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ATIVIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA – 24.04.20 Prof. Edilma Aguiar ARGUMENTAÇÃO E PRODUÇÃO DE SENTIDO Leia o texto abaixo e responda às questões propostas. O movimento negro se fortalece no Brasil. No Rio de Janeiro, por exemplo, ocorreu uma passeata da população negra no Barra Shopping, na qual se constatou que, dentre os funcionários do centro de compras, praticamente, só havia brancos. Isso em um estado onde 42% da população metropolitana, segundo o IBGE, é negra e parda. No campo restrito do marketing é fundamental focar essa população que não aparece adequadamente na mídia. Se as empresas desejam vender para esse mercado, não adianta colocar uma publicidade genérica ou escandinava. Várias empresas, como cervejarias ou têxteis, usam tipos que parecem dinamarqueses, dão ênfase ao loiro, que é a extrema minoria no Brasil. Nota-se, nessas propagandas, a colonização do homem de comunicação brasileiro. Ele coloca na mídia um povo que não somos e copia a retratação feita pelos especialistas estrangeiros. SANTOS, Hélio. As diferentes faces do universo de consumo. São Paulo, ano 36, p.17, fev. 2002. QUESTÃO 01 O texto se inicia com uma declaração seguida de uma exemplificação, que tem o intuito de comprová-la. Para que a passeata de fato comprove a declaração inicial do texto, como ela deve ser entendida? QUESTÃO 02 Diante do fortalecimento do movimento negro no país, que tese é assumida pelo locutor? QUESTÃO 03 Que argumentos o locutor usa para defender seu ponto de vista? QUESTÃO 04 O que se deve entender por colonização do homem de comunicação brasileiro? QUESTÃO 05 Pode-se dizer que o locutor do texto é uma representação linguística do seu autor, Hélio Santos. Justifique essa afirmativa. QUESTÃO 06 O locutor não usa a 1ª pessoa gramatical para se representar no texto, preferindo o ponto de vista da 3ª pessoa: se constatou, nota-se, é fundamental focar... Qual o efeito de sentido dessa preferência? INSTRUÇÃO: As questões de 07 a 10 referem-se ao texto abaixo. Leia-o atentamente antes de responder a elas. Carlos Drummond de Andrade Hino nacional Precisamos descobrir o Brasil! Escondido atrás as florestas, com a água dos rios no meio, o Brasil está dormindo, coitado. Precisamos colonizar o Brasil. O que faremos importando francesas muito louras, de pele macia, alemãs gordas, russas nostálgicas para garçonetes dos restaurantes noturnos. E virão sírias fidelíssimas. Não convém desprezar as japonesas... Precisamos educar o Brasil. Compraremos professores e livros, assimilaremos finas culturas, abriremos dancings e subvencionaremos as elites. Cada brasileiro terá sua casa com fogão e aquecedor elétricos, piscina, salão para conferências científicas. E cuidaremos do Estado Técnico. Precisamos louvar o Brasil. Não é só um país sem igual. Nossas revoluções são bem maiores do que quaisquer outras; nossos erros também. E nossas virtudes? A terra das sublimes paixões... os Amazonas inenarráveis... os incríveis João- Pessoas... Precisamos adorar o Brasil! Se bem que seja difícil compreender o que querem esses homens, por que motivo eles se ajuntaram e qual a razão de seus sofrimentos. Precisamos, precisamos esquecer o Brasil! Tão majestoso, tão sem limites, tão despropositado, ele quer repousar de nossos terríveis carinhos. O Brasil não nos quer! Está farto de nós! Nosso Brasil é no outro mundo. Este não é o Brasil. Nenhum Brasil existe. E acaso existirão os brasileiros? Eduardo Alves da Costa Quanto a mim, sonharei com Portugal Às vezes, quando estou triste e há silêncio nos corredores e nas veias, vem-me um desejo de voltar a Portugal. Nunca lá estive, é certo, como também é certo meu coração, em dias tais, ser um deserto. QUESTÃO 07 Assunto: Texto e produção de sentido / Argumentação e produção de sentido. No poema “Hino Nacional”, pode-se AFIRMAR que o eu-lírico retrata a) o desprezo pela colonização brasileira. b) uma crítica à aceitação da constituição miscigenada do Brasil. c) o passado, reconstruindo o presente da nação brasileira. d) o passado brasileiro de modo humorístico e satirizado. e) o Brasil de Portugal como única opção de colonização. QUESTÃO 08 Assunto: Característica do enunciador na construção de valores e sentidos / Argumentação e produção de sentido Na última estrofe no texto, o eu-poético faz uma reflexão acerca da relação entre Brasil e Portugal. Nota-se que o eu-lírico a) consegue lidar com sua identidade ao logo da vida. b) sofre em função da certeza de ser mais lusitano que brasileiro. c) conforma-se com a história do Brasil. d) não tem consciência de que sua história está ligada à de Portugal. e) sofre com o fato de não se sentir íntimo de Portugal. QUESTÃO 09 Assunto: Progressão temática e organização argumentativa / Argumentação e produção de sentido Foi um recurso expressivo empregado na construção do texto a) coordenação de termos. b) intensificação de adjetivos. c) oposição temporal. d) referência a elementos externos ao discurso. e) gradação ascendente de orações. QUESTÃO 10 Assunto: Linguagem e recursos expressivos de argumentação / Argumentação e produção de sentido. No texto, o autor faz uso de uma argumentação crítica para evidenciar/construir o sentimento do eu-poético. Em todos os versos, nota-se a intencionalidade irônica do autor, EXCETO em a) “Precisamos educar o Brasil. Compraremos professores e livros, assimilaremos finas culturas,” b) “Cada brasileiro terá sua casa com fogão e aquecedor elétricos, piscina, salão para conferências científicas.” c) “Nossas revoluções são bem maiores do que quaisquer outras; nossos erros também." E nossas virtudes? A terra das sublimes paixões... os Amazonas inenarráveis... os incríveis João-Pessoas...” d) “Nosso Brasil é no outro mundo. Este não é o Brasil. Nenhum Brasil existe. E acaso existirão os brasileiros?” e) “Precisamos descobrir o Brasil! Escondido atrás as florestas, com a água dos rios no meio,” 5
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