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1 INTERFACE ENTRE O DESMAME PRECOCE E A ENFERMAGEM Angelica de Oliveira Porto1, Bárbara Silvestre de Lacerda Vicente1, Daiara Trindade dos Santos1, Gessica Pereira de Oliveira1, Thamiris Dutra Godinho1, Bianca Lacchine Paula2 RESUMO A amamentação é o modo mais prático, seguro e econônico de alimentar uma criança, criando uma base biológica e emocional entre mãe e filho, porém, apesar das vantagens do aleitamento, diversos fatores têm contribuído para a redução do aleitamento materno. Diante da importância de orientação e do manejo da amamentação, é de grande importância a enfermagem acompanhar as puérperas focando os benefícios do aleitamento materno e prevenindo problemas que possam surgir durante a amamentação. Objetiva-se então analisar a interface entre o desmame precoce e a enfermagem, investigando o porquê do desmame precoce apesar das campanhas de incentivo ao aleitamento materno terem crescido tanto nos últimos anos.Trata-se de uma revisão bibliográfica onde foram analisados artigos publicados de 2013 a 2018, indexados nas bases de dados: Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Base de dados de enfermagem (BDENF). Após análise dos dados chegou-se a conclusão que o enfermeiro deve dar apoio e informações necessárias para as puérperas e direcionar práticas que minimizem as dificuldades na amamentação como forma de impedir o desmame precoce. PALAVRAS-CHAVES: Desmame. Aleitamento. Enfermagem. ABSTRACT Breastfeeding is the most practical, safe and economical way to feed a child, creating a biological and emotional basis between mother and child, but despite the advantages of breastfeeding, several factors have contributed to the reduction of breastfeeding. Given the importance of breastfeeding orientation and management, it 1 Discentes do Curso de Enfermagem na Faculdade Brasileira – MULTIVIX Vitória. 2 Docente do Curso de Enfermagem na Faculdade Brasileira – MULTIVIX Vitória. 2 is of great importance for nursing to follow the puerperas, focusing on the benefits of breastfeeding and preventing problems that may arise during breastfeeding. The objective is to analyze the interface between early weaning and nursing, investigating the reason for early weaning, despite the fact that campaigns to encourage breastfeeding have grown so much in recent years. This is a bibliographical review where articles published in 2013 were analyzed to 2018, indexed in the databases: Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS) and Nursing Database (BDENF). After analyzing the data, it was concluded that the nurse should provide support and information necessary for the puerperas and address practices that minimize the difficulties in breastfeeding as a way to prevent early weaning. KEY WORDS: Weaning. Breastfeeding. Nursing. 1 INTRODUÇÃO O aleitamento materno é considerado um dos esteios fundamentais para a promoção e proteção de saúde nas crianças do mundo inteiro e constitui em uma das questões mais importantes para a saúde humana, principalmente nos primeiros seis meses de vida (VILLAÇA; FERREIRA; WEBER, 2015). De acordo com Costa et al. (2017), o leite materno é um alimento vivo, completo e natural, adequado para todos os recém-nascidos. Em conformidade, Rocha et al. (2016) ressaltam que leite materno é a melhor forma de nutrição para os lactentes, devido às suas propriedades nutricionais e protetoras. Nas últimas décadas consagrou-se a importância do aleitamento materno como o meio para o crescimento e o desenvolvimento saudáveis das crianças. Pinho (2014) destaca que é incontestável a superioridade do leite materno sobre o artificial. E esta superioridade do leite materno como alimento de proteção contra enfermidades, faz com que médicos e enfermeiros do mundo inteiro o aconselhem (MAIA, 2017). As vantagens do leite materno, principalmente quanto a sua adequação às necessidades nutricionais do lactante e seus benefícios em relação à sobrevivência, desenvolvimento e à qualidade de vida infantil, fazem da promoção do aleitamento materno uma das estratégias essenciais para e melhoria da saúde das crianças (MACHADO et al., 2012). 3 De acordo com Mendes (2017), são inúmeras as vantagens do Aleitamento Materno especialmente do ponto de vista nutritivo e imunológico, e mais ainda o valor psicológico é imensurável. A amamentação estabelece uma ligação mais íntima entre mãe e filho, satisfazendo as necessidades emocionais de ambos, oferecendo ao bebê uma maior garantia de equilíbrio interno. Portanto, o Aleitamento Materno confere segurança emocional e estreita o vínculo entre mãe e filho (MENDES, 2017). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o aleitamento materno deve ser exclusivo até os seis meses de vida e parcial até os dois anos de idade, promovendo vantagens para a mãe e a criança, ao proporcionar vínculo, uma nutrição superior, rica em nutrientes, além de outros benefícios (BRASIL, 2015). Todavia, a prevalência de aleitamento materno exclusivo ainda é baixa, como pode ser observado em uma pesquisa realizada nas capitais brasileiras e Distrito Federal, em 2008, na qual se detectou que o índice de aleitamento materno exclusivo em menores de seis meses foi de 41%, a duração mediana do aleitamento materno exclusivo foi de 1,8 meses e a duração mediana do aleitamento materno foi de 341,6 dias (VENANCIO et al., 2010, apud BARBIERI et al., 2015). O processo de amamentar, embora pareça simplesmente fisiológico e mecânico, requer um conjunto de ações que fortaleça o vínculo afetivo entre mãe e filho (BRASIL, 2015). Pensando nisso é necessário que a amamentação seja um hábito cultural e, portanto, torna-se fundamental informar e sensibilizar a todos (ALMEIDA; LUZ; UED, 2015). Diante disso fica claro que a assistência de enfermagem à prática do incentivo ao aleitamento é considerada fator fundamental para a promoção de saúde materno- infantil (BRASIL, 2015). Como afirmam Ferreira et al. (2016) que sintetizam que a assistência de enfermagem deve ser prestada com orientações acerca de como realizar a amamentação com técnica adequada, posição e pega correta, por exemplo. Do mesmo modo Mesquita et al. (2016) expressam que o enfermeiro exerce um papel fundamental no que concerne ao aconselhamento das futuras mamães, sendo um meio importante para aumentar o índice das mães que amamentam. Corroborando com os autores citados, Cunha e Siqueira (2016, apud MENDES, 2017) ressaltam que o enfermeiro é o profissional que mais intimamente se relaciona 4 com a mulher durante esse período puerperal e tem importante papel nos programas educativos em saúde no decorrer do pré-natal, devendo conscientizar a gestante para o aleitamento evitando assim dúvidas, dificuldades e possíveis complicações. Assim sendo, o Ministério da Saúde preconiza que os profissionais de saúde devem estar preparados para acompanhar o processo da amamentação e, também, precisam ter competência para se comunicar com eficiência. A promoção da amamentação na gestação, comprovadamente, tem impacto positivo nas prevalências de aleitamento materno (BRASIL, 2015). Diante do exposto, o objetivo deste estudo é analisar a interface entre o desmame precoce e a enfermagem, investigando o porquê do desmame precoce apesar das campanhas de incentivo ao aleitamento materno terem crescido tanto nos últimos anos. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 A IMPORTÂNCIA DO LEITE MATERNO A sobrevivência do ser humano sempre esteve vinculada à forma como as mulheres alimentaram e cuidaram de seus filhos, principalmente com relação à amamentação, sendo esta uma das condições para a sua sobrevivência (GOMES et al., 2016). Os primeiros anos de vida da criança são decisivos para o desenvolvimento de uma boa saúde e o aleitamentomaterno é uma das formas de atender as suas necessidades (BRASIL, 2015). Desde a década de 1980, muitas ações e políticas públicas vêm sendo desenvolvidas para estimular a prática do aleitamento materno. No Brasil, este processo se iniciou em março de 1981 através da implementação do Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno, criado pelo Ministério da Saúde em parceria com o UNICEF que, desde então, proporciona diversas iniciativas. Como exemplo podemos citar a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), criada em 1991, que tem o objetivo de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno, consistindo na mobilização de profissionais de saúde para mudanças em rotinas e condutas, responsáveis pelos elevados índices de desmame precoce (BRASIL, 2011). 5 Em conformidade, o Ministério da Saúde ressalta que o ser humano tem a capacidade de alimentar seu filho com seu próprio leite e exclusivamente durante seis meses, não existindo a necessidade de introduzir outros alimentos em sua alimentação, nem mesmo água (BRASIL, 2015). Neste período, o aleitamento beneficia o crescimento do bebê por oferecer um alto grau nutricional, onde todos os nutrientes que ele precisa estão no leite materno e são importantes para desenvolver a proteção do organismo através do sistema imunológico, consequentemente reduzindo os riscos de algumas doenças (GIUGLIANI, 2000). Também permite seu crescimento e desenvolvimento saudável, fortalecendo o vínculo afetivo entre mãe e filho, além de reduzir o índice de mortalidade infantil e gerar benefícios não só para as crianças, mas também para a nutriz, uma vez que, esta ação produz benefícios econômicos, diminui a ocorrência de alguns tipos de fraturas ósseas e morte por artrite reumatoide, além de câncer de ovários e mamas. Crianças amamentadas no peito são mais inteligentes, visto que o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento cognitivo (FERREIRA et al., 2016). Além do mais, é importante ressaltar que o colostro é o primeiro leite que tem muitos nutrientes que protegem a criança. Devido a estes pontos tão importantes, vários programas foram preconizados para estimular o incentivo ao aleitamento (LIMA et al., 2018). O leite materno é composto de 160 substâncias representadas por proteínas, gorduras, carboidratos e células, sendo o alimento imprescindível e essencial para o desenvolvimento do bebê, pois protege contra doenças alérgicas, diversos tipos de câncer, desnutrição, diabetes melittus, doenças digestivas, doenças cardiovasculares, obesidades, doenças do trono urinário, cáries, entre outras (DUPIN, 2011). Já de acordo com Marques, Costa e Priore (2011 apud BARBIERI et al., 2015), a amamentação tem ação importante para o lactente na proteção contra infecções, diarreia, doenças respiratórias, autoimunes, celíaca e de Crohn, linfomas, entre outras. É comprovado que as crianças que são amamentadas se tornam menos propensas a doenças, pois o leite materno é a alimentação perfeita para o bebê por ser altamente completo e, desta forma, contribuir para a saúde e o pleno desenvolvimento da criança. Diante disso, se a maioria dos bebês fosse alimentada 6 exclusivamente com leite materno, haveria uma redução significativa da mortalidade infantil (RODRIGUES, et al., 2017). Além disso, o leite materno contém substâncias chamadas anticorpos que protegem o bebê das infecções. Como já dito, a principal vantagem do leite materno está na composição dos seus nutrientes. A qualidade e a quantidade dos seus componentes são especialmente adequadas àquelas crianças para a qual foi feito. Isso quer dizer que a quantidade de proteínas, vitaminas e sais minerais que existem no leite estão ali na medida certa para preencher as necessidades do bebê. Além disso, o bebê digere melhor o leite materno, bem como absorve melhor seus nutrientes (BRASIL, 2015). Em conformidade, Costa et al. (2017) ressaltam que após estudos realizados em três continentes, pode-se concluir que crianças que não eram amamentadas até o segundo ano de vida tinham duas vezes mais chances de morrer de doenças infecciosas se comparadas com crianças que eram amamentadas até os dois anos. O aleitamento materno permanece como uma prática muito respeitada, vinculado com a redução nas taxas de natalidade, de mortalidade infantil e de desnutrição, bem como várias pesquisas que enaltecem os benefícios para a saúde dos indivíduos (ANDRADE FIALHO; MARTINS; ÁVILA, 2014). 2.2 FATORES QUE INFLUENCIAM O DESMAME PRECOCE É importante ressaltar que o aleitamento materno tem um significado de sobrevivência para o bebê, pelo fato não só de nutrição, pois o leite materno é o alimento ideal para desenvolvimento da criança nos primeiros seis meses de vida, mas também devido ao fato de que o ato de amamentar oferece a oportunidade de desenvolvimento do vínculo entre mãe e filho, que começa desde a gestação. Diante disso podemos destacar que um dos aspectos que precisa ser frisado é a importância de toda família nesta fase, pois o bebê e a mãe dependem de todo apoio e atenção de todos. E este apoio influencia diretamente no sucesso da amamentação e do aleitamento exclusivo (LIMA et al., 2018). Uma observação importante é que é notável que mesmo com as informações e surgimento de programas de saúde sobre o incentivo ao aleitamento materno, muitas mães não conseguem desenvolver essa prática com sucesso, enfrentando 7 grandes dificuldades para amamentar (GOMES et al., 2016). Tal fato é observado principalmente nas mães que tiveram seus primeiros filhos, chamadas de primíparas. O problema enfrentado por essas puérperas primíparas devem ser analisados para que sejam identificadas quais falhas ocorrem nesse processo, ou para que seja investigado outras razões que a amamentação exclusiva nos primeiros dias de vida torna-se tão difícil para muitas mães (GOMES et al., 2016). Quaisquer dificuldades encontradas no processo de amamentação são fatores que influenciam o desmame precoce. De acordo com Amaral et al. (2015) uma das principais causas do desmame precoce está relacionada à dor durante a amamentação, que ocorre por problemas mamários e que poderiam ser amenizados com a orientação do enfermeiro durante o pré-natal e após o nascimento do bebê. Corroborando com o assunto, Capucho et al. (2017) citam que fatores biológicos, sociais, culturais, econômicos e políticos podem afetar a manutenção da amamentação exclusiva. O nível de instrução da mãe, sua idade, condições socioeconômicas, tipo de parto e seu desejo de realizar o aleitamento materno também levam ao desmame precoce, conforme Castilho e Barros (2010). Já para Araújo et al. (2008), a falta de leite materno, ferimento no peito, ingestão de antibióticos, “leite fraco” e a recusa do lactente ao peito por motivo do uso de mamadeiras são alguns dos motivos que também levam ao desmame precoce. Santos (1989, apud FERREIRA; SILVA; RIBEIRO, 2001), relata que até o décimo quinto dia após o parto é comum aparecerem problemas relacionado à mama, tais como o ingurgitamento mamário e a fissura mamilar, aos quais costumam interferir no processo de aleitamento e cujo manejo requer paciência, firmeza e, acima de tudo, conhecimento da fisiopatologia da lactação, tanto por parte do profissional da saúde como da nutriz. Em relação ao ingurgitamento mamário, Marques, Detogni e Guerra (2008) dizem que, uma vez que o leite materno desce, as mamas se aquecem, tornando-se mais pesadas e duras, similares a pedras, daí a importância das mães amamentarem para esvaziar as mamas. Todavia, pode ocorrer o acúmulo de leite nas mamas pelo aumento da produção, que ocorre a partir do terceiro dia do pós-parto, ou pela insuficiente sucção e consumo de leite pelo bebê, e assim as mamas tornam-se ingurgitadas e há alta pressão intraductal devido a este acúmulo. 8 Quanto às fissuraspodemos dizer que a fissura mamilar dificulta significativamente a amamentação, acarretando dor e muitas vezes sangramentos, sendo mais comum em primíparas, acredita-se que isso é devido à sensibilidade da mama e pela falta de manejo em promover a pega correta. A mesma pode ser uma fissura circular, onde se situa a base do mamilo, ou vertical, no centro do mamilo (SANTOS; SILVA; ALTHOF, 2015). Pode levar também a mãe a produzir quantidades insuficientes de leite em virtude das restrições de duração das mamadas, esquivando-se, adiando ou até mesmo postergando a amamentação em virtude da dor ao longo desta prática, inibindo assim o reflexo de descida do leite (ROZOLEN, 2014). Em acordo, Silva et al. (2014), no que se refere às intercorrências mamárias, citam como principais complicações, o ingurgitamento, fissuras mamilares e mastite. Já Alvarenga (2015) acrescenta mamilos doloridos, hipogalactia e hipertrofia mamária da gravidez. Acrescentando, Giugliane (apud PARIZOTTO; ZORZI, 2008) relata que os mamilos planos ou invertidos podem dificultar o início da amamentação pelo fato dele não se protair suficientemente, mas reforçam que não necessariamente a impedem. Corroborando com o Ministério da Saúde que destaca que os mamilos invertidos também causam dificuldades para a amamentação, mas nem sempre representam um problema (BRASIL, 2015). Fato é que na amamentação deve haver prazer e não sacrifício e dor. Como relata Marcondes et al. (2013), que destaca que a dor nos mamilos não é considerado algo normal e deve-se investigar este fato para encontrar uma solução para a mãe. Diante do referido e dos altos índices de desmame precoce, devem ser levados em consideração os fatores determinantes que podem influenciar o desmame precoce do bebê, todas as puérperas tem a necessidade de serem bem assistidas e orientadas para alcançar o sucesso frente aos desafios referente ao aleitamento materno que dificultam uma amamentação eficaz. Diante disto, os profissionais de enfermagem são importantes para realizar o incentivo e instrução para as mães, principalmente as inexperientes (LIMA et al., 2018). 9 2.3 O PAPEL DA ENFERMAGEM NO ALEITAMENTO MATERNO O processo de amamentação é uma consequência de diversos impulsos instintivos, biológicos e comportamentais, sendo comum a todos os mamíferos recém-nascidos, mas a prática de aleitar é, antes de tudo, um ato comportamental (VAUCHER; DURMAN, 2005). Como já dito, a adoção do aleitamento depende de uma série de fatores que estão relacionados à mãe, ao filho e ao ambiente que os cercam. Um aspecto de grande relevância é o grau de conhecimento e, portanto, conscientização da mãe sobre os benefícios da amamentação (MARANHÃO et al., 2015). Além disto, muitas são as modificações sofridas pela puérpera, portanto deve-se levar em consideração que a mãe ainda precisa adequar-se para experimentar as mudanças que ocorrem durante a amamentação, como dor, dificuldade em encontrar a posição correta para amamentar, dificuldades em acertar a pega do bebê durante as mamadas, bico invertido anatomicamente, pouco leite, falta de apoio, além de críticas e incentivos errados de introduzir outros alimentos precocemente (SILVA et al., 2014). Diante disso, os profissionais de saúde têm papel fundamental para fornecer informações desde o acompanhamento pré-natal, mediante o apoio emocional e orientações do ponto de vista prático, possibilitando que as mulheres desenvolvam a autoconfiança em sua capacidade de amamentar, aprendam como superar dificuldades e experimentem êxitos com a amamentação no pós-parto imediato (BRASIL, 2015). Nesse sentido, expressam Almeida, Luz e Ued (2015) que se faz necessário que os profissionais da saúde manejem a problemática e apoiem a família que amamenta. Como bem expressam os autores, apesar da tendência ascendente da prática da amamentação no país, os valores observados ainda estão considerados abaixo da recomendação da OMS, principalmente o índice de aleitamento materno exclusivo, que permanece aquém do esperado em grande parte dos municípios brasileiros. E estes dados estão interligados diretamente a atenção do profissional da saúde a esta família que amamenta (ALMEIDA; LUZ; UED, 2015). Os profissionais, além das competências técnicas para desenvolver as orientações sobre a importância, o manejo e as possíveis intercorrências da amamentação, precisam de uma visão ampliada do contexto sociocultural, emocional e familiar da 10 gestante, ajudando-a a superar suas inseguranças e dificuldades e reconhecendo-a como principal atuante frente ao processo de lactação (BARRETO; SILVA; CHRISTOFFEL, 2009). Conjuntamente podemos citar Rodrigues et al. (2017), que descrevem que é necessário os profissionais da enfermagem buscarem desenvolver conhecimento acerca da amamentação e saber identificar as maiores dificuldades durante essa nova fase da vida da mulher, quando ela torna-se mãe. Ainda, é indispensável distinguir as falhas existentes durante esse processo, para que sejam traçados planos estratégicos para a correção da problemática, passando a manter a efetividade da transmissão do conhecimento, tornando as mães cada vez mais capacitadas para lidar com as dificuldades durante a amamentação (RODRIGUES et al., 2017). Como Giugliane et al. (2000) afirmam, a orientação das mães sobre aleitamento materno no período pós-natal aumenta seus conhecimentos sobre o assunto e, consequentemente, a prevalência dessa prática. Diante disso, para Machado (2012), quando se tratar de questões de ordem da lactante, o enfermeiro é o profissional que deve estar preparado para atender e conduzir uma solicitação diversificada, além de identificar e possibilitar momentos educativos, facilitando a amamentação, o diagnóstico e o tratamento adequados. Em acordo Dupin (2011) relata que os enfermeiros devem estar mais voltados às atividades de educação em saúde em prol da amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida, a fim de minimizar os altos índices de desmame precoce observados em todo o país. Portanto, o enfermeiro deve estar preparado para prevenir, reconhecer e resolver as dificuldades na interação nutriz e filho, especialmente no que se refere à amamentação, como os obstáculos identificados para que a sua prática seja bem sucedida (AZEVEDO et al., 2015). Conforme o Ministério da Saúde, a presença permanente da enfermagem no hospital, principalmente nas primeiras horas do nascimento do bebê, pode servir de base para a amamentação bem sucedida e duradoura (BRASIL, 2015). Assim, expressam Barreto, Silva e Christoffel (2009) que descrevem que ser enfermeiro em aleitamento materno implica em orientar, ajudar, explicar a cada mãe individualmente, na gravidez, no pré-parto, no parto e no puerpério, principalmente nos primeiros dias após o parto, atuando ativamente nos grupos de mães, de 11 familiares e de funcionários. Além de promover discussões em grupo com relatos de experiência e de solicitar participação ativa da mãe em todos os cuidados ao filho. 3 METODOLOGIA A metodologia adotada para a elaboração deste artigo consiste em uma revisão bibliográfica de cunho descritivo. Compreende, portanto, numa busca por pesquisa bibliográfica, em fonte primária, selecionando-se e sintetizando-se as ideias que se relacionam com o tema para melhor compreendê-lo, destacando-se as citações literais de trabalhos científicos (LAKATOS; MARCONES, 2015). O levantamento da produção científica foi efetuado nos seguintes bancos de dados informatizados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Base de Dados da Área da Enfermagem (BDENF), no período de Setembro de 2018. Os descritores utilizados foram: “Desmame” and “Enfermagem” and “Aleitamento”. Para a seleção das produções científicas foram estabelecidos os seguintes critérios de inclusão:artigos que abordassem o porquê do desmame precoce, artigos publicados na íntegra, artigos atuais e disponíveis gratuitamente em português. Enquanto os critérios de exclusão foram: artigos que não apresentavam os fatores de inclusão supracitados, artigos em duplicidade entre as bases de dados, trabalhos que somente disponibilizassem resumos, relatos devido ao baixo nível de evidências científicas, teses e dissertações. O recorte temporal foi de 05 (cinco) anos de publicação, ou seja, trabalhos publicados entre 2013 e 2018. Todos os trabalhos foram avaliados e selecionados de acordo com os critérios acima expostos. 4 RESULTADOS Foram encontrados 91 artigos nas bases de dados pesquisadas. Destes, 44 foram retirados da base BDENF e 52 da LILACS. Foram excluídos 80 artigos e mantidos 11 artigos, de acordo com critérios de inclusão e exclusão. 12 Os artigos utilizados estão dispostos no quadro 1 a seguir: BASE/ ANO TÍTULO AUTORES TIPO DE ESTUDO OBJETIVOS LILACS/ 2018 Facilidades e dificuldades encontradas pelas puérperas para amamentar URBANETTO, P.D.G., et al. Descritivo exploratório de cunho qualitativo Conhecer as facilidades e dificuldades encontradas pelas puérperas para amamentar BDENF/ 2018 Diagnósticos de enfermagem relacionados ao aleitamento materno: uma revisão integrativa GASPARIN, V.A., et al. Revisão integrativa Identificar na literatura científica os diagnósticos de enfermagem que se relacionam diretamente com o aleitamento materno, bem como elencar os mais utilizados nessa prática BDENF/ 2018 Promoção do aleitamento materno no pré- natal: discurso das gestantes e dos profissionais de saúde SILVA, D.D. da, et al. Pesquisa qualitativa, exploratório- descritiva Analisar o discurso de gestantes e profissionais de saúde sobre as orientações acerca do aleitamento materno fornecidas durante o pré- natal na rede básica de saúde BDENF/ 2018 As ações de enfermagem no cuidado à gestante: um desafio à atenção primária de saúde GARCIA, E.S.G.F., et al. Estudo descritivo e transversal Verificar as ações desenvolvidas pelos profissionais de enfermagem na assistência às gestantes em unidades de atenção primária à saúde BDENF/ 2018 Características definidoras críticas para o diagnóstico de enfermagem acerca da amamentação ineficaz ALVARENGA, S.C. de, et al. Estudo transversal Investigar as medidas de acurácia diagnóstica de enfermagem e propor um modelo para uso de características definidoras no julgamento do diagnóstico de enfermagem de amamentação ineficaz BDENF/ 2015 Aleitamento materno e os determinantes do desmame precoce SOUSA, M.S., et al. Estudo descritivo, de abordagem quantitativa Identificar o perfil sociodemográ-fico das mulheres que desmamaram precocemente e os fatores de risco para o desmame precoce LILACS/ 2015 O enfermeiro frente ao desmame precoce na consulta de enfermagem à criança MONTESCHIO, C.A.C.; GAÍVA, M.A.M.; MOREIRA, M.D. de S. Abordagem qualitativa Analisar a atuação do enfermeiro frente ao desmame precoce em crianças menores de 6 meses de idade LILACS/ 2015 Aleitamento materno: orientações recebidas no pré- natal, parto e BARBIERI, M.C., et al. Quantitativode scritivo, Analisar as orientações sobre amamentação dadas pelos profissionais de saúde para as mulheres no pré-natal, parto e puerpério 13 puerpério LILACS/ 2015 Amamentação e as intercorrências que contribuem para o desmame precoce OLIVEIRA, C.S. de, et al. Descritiva- exploratória, com abordagem qualitativa Conhecer a vivência de mães em relação à amamentação e as intercorrências que contribuem para o desmame precoce LILACS/ 2014 Fatores associados ao desmame precoce do aleitamento materno ANDRADE FIALHO, F.; MARTINS L.A.; ÁVILA V.D., I.M. Revisão bibliográfica Conhecer a importância do enfermeiro no estabelecimento e manutenção do aleitamento materno e discutir os fatores que desencadeiam o desmame precoce LILACS/ 2013 Hospital Amigo da Criança: prevalência de aleitamento materno exclusivo aos seis meses e fatores intervenientes FIGUEREDO, S.F.; MATTAR, M.J.G.; ABRÃAO, A.C.F. de V. Estudo de coorte prospectivo Identificar o padrão de aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida de crianças nascidas em um Hospital Amigo da Criança e os fatores que contribuíram para o desmame precoce Quadro 1: Publicações de artigos por período analisado. Fonte: Autoral, 2018. 5 DISCUSSÃO O aleitamento materno possui uma das fontes fundamentais para a promoção da saúde das crianças oferecendo vantagens não só para os bebês como também para as mães (GASPARIN et al., 2018). Mas, de acordo com Sousa et al. (2015), o número de pessoas que não reconhecem os benefícios proporcionados pelo aleitamento natural ainda é muito grande. Os resultados obtidos nesta pesquisa mostraram que embora a maioria das mães conheça a importância do leite materno e tenham amamentado seu filho, a média de duração do aleitamento exclusivo observada ainda é menor que o mínimo preconizado pela OMS (ANDRADE FIALHO; MARTINS; ÁVILA, 2014). Conforme continuam os autores, mostrando os dados nacionais, o percentual de crianças alimentadas exclusivamente com leite materno é baixo já no primeiro mês de vida (47,5%). Na idade de 120 dias a proporção estimada foi 17,7% e aos 180 dias de 7,7%. Nesse sentido, preceituam Sousa et al. (2015) que a ausência de amamentação ou sua interrupção precoce e a introdução de outros tipos de alimentos na dieta da criança durante os primeiros seis meses têm sido frequentes, com consequências potencialmente danosas à saúde do bebê, tais como a 14 exposição precoce a agentes infecciosos, contato com proteínas estranhas, anemia ferropriva, prejuízos ao processo de digestão, entre outros. Foi verificado por Oliveira et al. (2015), Silva et al. (2018) e Andrade Fialho, Martins e Ávila (2014) que, principalmente as mulheres primíparas requerem um olhar diferenciado a respeito das orientações sobre aleitamento materno, tendo em vista que se depararam com um novo mundo cheio de dúvidas após o nascimento de seus filhos e, nessa fase muitas vezes encontraram-se em situação de vulnerabilidade. Expressam os autores que o risco de haver desmame precoce entre as mães primíparas é maior do que entre as multíparas justamente por terem tido menor oportunidade de acesso às informações veiculadas na mídia e às ações de promoção do aleitamento materno do que as mães com mais filhos. Vale citar que o Ministério da Saúde alerta que alguns problemas enfrentados pelas nutrizes durante o aleitamento materno, se não forem precocemente identificados e tratados, podem ser importantes causas de interrupção da amamentação (BRASIL, 2015). De acordo com Andrade Fialho, Martins e Ávila (2014), estudos mostram que uma das principais causas do desmame precoce está relacionada à dor durante a amamentação, que ocorre por problemas mamários e que poderiam ser amenizados com a orientação do enfermeiro durante o pré-natal e após o nascimento do bebê. Oliveira et al. (2015) completam dizendo que o cuidado com as mamas facilita o aleitamento e evita complicações futuras, reduzindo, assim, o desmame precoce. Corroborando com os citados, Urbanetto et al. (2018) dizem que dentre os fatores considerados determinantes do abandono da aleitamento materno exclusivo antes dos 6 meses são as complicações mamárias, como: fissura mamilar (34%), mama ingurgitamento (8,1%), bico liso e/ou invertido (4,1%) e mastite (2,7%). Em acordo, Monteschio, Gaíva e Moreira (2015) destacam as lesões nos mamilos como uma das causas para desmame, e completa dizendo que as mesmas são provocadas, especialmente, pelatécnica incorreta da amamentação. A técnica inadequada acarreta esvaziamento também inadequado das mamas e o ingurgitamento mamário, aumentando o sofrimento materno durante o aleitamento materno. Já para Gasparin et al. (2018) os eventos que levam a falha no processo da amamentação estão relacionados à diminuição da produção de leite, às alterações 15 hormonais ou anatômicas da mama, aos efeitos colaterais de substâncias usadas pelas mães, à prematuridade do recém-nascido e a incapacidade materna de exercer o cuidado do bebê. Deixando claro então a importância da intervenção dos profissionais de saúde no manejo do aleitamento materno para evitar complicações e o desmame precoce. Nesse sentido, Alvarenga et al. (2018) lembram que amamentar é muito mais do que nutrir e destacam o papel do profissional de saúde de ampliar as taxas de aleitamento materno no Brasil. Assim, é imprescindível que os profissionais de saúde estejam aptos para aconselharem sobre as técnicas e intervenções frente aos problemas referentes à amamentação. Silva et al. (2018) e Oliveira et al. (2015) destacam o papel da enfermagem no aleitamento materno, tendo em vista que essa categoria profissional atua nas ações de pré-natal, parto e puerpério, além de estarem qualificados para identificar precocemente os fatores que interferem diretamente na oferta de amamentação contínua. Para tanto, Garcia et al. (2018) ressaltam a importância da capacitação do profissional de enfermagem em relação às competências essenciais em obstetrícia, adotando, assim, uma postura ativa no que diz respeito ao processo educativo. Ainda para o autor, a qualificação dos profissionais responsáveis pelo atendimento às gestantes e as ações desenvolvidas por eles é uma forma de compreender a prática institucional bem como de evidenciar a necessidade de estratégias que favoreçam a participação efetiva do profissional enfermeiro (GARCIA et al., 2018). Sousa et al. (2015) e Barbieri et al. (2015) destacam que, embora a amamentação seja um ato natural não é um ato instintivo, onde as mulheres, ao se tornarem mães, já sabem como fazê-la. A amamentação requer técnica, esclarecimento, apoio e paciência, onde são necessários profissionais da saúde que encorajem e apoiem as mães para que essas iniciem e mantenham a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses da criança e que introduza, no período correto, a alimentação complementar adequada. É nesse ponto que cabe ao enfermeiro promover uma amamentação segura e saudável para o binômio mãe-filho. Na condução da amamentação, é fundamental que os profissionais de saúde estejam preparados para identificar e propor ações adequadas e eficazes para os principais problemas relacionados a esse processo, que geralmente estão associados às dificuldades na técnica da amamentação. A intervenção precoce pode 16 restabelecer uma produção adequada de leite, minimizar a intranquilidade materna e estimular as pessoas mais próximas da família para apoiar a nutriz nos momentos de angústias e dúvidas na prática da amamentação (MONTESCHIO; GAÍVA; MOREIRA, 2015). Urbaneto et al. (2018) dizem que o enfermeiro deve dar apoio e informações necessárias para as puérperas e orientar práticas que minorem as dificuldades na amamentação como forma de impedir o desmame. Figueredo, Mattar e Abraão (2013) relacionam a ajuda da enfermagem para amamentação, às orientações de pega e posição. Monteschio, Gaíva e Moreira (2015) destacam que é preciso que, ao observar a presença das intercorrências, o enfermeiro avalie minuciosamente a mãe e a técnica de amamentação utilizada para identificar os problemas corretamente e estabelecer as intervenções necessárias. Alvarenga et al. (2018) complementa dizendo que seria importante orientar ou recomendar a mãe que observe as seguintes questões: (1) se há um bom posicionamento da boca da criança (pega) durante a mamada, (2) se, durante o processo de amamentação, a criança mantém sucção na mama de forma contínua até que finalize a mamada, (3) se a mãe considera que seu leite tem sido suficiente e quais motivos atribuem à falta de suficiência, e (4) se, após a mamada, percebe que a criança está tranquila e saciada. Já Gasparin et al. (2018) e Monteschio, Gaíva e Moreira (2015), ressaltam que o enfermeiro tem papel importante na promoção e proteção ao aleitamento materno, por meio do fortalecimento de ações comunitárias, e podem realizar ações educativas e assistenciais a fim de prevenir o desmame precoce. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo apresenta que o enfermeiro traz melhorias e aumenta o conhecimento teórico e prático da mulher, que lhe serão de grande valia para perceber, identificar e solucionar os problemas que aparecem no decorrer da amamentação. Nesse sentido, com a realização deste trabalho foi possível compreender a grande importância dos profissionais de saúde, principalmente dos enfermeiros, que deve dar apoio e informações necessárias para as puérperas e direcionar práticas que 17 minimizem as dificuldades na amamentação como forma de impedir o desmame precoce. Espera-se que este estudo possa contribuir para que as gestantes que, procuraram o serviço de saúde, sejam orientadas por profissionais capacitados e interessados em promover o aleitamento materno, fornecendo informações relevantes e promovendo ações educativas que contribuam para o sucesso do mesmo, devendo direcionar suas ações para uma resolução adequada, evitando dúvidas e possíveis complicações. Ao finalizar este trabalho, entendeu-se o cuidado como um poder transformador, e o enfermeiro como um agente de transformação, construindo uma relação de ajuda para identificar e superar as dificuldades da mulher. Por tudo que foi exposto, reconhece-se que é preciso mais estudos para aprofundamento do tema, pois embora o aleitamento materno seja uma temática muito explorada, ainda precisa resolver algumas lacunas e rever algumas práticas para que se possa compreender com mais clareza o porquê dos índices elevados de desmame precoce. 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