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SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR I TEORIA DRª NÁTALI ARTAL PADOVANI LOPES Aula 7 Sinais Vitais - Pressão Arterial PRESSÃO ARTERIAL Pressão Arterial ou Pressão Sistêmica É a força exercida pelo sangue sobre as paredes de uma artéria. O sangue bombeado pelo coração flui pelo sistema circulatório através da mudança de pressão; Área de grande pressão >>> área de baixa pressão A pressão sanguínea nas artérias é um bom indicador de saúde cardiovascular. ANATOMIA DO CORAÇÃO SÍSTOLE E DIÁSTOLE Sístole: pico de pressão máxima quando ocorre a ejeção do sangue pelos ventrículos. CONTRAÇÃOVENTRICULAR Diástole: pressão mínima exercida nas artérias, devido ao RELAXAMENTO VENTRICULAR. UNIDADE DE MEDIDA Coluna de mercúrio (Hg) >>> mmHG Pressão que o sangue consegue fazer na coluna de mercúrio. PRESSÃO DE PULSO: diferença entre a pressão diastólica e sistólica. Está associada ao risco cardiovascular (<30mmHg). Exemplo: PA = 110/70 Qual é a pressão de pulso? FISIOLOGIA Pressão Arterial (PA) reflete na relação do: Débito cardíaco; Resistência vascular periférica; Volume sanguíneo; Viscosidade do sangue; Elasticidade arterial. DÉBITO CARDÍACO Volume bombeado em 1 minuto Quanto ↑ DC = ↑ volume de sangue = ↑ PA O DC pode ↑ quando ↑ FC ou ↑ volume de sangue ↑ FC pode diminuir o tempo de enchimento cardíaco = ↓ PA DC = VE X FC Débito Cardíaco Volume Ejetado Frequência Cardíaca – 1’ PA = DC X RVP Débito Cardíaco Resistência Vascular Periférica A PA depende do DC e da RVP RESISTÊNCIA PERIFÉRICA O sangue circula em uma rede de artérias, arteríolas, capilares, vasos e veias. Músculo Liso – contração e relaxamento para ajuste do lúmen.Por exemplo: se um órgão necessita de mais sangue, as artérias periféricas diminuem o lúmen para redirecionar o fluxo sanguíneo. A Resistência Vascular Periférica (RVP) é a resistência do fluxo de sangue determinada pela contração da musculatura vascular e redução do diâmetro do vaso. ↓ lúmen ↑ RVP RESISTÊNCIA PERIFÉRICA VOLUME DE SANGUE O volume de sangue afeta diretamente a PA; Adultos: 5000 ml (5L) – média de 62ml/Kg; Aumento do volume = aumento da pressão; Rápida infusão EV ou HAS; Redução do volume = redução da pressão. Hemorragia ou desidratação. VISCOSIDADE A espessura ou viscosidade influencia na fluidez do sangue pelos pequenos vasos. Hematócrito (% hemácias) determina a viscosidade do sangue; ↑ Ht = ↑ viscosidade = fluxo mais lento e ↑ PA O coração precisa fazer mais contração e força para manter o fluxo. ELASTICIDADE As paredes das artérias possuem certa elasticidade para permitir a contração e relaxamento; A elasticidade permite que o vaso se ajuste ao volume de sangue – evita grandes flutuações de PA; Arteriosclerose: endurecimento da parede dos vasos. A elasticidade dá lugar à um tecido fibroso. Dificuldade de expansão = ↑ RVP e ↑ PA Maior aumento da pressão DIASTÓLICA. FATORES QUE INFLUENCIAM A PA PA se altera sutilmente a cada batimento cardíaco; Assistência de Enfermagem baseia-se na tendência da PA e não apenas em aferições individuais. Idade Estresse Etnia Gênero Variação Diurna Remé- dios Outros FATORES Idade: variações ao longo da vida, crescimento e desenvolvimento. Para crianças e adolescentes a PA é mensurada de acordo com o corpo e idade; Crianças maiores ou obesas apresentam PA mais elevadas; IDADE Pressão Arterial (mmHg) RN (3kg) 40 (média) 1 mês 85/45 1 ano 95/65 6 anos 105/65 10 – 13 anos 110/65 14 – 17 anos 120/75 > 18 anos <120/80 FATORES Estresse: ansiedade medo, dor provocam estímulo simpático, aumentando a FC, DC e RVP. Etnia: a incidência de HAS é maior em afro-americanos, com o dobro de risco para complicações por AVC ou IAM. Fatores genéticos e ambientais podem influenciar. Gênero: não há diferença entre meninas/meninos. Após a puberdade homens tem maior tendências à pressão alta. Após a menopausa, mulheres tendem à pressões mais altas comparado à homens da mesma idade. Variação Diurna: menores valores são observados pela manhã. Medicações: podem afetar direta ou indiretamente na PA, como anti-hipertensivos, diuréticos e analgésicos opióides. Outros: exercícios físicos ou falta de alimentação. MEDICAMENTO Medicamento Nomes Ação Diurético Furosemida (Lásix), Espironolactona (Aldactone), Metolazona, entre outros. Pressão arterial mais baixa ao reduzir a reabsorção de sódio e água pelos rins, diminuindo o volume de líquido circulante. Bloqueador Beta-adrenérgico Atenolol, Nadolol, Maleato de timolol, Proponolol Combinado com receptores beta- adrenérgicos no coração, artérias e arteríolas para bloquear a resposta aos impulsos nervosos simpáticos, reduzem FC e DC. Vasodilatador Hidrocloreto de hidralazina, Minoxidil Atuam no músculo liso arteriolar para causar relaxamento e reduzir RVP. Bloqueadores de canal de cálcio Nifedipino Reduz RVP pela vasodilatação sistêmica. Inibidores de enzima conversora de angiotensina (ECA) Captopril, Enalapril Reduz PA ao bloquear a conversão de angiotensina I em angiotensina II, prevenindo a vasoconstrição e retenção de líquido, abaixando o volume líquido circulante. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) Alteração mais comum da pressão Distúrbio assintomático; Diagnóstico depende de acompanhamento; MAPA (Medida Ambulatorial de Pressão Arterial): medida automática de 24 horas; A HAS é associada a espessura e perda de elasticidade das paredes arteriais, com aumento da RVP. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO (2018) PAD (mmHg) PAS (mmHg) Classificação < 85 < 130 Normal 85-89 130-139 Normal limítrofe 90-99 140-159 Hipertensão leve (estágio 1) 100-109 160-179 Hipertensão moderada (estágio 2) > 110 > 180 Hipertensão grave (estágio 3) < 90 > 140 Hipertensão sistólica isolada AHA, 2017 Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg) Normal <120 e <80 Elevada 120 - 129 e <80 Hipertensão estágio 1 130 - 139 e/ou 80 – 89 Hipertensão estágio 2 ≥140 e/ou ≥90 HIPOTENSÃO Pressão sistólica de 90mmHg; Existem exceções; Ocorre devido à dilatação das artérias, perda de sangue ou insuficiência cardíaca; Causa palidez, pele rendilhada, úmida e pegajosa, confusão, ↑ FC ou diminuição de débito urinário. Hipotensão ortostática ou postural (contração vasos das pernas ao levantar). MATERIAL ESTETOSCÓPIO ESFIGMOMANÔMETRO MANGUITO Circunferência do braço Tamanho do manguito Tamanho 22 a 26 cm 12 a 22 cm “small adult” 27 a 34 cm 16 a 30 cm “adult” 35 a 44 cm 16 a 36 cm “large adult” 45 a 52 cm 16 a 42 cm “adult thigh” SONS DE KOROTKOFF Sons ouvidos durante a aferição de pressão; Diferentes da ausculta cardíaca; À medida que o manguito é esvaziado: Pressão Sistólica (k1); Pressão Diastólica (k2, k3 e k4); Momento em que cessam os sons (k5). https://www.youtube.com/watch?v=DzlXZrXgeJA AFERIÇÃO DA PA Braço ao nível do coração; Repouso de pelo menos 5 minutos; Selecionar braçadeira: a largura deve corresponder à 40% da circunferência braquial e 80% do comprimento. Localizar a artéria braquial; Posicionar a braçadeira à 2,5 da fossa antecubital; Determinar o nível máximo de insulflação – 30 mmHg após cessada a pulsação; Desinsulflar e aguardar de 15 a 30 segundos; Posicionar o estetoscópio e fechar a válvula do Esfigmomanômetro; Soltar a válvula lentamente (2 a 3 mmHg); Primeira ausculta= sístole e Segunda ausculta= diástole. ERROS MAIS COMUNS Sistemas descalibrados; Falha estrutural do material; Tamanho da braçadeira; Braços sem apoio dão medidas falsas; Posicionamento do braço; Compressão do vaso pelo estetoscópio; Mãos e equipamentos frios; Sistema acústico danificado; Interação durante a aferição.
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