em grande 
número de aves. Cada proglote (segmento) é hermafrodita, podendo ocorrer autofecundação 
ou fecundação cruzada entre proglotes. Sua alimentação é por meio de absorção de conteúdos 
intestinais do hospedeiro (VASCONCELOS, 2000; BACK, 2000 apud RENNÓ et al, 2008). 
De acordo com o Ouro Fino, 2012, os parasitas da classe Cestoda de grande 
importância na avicultura são: 
 
Davainea proglottina 
Ordem: Cyclophyllidea Família: Davaineidae Gênero: Davainea 
 Espécie: Davainea proglottina. 
Adulto parasito encontrado no intestino delgado de galinha. Morfologia da espécie: 
estrobilo com poucas proglotes, escolex com ventosas pequenas,circulares e armadas 
ganchos, rostelo é armado com seis coroas de ganchos, mede até 4mm e possui poro genital 
regularmente alternado lateralmente. Seu ciclo biológico acontece quando os ovos eclodem 
após terem sidos ingeridos por um hospedeiro intermediário. Nos hospedeiros intermediários 
as larvas cisticercóides desenvolvem-se após três semanas. O hospedeiro definitivo, ingerindo 
6 
 
os gastrópodes, após duas semanas surge o parasita adulto no intestino delgado. A patogenia 
se dá pelos cestóides adultos que penetram profundamente na mucosa e submucosa intestinal. 
É considerada a espécie de Cestódeo de maior patogenicidade para as galinhas, associada a 
50% de mortalidade em algumas criações. Como sinais clínicos, as aves apresentam asas 
caídas e arrepiadas, movimentos lentos, perda de peso e prostração, dispneia e paralisia das 
patas, além disso, microscopicamente, a mucosa intestinal aparece espessada com 
hemorragias ou necrosada. Para controle recomenda-se a eliminação de lesmas e caramujos e 
para o tratamento de aves infectadas é realizado com anti-helmíntico 
(Niclosamida/Butinorato) (SALETE, 2018). 
 
Hymenolepis carioca 
Ordem: Cyclophyllidea Família: Hymenolepididae Gênero: Hymenolepis 
Espécie: Hymenolepis carioca 
A himenolepsia carioca é um tipo de tênia, especificamente conhecido como cestóide, 
um parasita interno de galinhas. A H. carioca é um verme de 40 mm (1,5 pol.), Achatado, 
segmentado e em forma de fita, que invade o sistema gastrointestinal da galinha. H. carioca 
tem um ciclo de vida indireto, usando besouros e moscas como hospedeiros intermediários. 
Galinhas são infectadas pelo consumo de ovos de H. carioca derramados nas fezes de 
galinhas infectadas ou moscas estáveis infectadas e besouros de esterco. O diagnóstico é feito 
através do método de sedimentação e o tratamento das aves é realizado com anti-helmintos. 
Sinais clínicos parecidos com o da espécie Davainea proglottina, como diarreia e perda de 
peso (FORTES, 1993). 
 
Raillietina spp. 
Ordem: Cyclophyllidea Família: Davaineidae Gênero: Raillietina 
Espécie: Raillietina spp. 
A espécie Raillietina spp, é encontrada, na forma de parasita, no intestino delgado das 
aves, tem passagem intermediária por formigas, moscas baratas, entre outros (FREITAS, 1977 
apud YAMAMURA; CARDOZO). 
 
Seu ciclo evolutivo as proglotes gravidas são liberadas pelas fezes, após são 
ingeridas pelo seu hospedeiro intermediário este se tornando infectantes com larvas 
cisticercóides, ocorre a sua migração para o intestino delgado do hospedeiro 
intermediário após o embrião se instala e permanece ali até o hospedeiro 
intermediário ser ingerido pelo hospedeiro definitivo. Após sua ingestão no intestino 
delgado do hospedeiro definitivo as larvas se fixam e o desenvolvimento de 
7 
 
proglotes inicia-se rapidamente. Seu período pré-patente é de 2 a 3 semanas, após 
este período pode ser observado proglotes nas fezes das aves parasitadas 
(BAPTISTA, 2010 apud MATTOS; ROSSATO; ANTONUCCI, 2019, p.10). 
 
Para o tratamento, pode ser utilizado Mebenzadole por cinco dias, Alendazole e 
Plaziquentol, ambos em dose única (RENNÓ, 2008, apud MATTOS; ROSSATO; 
ANTONUCCI, 2019). 
“Causam formação de nódulos semelhantes aos da tuberculose e a espécie mais 
patogênica é R. echinobothrida” (FREITAS, 1977 apud YAMAMURA; CARDOZO, 2004, 
p.69). 
 
Nematóides 
Já os nematóides, do filo Nemathelminthes, são caracterizados por serem vermes 
redondos, sendo estes mais patogênicos, pois são muito resistente à desinfetantes, 
consequentemente, causando um grande impacto econômico no setor da avicultura. É uma 
classe específica com ciclo direto, sua transmissão se dá através da via horizontal, ou seja, de 
aves para aves, através da ingestão de larvas, ou pelo ciclo indireto através de um hospedeiro 
intermediário como insetos e moluscos (VASCONCELOS, 2000; BACK, 2000 apud RENNÓ 
et al, 2008). 
De acordo com o Ouro Fino, 2012, os nematoides, do filo Nematoda, mais importantes 
na avicultura são: 
 
Ascaridia galli 
Classe: Secernentea Ordem: Ascaridida Família: Ascaridiidae 
Gênero: Ascaridia Espécie: Ascaridia galli 
Apresenta um tamanho médio, de coloração branco-amarelado, boca com três lábios e 
não encapsulados. Os machos são menores em relação às fêmeas, assim como os demais 
nematoides, com corpo mais delgado, possuem asas caudais. Já as fêmeas apresenta vulva na 
porção média do corpo e úteros divergentes, os seus ovos são de casca grossa e lisa, com 
granulação na parte interna em uma das suas extremidades. Seu ciclo de vida é direto e 
simples, seus ovos são eliminados pelas fezes (VITA, 2013 apud MATTOS; ROSSATO; 
ANTONUCCI, 2019). 
 
Ainda segundo Vita (2013) apud Mattos; Rossato; Antonucci, p. 4. 2019, a larva 
jovem do parasito vive livre na luz do duodeno por volta de nove dias, após 
retornam para a luz intestinal por volta do 17° dia de viva e o parasito deixa seu 
estado larval para atingir sua idade adulta por volta de 28 a 30 dias de idade. Seu 
8 
 
período pré patente é estabelecido em torno de cinco a seis semanas em animais com 
idade menor que três meses e em torno de oito semanas em animais adultos. 
 
Durante o desenvolvimento, as larvas penetram na mucosa do intestino e volta para a 
luz do órgão, esse ato pode causar enterite catarral ou hemorrágica pelas lesões no ID. Esse 
parasita é responsável pela patogenia Ascaridíase, apresenta motilidade constante 
(constantemente se movimentando contra os movimentos peristálticos para não serem 
eliminados e também se fixam na mucosa– não sugam sangue, apenas absorvem os nutrientes 
que seria para os hospedeiros), sendo assim, ocorre perda de peso que varia de acordo com a 
quantidade de parasitaria no hospedeiro, assim gerando anemia, anorexia, má absorção de 
nutrientes e outras infecções intestinais graves podendo evoluir para óbito dos animais em 
quantidades significativas acarretando serias perdas econômicas fezes (VITA, 2013 apud 
MATTOS; ROSSATO; ANTONUCCI, 2019). 
 
Oliveira (2017) apud Mattos; Rossato; Antonucci, p. 4 (2019), afirma que o 
tratamento para Ascaridíase pode ser feito através da utilização de tiabendazol 
podendo ser administrado em dose terapêutica com dose única ou administrado de 
forma profilática em doses mais baixas podendo ser oferecido em agua de beber. 
 
 Ainda de acordo com Oliveira (2017) apud Mattos; Rossato; Antonucci (2019), as 
aves com mais de três meses de vida são mais resistentes a este parasita, pois devido à 
quantidade de estresse já passado pelos frangos, principalmente as aves poederias, 
provavelmente desenvolveram infecções secundárias como Pasteurelose, Coccidiose e o 
envolvimento com transmissões do Reuvirus aviário. 
 
Capillaria spp. 
Subclasse: Enoplia Ordem: Trichurida Família: Trichinellidae 
Gênero: Capillaria Espécie: Capillaria spp. 
Os parasitas Capillaria apresentam corpo longo e delgado, podem apresentar 
coloração branca ou amarelada, seu corpo apresenta diferença entre sua parte posterior que é 
mais longa e grossa com relação a parte anterior do seu corpo, sua boca é desprovida de lábios 
e seu esôfago é longo. As fêmeas, maiores que o macho, apresentam 3,7 a 8,0 cm de 
comprimento, com vulva próxima ao final do esôfago, já os machos, em torno de 1,5 a 2,5 cm 
de comprimento apresentam sua porção posterior arredondada e espiculo único em sua bainha 
espinhosa (VITA, 2013 apud MATTOS; ROSSATO; ANTONUCCI, 2019). 
 
Segundo Vita (2013) apud MATTOS; ROSSATO; ANTONUCCI, p. 7 (2019), no 
seu ciclo evolutivo os ovos não embrionados saem pelas fezes e atinge seu primeiro 
estágio larval entre 9 a 14 dias, os hospedeiros ingerem estes ovos através da sua 
9 
 
alimentação e agua contaminados, após as larvas se liberam no intestino delgado e 
se fixam na mucosa e submucosa e permanecem nestes locais até atingir seu estágio 
adulto. O seu ciclo indireto é realizado através dehospedeiros paratênicos como as 
minhocas que tem função de hospedeiros facultativos ou obrigatórios, onde estas são 
ingeridas pelas aves e no seu intestino delgado é liberado as larvas e completam seu 
ciclo de vida se tornando adultos. 
 
Essa espécie de helminto pode ser encontrada em vários órgãos das aves de produção, 
como papo, esôfago e intestino delgado de galinhas, frangos, perus, patos e aves silvestres, 
tendo um local de predileção para cada espécie e podendo ter um ciclo de vida direto ou 
indireto. As aves com infestação baixa apresentam infecção subclínica, já em infestações 
maciças as aves apresentam perda de peso, diarreia, as debilitadas e pode evoluir para óbito 
(EHLERS, 2012 apud MATTOS; ROSSATO; ANTONUCCI, 2019). 
Para o tratamento desses nematoides, pode ser feito com Levamizole, porém pode 
ocasionar vômitos, também pode ser indicado o Mebendazole, mas em dose errada a ave pode 
apresentar hepapite toxica aguda, como efeito colateral, já o medicamento Plaziquantel não há 
registros de efeitos secundários, sendo aplicado em dose única (RENNO, 2008 apud 
MATTOS; ROSSATO; ANTONUCCI, 2019). 
 
Hetrakis galinarum 
Classe: Secernentea Subclasse: Rabitditia Ordem: Ascaridida 
Família: Heterakidae Gênero: Hetrakis Espécie: Hetrakis galinarum 
São nematoides, pequenos, de coloração esbranquiçada, apresenta cavidade bucal 
cilíndrica, esôfago com bulbo posterior desenvolvido, têm cutículas por toda extensão do 
corpo, com cauda pontiaguda alongada. Os machos são menores que as fêmeas, possuem asas 
caudais desenvolvidas sustentadas por papilas, espiculas e cauda cônica. As fêmeas também 
possuem cauda cônica podendo ser facilmente confundidas com os machos. Seus ovos 
apresentam casca lisa e espessa, fácil confundir com os ovos de Ascaridia galli (VITA, 2013 
apud MATTOS; ROSSATO; ANTONUCCI, 2019). 
Seu ciclo evolutivo atinge forma infectante em torno de duas semanas após terem 
passado pelas fezes e com temperatura e umidade favoráveis. Após a eclosão dos ovos, os 
embriões se instalam trato digestivo superior do hospedeiro e após 24 horas já estarão 
atingindo o ceco intestinal da ave. Com esta parasitose instalada no ceco, ocorre o 
engrossamento da parede cecal e inflamação grave podendo ser observado nodulação na 
mucosa e submucosa das aves infectadas. O tratamento do parasito é realizado com o uso de 
febendazole e metronidazol com, cerca de, 90 a 100% de eficácia, sendo administrado em 
10 
 
agua de beber em um período de 3 a 6 dias (REVOLLEDO & PIANTINO FERREIRA, 2009 
apud MATTOS; ROSSATO; ANTONUCCI, 2019). 
 
Syngamus trachea e Syngamus oswaldoi 
Classe: Secernentea Ordem: Rhabditida Família: Strongyloididae 
Gênero Syngamu Espécie: Syngamus trachea e Syngamus oswaldoi 
Esses são as espécies que mais se destacam na avicultura, da família Strongyloididae, 
onde os parasitas apresentam dimorfismo sexual acentuado e o casal apresenta cópula 
permanente apresentando forma de “Y”, devido à posição do órgão sexual da fêmea. 
Geralmente, parasitam a traqueia, brônquios e bronquíolos (MARQUES, 2006 apud 
MATTOS; ROSSATO; ANTONUCCI, 2019). 
 
Seu ciclo de vida pode ser direto ou indireto, onde a larva infectante penetra na 
mucosa do pro ventrículo ou esôfago da ave, após migram para os pulmões direto ou 
são levadas para os pulmões pela corrente sanguínea onde as larvas migraram para o 
duodeno caindo na corrente sanguínea chegando aos pulmões, nos pulmões as larvas 
atingem sua fase adulta entre 4 a 5 dias e atingem sua maturidade entre duas 
semanas, sendo a femea que parasita seu hospedeiro pois são hematófagas 
(REVOLLEDO & PIANTINO FERREIRA, 2009 apud MATTOS; ROSSATO; 
ANTONUCCI, p. 8. 2019). 
 
 
Os machos, novamente menores que as fêmeas, medindo até 2cm de comprimento, 
enquanto as fêmeas podem chegar ate 13cm de comprimento. Ainda nos machos, possuem 
coloração mais esbranquiçada, apresenta cápsula bucal de até oito dentes, apresenta esôfago, 
suas espiculas não são acoplados na porção distal do seu corpo e seu órgão copulador está 
localizada na porção terminal do seu corpo e são dotadas de raios grossos. As fêmeas 
possuem coloração mais avermelhada, também apresenta cápsula bucal com oito dentes na 
sua base e tem vulva localizada na extremidade anterior do seu corpo, com cauda fina e seus 
ovos apresentam opérculo espesso em ambos os polos (MARQUES, 2006 apud MATTOS; 
ROSSATO; ANTONUCCI, 2019). 
Segundo Baptista (2010) apud Mattos; Rossato; Antunicci (2019), a grande quantidade 
desses parasitas nas aves podem acometer as seguintes situações: anemia, dispneia, asfixia 
(causado pelo acumulo de muco na traqueia), diarreia sanguinolenta, entre outros. Além do 
mais, essas aves podem ir ao óbito por falta de respiração regular e/ou por tentativa de 
eliminar o muco, assim sacodindo a cabeça, retorcendo o pescoço entre outras atividades para 
eliminar o mesmo. Larvas que fazem passagem pelo pulmão também podem causar 
pneumonia (animal fica propício a infecções secundárias) 
11 
 
Para o tratamento eficaz de Syngamus trachea e Syngamus oswaldoi, Revolledo & 
Ferreira (2009) apud Mattos; Rossato; Antunicci p. 8 (2019), recomendam utilizar o uso de 
tiabendazole em dose única, mebendazole com doses realizadas por um período de 5 dias ou 
levamizole em dose única e o uso de ivermectina em dose única também pode ser utilizado. 
 
Tretameres americana 
Classe: Secernentea Ordem: Spirurida Família: Spirurudae Gênero: Tretameres 
Espécie: Tretameres americana 
Os parasitas dessa espécie são encontrados no proventrículo das aves, sendo que as 
fêmeas hematófagas, responsáveis por causar anemia no hospedeiro, ficam nas glândulas do 
órgão enquanto os machos de espécie dimorfismo sexual se encontram na superfície da 
mucosa, provocando proventriculites (MACHADO, 2006 apud MATTOS; ROSSATO; 
ANTONUCCI, 2019). 
As fêmeas apresentam seu tamanho maior que 5 mm, coloração vermelho vivo, seu 
corpo é globular, apresenta quatro sulcos longitudinais, útero e ovários longos, com múltiplos 
emaranhados no seu interior que se enchem de ovos. Seus ovos são forma elíptica, casca fina 
e são embrionados no momento da postura (ORTIZ, 2015 apud MATTOS; ROSSATO; 
ANTONUCCI, 2019). 
 Os machos, por ventura, têm seu tamanho menor de 6 mm, coloração pálida ou 
branca, seu corpo tem formato delgado em seu corpo existe duas linhas de espinhas que 
estendem ao logo do seu corpo, apresenta papila cervical, cauda longa e fina e duas espiculas 
de tamanhos desiguais. A espécie do gênero Tetrameres, tem um ciclo heteroxêmico, do qual 
as aves são as hospedeiras definitivas. Parte da evolução dos Tetrameres se passa no 
organismo de certos invertebrados, sendo hospedeiros intermediários (gafanhotos, baratas, 
crustáceos), comendo esses animais é que as aves se infestam (COELHO, 2011 apud 
MATTOS; ROSSATO; ANTONUCCI, 2019). 
 
 
12 
 
Ectoparasitas 
 
São designados por ectoparasitas ou parasitas externos os tipos de parasitas que se 
instalam fora do corpo do hospedeiro, como no caso de piolhos, ácaros, pulgas, carrapatos e 
sanguessugas. Na avicultura, os ectoparasitas ocorrem com muita frequência, principalmente 
nas aves de postura que ficam por mais tempo em confinamento ou soltas para a produção de 
ovos, assim o controle desses parasitas é um grande desafio enfrentado pelos produtores. 
Apesar de pontos positivos, o confinamento em gaiolas favorece a instalação e o 
desenvolvimento de uma série de artrópodes, como moscas, piolhos e ácaros hematófagos. 
A anemia que ocorre é do tipo microcítica e normocrônica, indicando que seu 
desenvolvimento é causado em função da perda de sangue e não por falência dos órgãos 
hematopoiéticos. Outro problema determinado pelo parasitismo por ácaros é o estresse. A 
principal resposta ao estresse nas aves é uma elevação da taxa de corticosteroides, que é 
acompanhada de redução de consumo de alimentos, alterações imunológicas eaumento de 
suscetibilidade às doenças. Assim, no Brasil, os ácaros hematófagos que parasitam as aves de 
postura são Dermanyssus gallinae, Ornithonyssus sylviarum e Ornithonyssus Bursa 
(PALERMO-NETO; SPINOSA; GÓRNIAK apud BLASCO et al, 2016). 
 
Dermanyssus gallinae: 
 É um ectoparasita de preferência noturno, mais conhecido como ácaro vermelho, 
encontrado em ninhos, rachaduras, fendas e lixo quando não estão se alimentando. O adulto 
chega a medir até um milímetro de comprimento (ROBERTS, 2013 apud CARTER; 
GILLETT-KAUFMAN, 2014). O ciclo de vida começa quando a fêmea desse ácaro coloca 
seus ovos no ambiente, cerca de 30 na sua vida toda, após a eclosão as larvas apresentam seis 
patas, ainda são lentos, mudando no dia seguinte. O protonônimo de oito patas alimenta e 
muda para um deutonímia de oito patas, que depois alimenta e muda para um adulto. Todo o 
ciclo pode ser concluído em apenas sete dias. Dermanyssus gallinae é um vetor conhecido 
(transmissor) para o vírus da encefalite de St. Louis (CHAUVE, 1998 apud CARTER; 
GILLETT-KAUFMAN, 2014). 
De acordo com Hoy (2011) apud Carter; Gillett-kaufman; s.p (2014), “Os ácaros 
espalham outras doenças, como o vírus da catapora, o vírus de Newcastle e a cólera de aves” 
[tradução nossa]. 
13 
 
Os principais sintomas são anemia, aumento dos níveis de estresse, padrões de sono 
alterados ou bicadas de penas (SPARAGANO et al, 2014 apud CARTER; GILLETT-
KAUFMAN, 2014). O tratamento se dá com acaricidas, porém alguns ácaros já criaram 
resistência, por isso deve-se avaliar o mais apropriado para o caso. Pode tratar as aves com 
spray de piretróides. Também é indicada a avaliação da sanidade do local em que as aves 
passam o maior tempo, sendo necessário realizar uma limpeza periódica, trocando o material 
dos ninhos (CARTER; GILLETT-KAUFMAN, 2014). 
 
Ornithonyssus sylviarum 
 Parasita obrigatório que depende da alimentação de sangue do seu hospedeiro, sendo 
as aves, principalmente as galinhas de postura, assim fazendo seu ciclo biológico completo no 
hospedeiro e sua reprodução acontece quando os parasitas estão presentes nas aves (DE 
VANEY, 1986; URQUHART et al.,1998; NAHM, 1999 apud SILLOS, 2002). 
De acordo com SIKES; SHAMBERLAIN (1954) apud SILLOS (2002), [...] o ciclo 
inicia-se pelo ovo, passando à larva, protoninfa, deutoninfa e adulto. Todos os 
estágios são normalmente encontrados no hospedeiro, porém somente os estágios de 
protoninfa e adulto são hematófagos. 
 
JEFFREY e McCREA (1999) apud SILLOS (2002) “observaram que o O. sylviarum é 
suspeito de transmitir os agentes da doença de Newcastle, clamidiose e pox vírus”. 
Além disso, parasitam as pernas, contornos da cloaca e em casos mais avançados, 
parasitam todo o corpo das aves (KIRKWOOD; 1968; MATTHYSSE e tal., 1974 apud 
SILLOS, 2002). Sabendo disso, este parasita também é responsável por causar anemia, 
consequentemente perda de peso (aves de postura diminuem a produção de ovos) e dermatites 
(pele crostosa, espessada e penas manchadas em volta da cloaca), podendo ocasionar quadros 
clínicos graves (PESSOA e MARTINS, 1988; CHAUVE, 1998 apud SILLOS, 2002). 
Nos machos, galos principalmente da raça White Leghorn, houve um estudo 
comprovando que com a infestação desses parasitas da espécie O. sylviarum, tiveram uma 
porcentagem de líquido seminal reduzido em relação à quantidade de níveis totais de 
espermatozoides viáveis (DE VANEY 1978ª apud SILLOS, 2002). 
Para o tratamento dessa espécie de parasita, DE VANEY (1986) apud SILLOS p.17 
(2002) diz que: 
 [...] a aplicação de produtos acaricidas sob a forma de aerossol de alta pressão na 
região perianal das aves com O. sylviarum é um método rápido e efetivo. 
Detergentes líquidos devem ser incluídos na solução para facilitar a penetração no 
exoesqueleto do ácaro e a permanência na ave. Demonstrou-se que o controle do O. 
sylviarum em objetos inanimados pode ser feito com o uso de brometo de metila 
mediante fumigação, que é um método perigoso e que requer maior supervisão, 
14 
 
matando todos os estádios do ácaro em doze horas em temperatura ao redor de 10°C. 
O uso de Carbaril e Stirofós concederam completo controle por no mínimo seis 
meses, não excedendo a tolerância geral em ovos. 
 
Ornithonyssus Bursa 
Ácaro, assim como o O. sylviarum, causa irritação nas aves associado com dermatite e 
anemia, podendo resultar em mortes de pintinhos e aves adultas. Este parasita as aves, 
principalmente, ao redor do bico e olhos, se alimentando se sangue assim como os demais 
ácaros (FLECHTMANN, 1985; GUIMARÃES et al., 2001 apud MASCARENHAS et al., 
2009). 
Para o funcionamento seu ciclo de vida e tratamento, pode-se dizer que é o mesmo 
sistema em relação à espécie O. sylviarum, visto que não há grandes diferenças entre um e 
outro. Ambos de espécie que não sobrevive muito tempo no ambiente, assim realizando seu 
ciclo de produção direto na ave/galinhas. 
 
Knemidocoptes spp. 
Gênero da classe Arachnida, subclasse Acari, ordem Sarcoptiformes, subordem 
Astigmata, família Epidermoptidae e subfamília Knemidokoptinae. 
 Conhecida como sarna podal das aves, profundas (escavadoras), se alimenta enquanto 
cavam as galerias e vão fazendo a eliminação das fezes, causando a irritação da pele, tendo 
hiperqueratose, descamação, claudicação e deformidades. Normalmente ficam em locais sem 
pena, mais no bico, patas e pálpebras. Os ácaros da espécie Knemidocoptes passam todo o seu 
ciclo de vida de três semanas em seus hospedeiros. As fêmeas são vivíparas. As larvas têm 
três pares de pernas. Após dois estágios ninfais, os ácaros amadurecem e se tornam adultos 
com quatro pares de pernas. Os ácaros se enterram nos folículos das penas e no estrato 
córneo, principalmente no rosto, pés e cere, onde se alimentam de queratina, a medida que os 
ácaros tocam, eles formam túneis (WADE, 2006). 
Acometem aves mais velhas, sua transmissão se dá, principalmente, pelo contato do 
filhote (pintinho) com a mãe já infestada pelos ácaros ou também, o contágio pode acontecer 
quando a ave se esfrega ou encosta-se a lugares que o ácaro está presente, assim sendo forma 
indireta de transmissão (WADE, 2006). 
Para tratamento, é recomendável isolar a ave que está com o ectoparasita, logo iniciar 
tratamento com Ivermectina via oral, tópica ou por injeção, sendo essa tóxica se administrada 
via muscular. Também pode ser aplicado Moxidectina e outros antiparasitários também 
podem ser recomendados por um médico veterinário (WADE, 2006). 
15 
 
 
Piolhos 
 Ordem Phthiraptera com mais de três mil espécies, geralmente só abandonam seu 
hospedeiro para se fixar em outro. Medem cerca de 0,3 a 11 mm de comprimento, corpo 
achatado dorsoventralmente, pernas robustas e garras adaptadas para se fixar fortemente nas 
penas e pelos de seus hospedeiros. A fêmea deposita em média 50 a 100 ovos, geralmente em 
pencas (cachos) que ficam firmemente aderidos nas penas ou pêlos do hospedeiro, as fêmeas, 
assim nos endoparasitas, geralmente são maiores que os machos e estão em maior número 
(GRUBER, s.d). 
Todo o ciclo ocorre no hospedeiro, apresentando seu ciclo biológico em até seis 
semanas. Insetos hemimetábolos – não têm a fase de larva, seus ovos entre uma a duas 
semanas (ninfa) eclodem (muito semelhante ao adulto, menor e mais clara). Todos os piolhos 
de aves são classificados como mastigadores, porém não se alimentam de sangue 
propriamente dito, ou seja, se alimentam de descamações do tecido epitelial, partes das penas, 
secreções sebáceas e sangue de lesões (GRUBER, s.d). 
Os sintomas no hospedeiro são: irritação (garras tarsais), intenso prurido, animal pode 
se coçar até sangrar, ocorrência de alopecia, escoriação e auto-mutilação, ainda pode resultar 
em estresse, redução do peso e queda na produção. São espécies hematófagas, ou seja, a alta 
infestação desses parasitas externos podem causar quadros clínicos de anemia no hospedeiro 
(GRUBER, s.d).Echidnophaga gallinacea 
Filo: arthropoda Subfilo: uniramia Classe: insecta Ordem: siphonaptera Família: 
pulicidae Gênero: echidnophaga Espécie: echidnophaga gallinacea. É exclusiva entre as 
pulgas das aves no sentido de que os adultos se tornam parasitas sésseis e geralmente 
permanecem presos à pele da cabeça por dias ou semanas. As fêmeas adultas ejetam 
forçadamente seus ovos de forma que eles atinjam a cama circundante. As larvas se 
desenvolvem melhor em uma cama arenosa e bem-drenada. A irritação e a perda de sangue 
podem causar anemia e morte, particularmente nas aves jovens (NEPOMUCENO, 2016). 
 
Argas miniatus 
 Filo: arthropoda Subfilo: chelicerata Classe: arachnida Subclasse: acarina Ordem: 
ixodida Família: argasidae Gereno/espécie: Argas miniatus. Carrapato de coloração castanho-
claro, as ninfas e adultos desta espécie. Possuem quatro pares de patas e aparelho bucal 
16 
 
posicionado ventralmente. O corpo é achatado dorsoventralmente no qual a parte ventral se 
delimita visivelmente da dorsal por um bordo lateral. Machos e fêmeas são diferenciados pelo 
formato do orifício genital, onde nos machos se apresenta de forma circular e mediana 
enquanto nas fêmeas, tem forma de uma fissura que se estende de uma coxa a outra paralela 
ao segundo par de patas e com tegumento mamilonado, sendo que no estado de linfa, o 
tegumento mamilonado também se faz presente, assim como os quatros pares de patas e 
aparelho bucal ventral. No estagio de larva, apresenta tegumento liso e aparelho bucal anterior 
ao idiossoma. Na mudança de estágios, esses carrapatos passam por um processo chamado 
ecdise (MONTEIRO, 2010 apud MENDES; CARNEIRO, 2014). 
A. miniatus constitui-se das seguintes fases: ovo, larva, protoninfa, deutoninfa e 
adultos. O período de incubação dura cerca de 21 dias e após a eclosão as larvas procuram o 
hospedeiro para se alimentar permanecendo na ave por um período de 5 a 10 dias, sendo esse 
longo período associado á dispersão destes argasídeos. Após o ingurgitamento se desprendem 
e retornam a se esconder nos ninhos da ave para realizar a ecdise. Os estádios ninfais e os 
adultos realizam o hematofagismo somente durante a noite por um período de 
aproximadamente 30 minutos (Flechtmann 1985 e FORTES 2004 apud MENDES; 
CARNEIRO, 2004). 
Ainda de acordo com Flechtmann (1985) e Fortes (2004) apud Mendes; Carneiro 
(2004), após ecdise, as protoninfas vão ao hospedeiro, ingurgitam e voltam ao ninho para 
fazer ecdise para deutoninfas que também vão ao hospedeiro, ingurgitam e voltam ao ninho 
para fazer ecdise para adultos. O período ninfal dura cerca de quatorze dias. Após o 
ingurgitamento os adultos realizam a cópula fora do hospedeiro, sendo que as fêmeas 
realizam postura parcelada (cerca de 120 a 150 ovos, atingindo um total de 600 ovos em sua 
vida). Precedendo cada postura realizam um novo repasto sanguíneo, assim recomeçando o 
ciclo. 
O parasita causa lesões na pele do hospedeiro, se alimentando de sangue do mesmo, 
servem ainda como carreadores de outros patógenos, podendo levar a quadros clínicos graves 
de anemia, (nas aves de produção há uma quebra na produtividade) podendo levar a ave ao 
óbito, causando um grande problema para os avicultores com a perda de animais 
(MONTEIRO, 2010 apud MENDES; CARNEIRO, 2004). 
Em casos que ainda não há sinais clínicos, o recomendável é iniciar a dedetização do 
local, a fim de diminuir os carrapatos. Em casos mais graves onde já há sinais clínicos, um 
profissional deve avaliar o grau da gravidade e entrar com a medicação mais apropriada para 
tal caso. 
17 
 
CONCLUSÃO 
 
 Podemos concluir com essa revisão de literatura que há muitos parasitas, tanto 
endoparasitas quando ectoparasitas, que ainda estão causando muitas mortes nas aves de 
produção, assim como perdas financeiras para esses avicultores. Assim, podemos observar 
que o acompanhamento médico veterinário é indispensável para essa função de produção, a 
fim de reduzir a porcentagem de perdas econômicas, controlando esses parasitas que causam 
anemia e consequentemente, a morte desses animais. 
Também podemos observar o imenso grupo de família e espécie que podem parasitar 
os animais, assim podendo dificultar o tratamento, sendo assim, é indispensável um exame 
laboratorial para diferenciar as espécies entre os ovos, larvas e ninfas presentes no hospedeiro. 
O controle básico que todo avicultor deve realizar no ambiente varia de acordo com as 
espécies, mas de modo geral, é fundamental manter as vacinas destes animais em dia, assim 
como vermífugos para evitar os vermes, sendo estes endoparasitas e, para os ectoparasitas, 
recomendável manter o local onde as aves permanecem por mais tempo, limpo, dedetizado, 
utilizar venenos para ácaros, sendo que muitos, fora do hospedeiro, ficam em lugares como 
madeira, ninhos, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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