Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 1 – AVEs, CEFALÉIAS E EPILEPSIA Bases Neurológicas Sistema Motor Sistema Piramidal = Primeiro neurônio motor Sai do córtex motor (corpo celular) e desca (axônio) via medula espinha (na face anterior), fazendo sinapse com o segundo neurônio motor, que promoverá a ação junto ao músculo. Medula Espinhal = Primeiro e Segundo neurônios motores Sistema Extrapiramidal = automatismos (dirigir, por exemplo) Cerebelo = ajustes finos (pegar garrafa sem errar o cálculo – metria) Sistema Piramidal Cápsula Interna (por onde passam todos os primeiros neurônios motores, formando o feixe piramidal – irrigado pelas artérias lenticulo-estriadas) Decussação ocorre entre bulbo e medula espinhal – lesões acima implicam sintomas contra-laterais; abaixo, ipsilaterais. Lesão do 1º neurônio = Síndrome Piramidal Paresia/Plegia espástica Hiperreflexia (pela ausência do controle vindo do 1º neurônio) Babinski, Hoffman Lesão do 2º neurônio = Síndrome do Segundo Neurônio Motor Paresia/Plegia flácida Miofasciculações Hipo/arreflexia Sistema Sensitivo 3 neurônios: o primeiro é periférico, que recebe a sensação e leva ao segundo, ainda na medula espinhal. Esse cruza para o outro lado e sobe, fazendo a sinapse agora no tálamo (local onde ocorrem todas as sinapses entre 2º e 3º neurônios) com terceiro e último neurônio. Córtex Frontal Área de Broca: área motora da fala/linguagem (no hemisfério dominante, que é o esquerdo normalmente – mesmo nos canhotos) Paciente entende comandos, mas não consegue falar (pcte escritor de house, disfásico e com Hx de NeuroCx). Normalmente, pcte apresenta agrafia, pois a área pré-motora da mão tá ali perto, logo acima Córtex motor controle muscular da perna é o mais medial (região irrigada pela artéria cerebral anterior!) Parietal Córtex sensitivo mesma ordem do motor Temporal Área de Wernicke área sensitiva da linguagem/fala (tbm no hemisfério dominante) Pcte consegue falar, mas não entende o que os outros ou si mesmo falam (não fala coisa com coisa). Normalmente, pcte apresenta alexia tbm, pois a área da leitura tá ali perto, logo atrás, no occipital Occipital Córtex visual Vascularização Circulação anterior: artérias carótidas comuns artérias carótida interna Circulação posterior: artérias vertebrais artéria basilar Se encontram, formando o Polígono de Willis (7 artérias – as artérias cerebrais médias NÃO fazem parte): (2) Artérias cerebrais posteriores (bifurcação da basilar) Vascularização da região posterior (2) Artérias cerebrais anteriores (colaterais da carótida interna) – a D e a E se unem pela artéria comunicante anterior (1) Vascularização da região medial (pernas) Artérias cerebrais médias (colaterais da carótida interna) (2) Artérias comunicantes posterior (entre a cerebral posterior e carótida interna) Vascularização da região temporal/lateral *As artérias lenticulo-estriadas são ramos perfurantes das artérias cerebrais média e vascularizam a cápsula interna Acidente vascular Encefálico Déficit neurológico focal súbito: > 24 horas AVE (80% é isquêmico; 20%, hemorrágico) < 24 horas e sem infarto na neuroimagem AIT AVEi *A terapia trombolítica visa recuperar a área de penumbra; a infartada já era!! Etiologia Embólico cardioembólico (20-30%); embolia artério-arterial (a carótida é a principal fonte) Trombótico Artérias de médio calibre, como as cerebrais Lacunares (artérias lentículo-estriadas, que irrigam a cápsula interna) Criptogênico Dx TC sem contraste na hora da admissão (serve para descartar hemorragia, que é instantaneamente visível) No AVEi, estará normal até 24 a 72 horas, quando aparecem as hipodensidades (região mais escura) *RNM por difusão identifica edema citotóxico, que é a 1ª manifestação de AVEi (“primeiro minuto”) *RNM por perfusão identifica inclusive a área de penumbra *O exame de imagem permite supor, pela área acometida, qual a artéria comprometida Clínica – Síndromes Isquêmicas AVE de Cerebral Média Sd Piramidal Contralateral (que pode poupar a perna se o edema não comprimir a correspondente) Hemianestesia contralareal (que pode poupar a perna se o edema não comprimir a correspondente) Afasia de Broca e Wernicke se em hemisfério dominante) AVE de Cerebral Anterior ( pensar em perna) Paresia/plegia de perna contralateral Parestesia/anestesia de perna contralateral AVE lacunar de artérias lenticulo-estriadas Hemiplegia contralateral pura, sem acometimento sensitivo AVE de Tronco Encefálico (Sd Cruzada) Deficiência motora ou sensitiva contralateral à lesão + alteração de Par Craniano ipsilateral *Emergência dos pares cranianos: Mesencéfalo, 3º e 4º pares; Ponte, 5º, 6º, 7º e 8º pares; Bulbo, 5º, 9º, 10º, 11º e 12º Pares. Lembrar que eles cruzam lá no encéfalo, antes de chegarem ao Tronco. *Sd de Weber: mesencéfalo + 3º par: hemiplegia contralateral e paralisia do óculo motor ipsilateral *Sd de Wallenberg – bulbo + 5º par. Hemianestesia contralateral + anesthesia facial ipsilateral. Tratamento Agudo (minimizar déficit/salvar área de penumbra0 Trombólise – rtPA ou altaplase 0,9mg/kg – se: DeltaT < 4,5 horas, sem hemorragia na imagem e sem contra-indicações: AVEh prévio; TCE, ACVi ou IAM < 3 meses; hemorragia digestiva ou urinária < 21 dias; grande cx < 14 dias; sintomas discretos (não vale o risco); lesão > 1/3 do hemisfério cerebraç (muita chance de transformação hemorrágica); plaquetas < 100.000 Controle da PA: hipertensão permissiva Se não for fazer trombólise, reduzir quando acima de 220x120 mmHg Se for fazer, reduzir se > 185x110mmHg Começar AAS dentro de 24 a 48 horas: 300 mg. Se tiver feito trombólise, aguardar 24 horas Controlar glicemia, natremia e temperatura Heparinização profilática (se não for trombolisar): Enoxaparina 40 mg 1x/Dia Não fazer heparinização plena!! Aumenta transformação hemorrágica. Terapia endovascular - NOVIDADE PARA 2015, pois foi normatizada Trombectomia com stent. DeltaT de até 6 horas. Pode ser feito,inclusive, na refratariedade da trombólise, que ainda é o padrão ouro. Crônico (evitar novos episódios) De origem cardioembólica Anticoagulantes orais (esperar de 1 a 2 semanas) Embolia artério-arterial Antiagregante plaquetário (ou AAS ou clopidogral ou ticlopinida – não associar) e controlar FR (HAS, DM, tabagismo) Endarterectomia se déficit compatível e obstrução > 70% AVEh *Subaracnóide ou intraparenquitematoso Hemorragia Intraparenquitematosa (+ comum) Causas: HAS (aneurisma de Charcot-Bouchard); angiopatia amiloide (degeneração da parede vascular) maiores sangramentos Clínica: HIC, cefaleia, diminuição do nível de consciência, edema de papila + déficit neurológico focal súbito Dx: TC sem contraste Tto é de suporte: manter PIC < 20 mmHg e PPC entre 50 e 70 mmHg a) Cabeceira elevada (45%) b) Hiperventilação c) Manitol d) PAS 140-160 mmHg *Cirurgia apenas se hematoma cerebelar e maior que 3 centímetros Hemorragia Subaracnóide Causas: aneurisma sacular congênito (Berry’s) normalmente acometendo polígono de willis – Doença do Rim Policístico é fator de risco Clínica: cefaleia súbita excruciante (Thunder-Clap); síncope; irritação meníngea após 1º dia Dx: TC sem contraste (orelha do Mickey) se negativo mas alta suspeição, fazer PL Tto Intervenção precoce – “ninguém mexe na cabeça de ninguém entre o terceiro e décimo quarto dia pós HSA (devido ao risco de vasoespasmo” COIL (endovascular – aquela redinha dentro do aneurisma) Clipagem aberta Controlar PA PAS < 160 mmHg Neuroproteção com Nimodipino 60 mg 4/4 horas por 14 a 21 dias. É um Bloqueador de canal de cálcio que, em teoria, preveniria o vasoespasmo, que é dependente de influxo de Ca++ Complicações Ressangramento (1º ao 7º dia) prevenção com intervenção neurocx precoce Vasoespasmo (3º ao 14º dia) acompanhar diariamente com doppler transcraniano. Se necessário, induzir hipertensão (não há consenso de alvo) com hiper-hidratação Hidrocefalia bloqueio da drenagem liquórica. Tto com DVE Hiponatremia tanto pela SIADH como peloaumento de BNP Cefaléias Crônicas Primárias: tensional (+ comum); enxaqueca (+ comum na pra prova); em salvas. Secundárias: HIC Benigna; arterite temporal; neuralgia do trigêmeo (tto com carbamazepina – lembrar da mãe da Tânia) Diagnóstico das Cefaléias em geral: Anamnese TC/RNM apenas se sinais de alarme: > 50 anos sem hx de cefaleia; ThunderClap (HSA); progressiva (em frequência, intensidade e refratariedade); mudança da característica; alterações neurológicas; sinais de infecção; neoplasia (meta?) ou HIV (neurocriptococose, linfoma, neurotoxo) +; recorrente em crianças < 6 anos. Características/Cefaléia Tensional Enxaqueca Em salvas (Cluster) Hemicrânia Paroxística Crônica Epidemiologia Mulheres Mulher; HMF +; 25 a 45 anos Homens Mulher (7:1) Tipo Opressiva Pulsátil com Foto/fonofobia Pulsátil e opressiva 5 a 40 crises diárias Localização Bilateral (em faixa/capacete) Unilateral (pdoe ser bi) e piora com movimento Fronto-orbitária Intensidade Leve a Moderada Moderada a grave; impeditiva Muito grave; acorda o paciente Duração Horas; mas pode durar dias < 6 horas (entre 4 a 72 horas) 15 a 180 minutos por dias e desaparecem por semanas Desencadeantes Stress Jejum, vinho, TPM Álcool Pródomos Nenhum AURA** (escotomas centrais ou cintiliantes; parestesias de MM e periorais) Nenhum Sintomas Associados Nenhum Nâusea e vômitos Lacrimejamento, edema orbitário, ptose palpebral, congestão basal Tratamento na Aguda Analgésico*, Miorrelaxante, AINE Analgésico + Triptano + Antiemético Oxigênio com a pessoa sentada e Triptano SC Não existe; usar morfina para "dopar" a paciente Profilaxia Amitriptilina 10 mg ao deitar se 15 ou > por mês Propanolol (lipossolúvel); AMT; Topiramato ou Valproato Verapamil. Ou: Valproato, Lítio, Predsim Indometacina *Não usar associados (neosaldina, p. ex) na cefaléia crônica; pode causar efeito rebote **Para prova: 1) enxaqueca hemiplégica familiar; 2) Enxaqueca Basilar (Beckentaff) --> amaorse, diplopia, disartria, vertigem, hipoacusia Hipertensão Intra-Craniana Benigna (“Pseudo-tumor Cerebral”) Mulher, de 20 a 40 anos, tabagista e obesa Dx: diminuição da acuidade visual, papiledema, TC/RNM normais, raquimanometria > 20-25 mmHg Tto: maioria some em 6 meses 1) Acetazolamida (99% de sucesso) 2) PL de alívio resolve 99% dos pctes 3) DVP Convulsões e Epilepsia Conceitos: 5 anos sem crise: tentar retirar medicacao Quem tem 1 tipo de crise pode ter qualquer outro Crise convulsive: olhos abertos semicerrados; prolactina sobre (dosar na dúvida) 60% das crises ocorrem perto ou durante o sono Convulsão Febril Aparecimento do 3 a 6 meses até de 5 a 6 anos Se primeiro episódio com menos de 1 ano, 65% recorrem; HMF + também aumenta a recorrencia EEG em período intercríticos normal Existe uma relacao mais significativa com a velocidade da variacao da temperature (tanto para baixo quanto para cima) do que com o nível de hipertermia em si Conduta: 1) Está convulsionando: diazepam 10mg e, depois, avaliar e tartar febre 2) Nào está mais convulsionando: navaliar a causa e tartar 3) Puncao Lombar se paciente < 12 meses, principalmente se calendario vacinal incomplete Epilepsia Benigna da Infancia (Pontos Centrotemporais; Epilepsia Rolandica) Mais comum em meninos entre 2 e 14 anos (pico é entre 7 e 10 anos) e com HMF + Fisiopatologia: decorre de uma alteracao cortical reversível; na verdade, há uma imaturacao relative de certas partes do cortex, o que desencadeia as crises. Tende a desaparecer com a maturacao. Dx: anamneses “branca” e EEG com ondas agudas centrotemporais Tto: Carbamazepina. Iniciar só após a segunda crise, pois até 75% dos pacientes apresentam apenas 1 episódio. Síndrome de West Hipsarritmia bilateral, com ondas lentas e alta voltage, multifoccais no EEG Retardo Mental + Espasmo Infantil Tto com ACTH ou Vigabatrina Síndrome de Lennox-Gastaut Espículas-ondas < 2,5Hz no EEG Retardo mental Decorre de Encefalopatia Hipóxico-Isquemica Investigacao da Epilepsia Anamnese bem feita EEG RNM – se for adulto, RNM vem antes do EEG Classificacao Focais Generalizadas Focal Com Consciencia (antiga parcial simples) Paciente mantém a conscienia As alteracoes podem ser tanto motoras quanto sensoriais Paralisia pós-abalo Paralisia de Todd Focal Sem Consciencia (antiga parcial complexa) Paciente apresenta alteracao de consciencia Pode se apresentar com automatismo e/ou Perseveracao (ecolalia, p. ex.) Pode se apresentar com alteracoes psíquicas (ataques de furia) Confusao e desorientacao pós-ictal Focal Com Generalizacao Secundária Auto-explicativo 2.1) Ausência Crises multiplas e curtas de inconsciencia Paciente volta da crise orientado, sem se dar conta dela inclusive EEG: espicula-onda 3 Hz 2.2) Tonico-Clonicas A classica Sem focalizacao e sem consciencia 2.3) Mioclonicas Voce sempre tem antes de dormer A crianca desastrada, que tudo derruba O pcte do House no S01E02 Pode ou nao ter alteracao de consciencia 2.4) Tonicas e 2.5) Clonicas Podem ou não ter alteracao de consciência 2.6) Atonicas Pode ou nao ter alteracao de consciencia Desencadeada por sustos Tratamento *Na dúvida, VALPROATO Tipo Primeira Droga Segunda Droga Terceira Droga Focal Com Consciencia Valproato Lamotrigina* Focal Sem Consciencia Carbamazepnia Valproato Lamotrigina Ausencia (Não usar CMZ) Etossuxinida Valproato Lamotrigina Tonico Clonica Generalizada Valproato *A Isadora usa para a epilepsia abdominal dela Estado de Mal Epileptico Ou > 30 minutos ou > 5 minutos sendo tratada Primeira conduta: ABC (ar, breathing e acesso) Diazepam (ate 3x) Fenitoina em bolus fenitoina continua fenobarbital (Chegou ao Status refratario) IOT Tiopental ou Midazolam (dormonid) ou Propofol AULA 2 – NEUROLOGIA PARA O CLÍNICO Síndrome de Guillain-Barré (Polirradiculoneuropatia Aguda) *Em neuro, Poli = Simétrico Doença auto-imune em que ocorre a desmielinização das raízes dos nervos periféricos História de infecção precede 75% dos pacientes (Campylobacter jejuni - GECA) Clínica: lombalgia, plegia/paresia, arreflexia, flacidez – acometimento simétrico e ascendente. Como é um quadro agudo, NÃO há atrofia significativa Dx: dissociação proteína-citologia no líquor Tto: plasmaférese ou imunoglobulina (na prova, se ambas alternativas, preferir a imunoglobulina, por não ser um procedimento invasivo). As duas terapêuticas diminuem o tempo de doença. Corticóide não traz benefício!! Esclerose Múltipla Como toda boa doença auto-imune, prefere mulheres entre 20-40 anos Ocorre desmielinização da substância branca do SN Central Clínica 1) Neurite Óptica (lembrar da entrevista da page do Drauzio Varella) 2) Sd do 1º Neurônio Motor 3) Sintomas sentivos 4) Outros: sinais medulares, cerebelares, de TE, incontinência urinária, nauralgia do trigêmeo (se desencadeada em jovem, pensar imediatamente em EM). Fenômeno de Uhthoff (piora dos sintomas com aumento da temperatura corpórea – atividade física, banho quente, sauna, febre); Sinal de Lhermitte (sensação de choque descendente com a flexão do pescoço; decorre da lesão nas colunas dorsais da medula espinhal, ocorrendo tbm na mielite transversa, na mielite actínica, na doença de Behçet, na artrose cervical) Dx: Pela clínica – EM é uma doença disseminada no tempo e na anatomia A forma mais comum é a recidivante-intermitente Líquor Bandas oligoclonais de IgG e aumento do IgG no líquor RNM Múltplas placas desmielinizantes Dedos de Dalson periventriculares Neurite Óptica Tto Surto corticóide Manutenção interferon B, glatiramer, Vit D?? Esclerose Lateral Amiotrófica (Lou Gehrig’s Disease) *Aqui, obviamente, lembrar do Stephen Hawking Lesão degenerativa do 1º e 2º neurônios motores Clínica: fraqueza + Hiperreflexia e Babinski (1º Neurônio) Amiotrofiae Miofasciculações (2º Neurônio) Não tem alteração cognitiva e sensitiva Prognóstico: sobrevida de 3 a 5 anos Dx de exclusão Tto: Riluzol – aumenta a sobrevida – e suporte (fisioterapia, fonoaudiologia) Parkinson Sistema Extra-piramidal – resumex: O Neoestriado (principal gânglio da base) inibe o córtex motor Os neurônios do neoestriado são GABAérgicos (ação inibitória) A Substância Negra envia neurônios dopaminérgicos para o Neoestriado, inibindo-o (logo, a substância negra, ao inibir o inibitório, ativa o córtex motor) O Neoestriado, ainda, tem interneurônios colinérgicos que ativam os GABAérgicos (ou seja, inibem o córtex motor) Fisiopatologia Existe uma diminuição da Dopamina (seja pela Doença de Parkinson, seja por medicamento, seja por isquemia, seja pelo que seja), com aumento relativo da acetilcolina consequente inibição do córtex pré-motor. Por isso,o Parkinson é uma doena hipocinética (pela inibição do córtex pré-motor) e hipertônica. *Na Huntington’s Disease é o contrário – a degeneração aqui é GABAérgica. Então, teremos um córtex pré-motor desinibido, ou seja, uma enfermidade hipercinética (as coreias bizarras) e hipotônica. Clínica *Sinais prévios da doença: micrografia, hipo/anosmia, Distúrbio Comportamental do Sono REM (pernas inquietas e outras) Tremor de Repouso (assimétrico) Bradicinesia Rigidez em Roda Denteada (rigidez plástica) Instabiliade Postural *Marcha em pequenos passos, com o corpo inclinado para frente, tremor de extremidades “contando dinheiro” Tratamento Drogas que aumentam a dopamina Levodopa (precursor da dopamina - funciona apenas na Doença de Parlinson, não em outros Parkinsionismos) Selegilina/Rasagilina (neuroprotetores) Talcapone/Entacapone Amantadina (antiviral) Pramipexol (agonista dopaminérgico) Drogas que diminuem a acetilcolina *Como a acetilcolina é o neurotransmissor da cognição, ele – num primeiro momento – é contraindicado para pctes > 65 anos pelo risco de demência. Biperiden (tto da Sd Extra-piramidal) Triexifenidil Demência Perda da funções cognitivas Amnésia anterógrada (recente) Agnosia (reconhecimento das coisas e pessoas) Apraxia (perda da destreza) Raciocínio e julgamento retardados Linguagem (disfasia) Rastreamento – Mini Mental Analfabeto + se < 19 pontos Alfabetizado + se < 23 pontos Causas: Reversíveis Metabólicas: renal, hepática, hipotireoidismo, B12, hiperparatireoidismo Infecciosa: VDRL, HIV Estruturais: hematoma subdural crônico, tumor Não reversíveis Alzheimer, vascular, Lewy, Pick, Priônica Alzheimer - Causa mais comum de demência Fisiopatologia – de uma maneira extremamente simples Acúmulo de proteína tau e placas amilóides levam À diminuição da acetilcolina e atrofia cortical Fatores de Risco Idade > 60 anos e HMF + Genético (apoE E4) Estilo de vida, escolaridade, mulheres Sd de Down Clínica Sd Demencial inicia-se com perda de memória Exame neurológico normal no início da doença Dx Clínica e de exclusão *Na neuroimagem, atrofia cortical (hipocampo) + hidrocefalia compensatória Tto Anticolinesterásicos centrais Donepezil Rivastigmina Galatamina Antagonista do Receptor do Glutamato Mementina Outras demências Vascular progressão em degraus, com exame neurológico alterado Hakim-Adams hidrocefalia de Pressão Normal: demência + ataxia da marcha + incontinência urinária. Tto com DVP (reversão se precoce) PICK demência fronto-temporal + ou – Parkinsonismo < 65 anos e HMF + Alteração do comportamento seguida de demência LEWY demência + parkinsonismo + alucinação visual (tbm pode ser precidido por Distúrbio Comportamental do Sono REM) Piora com Levodopa Tto com Rivastigmina Crudzfeld-Jacob doença priônica demência + parkinsonismo + mioclonia Progressão rapidíssima, com sobrevida de 1 ano
Compartilhar