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Artigo - Aprendizagem e Afetividade-1

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APRENDIZAGEM E AFETIVIDADE
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
								
							Karen Luciana Gambatto Da Silveira.
							Maria Inmaculada Chao Cabanas.
RESUMO
	Este artigo tem como objetivo mostrar a importância da afetividade na educação infantil, tendo como ponto significativo no desenvolvimento ensino aprendizagem da criança, assim como na relação professor/aluno, buscando analisar de que forma a afetividade auxilia no desempenho e autoestima dos alunos da educação infantil. O artigo procurou correlacionar o papel da afetividade no desenvolvimento lógico da criança; e estabelecer a relação entre os estágios de desenvolvimento cognitivo e a afetividade. O estudo feito para a produção deste trabalho foi uma pesquisa bibliográfica tem como fonte o trabalho de teóricos, dentre outros La Taille (1992) com a perspectiva de Wallon, Vygotsky e Piaget. Concluiu-se que a afetividade sempre fez parte da vida de todos, e a partir de um determinado tempo começou-se a estudar a interferência da afetividade na aprendizagem desde a Educação Infantil. A partir deste trabalho, pudemos reconhecer a importância que existe no acolhimento da criança, em conhecer o que é afetividade e as formas de expressá-la, como é imprescindível alimentá-la e transmiti-la, e quão relevante é que o professor de Educação Infantil se mantenha atualizado e tenha oportunidade de desenvolver suas habilidades e conhecimento em sua prática pedagógica, pois desta forma poderá auxiliar de maneira efetiva na formação destas crianças. A forma pela qual for manifestado o afeto, seja gestual ou verbal, que levara a criança a se tornar um indivíduo consciente e ao mesmo tempo crítico, para que se sinta parte da sociedade, consequências essas que será visível diariamente.
Palavras Chaves: Afetividade; Aprendizagem; Professor/Aluno
1 INTRODUÇÃO
	
	Sobre a afetividade na educação infantil buscamos entender a importância e relevância no estudo da afetividade no contexto da educação infantil.
	A educação infantil precisa ser tratada de forma séria, pois é um segmento muito importante da educação, é a base, quando bem trabalhada ira capacitar crianças para evoluírem no seu quadro de desenvolvimento cognitivo.
	Como o professor pode aplicar na prática as competências Socio/emocionais? No que se diferem da Matemática ou Inglês? Qual o limite do afeto professor com a criança?
As demonstrações de carinho, cuidado e respeito entre professores, crianças e seus pares são fundamentais para o desenvolvimento pleno dos sujeitos. O professor não pode ignorar que seus educandos, assim como ele, são seres que quando tratados com afeto têm mais chance de se desenvolver emocional e intelectualmente.
	Algumas crianças chegam a passar 12 horas por dia dentro da escola e ficar todo esse tempo sem receber um abraço não é bom, mas essa não é a única forma de demonstrar afeto. Promover uma roda de conversa, ouvir com atenção os alunos contarem o que fizeram em casa, sentar ao lado enquanto desenham e perguntar a respeito, contar uma história enquanto troca a fralda, acompanhar as brincadeiras e observar o que estão falando entre si são formas pelas quais o professor pode demonstrar carinho, atenção e cuidado pela sua turma.
Para tentar refletir sobre essas questões deveríamos atentar nas consequências da ausência da afetividade na infância. As crianças merecem profissionais qualificados que se preocupem com sua aprendizagem de forma integral, como é discutido nos parâmetros curriculares nacional da educação infantil.
	Ser criança é um estado de vida que requer respeito e atenção por parte dos professores pois é o momento de desenvolver crianças autônomas, felizes, questionadoras, que amam ler, brincar, interagir, que não tem medo de perguntar, que não tem medo de ser feliz.
	Embora a função fundamental da escola seja a construção e a transmissão do conhecimento, é preciso indicar as relações afetivas como sendo importantíssimas, visto que a construção e transmissão de conhecimentos proposta pela escola gera a relação interpessoal, ou seja, a troca de experiências entre os indivíduos. Nesse sentido, Almeida e Mahoney (2004) consideram o afeto como agente presente e ativo no processo de aprendizagem, uma vez que há, na escola, a relação pessoa/pessoa tão importante para o desenvolvimento do ser.
É preciso refletir no porquê da relação afetiva entre professor/aluno ser de extrema importância para que o aluno possa se desenvolver de forma gratificante dentro da sala de aula, e ter um bom relacionamento não só com o seu educador, mas também com os colegas e a família. Refletir no quanto a criança pode ser afetada positiva ou negativamente tanto por sensações internas como externas.
	Em pesquisas feitas, vemos que para Wallon a afetividade e a cognição são processos indissociáveis, que se alternam em diferentes aprendizagens e estão em constante movimento por toda a vida do indivíduo.
	A primeira infância de 0 aos 5 anos, é o período em que os seres humanos constroem suas bases cognitiva, emocional, motora, social e ética. Quando ainda não sabem utilizar a linguagem oral, as crianças fazem uso principalmente da emoção para se comunicar com o mundo, através do choro e sorriso, por exemplo. Ao adquirir a fala, as crianças ganham mais um meio de expressar o que sentem e começam a se relacionar com o mundo de outra forma.
Responsável por investigar a emoção geneticamente, Henri Wallon diz que ela é a primeira manifestação de necessidade afetiva do bebê e o elo dele com o meio, tanto biológico como social. Isto é, quando a pessoa nasce, ela é só emoção. Essa revelação é fundamental para os que trabalham com as crianças, considerando-se que elas não vão comportar-se de maneira coerente, afetaria na maneira de tratar as situações que os cercam.
Quando uma criança manifesta insatisfação e reagi com teimosia, por exemplo, e o adulto não compreende que essa é uma reação normal, ele pode perder o controle da situação. Tentar debater racionalmente com a criança num momento de conflito como esse, não adiantaria, pois ela propende a não o ouvir, entendido que se encontra em uma agitação emocional.
	Para Jean Piaget a afetividade constitui a força propulsora do desenvolvimento, pois ela atribui valor às atividades, regulando a energia. Portanto a vida afetiva, assim como a vida intelectual, são adaptações contínuas, paralelas e interligadas. Nesse sentido a afetividade está presente no interesse, no prazer, na dor, na alegria, na tristeza, no sucesso ou no insucesso, por tanto, todos esses sentimentos fundamentais, atuam como mediadores da ação na qual a inteligência determina a estrutura, sendo a afetividade o motor do comportamento.
	Ainda de acordo com Piaget, o indivíduo torna-se um ser social no passar dos anos e na sua convivência interpessoal. Podemos considerar de duas maneiras diferentes as relações entre afetividade e inteligência. A verdadeira essência da inteligência é a formação progressiva das estruturas operacionais e pré-operacionais. Na relação entre inteligência e afeto, podemos presumir que o afeto causa a formação de estruturas cognitivas. Muitos autores têm apresentado tal tese, por exemplo, Charles Odier em seu estudo das relações em psicanálise sustentou que o esquema do objeto permanente – as descobertas que o bebe faz sobre a permanência do objeto quando ele desaparece do seu campo visual – é causado por sentimento, por relações objetais. Ou seja, isto é devido às relações afetivas da criança com o objeto ou pessoa envolvida. Em outras palavras, as relações afetivas da criança com o objeto mãe ou outras pessoas, são responsáveis pela formação da estrutura cognitiva. Assim, constatamos, a partir das afirmações de Piaget, que é fundamental neste processo a troca de atitudes e valores entre as crianças e os que fazem parte de seu convívio social.
2 DESENVOLVIMENTO
	
2.1 Afetividade e Inteligência
	A afetividade e inteligência são aspectos indissociáveis, intimamente ligados e influenciados pela socialização. Nesse sentido, tanto HenryWallon quanto Lev Vygotsky e Jean Piaget consolidam o entendimento sobre os aspectos socioafetivos para a cognição. Deste modo, Piaget, Vygotsky e Wallon – ao implementarem investigações acerca do desenvolvimento psicológico humano acabam por identificar na afetividade o seu caráter social, amplamente dinâmico e construtor da personalidade humana, além de estabelecer o elo de ligação entre o indivíduo e a busca do saber (por meio das interações sociais), convergindo os três para o postulado de que, embora considerada sob diversas matrizes, à afetividade cabe a função de desencadeadora do agir e do pensar humanos, isto é, para a efetivação do desenvolvimento sócio e cognitivo. (COSTA; SOUZA, 2012, p.12).
	No pensamento de Vygotsky, o desempenho psicológico está embasado nas relações sociais que o sujeito estabelece com o mundo exterior, as quais se desenvolvem num processo histórico. O sócio–histórico se manifesta como processo em que todo o mundo cultural mostra-se ao sujeito como "o outro", onde o indivíduo entende e interpreta o papel das influências exteriores para o despertar íntimo de suas reações emocionais, o que o torna capaz de interpretá-las e posteriormente controlá-las.
	As emoções, tidas como componentes de nossas funções mentais superiores, são antes produto da inserção humana num dado contexto sócio-histórico, o pensamento tem seu princípio no campo da motivação, a qual inclui inclinações, necessidades, interesses, impulsos, afeto e emoção. Vygotsky destaca a necessidade das conexões entre as extensões cognitiva e afetiva do funcionamento psicológico humano.
	Henri Wallon (1968) não coloca a inteligência como o principal componente do desenvolvimento, mas defende que a vida psíquica é formada por três elementos– motora, afetiva e cognitiva, que coexistem e atuam de forma integralizada. Segundo o estudioso, a afetividade é fator essencial para a formação integral do sujeito e por isso precisa ser entendida como um instrumento de sobrevivência do indivíduo já que a afetividade corresponde à primeira demonstração do psiquismo, motivando o desenvolvimento dos sujeitos.
	Wallon (1968) ainda acrescenta que a afetividade e a inteligência constituem a personalidade. Para ele a afetividade se vincula às sensibilidades internas e orientadas para o mundo social, para a construção da pessoa; enquanto que a inteligência está vinculada às sensibilidades externas e orientada para o mundo físico, para a construção do objeto.
	Para Piaget (1962) a afetividade estabelece um controle funcional tão importante quanto o da inteligência. Afetividade e inteligência estão em uma relação inseparável no desenvolvimento dos sujeitos e embora tenham funções bem definidas e diferenciadas entre si, são interdependentes em seu desenvolvimento, permitindo à criança atingir níveis de evolução cada vez mais elevados.
"É indiscutível que o afeto tem um papel essencial no funcionamento da inteligência. Sem o afeto não haveria nem interesses, nem 	necessidades, nem motivação; em consequência, as interrogações ou problemas não poderiam ser formulados e não haveria inteligência. O afeto é uma condição necessária para a constituição da inteligência. No entanto, em minha opinião, não é uma condição suficiente." (Piaget, 1962/1994, p.129)
	Segundo Piaget, o indivíduo não nasce um ser social, esta formação se dará ao longo dos anos nos processos de socialização e interação com outros sujeitos. O desenvolvimento social age sobre o desenvolvimento cognitivo e afetivo; o desenvolvimento social está relacionado ao desenvolvimento cognitivo e afetivo e este conhecimento social é constituído pela criança à medida que ela interage com os adultos e com outras crianças.
	Entende-se, com isso, que toda criança necessita de relações afetivas tanto da família quanto das pessoas com quem ela convive no ambiente escolar. A afetividade assume uma importante função para o desenvolvimento do ser humano e para a construção de aprendizagem. Os vínculos afetivos que são decorrentes das interações vêm estimular a construção de conhecimento de si e do mundo a que a criança pertence.
2.2 Relação afetiva professor/aluno, na prática pedagógica.
	Os primeiros anos de vida, em particular, os primeiros 5 anos de um ser humano, é a etapa que se caracteriza como o período de adaptação contínua ao meio físico e social, e nessa fase a afetividade contribui no desenvolvimento intelectual e moral da criança. Nessa hora acontece uma ruptura da vida com a família para iniciar novas experiências.
	Para que a criança tenha um processo de desenvolvimento positivo em todos os aspectos é necessário que ela se sinta segura e acolhida. É muito importante que o ambiente em que a criança será inserida, proporcione relações interpessoais saudáveis e enxergue essa criança em sua totalidade como indivíduo. Conhecer o aluno tem que estar dentro da prática educativa do professor, respeitar as diferenças e os limites de cada um deles, apoiando-se na afetividade,			
	A relação do professor não deve estar voltada apenas em repassar conhecimentos, seguir metas, mas sim, uma preocupação que visa atender em todos os momentos as dificuldades dos alunos, buscando uma relação de ternura e de compreensão, processo que requer tempo, construído a cada dia, segundo Piletti (2004. p.81), "As reações do professor dependem, em grande parte, da maneira como ele percebe os alunos. Convém que o professor tenha consciência de suas percepções que podem ser falhas e de que podem ser modificadas. ”
	Verificamos que, o desenvolvimento afetivo está relacionado aos sentimentos e as emoções e é perceptível por parte da criança. Estabelecer essas relações é essencial para que a criança desenvolva sua inteligência emocional e não tenha, no futuro, problemas afetivos.
	De acordo com a teoria walloniana, trabalhar a afetividade no ato educacional, mais precisamente na relação adulto/criança,é saber como lidar com as emoções, com a disciplina e com a postura do conflito eu/outro.
"No que diz respeito à afetividade, esta é sempre referida às vivências individuais dos seres humanos, são formas de expressão mais complexas e essencialmente humanas. A afetividade diz respeito a um conceito amplo, uma situação 	mais permanente, que engloba em seu interior os sentimentos, as emoções e as paixões e manifesta estados de sensibilidade, que vão de disposições orgânicas às sociais/existenciais ligadas à percepção que o indivíduo tem de si mesmo. ” (WALLON apud RODRIGUES, 2008, p.18)
Ter conhecimento de como enfrentar as situações emocionais em contexto de sala de aula, pode proporcionar mais segurança ao professor no desenvolver de suas atividades escolares.
Dantas considera que “A educação da emoção deve ser incluída entre os propósitos da ação pedagógica, o que supõe o conhecimento íntimo de seu modo de funcionamento” (1992, p.89). Desta forma, se a escola é um espaço onde os sentimentos estão presentes, o professor acaba por ter um papel essencial no desenvolvimento de uma prática que valorize a interação cognitivo afetiva, visto que, “a partir da convicção de que educar é desenvolver a inteligência conjuntamente com a emoção, a escola não pode ignorar a vida afetiva de seus alunos” (RODRIGUES e GARMS, 2007, p.35).	
Segundo Lopes, (2009, p.2):
"Quando a criança vai para a escola, leva consigo todos os conhecimentos já adquiridos, bem como os prenúncios de sua vida afetiva. Estes aspectos se relacionam dialeticamente, interagindo de forma significativa sobre a afetividade do conhecimento. Com isso, a escola, bem como todos os envolvidos no exercício de promover a socialização, possui papel de grande relevância no desenvolvimento infantil. ”
	
Wallon (1979), em sua teoria, afirma que o desenvolvimento intelectual envolve muito mais do que o cérebro, e as relações afetivas têm papel fundamental no desenvolvimento do sujeito. É por meio delas que a criança exterioriza seus desejos e suas vontades. Embora essas manifestações expressem um universo importante e perceptível, são pouco estimuladas em algumassituações do cotidiano escolar.
2.3 - Afetividade como fator de Qualidade na Educação Infantil
	
	Na vida afetiva as aprendizagens se constroem a partir das relações que as pessoas estabelecem e essas relações dão a ideia ao indivíduo de quem ele é. A qualidade dessas relações estabelecidas com o mundo permite ao sujeito contextualizar com seu professor e demonstrar a partir do retorno desta inter-relação
	 A afetividade é vital para todos os seres humanos, pois são os vínculos e as relações construídas com o outro durante a vida. Quando a criança entra na escola, sua importância se torna mais evidente ainda, por meio da relação professor e aluno. Sobre as relações emocionais Vygotsky nos diz:
"As relações emocionais exercem uma influência essencial e absoluta em todas as formas de nosso comportamento e em todos os momentos do processo educativo. Se quisermos que os alunos recordem melhor ou exercitem mais seu pensamento, devemos fazer com que essas atividades sejam ensinadas e instigadas emocionalmente. A experiência e a pesquisa têm demonstrado que um fato impregnado de emoção é recordado de forma mais sólida, firme e prolongada que um feito indiferente. ” (Vygotsky 2003, p 121)
	Na vida afetiva os conhecimentos se constroem a partir das relações que as pessoas estabelecem e essas relações dão a noção para o sujeito de quem ele é. A qualidade dessas reações estabelecidas com o mundo permite ao sujeito contextualizar com seu educador e demonstrar a partir do retorno desta inter-relação
Segundo Wallon, o professor necessita instigar seu aluno de maneira afetiva para que ele possa internalizar melhor o conteúdo a ser aprendido. Fatos e acontecimentos que envolvem a emoção, geram muito mais impactos e desenvolvem bem melhor os aspectos cognitivos do que os contrários. A escola precisa ser vista como um lugar onde a estimulação afetiva é necessária e possível. Todos sabem que no ambiente escolar, a formação cognitiva é privilegiada, contudo, o cognitivo e o afetivo se relacionam estreitamente um ao outro. O corpo, a emoção e o cognitivo mantêm uma relação de interdependência e complementaridade. Conforme argumentado por Wallon (2007, p. 198):
“É contra a natureza tratar a criança fragmentariamente. Em cada idade, ela constitui um conjunto indissociável e original. Na sucessão de suas idades, ela é um único e mesmo ser em curso de metamorfoses. Feita de contrastes e de conflitos, a sua unidade será por isso ainda mais susceptível de desenvolvimento e de novidade. ”
	Virifíca-se em Wallon a não separação entre afeto, corpo e cognição. Ao longo da vida do indivíduo, o corpo, o afeto e a cognição estão influenciando um ao outro, nas atitudes, relações e nos pensamentos. É isso que faz do ser humano um sujeito organicamente social. “Cada indivíduo forma a própria identidade a partir das relações que tem com o outro, pelas mediações, linguagem e tudo que se coloca entre ele e o mundo”. (Wallon, 2007).
	No que se refere à afetividade no contexto da educação infantil, o professor, necessita estar ciente de que está se relacionando com um indivíduo que apresenta emoções, pensamentos, cultura e crença. “A escola por ser o primeiro agente socializador fora do círculo familiar da criança, torna-se a base da aprendizagem, se oferecer as condições necessárias para que ela se sinta segura e protegida” (Krueger, 2002, p 06).
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	
	A afetividade é essencial à prática pedagógica, e ao ambiente da educação infantil. É por meio dela que a criança passa a ter laços afetivos com os coleguinhas e o professor e também a melhorar de forma integral seu desenvolvimento cognitivo e motor.
	 Uma criança poderia ter suas habilidades potencializadas de uma forma adequada para desenvolver o seu lado afetivo favorável à aprendizagem se o professor em relação com esse sujeito dar a exata compreensão de como ele está, e proporcionar etapas para que ele avance. O professor que tenha uma formação crítica ajuda muito na sua prática pedagógica. Muitos professores acreditam que as crianças não fazem ligações afetivas adequadas ou não se importam, não se empenham em realizar as atividades escolares, entretanto, para que tais atividades ocorram a criança precisa se sentir inserida com o grupo, com o professor, com a escola. Não é um elo eventual para o indivíduo, estar inserido em um todo, um contexto mais envolvente do que se acredita, não é aquela ligação, aquele momento, existe todo um processo de construção da afetividade. O campo afetivo e a afetividade se constroem e são resultantes das relações que uma criança estabelece. Essas relações se constroem e deixam evidências afetivas que são os sentimentos, que vão se movimentar, agir e interagir no mundo de forma positiva ou negativa. Quanto melhor for a relação, o que não se deve ser confundido com não corrigir e não dar limites, mas sim o ambiente pedagógico, que isso poderá promover a aprendizagem ou não. Deve-se usar toda a energia que a criança apresenta em determinada atividade, para que ela possa se dedicar, motivar, ter energia para desempenhar outros processos de aprendizagem.
	O sentimento de autoestima ou baixa estima é fruto de relações de fracasso ou êxito nas relações entre o sujeito e o objeto e entre o sujeito e o professor. Afetividade é prática pedagógica, no pensar as condições de ensino, o que ensinar e suas relevâncias, sua clareza, o como organizar os conteúdos, as atividades para favorecer a interação do professor com o mesmo, o que fazer em sala de aula, pensar o como avaliar e a qualidade da mediação.
4 REFERÊNCIAS
Disponível em: http://www.ufjf.br/pedagogia/files/2017/12/O-AFETO-QUE-EDUCA.pdf Acesso em: 08 Abr 2020
Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/17883/afetividade-na-educacao-infantil-a-importancia-do-afeto-para-o-processo-de-aprendizagem#?download=true Acesso em 08 Abril 2020
Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/18713/livros-e-textos-para-mudar-o-relacionamento-dentro-de-sua-escola Acesso em: 06 Abril 2020
Disponível em: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-importancia-
afetividade-na-relacao-professor-aluno.htm Acesso em: 05 Abril
Disponível em: https://bdm.unb.br/bitstream/10483/5061/1/2013_NatalianneLemosdoPrado.pdf Acesso em: 03 Abr 2020
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-6vuFpW9dFs Acesso em: 27 Mar 2020
Disponível em: https://www.partes.com.br/2013/01/23/afetividade-e-inteligencia/ Acesso em 27 Mar 2020
Disponível em: http://editorarealize.com.br/revistas/cintedi/trabalhos/Modalidade_1datahora_08_11_2014_00_21_59_idinscrito_2089_3130700d934f0cbe1b5f77f32a556767.pdf Acesso em: 26 Mar 2020
Disponível em: https://www.ufrgs.br/psicoeduc/piaget/afetividade-e-inteligencia/ Acesso em:
12 out 2019.
Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/17883/afetividade-na-educacao-infantil-a- importancia-do-afeto- para-o-processo-de-aprendizagem Acesso em: 13 out 2019
Disponível em: https://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/5989_3432.pdf Acesso em 19 out
2019.
Disponível em: https://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf Acesso em 20 out
2019.
LA TAILLE, Y. Piaget, Vygotsky, Wallon: Teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992

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