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TIPOS DE PRECIPITAÇÕES E MEDIDORES

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TIPOS DE PRECIPITAÇÕES E MEDIDORES
Alan Kardec de Sousa Junior, Ernando Henrique de Sousa Paz, Filipe José de Sousa, 
Tiago Sousa do Nascimento, Wesley Deam Pereira de Sousa.
Hidrologia – Drª. Izabel Lima
CETRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU – TERESINA, 2019.
RESUMO
O estudo tem como principal objetivo apresentar os tipos de precipitações e seus principais medidores para que proporcionem um melhor entendimento do seu comportamento, a fim de mostrar conceitos que representem a importância do estudo das precipitações para a avaliação dos fenômenos hídricos de uma região. Para isso, foram descritos os tipos de precipitações (convectivas, orográficas e frontal), suas características e os principais medidores. Sendo possível a partir de informações e dados disponíveis em livros-texto. Portanto, a diversidade de objetivos para a utilização e o domínio da água, com interesses frequentemente antagônicos, e a complexidade das obras e medidas necessárias para atingi-los, obrigam a um planeamento e gestão da água em termos globais e racionais.
Palavras-chave: precipitações, tipos, medidores.
1. INTRODUÇÃO
A precipitação é entendida como qualquer forma de água proveniente da atmosfera que atinge a superfície terrestre, como, por exemplo, neve, granizo, chuva, orvalho, geada, etc. O que diferencia as várias formas de precipitação é o estado em que a água se encontra.
Com isso, o seu estudo tem total importância para a hidrologia uma vez que garanti a continuidade do ciclo hidrológico na medida que constitui a “entrada” da água na bacia hidrográfica.
2. PRECIPITAÇÕES
2.1. Tipos de Precipitação
- Convectivas: a ascensão do ar úmido e quente decorrente de uma elevação excessiva de temperatura, ou seja, devido a diferença de temperatura das camadas próximas a atmosfera. Como o ar quente é menos denso, ocorre uma brusca ascensão desse ar que, ao subir, sofre um resfriamento rápido, gerando precipitações intensas com pequena duração, cobrindo pequenas áreas; ocorrem com frequência em regiões equatoriais.
Figura 1. Chuva convectiva.
Fonte: Ribeiro (2011, apud Oliveira, 2016, p.69)
- Orográficas: a ascensão do ar quente e úmido, proveniente do oceano, ocorre devido a obstáculos orográficos, como montanhas e serras. Ao subir, ocorre o resfriamento e em seguida a precipitação. São caracterizadas por serem de pequena intensidade, mas longa duração, cobrindo pequenas áreas; como as montanhas constituem um obstáculo à passagem do ar úmido (com “potencial” para formar precipitação), normalmente existem áreas no lado oposto caracterizadas por baixos índices de precipitação, sendo chamadas de “sombras pluviométricas”;
Figura 2. Chuva Orográfica.
Fonte: Carvalho e Silva (2006, p. 36)
- Frontais: neste tipo de precipitação, a ascensão do ar decorre do “encontro” entre massas de ar frias e quentes; como resultado, o ar mais quente e úmido sofre ascensão, resfria-se e ocorre a precipitação, caracterizada por longa duração e intensidade média, cobrindo grandes áreas.
Figura 3. Chuva frontal
Fonte: Ribeiro (2011, apud Oliveira, 2016, p.70)
2.2. Caracterização da precipitação
Uma precipitação, no caso chuva, é caracterizada pelas seguintes grandezas:
- altura pluviométrica (P): representa a espessura média da lâmina de água precipitada, sendo geralmente adotada como unidade o milímetro (mm); significa a espessura da lâmina de água que recobriria toda a região, supondo-se que não houvesse infiltração, evaporação nem escoamento para fora da região; 
- duração (t): representa o período de tempo durante o qual ocorreu a precipitação; geralmente se utilizam horas (h) ou minutos (min) como unidade; 
- intensidade (i): fazendo-se a relação da lâmina de água precipitada com o intervalo de tempo transcorrido, obtém-se a intensidade dessa precipitação, geralmente em mm/h ou mm/min; assim i = P/t;
- tempo de recorrência (Tr): representa o número médio de anos durante o qual se espera que uma determinada precipitação seja igualada ou superada; por exemplo, ao se dizer que o tempo de recorrência de uma precipitação é de 10 anos, tem-se que, em média, deve-se esperar 10 anos para que tal precipitação seja igualada ou superada.
2.3. Medição da precipitação
Os instrumentos usuais de medição da precipitação são o pluviômetro e o pluviógrafo, descritos sucintamente a seguir. O pluviômetro é constituído por um recipiente metálico dotado de funil com anel receptor (Figura 4), geralmente com uma proveta graduada para leitura direta da lâmina de água precipitada. Esse instrumento armazena a água da chuva e, fazendo-se a leitura da proveta, tem-se a lâmina precipitada. Normalmente, a leitura é feita diariamente, por uma pessoa encarregada (operador) – geralmente, um morador da região, cujo acesso diário ao equipamento seja fácil, e que recebe orientação do órgão/empresa responsável pelo monitoramento.
Figura 4. Pluviômetro.
Fonte: OLIVEIRA (p. 67, 2016).
Assim, o pluviômetro indica a precipitação ocorrida nas últimas 24 horas, desde a última leitura, a qual é anotada pelo operador em uma caderneta diariamente.
O outro instrumento utilizado para registrar a precipitação, o pluviógrafo, difere do pluviômetro basicamente por possuir um mecanismo de registro automático da precipitação, gerando informações mais discretizadas no tempo, isto é, informações em intervalos de tempo menores. Os equipamentos mais antigos utilizam um braço mecânico para traçado de um gráfico em papel graduado com os valores precipitados. Os pluviógrafos mais modernos armazenam tais informações em meio magnético (Figura 5) ou enviam em tempo real por sistema de transmissão remoto de dados.
Figura 5. Pluviográfo com registro em meio magnético.
Fonte: Hobeco (2003, apud Paz, 2004, p.33).
Para acionamento do mecanismo de registro, seja em papel ou em meio magnético, há dois tipos principais de sensores: cubas basculantes, cujo enchimento e vertimento aciona o registro; reservatório equipado com sifão, sendo a variação do nível no reservatório a responsável pelo acionamento do registro.
Dessa forma, o pluviógrafo permite ter informações mais detalhadas ao longo do tempo, além de uma maior precisão também. Outra grande vantagem é não necessitar da visita diária do operador, cuja visita fica restrita à troca de papel ou para descarregar os dados em um computador portátil. Em tais casos, o operador já passa a ser alguém com conhecimento mais especializado, geralmente um técnico.
3. CONCLUSÃO
Portanto entende-se que a precipitação está dividida em três tipos de chuvas: orográficas, frontais e convectivas, e que os principais medidores são os pluviômetros e os pluviógrafos, cujos dados obtidos são de extrema importância para uma avaliação dos fenômenos hídricos de uma região, assim contribuindo para um planejamento que contornem problemas que podem ser previstos com essas análises, como secas, enchentes, etc.
4. REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, Diego Barreto de (org.). Hidrologia. São Paulo: Pearson, 2016. 138 p.
CARVALHO, Daniel Fonseca; SILVA, Leonardo Duarte Batista. PRECIPITAÇÃO. In: Apostilha de Hidrologia. 1. ed. Rio de Janeiro: UFRJ, 2006. cap. 4, p.33-59.
PAZ, Adriano Rolim. Hidrologia Aplicada. Rio Grande do Sul: UERGS, 2004. P. 138.
� Estudantes de Graduação 5º semestre do Curso de Engenharia Civil: kardeca@gmail.com, erndhenrique666@gmail.com, fj.sousa1998@gmail.com, tiagocncn@gmail.com, wesleysousa421@gmail.com.
� Orientador do trabalho. Professora do Curso Engenharia Civil. izabellimauninassau@gmail.com

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