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LITERATURA BRASILEIRA III

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LITERATURA BRASILEIRA III
1a aula
		
	 
	Lupa
	 
	 
	
Vídeo
	
PPT
	
MP3
	 
	
	 
	
	 1a Questão
	
	
	
	
	Nas duas primeiras décadas do nosso século, as obras de Euclides da Cunha e de Lima Barreto, tão diferentes entre si, têm como elemento comum:
		
	
	O estilo conservador do antigo regionalismo romântico.
	
	A intenção de retratar o Brasil de modo otimista e idealizante.
	 
	A expressão de aspectos até então negligenciados da realidade brasileira.
	
	A prática de um experimentalismo linguístico radical.
	
	A adoção da linguagem coloquial das camadas populares do sertão.
	Explicação: "Um interesse especial pelos tipos humanos marginalizados (seja o sertanejo nordestino, o caipira paulista, os baixos funcionários públicos, os mulatos ou os profissionais mais humildes e irregulares da grande cidade, retratados abundantemente por Lima Barreto e João do Rio)"( Livro proprietário, p. 13)
	
	
	 
	
	 2a Questão
	
	
	
	
	Entende-se por pré-modernismo:
		
	 
	um período de transição entre  as tendências das escolas da segunda metade do século XIX e a renovação modernista no Brasil, a partir de 1922.
	
	um período de transição entre o Arcadismo e o Barroco.
	
	uma escola literária.
	
	um período de transição entre o simbolismo e o realismo.
	
	um período de transição entre o concretismo e o neoconcretismo.
	
Explicação: "A primeira tendência, mais comum, de buscar uma definição relacional destacava o valor do próprio termo ¿Pré-Modernismo¿, cunhado por Tristão de Ataíde em 1939, entendendo-o em dois sentidos: o da mera anterioridade temporal em relação à Semana de 22 ou, mais sofisticadamente, o de precedência temática e formal em relação à literatura modernista. Flora Süssekind (1988: 32-33), no entanto, acredita que só conseguir enxergar a literatura que vai da última década do século XIX aos anos 20 do século XX enquanto ¿vampirização diluidora de marcas e estilos anteriores ou embrião de traços modernistas futuros¿ equivaleria a condená-la a uma ¿estranha suspensão de sentido por três decênios¿. Tentando abrir outro caminho mais substantivo, Süssekind propõe, então, uma definição que se assente sobre as transformações na percepção dos homens de letras em sintonia com o impacto da sua profissionalização ¿ que, embora ainda incipiente, já estava se dando, e sobretudo através do trabalho dos escritores na imprensa.  De todo modo, é certo que o Pré-Modernismo não pode ser considerado como uma ¿escola literária¿ no sentido de uma tendência estética compartilhada por todos os escritores da época, até porque os autores que se destacaram no período tinham individualidades muito fortes e diversas." ( Livro proprietário, p.13 e 14)
	
	
	 
	
	 3a Questão
	
	
	
	
	A obra de Lima Barreto:
		
	
	Tem cunho social, embora esteja presa aos cânones estéticos e ideológicos românticos e influenciou fortemente os romancistas da primeira geração modernista.
	
	Gira em torno da influência do imigrante estrangeiro na formação da nacionalidade brasileira, refletindo uma grande consicência crítica dessa problemática.
	 
	É pré-modernista, refrletindo forte sentimento nacional e grande consciência crítica de problemas brasileiros.
	
	É considerada pré-modernista, uma vez que reflete a vida urbana paulista antes da década de 20.
	
	Reflete a sociedade rural do século XX, podendo ser considerada precursora do romance regionalista moderno.
	
	
	 
	
	 4a Questão
	
	
	
	
	Assinale a alternativa correta em relação à autoria de determinadas obras:
		
	
	Urupês, de Oswald de Andrade
	 
	Canaã, de Graça Aranha.
	
	A Nova califórnia, de Euclides da Cunha.
	
	Triste fim de Policarpo Quaresma, de Monteiro Lobato.
	
	Reinações de Narizinho, de Lima Barreto.
	
Explicação: Triste fim de Policarpo Quaresma e Nova Califórnia foram obras de Lima Barreto. Canaã foi obra  de Graça Aranha. Reinações de Narizinho e Urupês foram livros de Monteiro Lobato
	
	
	 
	
	 5a Questão
	
	
	
	
	Leia as afirmações abaixo para assinalar a alternativa correta:
		
	
	Monteiro Lobato nunca se interessou em produzir literatura para o público infantil.
	
	Lima Barreto, em suas obras, não se preocupou com as questões sociais de seu tempo.
	 
	Contrariando a tendência da época, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Lima Barreto e Graça Aranha empenharam-se para produzir obras que retratavam uma visão crítica da realidade brasileira.
	
	Euclides da Cunha destacou-se , na Literatura Brasileira, com o romance Triste fim de Policarpo Quaresma.
	
	a análise crítica da realidade brasileira nunca foi uma preocupação para Monteiro Lobato.
	Explicação: Lima Barreto, em suas obras, não se preocupou com as questões sociais de seu tempo.
A alternativa está incorreta, pois Lima Barreto tematizou com frequência as questões sociais de sua época.
· A análise crítica da realidade brasileira nunca foi uma preocupação para Monteiro Lobato.
A alternativa está incorreta, pois Monteiro Lobato, desde logo, demonstrou grande interesse em  abordar de forma contundente as questões brasileira, como a preguiça do caipira.
· Euclides da Cunha destacou-se , na Literatura Brasileira, com o romance Triste fim de Policarpo Quaresma.
A alternativa está incorreta, pois a obra foi publicada por Lima Barreto. Euclides da Cunha se notabilizou pela publicação de ¿Os sertões¿.
· Monteiro Lobato nunca se interessou em produzir literatura para o público infantil.
A alternativa está incorreta, pois Monteiro Lobato foi um dos maiores escritores da literatura infantil brasileira, com sua obra ¿Sítio do Picapau amarelo¿
· Contrariando a tendência da época, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Lima Barreto e Graça Aranha empenharam-se para produzir obras que retratavam uma visão crítica da realidade brasileira.
Alternativa correta.
	
	 
	
	 6a Questão
	
	
	
	
	Leia o fragmento de Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto:
"Para bem compreender o motivo disso, é preciso não esquecer que o major, depois de trinta anos de mditação patriótica, de estudos e reflexões, chegava agora ao período da frutificação. A convicção que sempre tivera de ser o Brasil o primeiro país do  mundo e o seu grande amor à pátria eram agora ativos e impeliram-no a grandes cometimentos. Ele sentia dentro de si impulsos imperiosos de agir, de obrare de concretizar suas ideias. Eram pequenos melhoramentos, simples toques, porque em si mesma (era a sua opinião), a grande pátria do Cruzeiro só precisava de tempo para ser superior à Inglaterra") (http://www.sinergia-spe.net/editorialeletronica/autor/020/02000100_2.htm)
A partir da leitura do excerto e dos seus conhecimentos sobre a obra de Lima Barreto, é correto afirmar:
		
	
	Presa aos cânones estéticos e literários, é considerada modernista, apesar de fazer uma retomada aos assuntos abordados pela escola parnasiana. 
	 
	Reflete forte sentimento nacional e grande preocupação com questões históricas, culturais e sociais, denotada a partir de uma consciência crítica contumaz dos problemas brasileiros.
	
	Pode ser considerada precursora do romance regionalista moderno, representando a sociedade rural do século XIX.
 
	
	Não apresenta cunho social e está voltada para a experimentação  e aos estudos da própria linguagem, apresentando um novo tipo de relação narrador-leitor.
	
	Com enredos ambientados prioritariamente na região do Vale do Paraíba, denuncia a prática agrícola da queimada e a devastação da natureza.
	Explicação: No trecho, podemos notar  que o personagem tem profunda preocupação com o nacionalismo e que procura por todos os meios fazer  com que o país atingisse o lugar que merecia no contexto mundial. Assim, reflete forte sentimento nacional e grande preocupação com questões históricas, culturais e sociais, denotada a partir de uma consciência crítica contumaz dos problemas brasileiros.
	
	
	 
	
	 7a Questão
	
	
	
	
	Como de hábito, Policarpo Quaresma, mais conhecido por Major Quaresma, bateu em casa às quatroe quinze da tarde. Havia mais de vinte anos que isso acontecia. Saindo do Arsenal de Guerra, onde era subsecretário, bongava* pelas confeitarias algumas frutas, comprava um queijo, às vezes, e sempre o pão da padaria francesa.
Não gastava nesses passos nem mesmo uma hora, de forma que, as três e quarenta, por ai assim, tomava o bonde, sem erro de um minuto, ia pisar a soleira* da porta de sua casa, numa rua afastada de São Januário, bem exatamente as quatro e quinze, como se fosse uma aparição de um astro, um eclipse, enfim um fenômeno matematicamente determinado, previsto e predito...¿ (trecho extraído da primeira parte, capítulo I ¿ A lição de violão)
http://cantinhodaliteratura.spaceblog.com.br/304236/TRISTE-FIM-DE-POLICARPO-QUARESMA-Lima-Barreto/
 
1-Lima Barreto apresenta personagens que circulam pelas ruas do Rio de Janeiro, refletindo o modo de vida de quem?
		
	
	    Nobreza
	
	   Damas da elite carioca
	
	   Damas da elite carioca e escravos
	
	    Aristocracia
	 
	   Funcionários públicos, aposentados e profissionais liberais.
	Explicação: Os personagens de Lima Barreto são os cidadãos que habitam os subúrbios, os funcionários públicos e os profissionais liberais.
	
	 
	
	 8a Questão
	
	
	
	
	O crítico literário Alfredo Bosi, em História concisa da literatura brasileira, afirma que Euclides da Cunha, em Os sertões, "fez geografia humana e sociologia em nosso meio intelectual". Para o crítico, a obra deve ser lida como:
		
	
	Romance
	 
	Gênero literário indeterminado
	
	Novela
	
	Ensaio
	
	Conto
	Explicação: Os sertões, de Euclides da Cunha, é uma obra de gênero literário indeterminado, pois não se caracteriza como romance, uma vez que trata de fatos reais, no entanto o tom com que a batalha é descrita e suas análises não se caracterizam também como ensaio. 
	
	
		LITERATURA BRASILEIRA III
2a aula
		
	 
	Lupa
	 
	 
	
Vídeo
	
PPT
	
MP3
	 
	
	 
	
	 1a Questão
	
	
	
	
	Leia o texto a seguir:
3 de Maio
Aprendi com meu filho de dez anos
Que a poesia é a descoberta
Das coisas que eu nunca tive
(Oswald de Andrade)
 
Assinale a alternativa abaixo que se relaciona com o poema 3 de Maio.
		
	
	Gosto pela síntese e o estilo telegráfico.
	 
	Ver com os olhos livres, sem fórmulas.
	
	Aprofundamento de temas nacionais.
	
	Contribuição milionária de todos os erros
	
	Apuro formal e conservadorismo.
	Explicação: Nesse poema, Oswald , por meio do emprego do verso livre, pela simplicidade da linguagem e  síntese, propõe a ideia de ingenuidade, pureza e surpresa próprios da infância e da liberdade criadora do poeta que "vê com olhos livres"
	
	 
	
	 2a Questão
	
	
	
	
	Leia o poema a seguir:
 
Chama uma voz amiga: "Aí tem o Ceará".           
E eu, que nas ondas punha a vista deslumbrada
Olho a cidade. Ao sol chispa a areia doirada.
A bordo a faina avulta e toda a gente já
            (...)
Fitando a vastidão magnífica do mar,
Que ressalta e reluz: "Verdes mares bravios..."
Cita um sujeito que jamais leu Alencar.
                        (Manuel Bandeira, Verdes Mares)
 
Uma leitura atenta da última estrofe do poema nos permite afirmar que:
		
	
	O Modernismo brasileiro mostrou-se particularmente interessado em atualizar os temas antes trabalhados pela tradição, como os Românticos.. Isso justifica o recurso às citações, como a verificada no poema "Verdes Mares".
	 
	O Modernismo tinha entre seus objetivos denunciar o falso beletrismo de muitos indivíduos pertencentes à elite e por isso o poema satiriza a postura de um indivíduo que cita Alencar sem jamais ter lido Iracema.
	
	O Modernismo brasileiro mostrou-se, até certo ponto, incapaz de atualizar os temas antes trabalhados pelo Romantismo. Isso justifica a necessidade de haver a constante prática de citações, como a verificada no poema "Verdes Mares"
	
	O Modernismo tinha como seu objetivo retratar os problemas sociais do Brasil, e por isso poema se reporta ao fato de que, na época, grande parte da população brasileira era analfabeta, não tendo, assim, acesso, aos tesouros literários de Alencar.
	
	O fato de um trecho de Alencar vir a ser recitado por alguém que nunca o leu só demonstra, apesar de desprovido de viés crítico, mostra o quanto o Romantismo é importante para a nossa história literária.
	
Explicação:Na estrofe:  "Fitando a vastidão magnífica do mar, Que ressalta e reluz: "Verdes mares bravios..." Cita um sujeito que jamais leu Alencar." Podemos observar que há referência à introdução do romance Iracema, de José de Alencar. Trata-se de uma crítica à elite que quer aparentar refinamento e erudição, mas que não havia feito de fato as leituras necessárias para constituir um estofo cultural.
	
	 
	
	 3a Questão
	
	
	
	
	De que maneira os poetas da primeira fase modernista romperam com os modelos parnasianos?
		
	
	tematizaram somente sobre poesia.
	 
	produziram poemas em versos livres.
	
	não romperam com os padrões estéticos parnasianos.
	
	trabalharam o conceito da Arte sobre a Arte.
	
	trabalharam o conceito da Arte pela Arte.
	Explicação: Os versos livres são aqueles que não possuem métrica rigorosa, como nos poemas do parnasianismo, por exemplo
	
	
	 
	
	 4a Questão
	
	
	
	
	 CP2- 2008 (Modificada)
Momento num café
Quando o enterro passou/Os homens que se achavam no café/Tiraram o chapéu maquinalmente/Saudavam o morto distraídos/Estavam todos voltados para a vida/Absortos na vida /Confiantes da vida. /Um no entanto se descobriu num gesto largo e demorado /(...)Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade/(...)E saudava a matéria que passava /Liberta para sempre da alma extinta.
(BANDEIRA, Manuel. )
 
Considere a abordagem do tema da morte no poema, de Manuel Bandeira, e marque a alternativa correta.
		
	 
	Trata-se de uma abordagem inovadora, pois apresenta a morte metonimicamente através da imagem do enterro.
	
	Configura a visada barroca, manifesta nos paradoxos
	
	Assemelha-se à visão escapista enfatizada pelos poetas ultrarromânticos
	
	É análoga à abordagem dos simbolistas, na qual a morte é a libertação da alma.
	
	Compara-se à visão materialista de Augusto dos Anjos, o que se verifica sobretudo pelos três últimos versos.
	Explicação: A abordagem do tema da morte é inovadora porque apresenta uma perspectiva inovadora, na medida em que não há lamentação. Observe que a maioria percebe o enterro como indiferença, enquanto um dos poucos que se manifesta entende que a morte é uma libertação.
	
	 
	
	 5a Questão
	
	
	
	
	Atente para o texto a seguir:
A língua sem arcaísmo. Sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos.
Neste trecho do Manifesto Pau-Brasil, de Oswald de Andrade, depreende-se um dos programas propostos pelos modernistas:
		
	
	o repúdio à literatura dos escritores do passado, apenas porque eram afeitos à extrema correção.
	 
	a incorporação da fala brasileira à língua literária nacional.
	
	a recusa da língua falada pelos portugueses
	
	a invenção de uma nova língua, estruturalmente diferente da falada e escrita pelos portugueses
	
	a imitação do discurso dos autores populares da literatura oral brasileira
	Explicação: O trecho que confirma a alternativa correta se apresenta em: "A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos."  Verifica-se a ênfase na captura da fala brasileira e suas peculiaridades.
	
	
	 
	
	 6a Questão
	
	
	
	
	Baseando-se no trecho abaixo, responda obedecendo ao código:
Trem de ferro
Café com pão / Café com pão / Café com pão / Virge Maria que foi isto maquinista (Manuel Bandeira)
I - A significação do trecho provém da sugestão sonora.
II - O poeta utiliza expressões da fala popular brasileira.
III - A temática e a estrutura do poema contrariam o programa poético do Modernismo.
		
	
	se I e II forem incorretas e apenas III correta
	 
	se I e II forem corretas e III incorreta
	
	se I, II e III forem corretas
	
	se I,IIe III forem incorretas
	
	se I e III forem corretas
	Explicação: No poema "Trem de ferro", de Manuel Bandeira, pode-se verificar que a repetição de uma expressão popular "café com pão" pode  resultar no mesmo som do trem. Dessa forma, ele privilegiou os ideiais estéticos do Modernismo, valorizando a língua falada e a experimentação.. Logo as duas primeiras alternativas estão corretas
	
	
	 
	
	 7a Questão
	
	
	
	
	(http://www.singularsantoandre.com.br).
 Leia o poema Vício na fala, de Oswald de Andrade.
 Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
 
Sobre o poema Vício na fala,  é incorreto afirmar:
		
	 
	A repetição da preposição para enfatiza a ideia de inadequação da linguagem à norma culta.
	
	O uso da linguagem popular não impede as pessoas de serem produtivas para a sociedade.
	
	Do ponto de vista da forma poética, a regularidade métrica está de acordo com a estética modernista
	
	mio, mió, pió, teia e teiado caracterizam a linguagem dos falantes pouco escolarizados.
	
	Formas não cultas estão associadas, no poema, a trabalhos braçais.
	Explicação: O emprego da preposição PARA não enfatiza a inadequação ou emprego da variação coloquial da língua. Apenas age como uma anáfora para enfatizar a finalidade dos usos da língua, suas variações, e sua associação aos trabalhos braçais
	
	 
	
	 8a Questão
	
	
	
	
	Os traços gerais da fase heróica do do Modernismo brasileiro podem ser agrupados em metas e princípios que aparecem em várias produções do período. A opção que NÂO caracteriza essa fase, é:
		
	
	A revitalização do falar brasileiro.
	
	A apropriação dos princípios das vanguardas.
	 
	O repúdio aos erros gramaticais.
	
	O resgate do coloquial e regional.
	
	O gosto pela renovação estética permanente.
	Explicação: Como a  fase heroica do Modernismo valorizava as expressões próprias da oralidade, não seria correto afirmar que repudiava os erros gramaticais. Como se lê no Manifesto da Poesia Pau- Brasil de Oswald de Andrade: "A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos."
	
		LITERATURA BRASILEIRA III
3a aula
		
	 
	Lupa
	 
	 
	
Vídeo
	
PPT
	
MP3
	 
	
	 
	
	 1a Questão
	
	
	
	
	Leia o verso de Carlos Drummond de Andrade e assinale a alternativa que melhor expressa o sentimento do eu lírico diante do conceito ser nacional:
"E a gente viajando na pátria sente saudades da pátria".
		
	 
	O eu lírico demonstra dificuldade em definir o que é ser nacional.
	
	O sentimento nacionalista em Drummond é o mesmo  apresentado pelos poetas românticos da primeira geração.
	
	O sentimento nacionalista no verso de Drummond pode ser pensado tendo por base  a definição sociológica de "nacional".
	
	A descoberta do eu lírico em se sentir brasileiro fora de seu país.
	
	A aversão de tudo que seja originalmente brasileiro.
	Explicação: Viajar pelo espaço geográfico do Brasil revela um país diferente do sonhado, do idealizado.
	
	 
	
	 2a Questão
	
	
	
	
	(Puccamp 2017)Às voltas com critérios de valor estético e de definição do belo em tempos sombrios, Carlos Drummond de Andrade escreveu estes versos, ao tempo da II Guerra:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinação e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.
 
São versos que deixam ver
		
	
	a melancolia amorosa da alta maturidade. 
	
	a retomada do estilo das epopeias clássicas.   
	
	a desconfiança dos feitos heroicos.   
	 
	o reconhecimento dos limites da poesia.    
	
	a confissão de uma timidez angustiante.   
	Explicação: O poema de Carlos Drummond de Andrade dá conta da sensação da impotência do poeta diante da realidade cruel
	
	
	 
	
	 3a Questão
	
	
	
	
	 
EM:
 
Então desanimamos. Adeus, tudo!
A mala pronta, o corpo desprendido,
resta a alegria de estar só e mudo.
 
Os versos demonstram um dos traços marcantes da poesia de Carlos Drummond de Andrade, que é o:
 
		
	
	sentimentalismo
	
	misticismo.
	
	radicalismo.
	
	euforia
	 
	desencanto
	Explicação: No poema, encontramos um tema muito recorrente na obra de Drummond: o desencanto. Observemos a presença do verbo "desanimar", bem como a indicação de a despedida ser uma solução diante do sentimento de impotência ante  ao absurdo da vida
	
	 
	
	 4a Questão
	
	
	
	
	É correto afirmar que a poesia da segunda fase modernista:
1. Caracterizou-se pelo amadurecimento e pela ampliação das conquistas da fase heroica.
2. Valorizou uma linguagem rebuscada.
3. Explorou temas do cotidiano, além  de manifestar preocupação com questões existenciais.
4. Optou pela disposição assimétrica dos versos no papel.
		
	 
	Apenas 1 e 3 estão corretas.
	
	Apenas 1 está correta.
	
	Apenas 4 está correta.
	
	Apenas 1 e 2 estão corretas.
	
	Todas estão corretas.
	Explicação: "Na poesia: A poesia não mais apresenta a irreverência da primeira fase, há recusa do poema-piada e os poetas optam por temas e técnicas mais elaboradas, com sagacidade de pensamento.  É uma poesia engajada, preocupada com o difícil momento de nosso país. Há tendência para os temas religiosos, sociais, metafísicos e espiritualistas." (Livro proprietário, p. 64)
	
	 
	
	 5a Questão
	
	
	
	
	Verbo ser
QUE VAI SER quando crescer? Vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um nome? Tenho os três. E sou? Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito? Ou a gente só principia a ser quando cresce? É terrível, ser? Dói? É bom? É triste? Ser: pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas? Repito: ser, ser, ser. Er. R. Que vou ser quando crescer? Sou obrigado a? Posso escolher? Não dá para entender. Não vou ser. Não quero ser. Vou crescer assim mesmo. Sem ser. Esquecer.
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992.
A inquietação existencial do autor com a autoimagem corporal e a sua corporeidade se desdobra em questões existenciais que têm origem
		
	
	na certeza da exclusão, revelada pela indiferença de seus pares
	 
	no conflito do padrão corporal imposto contra as convicções de ser autêntico e singular.
	
	no anseio de divulgar hábitos enraizados, negligeciados por seus antepassados.
	
	na aceitação das imposições da sociedade seguindo a influência de outros.
	
	na confiança no futuro, ofuscada pelas tradições e culturas familiares.
	Explicação: O eu-lírico faz uma reflxão sobre o padrão corporal imposto e a necessidade de modificar essa visão. Para ele, o mais importante é autenticidade e a força da expressão, sem se importar com o ponto de vista alheio.
	
	
	 
	
	 6a Questão
	
	
	
	
	Assinale a alternativa que apresenta o nome de um poeta da segunda fase modernista.
		
	
	Graciliano Ramos.
	 
	Carlos Drummond de Andrade.
	
	Álvares de Azevedo.
	
	Rubem Fonseca.
	
	Gonçalves Dias.
	Explicação: Carlos Drummond de Andrade foi um dos poetas mais destacados da Segunda fase do Modernismo.m"O marco inicial dessa fase é a obra Alguma poesia, de Carlos Drummond de Andrade.Neste livro, Drummond apresenta não só o lirismo como ponto de destaque, mas também poemas sob o viés do sensualismo, além de apresentar uma avaliação arguta sobre amor e morte. O poeta revela também poemas dotados de humor, às vezes sob o tom meditativo, outras vezes irônico, tudo mediante a observação contemplativa dos fatos" ( Livro proprietário, p.66)
	
	 
	
	 7a Questão
	
	
	
	
	Leia com atenção o texto que segue:
" Não faça versos sobre acontecimentos.
  Não há criação nem morte perante a poseia
Diante dela, a vida é um sol estático,
Não aquece nem ilumina"
 (Carlos Drummond de Andrade)
No fragmento acima, a poesia apresenta uma das características constantes, que é:
		
	 
	Pessimismo lírico
	
	Desintegração da palavra
	
	Preocupação com o homem social
	
	Exaltação nacionalistaGosto pela estética
	
Explicação: O pessimismo lírico está evidente no poema. O eu lírico reivindica para a poesia um espaço que não seja o da utilidade ou da expressão de sentimentos cotidianos. Ela deve ser mais do que isso.
	
	 
	
	 8a Questão
	
	
	
	
	(MACK) Assinale a alternativa que não se aplica à obra de Carlos Drummond de Andrade.
		
	
	Em muitos poemas, apresenta seu desencanto em relação à vida.
	
	"A procurada poesia" é um poema em que o autor se preocupa com a própria confecção da poesia.
	
	"Morte do leiteiro" é um poema baseado na problemática do dia-a-dia.
 
	 
	Participante da Semana de Arte Moderna, sua poesia é típica representante da primeira geração modernista brasileira.
	
	Extrai do mundo interiorano de Itabira o tema para alguns de seus poemas.
	Explicação: Carlos Drummond de Andrade não participou da Semana de Arte Moderna. Sua poesia se insere na Segunda fase do Modernismo.
	
	
		LITERATURA BRASILEIRA III
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	 1a Questão
	
	
	
	
	"Entre a paisagem/ (fluía)/ de homens plantados na lama;/ de casas de lama/ plantadas em ilha/coaguladas na lama;/paisagem de anfíbio/ de lama e lama. / Como o rio,/ aqueles homens / são como cão sem plumas./ Um cão sem plumas/ é mais/ que um cão saqueado;/ é mais que um cão assassinado."
A estrofe acima é exemplo de traço de ______ e de _______ que existe no poema de João Cabral de Melo Neto.
		
	
	melancolia, indiferença pelo mundo.
	
	saudade, medo do quotidiano.
	
	ternura, paixão pela existência.
	
	rebeldia, ódio pela sociedade.
	 
	compaixão, solidariedade ao homem.
	Explicação: "Na segunda parte do poema "Cão sem plumas", esse rio que flui cortando a paisagem é o companheiro que aos seus vizinhos, coirmãos de sofrimento e expropriação, segue fraternalmente. A tristeza do rio cão é comparada à da arvore que sequer ressona ao vento, que tampouco abriga pássaros; ao contrário, anuncia o rio toda a expropriação que sofre. Por ela, o rio se irmana aos homens, espoliados, destituídos, e às merencórias vidas que às suas ribeiras vivem. Todavia também conheça o rio, as anchas ribeiras de amplos horizontes onde a gasolina é armazenada em portentosos tonéis, lembrança permanente do dourado fausto desse líquido." (http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/12.135/4694)
	
	
	 
	
	 2a Questão
	
	
	
	
	João Cabral de Melo Neto traz para a literatura a imagem da seca nordestina. Por que o nome SEVERINA aparece como um adjetivo?
 
Morte e vida severina
(Auto de Natal Pernambucano)
João Cabral de Melo Neto
 
 
(...)E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte,
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida).
		
	
	   Porque se trata de um nome comum no Nordeste.
	 
	  Porque qualifica e uniformiza a forma de viver e de morrer do homem sertão
	
	   Porque caracteriza, apenas, a morte do homem sertanejo.
	
	  Porque caracteriza a região da seca.
	
	   Porque caracteriza, apenas, a vida do homem sertanejo.
	Explicação: Severino é um substantivo próprio, nome de pessoa muito popular no Nordeste brasileiro. No poema de João Cabral "severina" passa a ser um adjetivo que se atribui às pessoas que habitam o sertão nordestino e que agem com bravura diante das adversidades.
	
	
	 
	
	 3a Questão
	
	
	
	
	"O lápis, o esquadro, o papel;
o desenho, o projeto, o número:
o engenheiro pensa o mundo justo.
o mundo que nenhum véu encobre."
A estrofe acima ilustra a assertiva de que a poesia de João Cabral de Melo Neto revela um rigor ____  e a preocupação com o _____.
 
		
	
	semântico, fazer poético.
	 
	técnico, problema social.
	
	métrico, conflito estético.
	
	estilístico, ambiente regional.
	
	formal, momento político.
	Explicação: 'João Cabral de Melo Neto apresentou uma poesia substantiva, com objetividade e precisão dos vocábulos. Há também no poeta influências do surrealismo. (...)Em 1945, Cabral publica seu terceiro livro, O engenheiro. Nesta obra, percebemos que o poeta se afasta das sugestões surrealistas de seu primeiro livro e apresenta uma nova tendência de composição literária: a geometrização e a exatidão da linguagem".( Conteúdo online)
	
	 
	
	 4a Questão
	
	
	
	
	Os manequins
 
Os sonhos cobrem-se de pó.
Um último esforço de concentração
morre no meu peito de homem enforcado.
Tenho no meu quarto manequins corcundas
onde me reproduzo
e me contemplo em silêncio.
 O poema acima foi publicado na obra Pedra do sono, de João Cabral de Melo Neto. identifique as características principais:
		
	
	subjetividade e traços geométricos
	
	emoção e sentimento amoroso
	
	a descrição objetiva e o gosto pela retórica clássica
	 
	a objetividade e a sugestão surrealista 
	
	linguagem direta e apreço pelo ambiente campestre
	Explicação: "Em 1942, João Cabral publica sua primeira obra, Pedra do sono. Nela já estão presentes a objetividade, a concretude, o lado ¿pedra¿ e um outro lado de sugestão surrealista - o lado ¿sono¿-, que podemos verificar no próprio título do livro." 
	
	
	 
	
	 5a Questão
	
	
	
	
	A prosa regionalista ganha espaço no Modernismo a partir de 1928, mas se consolida na década seguinte. Dentre as sentenças seguintes a única correta no que diz respeito a um dos participantes do movimento é:
		
	
	Guimarães Rosa, autor do clássico ¿Grande Sertão Veredas¿, entre outras obras de grande valor.
	
	Lima Barreto, principal precursor do movimento, ao denunciar o racismo da sociedade carioca do começo do século XX.
	
	Rachel de Queirós, cuja curta carreira marcou uma época na história da Literatura Brasileira.
	
	Nenhuma das opções acima.
	 
	José Américo de Almeida, autor de ¿A bagaceira¿, o precursor do rico filão de romances sobre a seca nordestina.
	Explicação: A prosa regionalista a que se refere o enunciado da questão está próxima da geração de 1930, cujos principais autores foram Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Raquel de Queiroz, entre outros. José Américo de Almeida foi considerado um precursor do movimento; enquanto Guimarães Rosa, apesar de ser considerado um autor regionalista, ele faz parte do grupo de 1945, pois sua temática é mais intimista.
	
	 
	
	 6a Questão
	
	
	
	
	Leia o que disse João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função de seus textos; "Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; falo somente do que falo: a vida seca, áspera e clara do sertão; falo somente por quem falo: o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na míngua. Falo somente para quem falo: para os que precisam ser alertados para a situação da miséria no Nordeste." Para João Cabral de Melo Neto, no texto literário:
		
	 
	a linguagem do texto deve refletir o tema, e a fala do autor deve denunciar o fato social para determinados leitores.
	
	a linguagem pode ser separada do tema, e o escritor deve ser o delator do fato social para todos os leitores.
	
	o escritor deve saber separar a linguagem do tema e a perspectiva pessoal da perspectiva do leitor.
	
	a linguagem do texto não deve ter relação com o tema, e o autor deve ser imparcial para que seu texto seja lido.
	
	a linguagem está além do tema , e o fato social deve ser a proposta do escritor para convencer o leitor.
	Explicação: "(...) o eu-poético realiza uma composição acerca da educação e apresenta o tema sem sentimentalismo, de tom mais objetivo, com vista a exercer o trabalho poético, lúcido e preciso, mediante a observação direta da realidade, expressando sua conclusão de modo concreto, racional. Além disso, exercita a técnica da linguagem artística, aprimorando a própria linguagem poética, como uma espécie de linguagem-objeto." ( Livro proprietário, p.84) No trecho do enunciado da questão, também é possível identificara temática privilegiada pelo autor: a vida social.
	
	 
	
	 7a Questão
	
	
	
	
	 (Unifesp 2005)  Observe a figura a seguir:
 
 
A tela de Portinari - A criança morta - tematiza aspecto marcante da vida no sertão nordestino, frequentemente castigado pelas secas, pela miséria e pela fome. Os escritores que se dedicaram também a esse tema foram:
		
	
	Guimarães Rosa e Cecília Meireles.   
	
	Graciliano Ramos e José de Alencar.  
	
	José Lins do Rego e Carlos Drummond de Andrade.   
	
	Hilda Hilst e Jorge Amado.   
	 
	Rachel de Queiroz e João Cabral de Melo Neto.   
 
	Explicação: Raquel de Queiroz ficou reconhecida com o seu romance "O quinze", que trata da seca de 1915. Já João Cabral de Melo Neto é autor do Auto Morte e vida severina, que trata da saga de um retirante.
	
	
	 
	
	 8a Questão
	
	
	
	
	Morte e vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, identifica-se como:
		
	
	uma obra que, refletindo inovações e experimentações linguísticas do autor, torna tênues as barreiras entre a prosa e a poesia.
	
	um auto de Natal que rememora a visita dos reis Magos e pastores ao Deus menino.
	
	um conto cujo interesse se centraliza na preocupação do autor como o problema da seca no nordeste.
	 
	um auto que explora a temática do nascimento como signo do ressurgir da esperança.
	
	um poema que encerra uma síntese das propostas vanguardistas contidas na obra geral do autor.
	Explicação: "Morte e vida severina", de joão Cabral de Mello Neto, é um Auto de Natal, ou seja, uma peça que procura tomar como tema o nascimento, mas como o ressurgir da esperança e um elogio à dádiva de estar vivo.
	
		 
	LITERATURA BRASILEIRA III
5a aula
		
	 
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	 1a Questão
	
	
	
	
	Acerca da dificuldade que os personagens do romance Vidas Secas encontram em se expressar, é INADEQUADO dizer que:
		
	
	Trata-se de um recurso por meio do qual a narrativa denuncia o silenciamento das camadas mais humildes da população nordestina.
	 
	Trata-se de um problema que decorre exclusivamente do fato de Fabiano e Sinhá Vitória nunca terem frequentado escolas.
	
	Trata-se de um dos aspectos de outro problema maior: a incapacidade de se relacionarem em condições normais com outros seres humanos, fora do pequeno núcleo familiar que está no centro da narrativa.
	
	Trata-se de um dos aspectos a que diz respeito o título do romance, uma vez que não temos somente uma paisagem seca, mas também personagens que levam uma vida seca, sem muito sentido.
	
	Nenhuma das opções acima.
	
Explicação:O fato de os personagens Fabiano e Sinhá Vitória não terem frequentado a escola não é uma temática abordada na narrativa, pois outras questões se colocam como mais importantes, como a questão social decorrente da seca.
	
	 
	
	 2a Questão
	
	
	
	
	ENADE-2008
Olhou as cédulas arrumadas na palma, os níqueis e as pratas, suspirou, mordeu os beiços. Nem lhe restava o direito de protestar. Baixava a crista. Se não baixasse, desocuparia a terra, largar-se-ia com a mulher, os filhos pequenos e os cacarecos. Para onde? Hem? Tinha para onde levar a mulher e os meninos? Tinha nada!
(...) Se pudesse mudar-se, gritaria bem alto que o roubavam. Aparentemente resignado, sentia um ódio imenso a qualquer coisa que era ao mesmo tempo a campina seca, o patrão, os soldados e os agentes da prefeitura. Tudo na verdade era contra ele. Estava acostumado, tinha a casca muito grossa, mas às vezes se arreliava. Não havia paciência que suportasse tanta coisa.
 
(Graciliano Ramos. Vidas secas. 106.ª ed. São Paulo: Record, 1985, p.96-7.)
A leitura do trecho acima do capítulo Contas, do romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos, indica que, nessa obra, a relação entre o texto e o contexto de sua produção está concentrada
		
	
	na abordagem regionalista e pitoresca do fenômeno ambiental da seca no Nordeste.
	
	na atitude engajada do protagonista Fabiano, que se recusa a ser explorado pelo patrão.
	 
	na representação da riqueza interior de vidas econômica e culturalmente pobres.
	
	no caráter ufanista da obra, que exalta a força da cultura popular nordestina.
	
	no realismo descritivo, que apresenta pormenores da beleza da paisagem nordestina.
	Explicação: A alternativa que indica a correta análise do trecho deve indicar a relação entre o contexto de exploração social e rica vida interior. A aparência de resignação de Fabiano não era um retrato fiel de seus sentimentos. O trecho não descreve a paisagem, nem a seca, mas trata do conflito interior do personagem que não pode reclamar da exploração a que é submetido
	
	 
	
	 3a Questão
	
	
	
	
	Leia o texto a seguir e complete a lacuna com a opção correta:
 
Minhas mãos ainda estão molhadas
Do azul das ondas entre abertas
E a cor que escorre dos meus dedos
Colore as areias desertas.
 
 A estrofe revela um dos tópicos dominantes da poesia de Cecília Meireles, que é a percepção...............do mundo.
		
	
	racional
	
	emotiva
	
	sentimental
	 
	sensorial
	
	onírica
	Explicação: A percepção sensorial do mundo é patente na observação das cores e texturas, ou seja, por meio dos sentidos.
	
	 
	
	 4a Questão
	
	
	
	
	http://www.singularsantoandre.com.br).
 
Macunaíma o herói sem nenhum caráter (1928), a obra prima de Mário de Andrade e talvez a mais importante do movimento modernista, foi classificada também como rapsódia.
 
Em relação à obra de Mário de Andrade, é incorreto.
		
	
	Mário de Andrade buscou criar em Macunaíma o herói sem nenhum caráter uma linguagem brasileira, sintetizando a língua portuguesa falada no Brasil: as variações regionais, as influências estrangeiras e as criações populares.
	
	A obra reúne lendas, ditos, provérbios, máximas, mitos indígenas e sertanejos, fragmentos da cultura sul-americana.
	
	Mário de Andrade acrescentou livremente várias histórias na obra, resultado de suas pesquisas sobre o folclore brasileiro, em razão disso o personagem principal da obra, Macunaíma, assume no desenrolar da trama romanesca diversas identidades.
	
	Mário de Andrade teve como base para a criação da sua rapsódia, embora com algumas modificações, a leitura da obra Vom Roraima zum Orinoco do etnógrafo alemão Koch-Grünberg.
	 
	A obra escrita em 1922, e publicada dois anos depois, é a obra que sintetiza as propostas difundidas pelo Manifesto Verde-Amarelo do próprio autor da rapsódia, muito embora a obra seja anterior a este manifesto.
	
Explicação: A rapsódia Macunaíma foi escrita em 1926 e publicada em 1928. É considerada marco inicial do movimento antropofágico.
	
	 
	
	 5a Questão
	
	
	
	
	(FUVEST) Em determinada época, o romance "procurou (...) enraizar fortemente as suas histórias e os seus personagens em espaços e tempos bem circunscritos extraindo de situações culturais típicas a sua visão do Brasil." (Alfredo Bosi).
Esta afirmação aplica-se a
		
	
	Macunaíma e A Hora da estrela.
	 
	Vidas Secas e Fogo Morto.
	
	A Hora da estrela e Serafim Ponte Grande.
	
	Vidas Secas e Macunaíma.
	
	Fogo Morto e Serafim Ponte Grande.
 
	Explicação: A afirmação de Bosi se refere aos romances regionalistas, respectivamente aos romances de Graciliano Ramos e José Lins do Rego.
	
	
	 
	
	 6a Questão
	
	
	
	
	CONCURSO PÚBLICO - GRUPO MAGISTÉRIO EDITAL Nº. 36/2011-REITORIA/IFRN(modificada)
 Leia o fragmento de texto transcrito a seguir.
 
	Às mui queridas súbditas nossas, Senhoras Amazonas.
Trinta de Maio de Mil Novecentos e Vinte e Seis,
São Paulo.
Senhoras:
Não pouco vos surpreenderá, por certo, o endereço e a literatura desta missiva. Cumpre-nos, entretanto, iniciar estas linhas de saudade e muito amor, com desagradável nova.Muito nos pesou a nós Imperator vosso, tais dislates da erudição porémheis de convir conosco que, assim, ficais mais heróicas e mais conspícuas, tocadas por essa pátina respeitável da tradição e da pureza antiga.
(ANDRADE, Mário de. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. 31.
ed. Belo Horizonte / Riode Janeiro: Livraria Garnier, 2000, p. 71.)  
Em relação à Carta pras Icamiabas (capítulo IX, do livro Macunaíma), fragmento reproduzido acima, é correto afirmar que o autor
		
	
	insiste em reiterar os elementos próprios da dependência cultural a que estávamos sujeitos.
	 
	tem a intenção de, parodicamente, criticar a submissão cultural, que via o modelo europeu como único a ser adotado.
	
	elogia a dependência cultural a que a literatura brasileira estava submetida
	
	tem a intenção de, com humor, criticar aqueles que se propunham a romper com o modelo hegemônico da cultura ocidental.
	
	limita-se a reproduzir os registros da linguagem próprios à imitação do modelo colonizador.
	Explicação: O narrador, ao empregar uma linguagem rebuscada em um texto extremamente prolixo, indica a submissão dos brasileiros aos padrões europeus estéticos.
	
	 
	
	 7a Questão
	
	
	
	
	Os romances de 30, de Graciliano Ramos, privilegiaram a temática do(a):
		
	 
	regionalismo
	
	urbanismo
	
	humor
	
	ironia
	
	surrealismo
	Explicação: "Graciliano Ramos nos deixou obras plenas de análise psicossocial, já que foco de Graciliano está na experiência humana, não como simples vivência, mas como atitude extremada diante do amor, da adversidade marcada pela falta de recursos financeiros, da falsidade e dissimulação que se encontram nas pessoas e da postura do homem diante de seus impulsos mais selvagens. Outro ponto de destaque na obra de Graciliano é o regionalismo, que aparece não só como pano de fundo de uma história qualquer, mas, sim, o regionalismo evidente no comportamento e no jeito de falar dos personagens. E, por falar em personagens, o autor igualmente dirige sua narrativa com vista a mostrar a desumanidade que permanece no ajuizamento das pessoas por causa de suas feições." ( Livro proprietário, p.76)
	
	 
	
	 8a Questão
	
	
	
	
	A prosa da segunda fase do Modernismo brasileiro se caracterizou pela preocupação com:
		
	 
	Social
	
	Espiritualismo
	
	Intimismo
	
	Cotidiano
	
	Psicológico
	Explicação: "Na prosa: Os romances apresentam equilíbrio na linguagem, por se tratar de textos voltados para a pesquisa da realidade brasileira, marcando uma literatura social. Daí os vários tipos de romance: ¿  Regionalista: retrato e questionamento da realidade regional do país, com preocupação político-social; ¿  Urbano: destaque para as desigualdades sociais da vida urbana brasileira; ¿  Intimista: análise das desordens internas e da aflição do homemmoderno" ( Livro proprietário, p.66)
	
		
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	 1a Questão
	
	
	
	
	Clarice Lispector escreveu obras que se conservam atuais nos dias de hoje. Dentre os vários gêneros, assinale o que ela não produziu:
		
	
	conto
	
	crônica
	
	romance
	
	carta
	 
	teatro
	Explicação: Clarice Lispector não produziu obras teatrais, mas escreveu famosos contos, romances, crônicas e cartas.
	
	
	 
	
	 2a Questão
	
	
	
	
	Assinale a alternativa que contenha os aspectos pertinentes à obra clariceana:
		
	 
	fluxo da consciência e técnica do desgaste
	
	fluxo da consciência e memorialismo
	
	dialogismo e memorialismo
	
	epifania e registros históricos
	
	técnica do desgaste e memorialismo
	Explicação: "Benedito Nunes, em seu texto ¿Linguagem e silêncio¿, publicado no livro O dorso do tigre, analisa as obras de Clarice Lispector levando em consideração a linguagem. Para o teórico, a linguagem envolve o próprio objeto da narrativa, abrangendo o problema da existência, como problema da expressão e da comunicação. Segundo Nunes, à medida que falamos de nós mesmos, procurando nos expressarmos, as palavras, dizendo de mais ou menos, formam uma casca verbal, que circunda com seus significados o âmago da personalidade, acabando por se converter numa imagem provisória, porém inevitável, do nosso próprio ser. Não conseguimos exprimir tudo o que somos e adquirimos um ser aparente mediante aquilo que conseguimos exprimir. Clarice Lispector, ao escrever, adota um estilo autoral. Faz uso de uma técnica de ¿desgaste¿, segundo Benedito Nunes. Como, se, em vez de escrever, Clarice descrevesse, conseguindo um efeito mágico de refluxo da linguagem, que deixa à mostra o inexpressado. Nunes compara o efeito dessa técnica de autora à sensação de estranheza quando repetimos várias vezes uma palavra qualquer." Além da linguagem, outro aspecto inovador da prosa de Clarice Lispector é o fluxo da consciência. Para alguns teóricos, é uma experiência muito mais radical do que a introspecção psicológica já utilizada pelos escritores realistas do século XIX. Vejamos a diferença entre introspecção psicológica e fluxo da consciência.
( Conteúdo online)
	
	 
	
	 3a Questão
	
	
	
	
	Clarice Lispector utiliza em suas obras dois aspectos inovadores:
		
	
	o bifrontismo e e a paródia
	
	o fluxo da consciência e o humor
	 
	o fluxo da consciência e a epifania
	
	o fantástico e a paródia
	
	o humor e a paródia
	Explicação:Além da linguagem, outro aspecto inovador da prosa de Clarice Lispector é o fluxo da consciência. Para alguns teóricos, é uma experiência muito mais radical do que a introspecção psicológica já utilizada pelos escritores realistas do século XIX. Vejamos a diferença entre introspecção psicológica e fluxo da consciência.
As personagens de Clarice Lispector experimentam um outro processo inaugurado pela escritora ¿ a epifania.
O termo epifania é de origem grega, tem sentido religioso e remete à ideia de ¿manifestação ou revelação extraordinária¿. Nas obras de Clarice Lispector, esse processo pode surgir a partir de fatos corriqueiros, banais do cotidiano das personagens: um encontrão, um beijo, um susto, dentre outros. A personagem, depois de vivenciar o processo epifânico, passa a ver o mundo, as pessoas e a si mesma de outra forma. É como se, de fato, tivesse tido uma revelação extraordinária e passasse a se relacionar com o mundo e com as pessoas de maneira mais profunda.
Esses momentos epifânicos, na prosa de Clarice Lispector, resultam em questionamentos filosóficos e existenciais por parte das personagens. 
( Conteúdo online)
	
	 
	
	 4a Questão
	
	
	
	
	Acostumados aos romances de 1930, o público e a crítica espantaram-se com a construção narrativa do romance de estreia da autora Clarice Lispector, "Perto do coração selvagem". Álvaro Lins, crítico literário respeitado, aponta falhas na construção de sua obra: "Li o romance duas vezes, e ao terminar só havia uma impressão: de que ele não estava realizado, e de que estava incompleta e inacabada a sua estrutura como obra de ficção". Assinale a alternativa que registra o aspecto da narrativa que motivou a reação do crítico:
		
	
	O estranhamento foi motivado pela construção da narrativa sem personagens.
	 
	Deve-se ao fato de a autora ter subvertido a linearidade temporal do romance.
	
	Deveu-se o impacto às poesias que se encontravam misturadas aos fragmentos em prosa.
	
	O que motivou a reação de espanto teria sido o excesso de personagens.
	
	Devido à presença de aspectos regionalistas na obra.
	
Explicação:
"Essa impressão que Perto do coração selvagem causou no crítico literário se deve ao fato de a autora ter subvertido a linearidade temporal do romance. Clarice quebra a sequência lógica da narrativa ¿começo, meio e fim¿. Além disso, Clarice funde a prosa e poesia ao fazer uso de imagens, metáforas, antíteses e paradoxos." ( Conteúdo online)
 
	
	 
	
	 5a Questão
	
	
	
	
	ENADE - 2008
Não, não é fácil escrever. É duro como quebrar rochas. Mas voam faíscas e lascas como aços espalhados.
Ah que medo de começar e ainda nem sequer sei o nome da moça. Sem falar que a história me desespera por ser simples demais. O que me proponho contar parece fácil e à mão de todos. Mas a sua elaboração é muito difícil. Pois tenho que tornar nítido o que está quase apagado e que mal vejo. Com mãos de dedos duros enlameados apalparo invisível na própria lama.
(Clarice Lispector. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p. 25.)
 
No trecho do romance A hora da Estrela, de Clarice Lispector, apresenta-se uma concepção do fazer literário, segundo a qual a literatura é
		
	 
	uma forma de, pelo trabalho do escritor, tornar sensível o que não está claramente disponível na realidade.
	
	um modo mágico de expressão, por meio do qual se de abandona a realidade histórica em favor da pura beleza estética graças à sensibilidade do escritor
	
	uma forma de resolver os problemas sociais abordados pelo escritor ao escrever suas histórias.
	
	o resultado do trabalho árduo do escritor, que transforma histórias complexas em textos simples e interessantes.
	
	um dom do escritor, que, de forma espontânea e fácil, alcança o indizível e o mistério graças a sua genialidade.
	Explicação: No trecho: "Sem falar que a história me desespera por ser simples demais. O que me proponho contar parece fácil e à mão de todos. Mas a sua elaboração é muito difícil. Pois tenho que tornar nítido o que está quase apagado e que mal vejo", podemos perceber, com clareza, que o trabalho do escritor não é fácil, pois ele precisa extrair da matéria simples, cotidiana, o que há de passível de ser narrado, de tornar-se por meio de suas palavras literatura, ou seja, arte.
	
	
	 6a Questão
	
	
	
	
	Epifania e fluxo da consciência são estratégias adotadas por:
		
	 
	Clarice Lispector.
	
	Mário de Andrade.
	
	Rubem Fonseca.
	
	Moacyr Scliar.
	
	Nelson Rodrigues.
	Explicação: Como estudamos, o conteúdo online, a epifania e o fluxo de consciência são características da prosa clariceana. "Clarice Lispector é a principal representante do intimismo. Ela busca verificar como o indivíduo se coloca no mundo, seus questionamentos, sua experiência existencial. Ao explorar o mundo psicológico, Lispector acaba por ressignificar os vocábulos, uma vez que busca investigar aquilo que não é dito, o que fica escondido nas entrelinhas da vida (e, assim, do seu próprio texto!)." ( Livro proprietário, p.90)
	
	
	 
	
	 7a Questão
	
	
	
	
	Assinale a alternativa que indica o título de estreia de Clarice Lispector.
		
	
	Laços de família
	 
	Perto do coração selvagem
	
	Paixão segundo G.H.
	
	O lustre
	
	A hora da estrela
	Explicação: O romance "Perto do coração selvagem" foi a obra de estreia de Clarice Lispector, publicado em 1944.
	
	
	 
	
	 8a Questão
	
	
	
	
	A obra de Clarice Lispector é marcada pela epifania que é:
		
	
	Uma atitude crítica.
	
	Uma relação amorosa.
	
	Uma negação do eu.
	 
	Uma revelação do cotidiano.
	
	Uma catarse.
	Explicação: "O termo epifania é de origem grega, tem sentido religioso e remete à ideia de ¿manifestação ou revelação extraordinária¿. Nas obras de Clarice Lispector, esse processo pode surgir a partir de fatos corriqueiros, banais do cotidiano das personagens: um encontrão, um beijo, um susto, dentre outros. A personagem, depois de vivenciar o processo epifânico, passa a ver o mundo, as pessoas e a si mesma de outra forma. É como se, de fato, tivesse tido uma revelação extraordinária e passasse a se relacionar com o mundo e com as pessoas de maneira mais profunda.
Esses momentos epifânicos, na prosa de Clarice Lispector, resultam em questionamentos filosóficos e existenciais por parte das personagens.  ( Conteúdo online)
 
	
		LITERATURA BRASILEIRA III
7a aula
		
	 
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	 1a Questão
	
	
	
	
	A peça Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, trouxe inovações importantes para a estrutura da apresentação das peças teatrais, pois traz à cena três planos simultâneos: o da realidade, o da memória e o da alucinação da personagem principal, Alaíde. A simultaneidade de planos é uma inovação porque:
		
	
	discute as relações entre passado e presente histórico nas relações entre operários e patrões.
	 
	rompe com a tradicional cronologia linear e permite ao público experimentar, além da trama, o subconsciente de Alaíde.
	
	estabelece uma nova cronologia marcada por performances de dança.
	
	constitui uma inovação no desenvolvimento de musicais brasileiros.
	
	apesar de apresentar a cronologia tradicional, discute aspectos políticos contemporâneaos à peça.
	Explicação:  "Essa simultaneidade de planos rompe com a tradicional cronologia linear e permite ao público experimentar, além da trama, o subconsciente de Alaíde." ( conteúdo online)
 
	
	 
	
	 2a Questão
	
	
	
	
	A estreia de Vestido de noiva ocorreu em 28 de dezembro de 1943. Com esta encenação, Nelson Rodrigues recebeu várias críticas elogiosas. Pode-se afirmar que essa peça marcou a renovação do teatro modernista brasileiro.
Após essa peça, vários grupos teatrais começaram a surgir. Dentre as peças encenadas, ficou famosa "Eles não usam black-tie", cuja autoria é de
 
		
	
	Ariano Suassuna
	
	Chico Buarque
	
	Plínio Marcos
	 
	Gianfrancesco Guarnieri
	
	Nélson Rodrigues
	Explicação: Em 1958, Gianfrancesco Guarnieri estreia, no Teatro de Arena, com a peça Eles não usam black-tie.
	
	
	 
	
	 3a Questão
	
	
	
	
	Nélson Rodrigues encenou uma peça que podemos chamá-la de "tragédia da memória". Esta peça, marco do teatro moderno brasileiro, desenvolve-se em três planos: o da realidade, o da alucinação e o da memória. Trata-se de:
		
	
	Bonitinha, mas ordinária
	
	A falecida.
	 
	Vestido de noiva.
	
	Beijo no asfalto.
	
	O Rei da vela.
	Explicação: "Vestido de Noiva, a segunda peça de Nelson Rodrigues, agradou ao público por trazer inovações para o palco brasileiro. Essa peça traz para a cena três planos simultâneos: o da realidade, o da memória e o da alucinação da personagem principal, Alaíde.  Essa simultaneidade de planos rompe com a tradicional cronologia linear e permite ao público experimentar, além da trama, o subconsciente de Alaíde." ( Conteúdo online)
	
	 
	
	 4a Questão
	
	
	
	
	Gianfrancesco Guarnieri estreou como dramaturdo, em 1958, com a peça:
		
	
	Vestido de noiva.
	 
	Eles não usam black-tie.
	
	Beijo no asfalto.
	
	A falecida.
	
	O Rei da vela.
	Explicação: "Em 1958, Gianfrancesco Guarnieri estreia, no Teatro de Arena, com a peça Eles não usam black-tie." ( conteúdo online)
	
	 
	
	 5a Questão
	
	
	
	
	Em 1948, Franco Zampari inaugurou o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Segundo Zampari, a fórmula de sucesso garantido  estaria nas seguintes regras, EXCETO:
		
	
	peças consagradas estrangeiras
	
	diretores estrangeiros
	 
	atores estrangeiros
	
	peças clássicas
	
	atores de talento
	Explicação: "Em 1948, Franco Zampari (1898¿1966) inaugurou, em São Paulo, o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Zampari acreditava que o sucesso estaria garantido se adotasse a seguinte regra: atores de talento, diretores estrangeiros e peças clássicas e consagradas estrangeiras. Em dez anos de existência, o TBC só encenou um dramaturgo brasileiro ¿ Abílio Pereira de Almeida." ( conteúdo on-line)
	
	
	 
	
	 6a Questão
	
	
	
	
	Para se compreender o moderno teatro brasileiro, é necessário retroceder a 1943 com a encenação da peça Vestido de Noiva de Nelson Rodrigues que se caracteriza por:
		
	
	ter uma crítica densa e nacionalista
	
	enfocar personagens nordestinos urbanos
	
	ser uma crônica do subúrbio carioca
	
	abarcar o ambiente rural pobre
	 
	conter um jogo de planos: real e imaginário
	Explicação: " Vestido de noiva: peça escrita, por Nelson Rodrigues, em 1943, tem o tema da morte, em que a personagem é atropelada e morre. Durante o processo de morte, a personagem sai em busca de uma prostituta famosa da época, elemento importante para a construção da personagem. O diálogo entre as duas permite a resolução dos conflitos pelos quais a protagonista passa. A peça é marcada por traição, morte, luxúria, hipocrisia burguesa etc." ( Livro proprietário, 98,99)
	
	 
	
	 7a Questão
	
	
	
	
	Assinale a alternativa que indicaum tema NÃO contemplado pelas peças de Nélson Rodrigues que abalaram e chocaram a sociedade brasileira dos anos 40 e 50 :
		
	 
	sobre desigualdade social
	
	sobre adultério.
	
	sobre suicídio
	
	sobre incesto.
	
	sobre loucura
	Explicação: "O teatro de Nelson Rodrigues gira em torno dos mesmos temas: incestos, suicídios, adultérios e loucura, representando, quase sempre, uma realidade pequeno-burguesa da classe média brasileira das décadas de 1940/1950. " ( Conteúdo online)
	
	
	 
	
	 8a Questão
	
	
	
	
	Na década de 1960,dois grupos teatrais merecem destaque: o Grupo Oficina, em São Paulo, e o Grupo Opinião, no Rio de Janeiro. Um deles encenou a peça "O rei da vela", cuja autoria é de
		
	 
	Oswald de Andrade
	
	Nélson Rodrigues
	
	Chico Buarque
	
	Ariano Suassuna
	
	Gianfrancesco Guarnieri
	Explicação: "Na década de 1960, destacaram-se dois grupos: o Grupo Oficina, em São Paulo, que teve como grande momento a encenação de O rei da vela, de Oswald de Andrade, sob a direção de José Celso Martinez Correa e o Grupo Opinião, no Rio de Janeiro, com a participação de Paulo Pontes e Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha." ( conteúdo on-line)
	
	
		LITERATURA BRASILEIRA III
8a aula
		
	 
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	 1a Questão
	
	
	
	
	negocio
ego
       ocio
          cio
            o
                José Paulo Paes
O poema acima pertence ao Modernismo brasileiro.  A poesia abaixo encontra-se na  fase da Vanguarda, chamada:
		
	
	Heróica
	 
	Concretismo
	
	Segundo Modernismo
	
	Regionalismo
	
	Primeiro Modernismo
	Explicação: "O concretismo traz novas formas de expressão na poesia com: ¿  A valorização da forma e da comunicação visual, sobrepondo ao conteú- do. Desse modo, até o espaço do papel é elemento importante e significativo para a construção da poesia. ¿  A abolição de versos e a inclusão de figuras geométricas na composição poética, por isso os poemas concretos são denominados ¿poema-objeto¿. ¿  A desvalorização do lirismo e do tema, colocando o poema como se fosse um quadro, em que a forma concreta tem maior valor que o significado. ¿  A multiplicidade de leituras pela disposição gráfica das palavras." ( Livro proprietário, p.101)
	
	 
	
	 2a Questão
	
	
	
	
	Chacal, Ana Cristina Cesar e Geraldo Carneiro fizeram parte da chamada:
		
	 
	geração mimeógrafo.
	
	geração coca cola.
	
	geração café com leite.
	
	segunda geração romântica.
	
	geração marginália.
	Explicação: "A produção da poesia marginal era feita sem nenhum tipo de edição, totalmente livre dos modelos de produção ¿ muitas vezes ¿rodada¿ em mimeógrafos ¿ e com um número limitado de itens para a distribuição, devido à tiragem pequena." ( Livro proprietário, p.110)
	
	 
	
	 3a Questão
	
	
	
	
	Os Neoconcretistas buscavam novos caminhos, pois para eles a arte não era um mero objeto; pois arte tem sensibilidade, expressividade, subjetividade, é muito mais que o mero geometrismo.  A única assertiva que NÃO traduz o pensamento dos Neoconcretos é:
		
	
	Negação  das atitudes cientificistas e positivistas na arte.
 
	 
	Permanência da tendência técnico- científica do concretismo.
 
	
	Proteção da arte quanto à experimentação, expressividade e subjetividade.
	
	Recuperação das possibilidades criadoras do artista.
 
	
	Incorporação efetiva do observador como parte da obra.
 
	
Explicação: "O Manifesto Neoconcreto de 1959 foi assinado pelos artistas Amilcar de Castro, Ferreira Gullar, Franz Weissmann, Lygia Clark, Lygia Pape, Reynaldo Jardim e Theon Spanudis. A proposta do manifesto está em combater, de certo modo, o concretismo, que tem uma abordagem muito racional da arte. Combatiam o concretismo expondo que a arte não se limita à forma ¿ ou formas geométricas, no caso ¿ e discutiam os elementos de ordem cientificista e positivista presente na arte concreta. Como se vê, os neoconcretos asseveravam que a arte não é apenas um objeto, mas uma criação sensível, de grande expressão, subjetiva. Por isso, os artistas neoconcretos protegem a arte quanto à experimentação, expressividade e subjetividade. Há uma abertura quanto às probabilidades inventivas do artista, como experiências de extinguir o apelo técnico-científico do concretismo. Desse modo, os neoconcretos contestam o concretismo para defender a conservação do brilho da obra de arte e recuperar um humanismo que havia se perdido. Assim, analisavam as diferentes possibilidades criativas do artista e da sua arte, ao mesmo tempo em que abarcavam as questões que envolvem processo criador, com foco no receptor que se abre a várias leituras que emergem da obra." ( Livro proprietário, p.101)
	
	
	 
	
	 4a Questão
	
	
	
	
	No poema Acordei bemol de Paulo Leminski: acordei bemol /tudo estava sustenido/sol fazia/só não fazia sentido , o poeta utiliza uma das características recorrentes na poesia marginal:
		
	
	A individualidade.
 
	 
	A irreverência .
 
	
	A precisão.
 
	
	A musicalidade.
 
	
	O formalismo.
	Explicação: "Dentre as características da poesia marginal, temos: ¿  Fusão de vida e poesia ¿  Linguagem coloquial ¿  Reminiscência do concretismo ¿  Paródia, ironia, humor"  ( Livro proprietário, p.110)
	
	
	 
	
	 5a Questão
	
	
	
	
	O tropicalismo, movimento protagonizado por artistas e intelectuais brasileiros, propôs algumas inovações no campo das artes nos anos 60 e 70. Podemos destacar:
		
	
	a imitação dos padrões estéticos defendidos pela escola parnasiana.
	
	a valorização da forma clássica de composição poética: o soneto.
	
	a ruptura com as propostas estéticas dos primeiros modernistas.
	
	não há o que se destacar , pois o Tropicalismo foi um movimento inexpressivo.
	 
	a mistura de manifestações tradicionais da cultura brasileira com as experiências estéticas radicais.
	Explicação:"Tropicália ou tropicalismo é o nome recebido pelo movimento musical dos anos finais da década de 1960, com a participação dos músicos Tom Zé, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Os Mutantes, dentre outros. O tropicalismo colaborou para que a literatura assumisse uma visão de bom emprego de qualquer estética literária, sem a interferência cheia de preconceitos, tendo como característica principal a mistura de ideias e estéticas que juntavam assuntos urbanos e modernos aos elementos folclóricos e populares. Pode-se dizer que o tropicalismo possibilitou o surgimento de certo anarquismo, sob o ponto de vista da sociedade burguesa. Desse modo, as produções ganham um tom de ironia e humor, consolidando-se como forma de paródia." ( Livro proprietário, p.108)
	
	 
	
	 6a Questão
	
	
	
	
	O Movimento de Vanguarda surgido em 1950, apresenta-se como fruto da civlização audio-visual e onde a noção de poesia se incorpora ao elemento visual. 
Identificamos tal Movimento na opção: 
		
	
	Verde-Amarelismo
	
	Pau-brasil
	
	Grupo Anta
	
	Regionalismo
	 
	Concretismo
	
Explicação:"O concretismo surgiu no Brasil com a publicação da revista Noigandres por Dé- cio Pignatari, Haroldo de Campos e Augusto de Campos. No entanto, foi com a Exposição Nacional de Arte Concreta, em 1956, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, que esta nova tendência se consolidou.O concretismo traz novas formas de expressão na poesia com: ¿  A valorização da forma e da comunicação visual, sobrepondo ao conteú- do. Desse modo, até o espaço do papel é elemento importante e significativo para a construção da poesia. ¿  A abolição de versos e a inclusão de figuras geométricas na composição poética, por isso os poemas concretos são denominados ¿poema-objeto¿. ¿  A desvalorização do lirismo e do tema, colocando o poema como se fosse um quadro, em que a forma concreta tem maior valor que o significado. ¿  A multiplicidade de leituras pela disposição gráfica das palavras." ( Livro proprietário, p.99 e100)
	
	 
	
	 7a Questão
	
	
	
	
	A poesia concreta no Brasil caracteriza-se por:
		
	
	rigidez no nível prosódico e pela impassibilidadediante dos problemas nacionais.
	
	dar continuidade à corrente intimista e estetizante dos anos 40.
	
	descaso pelos aspectos formais do poema e preferências pela linguagem correta.
	
	preocupação com a correção sintática, pela renovação dos temas relacionados com os estados psíquicos do poeta.
	 
	visar a atingir e a explorar as camadas materiais do significante (som, letra impressa, linhas, superfície da folha).
	Explicação: "A poesia concretista exprime, como toda linguagem, um modo de relacionar-se com as coisas e com os homens. O fato de recusar-se ao tema 9 não significa de modo algum que ela seja carente de conteúdo psíquico e ideológico, como sugerem às vezes, gratuitamente, os seus detratores. Não há processo linguístico desprovido de significação: o próprio uso do nonsense significa que o poeta não vê sentido no seu mundo. E na verdade, não é difícil reconhecer nos poemas concretos o universo referencial que a sua estrutura propõe comunicar: aspectos da sociedade contemporânea, assentada no regime capitalista e na burocracia, e saturada de objetos mercáveis, de imagens de propaganda, de erotismo e sentimentalismo comerciais, de lugares comuns díspares que entravam na linguagem enemizando-lhe o tônus crítico e criador. (1978, p. 535)" ( Livro proprietário, p.101)
	
	
	 
	
	 8a Questão
	
	
	
	
	À garrafa
Contigo adquiro a astúcia
de conter e de conter-me.
Teu estreito gargalo
é uma lição de angústia.
Por translúcida pões
o dentro fora e o fora dentro
para que a forma se cumpra
e o espaço ressoe.
Até que, farta da constante
prisão da forma, saltes
da mão para o chão
e te estilhaces, suicida,
numa explosão
de diamantes.
PAES, J. P. Prosas seguidas de odes mínimas. São Paulo: Cia. das Letras, 1992.
A reflexão acerca do fazer poético é um dos mais marcantes atributos da produção literária contemporânea, que, no poema de José Paulo Paes, se expressa por um (a):
		
	
	necessidade premente de libertação da prisão representada pela poesia, simbolicamente comparada à "garrafa" a ser "estilhaçada".
	
	 subserviência aos princípios do rigor formal e dos cuidados com a precisão metafórica, como se em "prisão da forma".
	
	reconhecimento, pelo eu lírico, de suas limitações no processo criativo, manifesto na expressão ¿Por translúcidas pões".
	 
	processo de contenção, amadurecimento e transformação da palavra, representado pelos versos "numa explosão / de diamantes".
	
	visão progressivamente pessimista, em face da impossibilidade da criação poética, conforme expressa o verso "e te estilhaces, suicida".
	Explicação: "O processo criativo não se encontra limitado, tampouco pessimista, como se percebe na imagem dos ¿diamantes¿, criada ao final do texto, aludindo ao rico poder de significação das palavras. É importante visualizar, também, a associação estabelecida entre a garrafa e a poesia e a maneira como a tematização do fazer poético desenrola-se ao decorrer do texto. Após uma leitura atenta, o candidato deveria perceber que o poema sequencia as fases do fazer poético, dividindo-as em: contenção (primeira estrofe), amadurecimento (segunda estrofe) e transformação da palavra (terceira e quarta estrofes)." (https://www.enem.com.br/noticia/questoes-de-literatura-do-enem-2015)
	
	
		
	LITERATURA BRASILEIRA III
9a aula
		
	 
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	 1a Questão
	
	
	
	
	Sobre o autor Manoel de Barros, é correto afirmar que:
		
	
	Em sua poesia não há reflexões voltadas para os seres humanos em relação com a natureza e a linguagem.
	
	A arte literária de Manoel de Barros não procura transfigurar a realidade.
	 
	Há uso de vocabulário coloquial e de uma sintaxe pautada na oralidade.
	
	A poesia de Manoel de Barros não é uma leitura fácil, visto que as possibilidades de comunicação são dificultadas pelos neologismos.
	
	A metalinguagem não é uma característica da poesia de Manoel de Barros.
	Explicação: A marca de oralidade no fazer poético de Manoel de Barros é uma das principais características do autor. Esses recursos são ferramentas utilizadas pelo escritor a fim de que as possibilidades expressivas e comunicativas sejam, de fato, acessíveis a todos. (https://exercicios.mundoeducacao.bol.uol.com.br)
	
	
	 
	
	 2a Questão
	
	
	
	
	Leia os textos abaixo e responda:
TEXTO 1
Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim.
BUARQUE, Chico. Letra e música. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.  
 
TEXTO 2
Quando nasci um anjo esbelto
Desses que tocam trombeta, anunciou:
Vai carregar bandeira.
Carga muito pesada pra mulher
Essa espécie ainda envergonhada.
PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986
Os poemas de Adélia Prado e de Chico Buarque estabelecem intertextualidade em relação ao poema de  Carlos Drummond de Andrade por:
		
	
	oposição de ideias.
	
	ausência de recursos.
	 
	reiteração de imagens.
	
	negação dos versos.
	
	falta de criatividade.
	Explicação: A reiteração das imagens, como a do anjo que prevê ou vaticina, no caso de Chico Buarque, o destino.
	
	
	 
	
	 3a Questão
	
	
	
	
	Glauco Mattoso é pseudônimo de Pedro José Ferreira da Silva. Na verdade, o pseudônimo faz uma homenagem a um outro poeta, de quem o pós-modernista é herdeiro na sátira e na crítica de costumes. Esse poeta é:
:
		
	
	Castro Alves
	
	Basílio da Gama
	
	Carlos Drummond de Andrade
	
	Augusto dos Anjos
	 
	Gregório de Matos
	Explicação: Glauco Mattoso é pseudônimo de Pedro José Ferreira da Silva. Na verdade, trata-se de um trocadilho, mais facilmente entendido se o lermos como se fosse uma única palavra ¿ ¿glaucomatoso¿. O poeta é portador de glaucoma, doença congênita que lhe acarretou perda progressiva da visão, até a cegueira total em 1995. Este pseudônimo é, também, uma espécie de homenagem a Gregório de Matos, poeta barroco, de quem o pós-modernista é herdeiro na sátira e na crítica de costumes.
 ( conteúdo on-line)
	
	
	 
	
	 4a Questão
	
	
	
	
	Sobre a produção lírica contemporânea, é certo afirmar
		
	
	que há uma preocupação excessiva com a forma, recorrendo ao rigor métrico 
	
	que se trata de um poesia que retoma ideais estéticos neoclássicos 
	
	que se observa a evolução de um tendência surrealista, principalmente pela ênfase nos elementos oníricos
	 
	que ocorre o aprofundamento da reflexão sobre a realidade e a permanente busca de novas formas de expressão. 
 
	
	que há um retorno ao Romantismo, principalmente na temática nacionalista
	
Explicação: "Nos anos que marcaram a virada do século XX para o século XXI, percebemos a presença praticamente exclusiva da sociedade tecnológica e do capitalismo globalizado. E, é claro, que estas modificações influenciaram as produções artísticas e literárias de nossos escritores.
Em ternos de poesia, podemos verificar o aprofundamento da reflexão sobre a realidade e a permanente busca de novas formas de expressão.
	
	
	 
	
	 5a Questão
	
	
	
	
	Leia o fragmento do poema VI retirado da obra Menino do Mato, de Manoel de
Barros.
Desde o começo do mundo água e chão se amam
e se entram amorosamente
e se fecundam [...].
Penso com humildade que fui convidado para o banquete dessas águas.
Porque sou de bugre.
Porque sou de brejo.
Acho agora que estas águas que bem conhecem a inocência de seus pássaros e de suas
árvores.
Que elas pertencem também de nossas origens.
(p. 455-6).
Com relação à construção poética de Manoel de Barros, assinale a alternativa
incorreta.
		
	
	O real se torna visível pela experiência de vida do poeta que imprime realidade
ao local.
	 
	As imagens do universo surreal superam a categoria das particularidades
regionais.
	
	Na experiência estética com a língua, o eu poético encontra ressonâncias no
ato da criação.
	
	O rompimento da ordem sintática constrói imagens inesperadas que tiram o
leitor do lugar-comum.
	
	O complexo linguístico do pantanalmanuelino valoriza o sublime das coisas
simples do chão.
	Explicação: Ênio Silveira, editor das obras de Manoel de Barros, fala sobre a estratégia do poeta: ¿guiados por ele, vamos abrindo horizontes de uma insuspeitada nova ordem natural, onde as verdades essenciais, escondidas sob a ostensiva banalidade do óbvio e do cotidiano, vão se revelando em imagens surrealistas descritas com absoluta concisão.¿
 
	
	
	 6a Questão
	
	
	
	
	O poema ¿Com licença poética¿, do livro Bagagem, de Adélia Prado, dialoga com um poema modernista. Assinale a alternativa que apresenta o nome do poema e seu autor.
		
	
	Ode ao burguês, de Mário de Andrade.
	
	José. de Carlos Drummond de Andrade.
	
	O filho do século, de Murilo Mendes.
	 
	Poema de sete faces, de Carlos Drummond de Andrade.
	
	Pronominais, de Oswald de Andrade.
	
Explicação: "Italo Moriconi, em seu livro A poesia brasileira do século XX, diz que este poema desafia a tradição poética, ¿ao reescrever o Poema de sete faces de Drummond, afirmando, de maneira ostensiva, a diferença de seu ponto de vista feminino.¿ (MORICONI, Ítalo. A poesia brasileira do século XX. p.141). A reescritura de um texto, para os teóricos da literatura, recebe o nome de intertextualidade. Percebemos uma relação intertextual entre o poema ¿Com licença poética¿, de Adélia Prado, e o poema modernista ¿Poema de sete faces¿, de Carlos Drummond de Andrade." ( Conteúdo online)
	
	 
	
	 7a Questão
	
	
	
	
	Leia o poema abaixo, de Adélia Prado, e responda:
Com licença poética
 Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
¿ dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
Com qual poema da segunda fase modernista "Com licença poética" dialoga ?
		
	
	José.
	
	As sem razões do amor.
	
	Mãos dadas.
	
	Quadrilha.
	 
	Poema das sete faces.
	Explicação: O poema de Adélia Prado dialoga com o "Poema de sete faces", de Carlos Drummond de Andrade. Trata-se de uma leitura que procura desconstruir o olhar masculino e insere uma percepção feminina sobre a vida.
	
	
	 
	
	 8a Questão
	
	
	
	
	da sua memória
mil
e
mui
tos
out
ros
ros
tos
sol
tos
pou
coa
pou
coa
Pag
amo
meu
ANTUNES, A. 2 ou + corpos no mesmo espaço. São Paulo: Perspectiva, 1998.
Trabalhando com recursos formais inspirados no Concretismo, o poema atinge uma expressividade que se caracteriza pela
		
	
	renovação das formas tradicionais, para propor uma nova vanguarda poética.
	
	interrupção da fluência verbal, para testar os limites da lógica racional.
	 
	fragmentação da palavra, para representar o estreitamento das lembranças.
	
	dispersão das unidades verbais, para questionar o sentido das lembranças.
	
	reestruturação formal da palavra, para provocar o estranhamento no leitor.
	Explicação: A fragmentação das palavras, uma proposta do Concretismo, foi associada ao sentido de esgotamento do emissor face à memória do receptor.
	
	
		
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	 1a Questão
	
	
	
	
	Rubem Fonseca, escritor contemporâneo, produziu narrativas cujas personagens são delinquentes, prostitutas e detetives. A que gênero textual estas narrativas pertencem?
		
	
	crônica.
	
	novela.
	
	fábula.
	 
	policial.
	
	epopeia.
	Explicação: Rubem Fonseca é mestre na arte de produzir romances policiais.
	
	 
	
	 2a Questão
	
	
	
	
	No conto Uma vela para Dario, de Dalton Trevisan, não é flagrante:
		
	 
	o altruísmo.
	
	o descaso com o próximo.
	
	o desrespeito com o ser humano.
	
	a cobiça.
	
	a espetacularização da morte.
	
Explicação: Não há no conto "Uma vela para Dario" o altruísmo, ou seja, o desejo de fazer o bem sem interesses.
	
	 
	
	 3a Questão
	
	
	
	
	Assinale a alternativa correta em relação à autoria de determinadas obras:
		
	 
	Agosto, de Rubem Fonseca.
	
	Perto do coração selvagem, de Rubem Fonseca.
	
	A grande arte, de Moacyr Scliar.
	
	O selvagem da ópera, de Marçal Aquino.
	
	Agosto, de Dalton Trevisan.
	Explicação: Agosto, A grande arte, O selvagem da ópera são obras de Rubem Fonseca. Perto do coração selvagem é obra de Clarice Lispector.
	
	 
	
	 4a Questão
	
	
	
	
	O texto apresentado é um fragmento do conto Eis a primavera, de Dalton Trevisan. O autor apresenta um fato do cotidiano familiar de um enfermo. Que aspecto do cotidiano familiar pode ser percebido?
Eis a primavera
     João saiu do hospital para morrer em casa __ e gritou três meses antes de morrer. Para não gastar, a mulher nem uma vez chamou o médico. Não lhe deu a injeção de morfina, a receita azul na gaveta. Ele sonhava com  a primavera para sarar do reumatismo, nos dedos amarelos contava os dias.
     __ Não fosse a umidade do ar ... __ gemia para o irmão nas compridas horas da noite.
     Já não tinha posição na cama: as costas uma ferida só. Paralisado da cintura para baixo, obrava-se sem querer. A filha tapava o nariz com dois dedos e fugia para o quintal:
     __ Ai, que fedor ... Meu Deus, que nojo!
     Com a desculpa que não podiam vê-lo sofrer, mulher e filha mal entravam no quarto. O irmão Pedro é que o assistia, aliviando as dores com analgésico, aplicando a sonda, trocando o pijama e os lençóis. Afofava o travesseiro, suspendia o corpinho tão leve, sentava-o na cama:
http://varaldeleitura.blogspot.com.br/2013/07/conto-uma-vela-para-dario-de-dalton.html
		
	
	O amor filial.
	
	O aconchego do lar é o melhor remédio.
	 
	A perda dos laços afetivos.
	
	O amor conjugal.
	
	A compaixão entre todos membros da família.
	Explicação:No conto, a esposa e a filha abandonam o marido e pai, respectivamente, à própria sorte. Não há a menor compaixão. Apenas o irmão cuida dele. Os laços afetivos da esposa e da filha esfacelaram diante da doença.
	
	 
	
	 5a Questão
	
	
	
	
	Assinale a alternativa correta em relação à autoria dos contos abaixo:
		
	
	Pausa, de Rubem Fonseca
	
	Zap, de Machado de Assis
	
	Zap, de José de Alencar
	 
	Passeio Noturno - parte I, de Rubem Fonseca.
	
	Uma vela para Dario, de Rubem Fonseca.
	Explicação: "Zap" e "Pausa" são contos de Moacyr Scliar. "Uma vela para Dario" é um conto de Dalton Trevisan. "Passeio noturno" - parte I é um conto de Rubem Fonseca.
 
	
	 
	
	 6a Questão
	
	
	
	
	(http://professor.bio.br)
Leia atentamente o texto abaixo:
CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha terra tem campos de futebol onde cadáveres amanhecem emborcados pra atrapalhar os jogos. Tem uma pedrinha cor-de-bile que faz "tuim" na cabeça da gente. Tem também muros de bloco (sem pintura,claro, que tinta é a maior frescura quando falta mistura), onde pousam cacos de vidro pra espantar malaco.
BONASSI, Fernando. "15 cenas de descobrimento de Brasis". In: MORICONI, Ítalo (org). Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio Janeiro: Objetiva, 2000, p.
Sobre o uso do nível de linguagem empregado no texto, é correto afirmar que é
		
	 
	é adequado às intenções de crítica e denúncia do mundo contemporâneo.
	
	é aceitável por se tratar de texto literário, mas inadequado à intenção jornalística do autor.
	
	é inadequado para abordar o tema romântico do exílio de uma perspectiva crítica e contemporânea.
	
	é inaceitável, por se tratar de um texto literário, cujo nível de linguagem exigido é o culto
	
	é inadequado porque os escritores brasileiros contemporâneos não falam nem escrevem dessa maneira.
	Explicação:O nível de linguagem, mais próximo da coloquialidade se presta à intenção crítica do poema. 
	
	 
	
	 7a

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