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Importância do Enfermeiro na Amamentação

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DESMAME PRECOCE E A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇAO DO ENFERMEIRO NA AMAMENTAÇÃO
Fernanda Batista dos Santos 1; Ivonete de Almeida Brandão 1; Karen Rubia 2
1 Discente do Curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera; E-mail: fernandas2juliano@gmail.com; nety_brandao@hotmail.com
2 Titulação Docente do curso de Enfermagem da Faculdade; E-mail: karemrubia1@hotmail.com
RESUMO
A interrupção da amamentação antes do sexto mês de vida é considerado desmame precoce e embora todos saibam dos grandes benefícios oferecidos pelo leite materno essa prática vem sendo interrompida ainda nos primeiros dias de vida do RN. Esse artigo e uma revisão bibliográfica, que utilizou a plataforma Google Acadêmico, com o objetivo de demonstrar as causas mais comuns do desmame precoce e a importância do Enfermeiro na abordagem do tema amamentação ainda no pré-natal, sendo um fator importantíssimo para o sucesso da prática.
Palavras-chave: Aleitamento Materno. Desmame Precoce. Sucesso na Amamentação.
INTRODUÇÃO
A amamentação salva muitas crianças por ano, promovendo e prevenindo contra as infecções, além de ser importante sob o ponto de vista nutricional. A educação e o preparo das mulheres para a lactação durante o período pré-natal comprovadamente contribuem para o sucesso da amamentação (1).
Além de reduzir em 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos, a amamentação materna também reduz casos de diarreia, infecções respiratórias, hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade (OMS). 
Porém, existem inúmeros fatores envolvidos na dificuldade em amamentar ou na interrupção precoce da amamentação. Supõe-se que uma das justificativas para essa realidade seja a falta de orientação prévia ao parto e o fato dos profissionais de saúde muitas vezes não estarem próximos, vivenciando momentos de dificuldade da mulher no processo de lactação. No Brasil, 67,7% das crianças mamam na primeira hora de vida e a duração média 
do aleitamento exclusivo é de 54 dias (OMS). Entre as principais dificuldades para a amamentação exclusiva, atualmente, estão o posicionamento incorreto, insegurança quanto à quantidade de leite produzido, leite fraco, trauma mamilar, introdução de chupetas e mamadeiras, falta de apoio da família e retorno ao trabalho.
É importante que o enfermeiro tenha ciência dessas dificuldades para que possa intervir, como por exemplo orientando a mão sobre a forma correta da pega no ato da sucção evitando assim o trauma mamilar. Em relação ao relato de leite fraco, surge como um mito, levando em consideração o desconhecimento das mães sobre o fator nutricional do leite materno e de relacionarem o choro do bebê a falta do alimento.
Nesse sentido, esta pesquisa justifica-se pela importância de garantir as mães a prática do enfermeiro relacionado ao aleitamento materno. Teve como objetivo compreender a influência da assistência de enfermagem e analisar como os enfermeiros promovem, incentivam e apoiam o aleitamento materno.
__________________________________
1 Luciana Olga Bercini Enfermeira. Doutora em Ciências Ambientais. Professora do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UEM/Brasil. E-mail: lobercini@uem.br
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura com pesquisas relativas ao escopo deste artigo; possibilitando a busca, a avaliação crítica e a síntese do estado do conhecimento. Foram excluídos artigos de revisão e artigos on-line não disponíveis na íntegra. Desta forma, respeitando as normas de exclusão, a amostra final foi composta por 10 artigos. As pesquisas foram realizadas através do Google Acadêmico. 
A análise dos dados ocorreu de forma organizada e crítica, à medida que se realizou leitura aprofundada dos conteúdos, buscando esclarecimentos a respeito do tema e propondo problematizações.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Segundo estudo realizado em 10 artigos observou-se que as orientações no pré-natal elevam significativamente os índices de amamentação e os autores sugerem estratégias para que essas orientações sejam implementadas. Entre essas estratégias são destacadas a formação de grupos de gestantes, aconselhamento individual, palestras com utilização de vídeos e cartilhas, visitas domiciliares e assim planejar intervenções que promovam e facilitem o aleitamento materno exclusivo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até o bebê completar seis meses. Seguindo essa recomendação, o artigo 396 da CLT garante que as mães que voltarem ao trabalho antes de o bebê completar seis meses têm o direito a dois intervalos, de meia hora cada, durante a jornada de trabalho, especificamente para a amamentação.
O artigo 9º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que o poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas à medida privativa de liberdade.
Entretanto, não obstante o incentivo à amamentação e a sua comprovada importância, o desmame precoce é uma realidade ainda predominante. Supõe-se que uma das justificativas para essa realidade seja o fato de os profissionais de saúde terem atitudes e discursos favoráveis ao ato de amamentar, mas muitas vezes não estão próximos, vivenciando os momentos de insucesso da mulher no processo de lactação. O enfermeiro é o profissional que deve ser capaz de identificar e oportunizar momentos educativos, facilitando a amamentação, o diagnóstico e o tratamento adequados, considerando ser ele capacitado em aleitamento materno, e que poderá atuar junto à população, não somente prestando assistência, mas também na promoção e educação continuada, de forma efetiva (AMORIM; ANDRADE, 2009).
A importância do profissional de enfermagem é indiscutível, não apenas para diminuir os altos índices de desmame, mas, sobretudo tornar este ato uma experiência saudável e prazerosa. Os resultados obtidos mostraram que o tempo de amamentação está bem abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde, sendo comprovada a necessidade de conscientização dos profissionais em preparar as mães durante o pré-natal e priorizar a assistência no puerpério imediato. Enfim, prestar assistência qualificada à mãe no puerpério imediato, considerando esta ser uma medida de extrema importância para o aumento dos índices de aleitamento materno infantil (ADAMS; RODRIGUES, 2010). 
Apesar dos relatos apresentados nesse artigo terem grande influência no desmame precoce, não devem ser conclusivos durante a avaliação do enfermeiro, pois a personalidade materna, suas emoções, ambiente familiar, influência socioculturais, entre outros pode interferir negativamente no processo de amamentação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que o aleitamento materno é considerado a nutrição ideal para todos os bebês, sendo indiscutível sua importância para a saúde da criança, uma vez que oferece proteção imunológica. E devido as dificuldades que as mães enfrentam em amamentar se faz necessário que a assistência de enfermagem comece ainda no pré-natal e que aconteça no puerpério imediato, para o sucesso do processo de amamentação. A partir dessa pesquisa, nos foi possível compreender a necessidade do enfermeiro na prática da amamentação no puerpério imediato; sabendo que este momento é decisivo para o sucesso da amamentação, pois é quando as mães enfrentam as maiores dificuldades com o aleitamento materno, a adaptação da mãe ao recém-nascido e vice-versa, os cuidados em geral, etc.
Frente ao exposto, esta pesquisa evidencia que a assistência de enfermagem prestada às mães que estão no processo de aleitamento materno ainda é insuficiente para garantir uma prática adequada de amamentação, como preconiza o Ministério da Saúde. 
REFERÊNCIAS
BATISTA, K.R.A; FARIAS, M. C. A. D; MELO, W. S. N. Influência da assistência de enfermagem na prática da amamentação no puerpério imediato. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 37, n. 96, p. 130-138, JAN/MAR 2013.
DEMITTO, M.O; SILVA, T.C; PÁSCHOA, A.R.Z; MATHIAS, T.A.F; BERCINI, L.O. Orientações sobre amamentação na assistênciapré-natal: uma revisão integrativa. Rev. Rene, vol. 11, p. 223-229 Número Especial, 2010. 
MINISTÉRIO PÚBLICO DO PARANÁ. CNJ SERVIÇO - Conheça os direitos da gestante e lactante. Disponível em : www.crianca.mppr.mp.br/2016/04/12397.37. Acesso em 26/04/2019 às 20:40hs. 
MINISTERIO DA SAUDE. Ministério da Saúde lança Campanha de Amamentação. Disponível em; http://portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/43891-ministerio-da-saude-lanca-nova-campanha-de-amamentacao. Acesso em 26/04/2019 às 20:20hs.
ROCCI Eliana, FERNANDES Rosa Aurea Quintilha, Dificuldades no aleitamento materno e influência no desmame precoce, Revista Brasileira Enfermagem, 2014, n67 online em www.radalya.org/articulo,oa?id=267030130003, acessado em 05/04/2019 às 12:38hs.
ALMEIDA Nilza Alves Marques; FERNANDES Aline Garcia; ARAUJO Cleide Gomes, Aleitamento Materno: Uma abordagem sobre o papel do enfermeiro no pós-parto, 2004.
ANTUNES, Leonardo Santos; ANTUNES, Lívia Azeredo Alves; CORVINO, Marcos Paulo Fonseca: MAIA, Lucianne Cople Fonseca; Amamentação natural como fonte de prevenção em saúde, 2007.
 Galvão, G; Pereira, D.P. Amamentação bem sucedida: alguns fatores determinantes Referência - Revista de Enfermagem, vol. II, p. 96, núm. 2, junho, 2006.
Sousa, A.M; Fracolli, L,A; Zoboli, E,L,C,P. Práticas familiares relacionadas à manutenção da amamentação: revisão da literatura e metassíntese, São Paulo, Scielo Saúde Pública, versão revisada em 26 de junho de 2013
RAMOS, Carmem V.; ALMEIDA, João A.G. Alegações maternas para o desmame: Estudo qualitativo, 2003.

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