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RESUMO 1° EMBRIO - Maestri (1)

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EMBRIOLOGIA
Embriologia significa o estudo de embriões; entretanto o termo refere-se geralmente ao desenvolvimento pré-natal de embriões e fetos. A Anatomia do desenvolvimento é o campo da embriologia relacionado às mudanças sofridas por células, tecidos, órgãos e o corpo como um todo a partir de uma célula germinativa de cada genitor.
TERMINOLOGIA EMBRIOLÓGICA
· Ovócito: célula germinativa feminina produzida nos ovários.
· Espermatozoide: célula germinativa masculina produzida nos testículos
· Zigoto: resulta da união do ovócito ao espermatozoide durante a fertilização.
· Clivagem: série de divisões celulares mitóticas do zigoto que resultam na formação das primeiras celulas embrionárias, os blastômeros.
· Mórula: massa solida com 12 a cerca de 32 blastomeros. É formada pela clivagem do zigoto.
· Blastocisto: uma cavidade preenchida por liquido no interior da mórula. As celulas localizadas centralmente formam o primórdio do embrião, o embrioblasto.
· Implantação: processo durante o qual o blastocisto adere ao endométrio.
· Gástrula: formação de um disco embrionário trilaminar, com três camadas germinativas: endoderma, mesoderma e ectoderma.
· Neurula: quando o tubo neural se desenvolve. Primeiro indicio do SN.
· Embrião: o ser humano em desenvolvimento durante os estágios iniciais.
· Concepto: o embrião e seus anexos ou membranas associadas. Inclui todas as estruturas embrionárias e extra-embrionarias que se desenvolvem a partir do zigoto.
· Primórdio: primeira indicação notável de um órgão ou estrutura.
· Feto: após o período embrionário, o ser humano em desenvolvimento é chamado de feto (8 semanas).
· Aborto: significa uma interrupção prematura do desenvolvimento e expulsão do concepto d útero, ou expulsão de um embrião ou de um feto antes de se tornar viável (capaz de viver fora do útero).
GAMETOGÊNESE
O espermatozoide e o ovócito são celulas sexuais altamente especializadas. Contem metade do numero de cromossomas presentes nas celulas somáticas. O numero de cromossomas é reduzido durante a meiose.
A gametogênese é o processo de formação e desenvolvimento das celulas germinativas especializadas, os gametas.
· MEIOSE
Tipo especial de divisão celular que envolve duas divisões meióticas e que ocorre apenas nas celulas germinativas. Originam gametas haploides.
A primeira divisão meiótica é uma divisão REDUCIONAL, porque o cromossoma é reduzido de diploide a haploide. Os cromossomas homólogos formam um par durante a prófase e separam-se durante a anafase. A segunda divisão meiótica é uma divisão EQUACIONAL, e segue-se à primeira sem uma interfase normal. Cada cromossoma se divide e cada metade, ou cromátide, é direcionada para um polo diferente, assim, o numero haploide de cromossomas (23) é mantido e cada célula-filha formada por meiose tem numero de cromossomas reduzido a haploide, com um representante de cada par cromossômico. É semelhante a uma mitose.
IMPORTANCIA DA MEIOSE:
· Permite a constância do numero cromossômico de geração a geração;
· Permite o arranjo aleatório dos cromossomas maternos e paternos entre os gametas;
· Relocaliza os segmentos dos cromossomas materno e paterno através do crossing over, produzindo recombinação do material genético.
Distúrbios da meiose durante a gametogênese, por ex, a não-disjunção, resultam na formação de gametas cromossomicamente anormais. Se envolvidos na fertilização, estes gametas com anomalidades cromossômicas numéricas causam um desenvolvimento anormal, como o que ocorre em crianças com a Síndrome de Down.
· ESPERMATOGÊNESE
É a sequencia de eventos pelos quais as espermatogonias são transformadas em espermatozoides maduros. As espermatogonias que permanecem quiescentes nos túbulos seminíferos dos testículos desde o período fetal, começam a aumentar em numero na puberdade. Elas crescem e sofrem modificações, que as transformam em espermatocitos primários, as maiores celulas germinativas nos túbulos seminíferos. Cada espermatocito sofre uma divisão reducional, a primeira divisão meiótica, para formar dois espermatócitos secundários haploides. Sofrem a segunda divisão meiótica para formar quatro espermátides haploides. Gradualmente elas são transformadas em espermatozoides maduros pelo processo da espermiogênese. Quando a espermiogenese é completada, os espermatozoides entram na luz dos túbulos seminíferos.
As celulas de Sertoli que revestem os túbulos seminíferos dao suporte e nutrição para as celulas germinativas e podem estar envolvidas no processo da regulação da espermatogênese. Os espermatozoides são transportados passivamente dos túbulos seminíferos para o epididmo, onde são armazenados e tornam-se funcionamente maduros.
A cabeça forma a maior parte do espermatozoide e contem o núcleo haploide. Os dois tercos anteriores do núcleo são cobertos pelo acrossoma, em forma de capuz contendo varias enzimas que são importantes durante a fertilização. Quando liberadas, essas enzimas facilitam a penetração do espermatozoide na corona radiata e na zona pelúcida. A cauda do espermatozoide é formada por três segmentos: a peça intermediaria, a peça principal e a peça terminal. A peça intermediaria da cauda contem mitocôndrias, que fornecem ATP necessário para a atividade.
· OVOGÊNESE
É a sequencia de eventos pelos quais as ovogônias são transformadas em ovócitos maduros. Inicia-se antes do nascimento e é completado depois da puberdade, continuando-se até a menopausa.
O ovócito primário circundado por uma camada de celulas do tecido conjuntivo constitui um folículo primordial. As ovogônias crescem para formar os ovócitos primários antes do nascimento. À medida que o ovócito primário cresce durante a puberdade, as celulas foliculares epiteliais se tornam cuboides, e depois colunares, formando um folículo primário. O ovócito primário é logo envolvido por uma cada de material glicoproteico acelular e amorfo, a zona pelúcida. Quando o folículo primário exibe mais de uma camada de celulas foliculares, ele é chamado de folículo secundário.
*Para que a prófase dos ovócitos primários não se complete até a adolescência, as celulas foliculares que circundam o ovócito primário secretam uma substancia conhecida como inibidor da maturação do ovócito (OMI), que age mantendo estacionado o processo meiótico do ovócito.
Iniciando-se durante a puberdade, geralmente um folículo amadurece a cada mês e ocorre a ovulação. Após o nascimento não se forma mais nenhum ovócito primário. Os ovócitos primários permanecem em repouso nos folículos ovarianos até a puberdade. O ovócito primário aumenta de tamanho e , imediatamente antes da ovulação, completa a primeira divisão meiótica. Porem a divisão do citoplasma é desigual. O ovócito secundário recebe quase todo o citoplasma, enquanto o primeiro corpo polar recebe muito pouco.
Na ovulação, o núcleo do ovócito secundário inicia a segunda divisão meiótica, mas progride apenas até a metáfase, quando a divisão é interrompida. Se um espermatozoide penetra no ovócito secundário, a segunda divisão meiótica é cmpletata e a maior parte do citoplasma é novamente mantida em uma célula, o ovócito fertilizado. A outra célula, o segundo corpo polar, é uma célula pequena e não funcional, logo degenera.
*Na menina recém-nata existem cerca de 2 milhoes de ovócitos primários.
· ÚTERO, TUBAS UTERINAS E OVÁRIOS
ÚTERO
Órgão muscular em forma de pêra e paredes espessas. Duas grandes porções:
· Corpo: compreende os dois tercos superiores dilatados;
· Colo: o terço inferior cilíndrico.
O corpo do útero estreita-se desde o fundo até o istmo (entre corpo e colo). O colo do útero é a sua porcao terminal vaginal, de forma cilíndrica. As paredes do corpo do útero são formadas por três camadas:
· Periométrio: fina camada externa;
· Miométrio: espessa camada de musculo liso;
· Endométrio: fina camada interna.
O endométrio, por sua vez, apresenta três camadas:
· Camada compacta, composta de tecido conjuntivo;
· Camada esponjosa espessa, composta de tecido conjuntivo edemaciado;
· Camada basal delgada, contendo o fundo cego das glândulas uterinas.
Acamada basal possui seu próprio suprimento sanguíneo e não se desintegra durante a menstruacao. As camadas compacta e esponjosa (camada funcional), desintegram-se e descamam durante a menstruacao e no parto.
TUBAS UTERINAS
Conduzem os ovócitos do ovário e os espermatozoides que entram pelo útero para alcançarem o sitio de fertilização, na ampola da tuba uterina. Também conduz o zigoto em clivagem para a cavidade uterina. É dividida em quatro porções: infundíbulo, ampola, istmo e intra-mural (porcao uterina).
OVÁRIOS
Glândulas reprodurtivas. Produzem estrogênio e progesterona. São responsáveis também pela produção e manutenção dos ovócitos.
· CICLOS REPRODUTIVOS FEMININOS
O hormônio liberador de gonadotrofina GnRH é sintetizado por celulas neurossecretoras no hipotálamo e é carreado até o lobo anterior da hipófise. O GnRH estimula a a produção e liberação de dois hormônios:
· Hormônio folículo estimulante, FSH, que estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a produção de estrogênio por suas celulas foliculares;
· Hormônio luteinizante, LH, disparador da ovulação e estimula as celulas foliculares e o corpo luteo a produzir progesterona.
Estes hormônios também induzem o crescimento do endométrio.
CICLO OVARIANO
DESENVOLVIMENTO FOLICULAR
Com o aumento de tamanho do folículo primário, o tecido conjuntivo adjacente se organiza e forma uma cápsula, a teca folicular. Ela se diferencia em duas camadas, uma interna vascularizada e glandular, teca interna, e uma conjuntiva, teca externa. As celulas tecais promovem o crescimento de vasos sanguíneos da teca interna, que fornecem suporte nutritivo para o desenvolvimento folicular. Surgem em torno das celulas foliculares espaços preenchidos por fluido, que coalescem para formar uma única e grande cavidade, o antro, que contem o fluido folicular. Depois que o antro se forma, o folículo ovariano é denominado folículo vesicular ou folículo secundário. O ovócito primário é empurrado para um lado do folículo, onde fica envolvido por acumulo de celulas foliculares, o cumulus ooforus. O desenvolvimento inicial dos folículos ovarianos é induzido pelo FSH, mas os estágios finais de maturação requerem também o LH. Os folículos em crescimento produzem estrogênio, que regula a função e o desenvolvimento dos órgãos reprodutivos. A teca interna também produz estrogênio.
OVULAÇÃO
Por volta da metade do ciclo (+/- 14 dias), o folículo ovariano sofre um repentino surto de crescimento, produzido por um intumescimento cístico ou saliência na superfície do ovário. Um pequeno ponto avascular, o estigma, aparece nessa saliência. Precendendo a ovulação, o ovócito secundário e algumas celulas do cumulus oofurus destacam-se do interior do folículo distendito. A ovulação é disparada por uma onda de produção de LH. A ovulação normalmente se segue ao pico de LH por 12 a 24 h. O estigma logo se rompe, expelindo o ovócito secundário com o fluido folicular. A expulsão do ovócito é o resultado da pressão intrafolicular e provavelmente da contração do musculo liso na teca externa devido à estimulação por prostaglandinas. O ovócito secundário expelido é envolvido pela zona pelúcida e uma ou mais camadas de celulas foliculares, as quais se arranjam radiamente, a corona radiata, formando o complexo cumulus-ovocito. A onda de LH também parece induzir o termino da primeira divisão meiótica do ovócito primário. Portanto, folículos ovarianos maduros contem ovócitos secundários.
CORPO LÚTEO
Logo após a ovulação, as paredes do folículo ovariano e da teca folicular colapsam e se tornam enrugadas. Sob a influencia do LH elas se desenvolvem em uma estrutura glandular, o corpo luteo, que secreta progesterona e alguma quantidade de estrogênio, que preparam o endométrio para implantação do blastocisto.
· Se o ovócito é fertilizado, o corpo luteo aumenta de tamanho e forma o corpo lúteo gravídico. A degeneração do CL é impedida pela gonadotrofina coriônica humana, hCG, hormônio secretado pelo sinciciotrofoblasto do blastocisto, rico em LH. Permanece durante as primeiras 20 semanas de gravizes. Nessa época a placenta assume a produção de estrogênio e progesterona necessários para a manutenção da gestação.
· Se o ovócito não é fertilizado, o corpo luteo involui e degenera 10 a 12 dias após a ovulação, chamado de corpo luteo da menstruação. O CL é transoformado em uma cicatriz branca no ovário, o corpo albicans.
CICLO MENSTRUAL
É o período durante o qual o ovócito amadurece, é ovulado e entra na tuba uterina. O endométrio é um “espelho” do ciclo ovariano, porque responde de maneira sistemática às concentrações flutuantes de gonadotrofinas e hormônios ovarianos.
· FASE MENSTRUAL: o primeiro dia da menstruacao corresponde ao inicio do ciclo menstrual. A camada funcional da parede uterina desintegra-se e é expelida com o fluxo menstrual – a mestruacao. Após a menstruacao, o endométrio erodido está delgado.
· FASE PROLIFERATIVA: coincide com o crescimento dos folículos ovarianos, e é controlada pelo estrogênio secretado por estes folículos. Ocorre um aumento de duas a três vezes na espessura do endométrio e no seu conteúdo de agua durante esta fase. O epitélio superficial reconstrói-se e recobre o endométrio. As glândulas aumentam em numero e em comprimento e as artérias espiraladas se alongam.
· FASE LÚTEA: coincide com a formação, crescimento e funcionamento do corpo luteo. A progesterona produzida pelo corpo luteo estimula o epitélio glandular a secretar um material rico em glicogênio. As glândulas tornam-se amplas, tortuosas e saculares. O endométrio espessa-se por influencia da progesterona e do estrogênio do corpo luteo. As artérias espiraladas crescem dentro da camada compacta superficial e se tornam intensamente enroscadas. 
Se a fertilização ocorrer: ocorre a clivagem do zigoto e blastogênese; o blastocisto começa a se implantar no endométrio; a hCG mantém o corpo luteo secretando estrogênio e progesterona; a fase lutea prossegue e não ocorre menstruacao.
Se a fertilização não ocorre: o corpo luteo degenera; níveis de estrogênio e progesterona caem e o endométrio entra na fase isquêmica; ocorre a menstruacao.
· FASE ISQUÊMICA: ocorre quando o ovócito não é fertilizado. A isquemia (redução do suprimento sanguineo) ocorre quando as artérias espiraladas se contraem, dando ao endométrio um aspecto pálido. Esta constrição resulta do decréscimo de secreção de hormônios. Ocorre tamem parada de secreção glandular, perda de fluido intersticial e acentuada retração do endométrio. As artérias espiraladas contraem-se por períodos maiores. Isto acarreta estase venosa e necrose isquêmica (morte) nos tecidos superficiais. Finalmente, segue-se a ruptura da parede dos vasos lesados e o sangue penetra o tecido conjuntivo adjacente. Formam-se, então, pequenos lagos de sangue, que se rompem na superfície endometrial, resultando em sangramento para a luz uterina e através da vagina. Toda a camada compacta e a maior parte da esponjosa são eliminadas na menstruacao.
· FASE DA GRAVIDEZ: se ocorrer a gestação, os ciclos menstruais cessam e o endométrio passa para uma fase gravídica.
· TRANSPORTE DOS GAMETAS
Vias pelas quais o ovócito e o espermatozoide passam até se encontrarem na ampola da tuba uterina.
TRANSPORTE DO OVÓCITO
O ovócito secundário é expelido do folículo ovariano com o fluido folicular que escapa. As extremidades das fimbrias movem-se para frente para tras sobre o ovário. A acao de varredura das fimbrias e a corrente de fluido produzida pelos cílios das celulas da mucosa das fimbrias “varrem” o ovócito secundário para o infundíbulo afunilado da tuba. O ovócito passa para a ampola principalmente como resultado da peristalse (contração e relaxamento da parede da tuba) em direção ao útero.
TRANSPORTE DOS ESPERMATOZOIDES
Do seu local de armazenamento no epidídimo (na cauda) são rapidamente transportados para a uretra por contrações peristálticas da cobertura muscular do ducto deferente. As glândulas sexuais acessórias (seminais, próstata e bulbouretrais) produzem secreções que são adicionadas ao fluidocontento espermatozoides no ducto deferente e uretra. Quando a ovulação ocorre, o muco cervical aumenta em quantidade, fica menos viscoso, tornando mais fácil o transporte dos espermatozoides. As prostaglandinas presentes no sêmen estimulam a motilidade uterina no momento do intercurso e ajudam no movimento dos espermatozoides para o sitio de fertilização na ampola da tuba. A frutose presente no sêmen é a fonte de energia para os espermatozoides. Cerca de 200 espermatozoides alcancam o local da fertilização. A maioria se degenera e é reabsorvida pelo trato genital feminino.
CONTAGEM DE ESPERMATOZOIDES: constituem pelo menos 10% do sêmen. 
	CONTAGEM NORMAL DES ESPERMATOZÓIDES: 100 MILHÕES DE SPZ/ MM³
	OLIGOSPERMIA: 50 MILHÕES DE SPZ/ MM³
	AZOESPERMIA: < 15 MILHÕES DE SPZ/ MM³
VASECTOMIA: é o método mais eficaz de contracepção masculina. Consiste na excisao de um segmento de cada ducto deferente. É um procedimento reversível em pelo menos 50% dos casos. Após a vasectomia não existem espermatozoides no ejaculado, embora a quantidade de fluido seminal permaneça a mesma.
VIABILIDADE DOS GAMETAS: os ovócitos são geralmente fertilizados em até 12h após a ovulação, não podem ser fertilizados após 24h, pois se degeneram rapidamente.
FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA
Normalmente, o local de fertilização é a ampola da tuba uterina, sua porcao maior e mais dilatada. Se o ovócito não for fertilizado aqui, ele passa lentamente em direção ao útero, onde se degenera e é reabsorvido. Sinais químicos secretados pelo ovócito e pelas celulas foliculares circundantes guiam os espermatozoides capacitados (quimiotaxia dos espermatozoides) para o ovócito. O processo de fertilização leva em torno de 24 horas. Por isso o uso da pílula do dia seguinte é recomendado o quanto antes!
FASES DA FERTILIZAÇÃO
· Passagem do espermatozoide através da corona radiata. A dispersão das celulas foliculares da corona radiata que circunda o ovócito e da zona pelúcida parece ser resultado principalmente da acao da enzima hialuronidase, liberada do acrossoma do espermatozoide. Os movimentos da cauda do espermatozoide também são importantes.
· Penetração da zona pelúcida: a formação de um caminho resulta também da acao de enzimas liberadas pelo acrossoma. As esterases, acrosina e neuraminidase parecem causar a lise da zona pelúcida, formando assim, um caminho para que o espermatozoide chegue ao ovócito. Logo que o espermatozoide penetra a zona pelúcida, ocorre uma reação zonal, uma mudança nas propriedades da zona pelúcida que a torna impermeável a outros espermatozoides.
· Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e espermatozoide. As membranas se fusionam e se rompem na área de fusão. A cabeça e a cauda do espermatozoide entram no citoplasma do ovócito.
· Termino da segunda divisão meiótica e formação do pronúcleo feminino. a penetração do ovócito pelo espermatozoide estimula o ovócito a completar a segunda divisão meiótica, formando um ovócito maduro e segundo corpo polar. Os cromossomas maternos se descondensam e o núcleo do ovócito maduro torna-se o pronúcleo feminino.
· Formação do pronúcleo masculino. Dentro do citoplasma do ovócito, o núcleo do espermatozoide aumenta para formar o pronucleo masculino e a cauda do espermatozoide degenera. O ovócito contendo dois pronucelos haploides é chamado de oótide.
· Logo que os pronucleos se fundem em uma agregação de cromossomos única e diploide, a oótide torna-se um ZIGOTO. Os cromossomas no zigoto arranjam-se em um fuso de clivagem.
*Um fator inicial de gravidez, uma proteína imunossupressora, é secretada pelas celulas trofoblásticas e surge no soro materno dentro de 24 a 48 horas após a fertilização.
FERTILIZAÇÃO:
· Estimula o ovócito penetrado a completar a segunda divisão meiótica.
· Restaura o numero diploide normal de cromossomos no zigoto (46).
· Resulta na variação da espécie humana através da mistura de cromossomos maternos e paternos.
· Determina o sexo cromossomial do embrião.
· Causa a ativação metabólica do ovócito e inicia a clivagem do zigoto.
FERTILIZAÇÃO IN VITRO E TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES
· Os folículos ovarianos são estimulados a crescer e amadurecer com a administração de gonadotrofinas.
· Vários ovócitos maduros são aspirados de folículos ovarianos maduros durante a laparoscopia. Os ovócitos também podem ser removidos de dentro dos folículos por uma agulha, guiada por ultra-som e introduzida através da parede vaginal.
· Os ovócitos são colocados em uma placa de Petri, contendo meio de cultura especial e espermatozoides capacitados.
· A fertilização dos ovócitos e a clivagem dos zigotos são monitoradas microscopicamente.
· Os zigotos em clivagem, no estagio de quatro a seis celulas, são transferidos para o interior do útero, introduzindo-se um cateter através da vagina e do canal cervical; a probabilidade de uma gravidez bem-sucedida é aumentada quando mais de 4 embrioes são inseridos.
· A paciente permanece em posição supina por varias horas.
FERTILIZAÇÃO IN VITRO ASSISTIDA
Tecnica que possibilita a ocorrência de fertilização na tuba uterina (transferência intrafalopiana de gametas). Envolve a superovulação, coleta de ovócitos e espermatozoides e a colocação, por laparoscopia, de vários ovócitos e espermatozoides dentro das tubas uterinas. A utlizacao dessa técnica permite que a fertilização ocorra no seu local normal, a ampola.
· CLIVAGEM DO ZIGOTO
Consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando em rápido aumento do numero de celulas, os blastômeros, que tornam-se menores a cada divisão por clivagem. A clivagem ocorre normalmente quando o zigoto passa pela tuba uterina em direção ao útero. A divisão do zigoto em blastômeros inicia-se cerca de 30 horas após a fertilização. Após o estagio de nove celulas, os blastômeros mudam sua forma e se agrupam firmemente uns com os outros para formar uma bola compacta de celulas. Este fenômeno, a compactação, provavelmente é mediado por glicoproteínas de adesão de superfície celular. Quando já existem 12 a 32 blastomeros, o ser humano em desenvolvimento é chamado de mórula, que se forma cerca de 3 dias após a fertilização e alcanca o útero.
NÃO DISJUNÇÃO DOS CROMOSSOMOS
Se ocorre a não-disjunção durante as divisões iniciais da clivagem do zigoto, forma-se um embrião com duas ou mais linhagens celulares com numero cromossomial diferente. Indivíduos nos quais está presente um mosaicismo numérico são chamados mosaicos. Por exemplo: um zigoto com um cromossoma 21 adicional pode perder o cromossoma extra durante a divisão inicial do zigoto. Consequentemente, algumas celulas do embrião podem possuir um complemento cromossomial normal e outras podem ter um cromossoma 21 adicional. Geralmente, indivíduos que são mosaicos para uma dada trissomia, como a Sindrome de Down mosaico, são menos severamente afetados do que aqueles cm a condição não-mosaico usual.
· 
· FORMAÇÃO DO BLASTOCISTO
Logo após a mórula ter alcançado o útero (4dias da fertilização), surge no interior da mórula um espaço preenchido por fluido, a cavidade blatocística. O fluido da cavidade uterina passa através da zona pelúcida para formar este espaço. O fluido separa os blastômeros em duas partes: 
· Uma delgada camada celular externa, o trofoblasto, que formará a parte embrionária da placenta, produzindo altos índices de HCG, o que é procurado em testes de gravidez.
· Um grupo de blastômeros localizados centralmente, a massa celular interna, que dará origem ao embrião. Por ser o primórdio do embrião, é chamada de embrioblasto.
Durante este estagio, a blastogênese, o concepto é chamado de blastocisto. Após o blastocisto permanecer livre e suspenso nas secreções uterinas por cerca de dois dias, a zona pelúcida gradualmente se degenera e desaparece. Equanto está flutuando no útero, este embrião inicial obtem nutrição as secreções das glândulas uterinas. Cerca de 6 dias após a fertilização, o blastocisto adere ao epitélio endometrial, normalmente adjacente ao pólo embrionário. O trofoblasto se diferencia em duas camadas:
·Uma camada interna de citotrofoblasto. Células mononucleadas mitoticamente ativas e que forma novas celulas que migram para a massa crescente de sinciciotrofoblasto, onde se fundem e perdem suas membranas celulares.
· Uma massa externa de sinciciotrofoblasto, que é uma camada de células embrionárias sinciciais originada dos trofoblastos, que tem como função abrir caminho na parede do endométrio para a implantação do blastocisto durante a primeira semana de gestação.
Em torno de 6 dias, os prolongamentos digitiformes do sinciciotrofoblasto se estendem para o epitélio endometrial e invadem o tecido conjuntivo. No fim da primeira semana, o blastocisto está superficialmente implantado na camada compacta do endométrio e obtem sua nutrição dos tecidos maternos erodidos. O sinciciotrofoblasto produz enzimas que erodem os tecidos maternos, possibilitando ao blastocisto implantar-se dentro do endométrio.
SEGUNDA SEMANA
· TÉRMINO DA IMPLANTAÇÃO E CONTINUAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
A implantação do blastocisto, iniciada no fim da primeira semana é completada no fim da segunda. O sinciciotrofoblasto invade o tecido conjuntivo endometrial e o blastocisto vagarosamente aprofunda-se no endométrio. As células endometriais sofrem apoptose, o que facilita a invasão do endométrio. O sinciciotrofoblasto produz um hormônio – gonadotrofina coriônica humana, hCG, que mantem a atividade hormonal do corpo luteo no ovário durante a gravidez, formando a base dos testes de gravidez.
FORMAÇÃO DA CAVIDADE AMNIÓICA, DISCO EMBRIONÁRIO E SACO VITELINO
Aparece um pequeno espaço no embrioblasto, que é o primórdio da cavidade amniótica. As celulas amniogênicas, os amnioblastos, se separam do epiblasto e revestem o âmnio, que envolve a cavidade amniótica. No embrioblasto ocorre formação de uma placa bilaminar quese circular de celulas achatadas, o disco embrionário, formado por duas camadas:
· O epiblasto, camada mais espessa, com celulas relacionadas com a cavidade amniótica.
· O hipoblasto, celulas adjacentes à cavidade excelômica. 
O epiblasto forma o assoalho da cavidade amniótica e é continuo com o âmnio. O hipoblasto forma o teto da cavidade exocelomica e é continuo com a delgada membrana exocelomica e formam o saco vitelino primitivo. As celulas do endoderma do saco vitelino formam uma camada de tecido conjuntivo, o mesoderma extra-embrionario, que circunda o amnio e o saco vitelino. Assim que se forma o amnio, o disco embrionário e o saco vitelino primitivo, surgem cavidades isoladas, as lacunas, no sinciciotrofoblasto. O fluido nos espaços lacunares, o embriotrofo, passa por difusão ao disco embrionário e fornece material nutritivo ao embrião. A comunicação dos capilares endometriais rompidos com as lacunas estabelece a circulação uteroplacentária primitiva. No 10° dia, o concepto humano está completamente implantado no endométrio.
Celulas do tecido conjuntivo endometrial sofrem uma transformação, a reação decidual, cuja principal função é fornecer ao concepto um sitio imunologicamente privilegiado. 
No embrião de 12 dias, as lacunas sinciciotrofoblasticas adjacentes fundem-se para formar as redes lacunares, que são os primórdios dos espaços intervilosos da placenta. 
Os capilares endometriais em torno do embrião implantado tornam-se congestos e dilatados, formando os sinusoides, que são erodidos pelo sinciciotrofoblasto e o sangue materno flui livremente para o interior das redes lacunares. O mesoderma extra-embrionario cresce e surgem no seu interior espaços celômicos extra-embrionarios isolados, que fundem-se rapidamente e formam uma grande cavidade isolada, o celoma extra-embrionario. Com a formação do celoma extra-embrionario, o saco vitelino primitivo diminui de tamanho e se forma um pequeno saco vitelino secundário. O saco vitelino não contem vitelo, entretanto, exerce importantes funções, como ser o sitio de origem das celulas germinativas primordiais e papel na transferência seletiva de nutrientes para o embrião. O trofoblasto absorve o fluido nutritivo das redes lacunares, que é, então, transferido ao embrião.
· DESENVOLVIMENTO DO SACO CORIÔNICO
O fim da segunda semana é caracterizado pelo surgimento das vilosidades coriônicas primarias. O celoma extra-embrionario divide o mesoderma extra-embrionario em duas camadas:
· O mesoderma somático extra-embrionario, que reveste o trofoblasto e cobre o amnio.
· O mesoderma esplâncnico extra-embrionario, que envolve o saco vitelino.
O mesoderma somático extra-embrionario e as duas camadas de trofoblasto formam o córion. O córion forma a parede do saco coriônico, dentro do qual o embrião com os sacos vitelino e amniótico estão suspensos pelo pedículo. O celoma extra-embrionário é agora chamado de cavidade coriônica.
O embrião no 14°dia ainda tem a forma de um disco embrionário bilaminar, mas as celulas hipoblásticas, em uma área localizada, são agora colunares e formam uma área circular espessada, a placa precordal, que indica o futuro local da boca e um importante organizador da região da cabeça. 
· SÍTIOS DE IMPLANTAÇÃO DO BLASTOCISTO
Normalmente a implantação do blastocisto ocorre no endométrio, na porcao superior do corpo do útero, um pouco mais frequentemente na parede posterior do que na anterior.
IMPLANTAÇÃO EXTRA-UTERINA
Os blastocistos podem se implantar fora do útero. Estas implantações resultam em gestações ectópicas. 95 a 97% dessas implantações ocorrem na tuba uterina. 
Uma mulher com gravidez tubaria apresenta sinais e sintomas de gravidez. Ela também pode apresentar dor abdominal e sensibilidade por causa da distensão da tuba uterina. As gestações ectópicas produzem hCG mais lentamente do que as gestações com implantação normal. A sonografia endovaginal é muito útil na detecção inicial de gestações ectópicas.
Há varias causas de gravidez tubária, mas elas estão frequentemente relacionadas a fatores que atrasam ou impedem o transporte para o útero do zigoto em clivagem, por aderências da mucosa da tuba uterina ou por obstruções causadas por cicatriz resultante de infecção na cavidade pélvica abdominal.
Geralmente, a gravides ectópica tubária leva à ruptura da tuba uterina e hemorragia na cavidade abdominal durante as primeiras 8 semanas, seguida de morte do embrião.
Em casos muito raros, concepto abdominal morre e não é detectado. O feto torna-se calcificado, formando um “feto de pedra”, o litopédio.
RESUMO DA IMPLANTAÇÃO:
· DIA 5: a zona pelúcida se degenera. Seu desaparecimento resulta do crescimento do blastocisto e da degeneração causada por lise enzimática. As enzimas líticas são liberadas pelo acrossoma dos espermatozoies que circundam a zona pelúcida e penetram parcialmente.
· DIA 6: o blastocisto adere ao epitélio endometrial.
· DIA 7: o trofoblasto se diferencia em duas camadas- sinciciotrofoblasto e citotrofoblasto.
· DIA 8: os tecidos endometriais são erodidos pelo sinciciotrofoblasto, e o blastocisto começa a penetrar no endométrio.
· DIA 9: surgem lacunas cheias de sangue no sinciciotrofoblasto.
· DIA 10: o blastocisto penetra no endométrio e a falha neste endométrio é preenchida por um tampão.
· DIAS 10 E 11: lacunas adjacentes se fundem e formam redes lacunares.
· DIAS 11 E 12: os vasos sanguíneos endometriais são erodidos pelo sinciciotrofoblasto, permitindo que sangue materno entre nas redes lacunares e saia, estabelecendo, assim, a circulação uteroplacentária.
· DIAS 12 E 13: a falha no epitélio endometrial desaparece gradualmente com a reparação do epitélio.
· DIAS 13 E 14: as vilosidades coriônicas primarias são formadas.
· TERCEIRA SEMANA
A terceira semana é caracterizada pelo evento da gastrulação que promove:
· Aparecimento da linha primitiva
· Desenvolvimento da notocorda.
· Diferenciação das três camadas germinativa
· GASTRULAÇÃO 
É o processo formativo pelo qual as três camadas germinativas que são precursoras de todos os tecidos embrionários, e a orientação axial são estabelecidas nos embriões. Durante esse evento, o disco emb. Bilaminar se torna trilaminar, dando início ao processo de Morfogênese (desenvolvimentoda forma corporal). Ptns como BMP, FGFs E WNTS, são essenciais nesse processo. A gastrulação se inicia com a formação da linha primitiva na superfície do epiblasto do disco embrionário
 
Cada uma das três camadas germinativas ( ecto, endo e mesoderma) dão origem a estruturas especificas.
• O ectoderma embrionário dá origem à epiderme, ao sistema nervoso central e periférico, ao olho, à orelha interna e, como células da crista neural, a muitos tecidos conjuntivos da cabeça.
 • O endoderma embrionário é a fonte dos revestimentos epiteliais das vias respiratórias e do trato gastrointestinal, incluindo as glândulas que se abrem no trato gastrointestinal e as células glandulares dos órgãos associados, tais como o fígado e o pâncreas.
 • O mesoderma embrionário dá origem a todos os músculos esqueléticos, às células sanguíneas e ao revestimento dos vasos sanguíneos, a todo músculo liso visceral, a todos os revestimentos serosos de todas as cavidades do corpo, aos ductos e órgãos dos sistemas reprodutivo e secretor e à maior parte do sistema cardiovascular. No tronco, é a origem de todos os tecidos conjuntivos, incluindo a cartilagem, os ossos, os tendões, os ligamentos, a derme e o estroma dos órgãos internos.
	LINHA PRIMITIVA
O primeiro sinal da gastrulação é o aparecimento da linha primitiva. No início da terceira semana, aparece uma opacidade formada por uma faixa linear espessada do epiblasto — a linha primitiva. A linha primitiva resulta da proliferação e migração das células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário. Enquanto a linha primitiva se alonga pela adição de células na sua extremidade caudal, a extremidade cranial prolifera e forma o nó primitivo. Concomitantemente, na linha primitiva forma-se o estreito — sulco primitivo — que se continua com uma pequena depressão no nó primitivo — a fosseta primitiva. Assim que a linha primitiva surge, é possível identificar o eixo cefálico-caudal do embrião, as extremidades cefálica e caudal, as superfícies dorsal e ventral e os lados direito e esquerdo. O sulco e a fosseta primitivos resultam da invaginação das células epiblásticas.
Pouco depois do aparecimento da linha primitiva, células abandonam sua superfície profunda e formam o mesênquima, um tecido formado por células frouxamente arranjadas suspensas em uma matriz gelatinosa. As células mesenquimais são ameboides e ativamente fagocíticas . O mesênquima forma os tecidos de sustentação do embrião, tais como a maior parte dos tecidos conjuntivos do corpo e a trama de tecido conjuntivo das glândulas. Parte do mesênquima forma o mesoblasto (mesoderma indiferenciado), que forma o mesoderma embrionário ou intraembrionário. Células do epiblasto, assim como do nó primitivo e de outras partes da linha primitiva, deslocam o hipoblasto, formando o endoderma embrionário, no teto do saco vitelino. As células que permanecem no epiblasto formam o ectoderma embrionário ou intraembrionário. Dados de pesquisas sugerem q u e moléculas sinalizadoras (fatores nodais) da superfamília do fator de crescimento transformante β induzem o mesoderma. As células mesenquimais originadas da linha primitiva migram amplamente. Essas células pluripotenciais têm o potencial de proliferar e diferenciar-se em diversos tipos celulares, tais como fibroblastos, condroblastos e osteoblastos. Em resumo, através do processo de gastrulação, células do epiblasto dão origem a todas as três camadas germinativas do embrião, primórdios de todos os tecidos e órgãos.
A linha primitiva desaparece ao final da 4ª semana, caso isso não aconteça irá gerar certos problemas como o TERATOMA SACROCOCCÍGEO que seria a persistência de restos da linha primitiva, formação de células pluripotentes; acomete 1 em cada 3500 nascidos do sexo feminino; diagnosticado através de ultrassonografia; apresenta um bom prognóstico
MESODERMA INSUFICIENTE: irá promover uma anomalia, mais provável que ocorra na região caudal do disco embrionário, promovendo anomalias: no Membro inferior, sistema urogenital e nas vértebras lombossacrais. É uma herança multifatorial.
· SIRENOMELIA
· EVISCERAÇÃO
· REGRESSAO CAUDAL
· GASTROSQUIZE
FORMAÇÃO DA NOTOCORDA
· Eixo primitivo do embrião, em torno do qual se forma o esqueleto axial
· Seu resquício embrionário é o núcleo pulposo nas vertebras
· Formadas por cels. Do ectoderma que adentram a fosseta primitiva através do nó primitivo, se colocam entre a ecto e a endoderme e vão em direção cefálica, até chegarem a placa pré- cordal formando o processo notocordal, que adquire uma luz o canal notocordal, que cresce cefalicamente até encontrar a placa pré cordal
FORMAÇÃO DO SNC
1. A notocorda induz a formação da placa neural
2. As células mudam de forma e a placa se afunda no sulco neural (18 dias)
3. Formam-se as pregas neurais na goteira neural
4. As pregas se fundem e formam o TUBO NEURAL ( fim da 3ª semana)
OBS: as células da prega neural tem actina e miosina em seu citoesqueleto que fazem contrações para fechar o tubo neural
CRISTA NEURAL: gânglios sensitivos cranianos e espinhais, leptomeninges, bainhas de neurilemas dos nervos periféricos, células da suprarrenal, componentes musculares dareg. Cefálica
	DEFEITOS ATRELADOS AO TUBO NEURAL
· Galvária ausente
· Extensos defeitos à coluna vertebral 
· Acrania atrelada a meroanencefalia ou anencefalia (não formação da calota craniana)
OBS: O Ác. Valpróico – presente em remédios anti-epilépticos- causam DTNem 1 a 2 % das gestações quando ingerido durante o primeiro mês. Já suplementos vit. E Ác. Fólico ingeridos antes da concepção reduzem as chances de DTN e de aborto espontâneo.
SOMITOGÊNESE
· Somitos são blocos de mesoderma paraxial, que se segmentaram por indução da notocorda
· Se posicionam em cada lado da notocorda- orientação céfalo caudal –
· Originam ossos, músculos e derme do tronco
· O 1° forma-se por volta do 20° dia, e a partir daí a cada 24 horas se forma mais 3 pares
VASCULOGÊNESE E ANGIOGÊNESE
 
(V): formação de novos canais vasculares pela reunião de precursores celulares individuais chamados angioblastos
(A): formação de novos vasos pela ramificação de vasos pré existentes
· Início da 3ª semana
· Mesoderma extra embrionário do saco vitelínico
· Córion
· Pedículo do embrião
ÁREA CARDIOGÊNICA
· células mesenquimais da linha primitiva migram cefalicamente e se encontram em torno da placa pré-cordal – mesoderma cardiogênio – primórdio do coração
· O Coração começa a bater por volta do 21° dia – detectados no ultrassom na 5ª semana
VILOSIDADES CORIÔNICAS
· As secundárias: o mesênquima vai penetrando as primárias
· Terciárias: os vasos sanguíneos tornam- se visíveis
· Espaços intervilosos: sangue materno - difusão – sangue do embrião
· Vilosidades tronco: capa citotrofoblástica
RESUMO DA TERCEIRA SEMANA
 
• O disco embrionário bilaminar é convertido em um disco embrionário trilaminar durante a gastrulação. Essas mudanças começam com o aparecimento da linha primitiva, que aparece no início da terceira semana como um espessamento do epiblasto na extremidade caudal do disco embrionário. 
• A linha primitiva resulta da migração de células epiblásticas para o plano mediano do disco embrionário. A invaginação de células do epiblasto a partir da linha primitiva dá origem a células mesenquimais que migram ventral, lateral e cefalicamente entre o epiblasto e o hipoblasto.
 • Logo que a linha primitiva começa a produzir células mesenquimais, o epiblasto passa a ser conhecido como ectoderma do embrião. Algumas células do epiblasto deslocam o hipoblasto e formam o endoderma do embrião. Células mesenquimais produzidas pela linha primitiva logo se organizam em uma terceira camada germinativa, o mesoderma intraembrionário, ocupando a área entre o antigo hipoblasto e as células do epiblasto. As células do mesoderma migram para as bordas do disco embrionário, onde se unem ao mesoderma extraembrionário que recobre o âmnio e o saco vitelino.
 • No fim da terceira semana, há mesoderma em toda a extensão do embrião entre o ectoderma e o endoderma, excetona membrana bucofaríngea, no plano mediano na região ocupada pela notocorda e na membrana cloacal. 
• No início da terceira semana, células mesenquimais provenientes do nó primitivo da linha primitiva formam o processo notocordal, que se estende cefalicamente a partir do nó primitivo, entre o ectoderma e o endoderma do embrião até a placa pré-cordal. Formam-se aberturas no assoalho do canal notocordal, que logo coalescem, formando a placa notocordal. Essa placa se dobra e forma a notocorda, o eixo primitivo do embrião em torno do qual se forma o esqueleto axial (p. ex., a coluna vertebral).
 • A placa neural aparece como um espessamento do ectoderma do embrião, cefalicamente ao nó primitivo. A formação da placa neural é induzida pela notocorda em desenvolvimento. Na placa neural forma-se um sulco neural longitudinal, flanqueado por pregas neurais. A fusão das pregas forma o tubo neural, primórdio do sistema nervoso central. 
• À medida que as pregas neurais se fundem para formar o tubo neural, células neuroectodérmicas migram dorsolateralmente para formar a crista neural, entre o ectoderma da superfície e o tubo neural.
 • O mesoderma em cada lado da notocorda espessa-se e forma colunas longitudinais de mesoderma paraxial, que, no fim da terceira semana, dão origem aos somitos. 
• O celoma (cavidade) do embrião surge como espaços isolados no mesoderma lateral e no mesoderma cardiogênico. As vesículas celômicas coalescem subsequentemente formando uma única cavidade, em forma de ferradura, que dará origem às cavidades do corpo. 
• Os vasos sanguíneos aparecem primeiro na parede do saco vitelino, do alantoide e do córion. Eles se formam no embrião pouco depois. 
• O coração está representado por um par de tubos cardíacos endoteliais. No fim da terceira semana, os tubos cardíacos já se fundiram, formando um coração tubular, que está unido a vasos no embrião, no saco vitelino, no córion e no pedículo do embrião, formando o sistema cardiovascular primitivo. Os eritrócitos fetais e adultos originam-se de precursores hematopoéticos diferentes.
 • As vilosidades coriônicas primárias, ao adquirirem um eixo central de mesênquima, tornam-se vilosidades coriônicas secundárias. Antes do fim da terceira semana, formam-se capilares nas vilosidades coriônicas secundárias, transformando-as em vilosidades coriônicas terciárias. Extensões citotrofoblásticas dessas vilosidades-tronco se unem para formar uma capa citotrofoblástica que ancora o saco coriônico ao endométrio.

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