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Atlas Prático de Parasitologia BBPM V - Volume I

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Atlas Prático de Parasitologia
BBPM V - Volume I
Strongyloides, Ascaris, Ancylostoma
Enterobius, Taenia, Hymenolepis, Trichuris
Naiara Bonardi
Instruções Gerais: NÃO SE ESQUEÇA
Sublinhar os nomes de espécie e gênero
Gênero: Primeiro nome
Ex: Toxoplasma
Espécie: Primeiro nome e sobrenome
Ex: Toxoplasma gondii
Atenção à forma correta de escrever, cada erro, perde-se ponto
Ex: Trichomonas vaginalis
Se esquecer o “h” perde 0,1 ponto. Se esquecer de sublinhar perde mais 0,1 ponto
Dar respostas completas, melhor pecar pelo excesso que pela omissão. Entretanto, não adianta exceder no erro
Strongyloides stercoralis
Doença: Estrongiloidíase
Transmissão: Hetero ou primoinfecção (penetração ativa de larva filarioide (L3) na pele e/ou mucosas); autoinfecção externa (quando larvas rabiditoides presentes no períneo transformam-se em filarioides infectantes e ai penetram); autoinfecção interna (larvas rabiditoides ainda na luz intestinal, tranformam-se em filarioides que aí penetram, no íleo ou cólon)
Hospedeiros: Homem, cães, gatos e macacos
Forma evolutiva: Fêmea partenogenética; Fêmea de vida livre; Macho de vida livre; Ovos; Larva rabiditoide (L1 e L2); Larva filarioide (L3)
Habitat: Intestino delgado
Patogenia: assintomáticos; oligossintomáticos; manifestações: cutâneas no local de penetração, pulmonares (síndrome de Loeffler), intestinais (enterite catarral, edematosa e ulcerosa, que podem levar à fibrose e afetar o peristaltismo); disseminada (imunossuprimidos, afeta vários órgãos).
Diagnóstico: Baermann-Moraes e Rugais (hidrotermotropismo)
Tratamento: Albendazol (por 5 a 7 dias), tiabendazol, cambendazol, ivermectina
Profilaxia: Engenharia sanitária, saneamento, tratamento de parasitados, uso de calçados
Forma evolutiva: verme adulto
Sexo: fêmea
Espécie: Strongyloides stercoralis
Características: possui corpo cilíndrico com aspecto filiforme longo, extremidade anterior arredondada e posterior afilada
Coloração: lugol? 
Habitat: intestino delgado
LÂMINA 37 – Strongyloides fêmea 
ovos
Aumento 4 x
Extremidade posterior
Extremidade anterior
Outra fêmea
LÂMINA 37 – Strongyloides fêmea 
Aumento 4 x
LÂMINA 39 – Strongyloides rabiditoide
Aumento 10 x
Forma evolutiva: larva rabiditoide (L1 ou L2)
esta é a forma diagnóstica presente nas fezes
Espécie: Strongyloides stercoralis
Características: o esôfago, que é do tipo rabiditoide, dá origem ao nome das larvas. É um esôfago bulbar curto
Medem 0,2 a 0,3 mm de comprimento por 0,015mm de largura, um pouco menores que a filarioide
Coloração: lugol? 
Habitat: fezes (é a forma diagnóstica), meio ambiente ou solo
LÂMINA 39 – Strongyloides rabiditoide
Aumento 40 x
Término do esôfago
Término do esôfago
Para diferenciar a larva rabiditoide da filarioide, deve-se observar o comprimento do esôfago, que termina em uma constrição sutil. Para tal, o aumento de 40x é necessário. A rabiditoide tem um esôfago curto e a filarioide, longo.
LÂMINA 38 – Strongyloides filarioide
Aumento 10 x
Forma evolutiva: larva filarioide (L3)
 esta é a forma infectante
Espécie: Strongyloides stercoralis
Características: o esôfago, que é do tipo filarioide, dá origem ao nome das larvas. É um esôfago longo, correspondendo à metade do comprimento da larva
Medem 0,35 a 0,50 mm de comprimento por 0,01 a 0,03mm de largura, um pouco maiores que a rabiditoide, podendo ser mais finas
Coloração: lugol? 
Habitat: meio ambiente, interior do hospedeiro (causando autoinfecção)
LÂMINA 38 – Strongyloides filarioide
Aumento 40 x
Término do esôfago
Término do esôfago
Para diferenciar a larva rabiditoide da filarioide, deve-se observar o comprimento do esôfago, que termina em uma constrição sutil. Para tal, o aumento de 40x é necessário. A filarioide tem um esôfago longo que ocupa cerca de metade de seu comprimento. Usando a lógica, as larvas filarioides não se alimentam mais no solo, elas precisam encontrar um hospedeiro, por isso tem um esôfago longo
Ascaris lumbricoides
Doença: Ascaridíase
Transmissão: Ingestão de água e/ou alimentos contaminados com ovos contendo larva L3 (filarioide)
Hospedeiro único: Homem
Forma evolutiva: Verme adulto macho e fêmea; ovos (L1, L2, L3); larvas (L4, L5)
Habitat: Intestino delgado
Patogenia: ação espoliadora, tóxica, mecânica (obstrução intestinal) e ectópica (Ascaris errático). Lesões hepáticas e pulmonares (síndrome de Loeffler), devido a migração das larvas
Diagnóstico: kato katz (quantifica), HPJ, MIFC
Tratamento: Albendazol, mebendazol, levamisol e pamoato de pirantel
Profilaxia: Engenharia sanitária, saneamento, tratamento de parasitados, tratamento de fezes humanas em fertilizantes
Ascaris lumbricoides
Forma evolutiva: verme adulto macho e fêmea
Características: longo, robusto, cilíndrico, com a extremidade afilada
Macho: extremidade posterior recurvada ventralmente
Fêmea: extremidade posterior retilínea
Habitat: intestino delgado
LÂMINA 29 – Ascaris adulto/corte
Vejo corte de Ascaris e seus órgãos internos
LÂMINA 30 – Ascaris - ovos
Aumento 10 x
Forma evolutiva: ovos
 esta é a forma diagnóstica
Espécie: Ascaris lumbricoides
Características: são ovais contendo membrana externa mamilonada (similar a uma tampinha de coca KS)
Coloração está ruim, por isso estão semi transparentes
Habitat: fezes, meio ambiente/ solo, alimentos
Linhas pretas são artefato
Membrana mamilonada
LÂMINA 30 – Ascaris - ovos
Membrana mamilonada
artefato
Ancylostoma
Ag. Etiológico: Ancylostoma duodenale e Nector americanus
Doença: Ancilostomose 
Transmissão: Penetração ativa de larva filarioide (L3) através da pele ou mucosas; ou passivamente por via oral, por meio de ingestão de larva filarioide (L3) que penetram no intestino delgado
Hospedeiro: Homem, felídeos, canídeos
Forma evolutiva: Verme adulto macho e fêmea; ovos (L1, L2, L3); larvas (L4, L5)
Habitat: Intestino delgado
Patogenia: manifestações cutâneas (dermatite), pulmonares (Síndrome de Löffler), intestinais. Ação espoliadora (anemia) 
Diagnóstico: HPJ, MIFC e Willis. Faust, Kato e Stoll.
Tratamento: Albendazol e Mebendazol
Profilaxia:Engenharia sanitária, lavar mãos e alimentos, água filtrada, luvas e calçados e anti-helminticos
LÂMINA 31 – Ancylostoma caninum - macho
Aumento 10 x
Forma evolutiva: verme adulto macho
Espécie: Ancylostoma caninum
Coloração: lugol? 
Habitat: intestino delgado
Doença: Ancilostomose ou Larva migrans cutânea (pois a lâmina se trata do A.caninum)
A presença de bolsa copuladora em uma das extremidades caracteriza o macho
LÂMINA 32 – Ancylostoma caninum - fêmea
Aumento 10 x
Forma evolutiva: verme adulto fêmea
Espécie: Ancylostoma caninum
Coloração: lugol? 
Habitat: intestino delgado
Doença: Ancilostomose ou Larva migrans cutânea (pois a lâmina se trata do A.caninum)
Ausência de bolsa copuladora, a cauda termina retinha
No laboratório temos lâminas de Ancylostoma caninum que infecta tradicionalmente o cão. Acidentalmente, o parasito infecta o ser humano, mas se limita a vagar pelo subcutâneo, não consegue completar seu ciclo, causando larva migrans cutânea (bicho geográfico)
Estamos estudando Ancylostoma duodenale e Necator americanus, entretanto, esta lâmina serve de modelo para estudo
Se questionado sobre qual doença tal parasito pode causar, pode-se responder genericamente Ancilostomose
Taenia
Doença: Taenia solium - teníase, cisticercose Taenia saginata - teníase
Transmissão: Teníase - o hospedeiro definitivo (ser humano) infecta-se ao ingerir carne suína ou bovina, crua ou mal cozida, infectada por cisticercos, contendo larvas, de Taenia (tanto T.solium quanto T.saginata) 
Cisticercose - ingestão acidental de ovos viáveis da T.solium que foram eliminados nas fezes de portadores de teníase
Hospedeiro acidental/definitivo: Homem, cães
Hospedeiro intermediário: T.solium - suíno / T.saginata - bovino
Forma evolutiva: Ovo; cisticerco/ larva; verme adulto
Habitat: Teníase - Tanto T.solium quanto T.saginata na fase adulta vivem no intestino delgado do ser humano
Cisticercose - Cisticerco da T.solium é encontrado no tecido subcutâneo,muscular, cardíaco, cerebral e no olho de suínos e acidentalmente em humanos e cães. O cisticerco da T.saginata é encontrado no tecido de bovinos 
Patogenia: Quadro assintomático/ Teníase: perturbações gastrointestinais, dores abdominais.../ Cisticercose: reação local, calcificações, podendo causar dor, fadiga, câimbras, palpitações,dispneia, descolamento de retina, crises epiléticas...
Diagnóstico: Teníase: clínico – inespecífico/ laboratorial – EPF, HPJ buscam-se proglotes e ovos; tamização / imunológico – ELISA
Cisticercose – clínico/ exames de imagem (fundo de olho, neuroimagem...)/ imunológico (LCR, ELISA)
Tratamento: Teníase - praziquantel, niclosamida / Neurocisticercose - isoquinolina-pirazina acilada
Profilaxia: saneamento básico, educação em saúde, fiscalização de abatedouros, congelamento e resfriamento da carne, tratamento dos doentes
LÂMINA 26 – H.nana ovos
Visualizo ovo de Taenia
CUIDADO: nesta lâmina há ovo de Taenia (seta azul) e de H.nana (seta vermelha) – não é possível saber qual a espécie da Taenia
Ao ingerir este ovo o indivíduo adquire CISTICERCOSE
O ovo de tênia é bem escurinho, e ainda mais escuro na sua circunferência externa, e o de H.nana parece um ovo frito
Aumento de 10x
Aumento de 40x
Visualizo cisticercos que são constituídos de uma vesícula translúcida com líquido claro, contendo no seu interior um escólex (cabeça)/ larvas de Taenia solium em um coração de suíno. 
Ao ingerir esta forma evolutiva (cisticercos) o indivíduo adquire TENÍASE
CISTICERCOS – T.solium
Hymenolepis nana
“É uma mini Taenia, menor cestódeo humano”
Doença: Himenolepíase
Transmissão: Ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos de H.nana ou de pulgas/carunchos contendo larvas cisticercoides
Hospedeiro: Homem
Hospedeiro intermediário (ocorre no ciclo heteroxênico): pulgas e carunchos
Forma evolutiva: Ovo; verme adulto; larva cisticercoide
Habitat: Ovos – Fezes
Verme adulto - Intestino delgado (íleo e jejuno)
Larva cisticercoide – intestino delgado do homem ou na cavidade geral do inseto hospedeiro intermediário (pulgas e carunchos de cereais)
Patogenia: Assintomáticos ou quando muitos parasitos, pode causar sintomas gastrointestinais (diarreia, dores e desconforto abdominal, inapetência, má absorção...)
Diagnóstico: Clínico – difícil, sintomas inespecíficos ou assintomática / Laboratorial – EPF, HPJ
Tratamento: Praziquantel, niclosamida 
Profilaxia: saneamento básico, manter bons hábitos de higiene, controle de insetos (pulgas e carunchos de cereais) e roedores. É importante tratar todos os membros da família ou comunidade infectada
LÂMINA 26 – H.nana ovos
Visualizo ovo de H.nana
CUIDADO: nesta lâmina há ovo de Taenia e de H.nana
Ao ingerir este ovo o indivíduo adquire HIMENOLEPÍASE
O ovo de H.nana é mais clarinho com o centro escuro, parece um ovo frito
Aumento de 10x
Aumento de 40x
LÂMINA 26 – H.nana ovos
Observe ovos de H.nana e Taenia
Visualizo verme adulto de H.nana e suas proglotes (divisões)
Coloração: carmim
LÂMINA 24 – H.nana proglotes
Proglotes jovens
Proglotes maduras
Proglotes grávidas
Visualizo verme adulto de H.nana
O escólex é a “cabeça” (seta) que apresenta 4 ventosas e um rosto retrátil armado de ganchos
Coloração: carmim
LÂMINA 25 – H.nana - escólex
Aumento 4 x
Aumento 40 x
Enterobius vermicularis
Popularmente conhecido como “oxiúros”
Doença: Enterobiose
Transmissão: Ingestão de ovos embrionados presentes na poeira ou alimentos (heteroinfecção); indireta; autoinfecção interna ou externa; retroinfecção
Hospedeiro único: Homem
Forma evolutiva: Verme adulto – macho e fêmea; ovo
Habitat: Intestino grosso (ceco e apêndice): verme adulto macho e fêmea. As fêmeas repletas de ovos são encontradas na região perianal. Em mulheres, as vezes pode-se encontrar o parasito na vagina, útero e bexiga.
Patogenia: Quadro assintomático ou ligeiro prurido anal (à noite, principalmente). Pode causar sob forte parasitemia, enterite catarral ou inflamação...
Diagnóstico: Clínico – prurido anal noturno e continuado / laboratorial – EPF, método de Graham
Tratamento: Albendazol, pamoato de pirantel
Profilaxia: educação sanitária, tratar os parasitados na família e comunidade, hábitos de higiene, proteção adequada dos alimentos, lavar roupas de cama com água quente, manter unhas cortadas
Forma evolutiva: verme adulto
Enterobius vermicularis macho tem a cauda recurvada no sentido ventral
Obs: há lâminas que devido a técnica de confecção, o macho está com a cauda reta. Na prova só são cobradas lâminas assim, de fácil visualização das características do parasito
LÂMINA 33 – Oxiurideo – macho adulto
Enterobius vermicularis 
Cauda recurvada
Aumento 10 x
Forma evolutiva: verme adulto
Enterobius vermicularis fêmea tem a cauda reta e está repleta ovos
Aumento 4 x
Aumento 40 x
Útero repleto de ovos
Cauda reta
Ovos
LÂMINA 34 – Oxiurideo – fêmea adulta
Enterobius vermicularis

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