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Histologia 2

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Situação problema:
 
“Paciente do sexo masculino, 75 anos, hipertenso, diabético e dislipidêmico, internado no serviço de cardiologia do Hospital Municipal, com quadro de dor precordial e claudicação intermitente. Foi submetido a estudo cineangiocoronariográfico que evidenciou ateromatose coronariana significativa com obstrução de 90% em coronária direita, 50% da circunflexa, e 40% na descendente anterior, além de extensa dilatação aneurismática do ventrículo esquerdo e acinesia de parede inferior e apical.”
FONTE: http://www.revistas.usp.br/revistadc/article/viewFile/58906/61884
 
O envelhecimento da população representa um desafio para o sistema de saúde pelo aumento da incidência de doenças crônico-degenerativas, o que leva a crescentes custos econômicos e sociais. A mortalidade por doenças cardiovasculares aumenta com a idade: a partir dos 50 anos passa a ser a maior e a principal causa de óbitos no Brasil. A aterosclerose é uma dessas doenças, tendo diferentes fatores de riscos.
 
Sabemos que aterosclerose é uma resposta inflamatória do tecido conjuntivo subendotelial à presença de lipídios. Você poderia explicar o processo de aterosclerose levando em consideração os aspectos histológicos do conjuntivo?
 
 
Tecido Conjuntivo
 
O tecido conjuntivo é formado por diversos tipos de células separadas entre si por quantidades variáveis de matriz extracelular. Pode-se dividir as células do tecido conjuntivo em duas populações: células residentes e células transitórias.
 
As células residentes são componentes habituais e permanentes do tecido conjuntivo. No tecido conjuntivo do tipo propriamente dito, as células residentes são o fibroblasto, o macrófago, o mastócito e a célula mesenquimal.
 
 Fonte: http://pt.slideshare.net/marinadapieve/tecido-conjuntivo-32914224
 
Nos vários outros tipos e subtipos de tecido conjuntivo podem existir outras células residentes, como por exemplo, as células cartilaginosas na cartilagem (condroblastos e condrócitos), células ósseas no osso (osteoblastos, osteócitos e osteoclastos) e assim por diante.
 
 Fonte: http://blogelseviersaude.elsevier.com.br/medicina/tecido-conjutivo-funes-gerais-e-matriz-extracelular/
 
A maioria das células residentes tem vida longa, mas em caso de necessidade, no caso de uma resposta inflamatória ou algum processo de reparo, o número de células teciduais podem aumentar à custa de células-tronco mesenquimais (no caso de fibroblastos) ou a partir de células progenitoras vindas da medula hemopoiética (no caso de mastócitos e macrófagos).
 
As células transitórias são células que migram pelo tecido conjuntivo, vindas principalmente do sangue. Fazem parte destas células os leucócitos ou glóbulos brancos do sangue. A função destas células na defesa do organismo contra moléculas estranhas e micro-organismos é exercida quase que inteiramente no tecido conjuntivo. A presença destas células nos diferentes locais de tecido conjuntivo do corpo é variável e depende frequentemente de sinais químicos transmitidos por exemplo por células inflamatórias, que estimulam a saída dos leucócitos dos vasos sanguíneos e seu acúmulo no tecido conjuntivo.
 
 Fonte: http://blogelseviersaude.elsevier.com.br/medicina/tecido-conjutivo-funes-gerais-e-matriz-extracelular/
 
A matriz extracelular é composta principalmente de macromoléculas, água, íons, peptídios, pequenos carboidratos e outras pequenas moléculas. As macromoléculas que mais caracterizam a matriz extracelular do tecido conjuntivo são glicoproteínas, glicosaminoglicanas e proteoglicanas, cuja composição molecular, quantidade e proporção relativa variam nos diferentes tipos de tecido conjuntivo e nos diferentes locais e órgãos do organismo.
A parte da matriz extracelular formada por macromoléculas (principalmente glicosaminoglicanas e proteoglicanas), que não se organizam em filamentos é denominada matriz extracelular fundamental (ou amorfa). Esta parte da matriz nem sempre é bem preservada nos preparados histológicos e nem sempre se cora muito bem pela hematoxilina e eosina. É pouco visível nos preparados rotineiros onde é responsável pelo aspecto aparentemente "vazio" de muitos locais da matriz. Vários de seus componentes podem ser visualizados por outras colorações e técnicas histoquímicas ou imunohistoquímicas.
As fibras presentes no tecido conjuntivo são: fibras colágenas, fibras reticulares e fibras elásticas.
Fonte: https://crentinho.wordpress.com/2009/10/12/tecidos-conjuntivos/
 
O tecido conjuntivo exerce uma série de importantes funções no organismo, dentre as quais se destacam:
· sustentação de outros tecidos e órgãos e do corpo como um todo
· preenchimento de espaços entre outros tecidos e estruturas e adesão entre tecidos para a estruturação dos órgãos
· meio de passagem de vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. Exerce um papel importante na nutrição de células de outros tecidos facilitando a difusão de gases, nutrientes e metabólitos entre o sangue e os tecidos
· reserva energética nas células adiposas
· defesa do organismo através dos órgãos linfóides, das células linfóides e do sistema mononuclear fagocitário, todas estas células pertencentes ao tecido conjuntivo
· defesa do organismo pela participação de suas células na resposta inflamatória e por ser sede da maioria das respostas inflamatórias
· produção de células sanguíneas pela medula hematopoiética.
Em função da diversidade de funções do tecido conjuntivo, desenvolveram-se vários tipos e subtipos deste tecido, todos possuindo as mesmas características básicas: células de origem mesodérmica envolvidas por matriz extracelular de composição complexa.
Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/tecido-conjuntivo-1.htm
 
Classificação dos Tecidos Conjuntivos
Para saber mais sobre a classificação do tecido conjuntivo acesse o link e assista ao vídeo abaixo.
LINK -http://www.icb.usp.br/mol/4-31-tiposconjunt.html
 
 
Tecido conjuntivo propriamente dito
O tipo mais comum de tecido conjuntivo é o tecido conjuntivo propriamente dito que existe em praticamente todo o corpo. Corresponde à maior parte das descrições de células e matriz extracelular apresentadas até agora. É constituído por células residentes, das quais a predominante é o fibroblasto, além de macrófagos, mastócitos e células mesenquimais. Células transientes em quantidades diferentes são habitantes usuais deste tecido. Sua matriz extracelular é constituída principalmente por colágeno e suas funções mais importantes são:
· suporte de epitélios de revestimento e glandulares
· suporte de vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos
· suporte dos componentes do tecido muscular
· preenchimento de espaços no interior de tecidos, entre tecidos e entre órgãos
· proteção e contenção de órgãos formando cápsulas ao seu redor
· contenção e separação de músculos esqueléticos formando as chamadas fascias
· união de músculos esqueléticos a ossos constituindo os tendões.
Dependendo da proporção relativa entre células e matriz extracelular, o tecido conjuntivo propriamente dito pode ser classificado em: (1) Tecido conjuntivo propriamente dito frouxo; (2) Tecido conjuntivo propriamente dito denso, que pode ser dos tipos: 2.1  modelado ou 2.2 não modelado
Fonte: http://www.teliga.net/2009/09/tecido-conjuntivo-propriamente-dito.html
 
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/396646/
 
2- Tecido Conjuntivo Mucoso
 
No  Tecido mucoso é um tecido conjuntivo no qual predomina amplamente hialuronato sobre outras moléculas da matriz. Um componente importante da matriz extracelular fundamental é a molécula hialuronato, antigamente denominado ácido hialurônico. Esta molécula garante muitas das propriedades do tecido conjuntivo, entre as quais a retenção de grande quantidade de água neste tecido e que é importante para a difusão de outras moléculas pelo tecido conjuntivo. O tecido mucoso é encontrado no cordão umbilical e na polpa dental. O cordão umbilical deve ao hialuronato sua consistência mole e ao mesmo tempo elástica. Neste local o tecido mucoso também é conhecido por Geléia de Wharton.A figura é de um cordão umbilical que mostra uma grande quantidade de espaços e regiões muito pouco coradas. O hialuronato é de difícil preservação nos fragmentos destinados à preparação de cortes e não se cora bem pelos corantes usuais, razões pelas quais pouco se vê nesta imagem. Algumas poucas células, especialmente fibroblastos e células mesenquimais (células-tronco), são encontradas neste tecido.
 Fonte: http://www.icb.usp.br/mol/4-37tecmucoso.html
 
Tecido Conjuntivo Elástico
 
O tecido elástico é encontrado no ligamento suspensor do pênis, em um dos tipos de ligamentos intervertebrais, em alguns dos ligamentos das cartilagens da laringe e no ligamento nucal de ruminantes. Alguns autores classificam de tecido elástico a parede de artérias de grande calibre, ricas em lâminas de material elástico, como ocorre na aorta (figura abaixo). É composto de grande quantidade de material elástico, principalmente sob a forma de fibras elásticas entremeadas por fibras colágenas. O material elástico confere a estas estruturas uma cor amarelada.
 
 Fonte: http://www.teliga.net/2009/09/tecido-conjuntivo-propriamente-dito.html
 
Tecido Conjuntivo Reticular
 
O tecido reticular é rico em fibras reticulares que formam uma rede tridimensional a qual suporta células livres em suas malhas. É encontrado nos órgãos linfóides e hematopoiéticos (produtores de células sanguíneas).
 Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio12.php
 
Tecido Conjuntivo Adiposo
 
O tecido adiposo faz parte do grupo de subtipos de tecido conjuntivo reunidos sob a denominação Tecido conjuntivo de propriedades especiais. É constituído de células denominadas adipócitos, separadas entre si por pequena quantidade de matriz extracelular. Esta é constituída em grande parte por uma rede de delgadas fibras reticulares formadas principalmente por colágeno tipo III e pouco observáveis ao microscópio de luz com colorações rotineiras. Além dos adipócitos, são encontradas quantidades menores de outras células residentes e transientes do tecido conjuntivo.
Os adipócitos se caracterizam por acumular lipídios em seu citoplasma, sob forma de pequenas gotas suspensas no citosol. Estas gotas não são revestidas por membranas e são, portanto, consideradas inclusões. Estes lipídios são em sua maior parte triglicerídios, também chamados gorduras neutras, formados por moléculas de glicerol unidas por ligações éster a cadeias de ácidos graxos.
O número e tamanho das gotas de lipídios nos adipócitos pode variar consideravelmente. Quando os adipócitos se desenvolvem acumulam lipídios e há numerosas pequenas gotas deste material no citoplasma.
· No tecido adiposo unilocular estas gotas acabam se fundindo em uma grande gota que ocupa a maior parte do adipócito, deslocando o restante do citoplasma e o núcleo para a periferia da célula.
· No tecido adiposo multilocular os adipócitos mantêm muitas pequenas gotas de lipídios no citoplasma e o núcleo ocupa diferentes posições na célula, seja no centro ou na periferia.
Fonte: http://pt.slideshare.net/022010/tecido-adiposo-e-cartilaginoso
 
Os tecidos adiposos uni e multilocular têm grandes diferenças funcionais, além da diferente distribuição e tamanho das gotas de lipídios.
O tecido adiposo unilocular predomina sobre o multilocular em relação à quantidade. Macroscopicamente sua cor é frequentemente amarelada devido a pigmentos e vitaminas (principalmente vitamina A) dissolvidos nos lipídios e por esta razão também é denominado de tecido adiposo amarelo. É o principal reservatório de lipídios para serem usados como fonte de energia. É encontrado espalhado em quase todo o organismo e, além disso, concentra-se em algumas partes onde forma coxins de apoio (nas palmas das mãos, planta dos pés e nádegas), na cavidade abdominal (especialmente em estrutura denominada omentos), nas camadas profundas da pele (camada subcutânea), na parte posterior dos globos oculares. Além de reservatório energético e servir como coxins de apoio o tecido adiposo unilocular serve para preenchimento de locais entre órgãos e sustentação de órgãos. Há diferenças sexuais na distribuição de tecido adiposo unilocular. 
Na espécie humana o tecido adiposo multilocular é encontrado quase que somente em recém nascidos. É encontrado regularmente em espécies animais que hibernam. Sua localização é geralmente na região das cinturas pélvica e escapular (por exemplo em torno da laringe e traquéia e em torno da adrenal). Sua função conhecida é "reanimar" animais que estejam no fim da fase de hibernação, por meio do aquecimento do sangue que passa pelos numerosos capilares existentes neste tecido. Ao fim da hibernação os adipócitos deste subtipo de tecido adiposo recebem sinalização para metabolizar os lipídios e liberar energia térmica que é transmitida para o sangue, assim lentamente elevando a temperatura do resto do corpo. A coloração natural do tecido multilocular é mais escura e por esta razão também é denominado tecido adiposo pardo ou marrom.
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA6xAAI/tecido-adiposo
 
As mitocôndrias das células do tecido adiposo multilocular transformam a maior parte da energia dos lipídios em energia térmica, em vez de produzir ATP, comportamento portanto diferente do que acontece na maioria das outras células do organismo, inclusive das células adiposas do tecido unilocular.
Os lipídios destas últimas são lisados e seus componentes (glicerol e ácidos graxos) são transportados isoladamente para o sangue onde são novamente reunidos formando micelas para serem distribuídos e usados por outras células como fonte de energia ou para fabricação de outras moléculas. Os lipídios do tecido unilocular tem grande mobilidade -são constantemente renovados por meio de novas moléculas que chegam à célula e de moléculas de lipídios que são quebradas e transportadas para o sangue. 
O tecido adiposo unilocular, da mesma forma como o multilocular, possui uma rica irrigação sanguínea formada principalmente por capilares. Além de agirem como reserva energética os adipócitos secretam vários hormônios.
 
Tecido Conjuntivo Cartilaginoso
O tecido cartilaginoso é um tipo de tecido conjuntivo constituído por células denominadas condrócitos e por grande quantidade de matriz extracelular. A matriz do tecido cartilaginoso tem consistência mais rígida que a do tecido conjuntivo propriamente dito. Devido a isto os condrócitos se alojam em pequenas cavidades da matriz denominadas lacunas.
Fonte: http://www.infoescola.com/histologia/tecido-cartilaginoso/
A matriz extracelular do tecido cartilaginoso tem algumas características peculiares:
1. na cartilagem do tipo hialina e na cartilagem do tipo elástica, o colágeno é constituído principalmente por moléculas de colágeno do tipo II. Estas moléculas formam fibrilas muito delgadas, mas não chegam a constituir fibras e por isto são dificilmente visíveis por microscopia de luz. Na cartilagem do tipo elástica há, além disso, muito material elástico e fibras elásticas.
2. grande quantidade de matriz extracelular fundamental na qual predominam glicosaminoglicanas sulfatadas (sulfatos de condroitina) e não sulfatados (hialuronatos). Estas moléculas são as principais responsáveis pela rigidez deste tecido e pela sua consistência característica.
3. como as moléculas da matriz fundamental possuem muitos radicais ácidos a matriz é corada preferentemente por corantes básicos. Portanto, em cortes corados por hematoxilina e eosina a matriz tem cor azulada, ao contrário da matriz do tecido conjuntivo propriamente dito que é acidófila devido à presença de grande quantidade de fibras colágenas.
O tecido cartilaginoso existe no corpo sob forma de peças cartilaginosas de tamanhos muito variados. O tecido cartilaginoso não é irrigado por vasos sanguíneos e é uma das razões pelas quais as peças cartilaginosas tendem a ser pequenas em comprimento e quase sempre são delgadas. Desta maneira, são pequenas as distâncias que os nutrientes, metabólitos e gases devem percorrer para se difundir no interior da matriz cartilaginosaa partir dos vasos sanguíneos localizados no tecido conjuntivo propriamente dito que envolve a cartilagem, para atingirem os condrócitos que estão no interior da cartilagem.
Fonte: http://www.icb.usp.br/mol/6-2-exemplos.html
Exemplos de localização do tecido cartilaginoso:
1- superfícies articulares
2- zonas de crescimento longitudinal de ossos longos
3- orelha
4- nariz
5- epiglote
6- laringe
7- traquéia
8- brônquios extrapulmonares e intrapulmonares
Funções do tecido cartilaginoso:
1. Uma das funções principais da cartilagem é estrutural: oferecer apoio e manutenção da forma de vários componentes do corpo. Na orelha e no aparelho respiratório, por exemplo, as cartilagens têm um papel muito importante para manter abertos o conduto auditivo externo e os dutos que servem de passagem de ar.
2. A segunda função importante é a de revestir superfícies articulares. Como a superfície das peças cartilaginosas é muito lisa, ela interage com outra superfície cartilaginosa quase sem atrito. Nas articulações, além da superfície lisa das cartilagens, há quase sempre líquido que contribui para o deslizamento adequado entre as superfícies cartilaginosas
3. Durante a vida fetal uma grande parte do sistema esquelético é formada por tecido cartilaginoso. As peças cartilaginosas tem a forma dos futuros ossos e servem de molde para o desenvolvimento do tecido ósseo e de grande parte do sistema esquelético definitivo.
Há três tipos de tecido cartilaginoso:
1. Cartilagem hialina: é o tipo mais comum de cartilagem no organismo e possui fibrilas de colágeno tipo II em sua matriz extracelular.
2. Cartilagem elástica: além de fibrilas colágenas possui grande quantidade de material elástico na sua matriz extracelular.
3. Cartilagem fibrosa ou fibrocartilagem: possui espessas fibras de colágeno tipo I, entre as quais se localizam fileiras de células cartilaginosas.
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/294043/
 
Tecido Conjuntivo Ósseo
O tecido ósseo, sendo um tipo de tecido conjuntivo, é formado por células residentes originadas do mesênquima e por abundante matriz extracelular. O tecido ósseo possui:
(1) os osteócitos, células residentes maduras plenamente diferenciadas e funcionantes, se localizam no interior da matriz óssea, em lacunas.
(2) os osteoblastos, células que sintetizam a região orgânica da matriz óssea e participam da mineralização da matriz, uma vez que possuem capacidade de concentrar fosfato de cálcio. Aprisionados pela matriz recém-sintetizada, passam a ser chamado de osteócitos.
(3) os osteoclastos, são células gigantes, móveis e ramificadas irregularmente, com vários núcleos. Secretam substâncias como colagenase, que digerem a matriz orgânica e dissolvem sais de cálcio. Especializada em destruir e reabsorver tecido ósseo é importante nos processos de remodelação óssea e no controle metabólico de cálcio no organismo.
 
Para saber mais sobre o processo de osteoporose acesse o link abaixo.
 
Link - http://www.uddo.com.br/osteoporose/osteo2a.htm
 
 Fonte: http://pt.slideshare.net/nursemila/aula-tecido-sseo-presentation
Há muitas semelhanças entre o tecido cartilaginoso e o ósseo. As matrizes extracelulares de ambos são rígidas, a do osso em grau muito maior. Por esta razão as células do tecido ósseo habitam pequenas cavidades da matriz óssea -lacunas- à semelhança do que acontece com os condrócitos na cartilagem.
A matriz extracelular do osso é bastante especial, pois é formada de uma porção orgânica e de uma porção mineralizada. Possui duas características principais:
1. Predomínio de moléculas de colágeno do tipo I organizadas em fibras. Dependendo do tipo de osso e do seu grau de amadurecimento, as fibras podem estar dispostas de maneira pouco organizada ou de maneira altamente organizada.
Além de colágeno, a matriz contém muitas outras moléculas, principalmente proteoglicanas e glicoproteínas, algumas delas exclusivas ou características do tecido ósseo.  As fibras colágenas são acidófilas e se coram bem pela eosina. Isto significa que após coloração por hematoxilina e eosina a matriz óssea fica cor de rosa ou alaranjada, ao contrário da matriz cartilaginosa que se cora predominantemente pela hematoxilina (é basófila e azulada).
2. A matriz óssea é calcificada devido à deposição de cristais de hidroxiapatita (formados de fosfato de cálcio) sobre as fibras colágenas da matriz.
Observando-se um osso seco pode-se ter a impressão errônea que o tecido ósseo é muito estático. Muito pelo contrário, este tecido é extraordinariamente dinâmico. Partes dos ossos estão o tempo todo sendo reabsorvidas e ao mesmo tempo novas porções de osso são adicionadas. Esta remodelação constante do osso decorre em resposta a vários estímulos, tais como tensão e pressão mecânicas, fatores nutricionais e endócrinos, fraturas. Além disso uma parte do cálcio existente nos ossos é constantemente retirada e transportada para o sangue e vice-versa, para que a concentração de Ca++ no plasma e no organismo como um todo seja mantida em níveis constantes. Para a manutenção dos níveis de cálcio entram em jogo vários mecanismos -entre os quais a absorção de cálcio no intestino, excreção de cálcio nos rins, deposição e reabsorção óssea- sob controle de vários hormônios.
Histologicamente, o tecido ósseo pode ser classificado em dois tipos: primário (ou imaturo), secundário ou lamelar, sendo que ambos apresentam a mesma constituição celular e de matriz óssea, com a diferença que o primeiro aparece no início do desenvolvimento embrionário, e reparo de fraturas, sendo então substituído pelo segundo tipo. A diferença morfológica entre os tipos de tecido ósseo se dá pela diferença de organização de suas estruturas.
Tecido Ósseo Primário - Em cada um dos ossos do corpo, a constituição inicial se dá pelo tecido ósseo primário, que é do tipo não lamelar. Posteriormente, é substituído por tecido ósseo lamelar, ou secundário, de modo que quase não está presente no adulto, exceto nas suturas dos ossos do crânio, alvéolos dentário, alguns pontos de inserção de tendões e/ou de reparo ósseo. A estrutura deste tipo de tecido é constituída de fibras colágenas sem organização definida, com menor concentração de minerais e um número maior de osteócitos do que os encontrados no tecido ósseo lamelar.
Fonte: http://www.uff.br/atlashistovet/TecOsseo.htm
 
Tecido Ósseo Secundário - Este é o tipo de tecido ósseo encontrado em maior abundância nos adultos, cuja principal característica é a organização de suas fibras colágenas em lamelas de cerca de 3 a 7 µm de espessura.
Um corte transversal do osso compacto não descalcificado e desgastado é composto de matriz óssea depositada em lamelas em diferentes padrões: as lamelas concêntricas ao redor de canais longitudinais, os canais de Harvers, que em conjunto formam o Sistema Harversiano ou ósteons; as superfícies - externa e interna do osso compacto estão compostas de lamelas ósseas concêntricas, são as lamelas circunferenciais externa e interna, respectivamente.
O sistema de Havers apresenta a morfologia de um cilindro longo, podendo ser bifurcado e formado por quatro a vinte lamelas concêntricas. No centro do cilindro, o canal de Havers, revestido internamente por endósteo, contêm os vasos e nervos que nutrem, irrigam e inervam os ossos. Os canais de Havers comunica-se entre si, com o canal medular e com a superfície óssea através de outra rede de canais transversais ou oblíquos, denominados canais de Volkmann, que se distinguem dos primeiros por não apresentarem formação em lamelas concêntricas.
Fonte: http://blogelseviersaude.elsevier.com.br/medicina/tecido-conjutivo-estrutura-ssea/
 
Principais funções dos ossos:
· função estrutural formando um eixo rígido dotado de flexibilidade (a coluna vertebral), suporte para os membros superiores e inferiores e para a cabeça.
· movimento, como local de ancoragem e transferência de forças dos músculos esqueléticos por meio de tendões e efetivação do movimento por meio de articulações
· proteção de órgãos internos como os da cabeça, tórax e abdômen
· reserva de íons importantespara o organismo, principalmente cálcio e fosfato
· locais de produção de sangue através do tecido hematopoético alojado em cavidades do osso (medula óssea hematogênica)
· na audição as ondas sonoras são transferidas para o ouvido interno por meio de pequenos ossos
· na fonação as cavidades dos ossos da face contribuem para o timbre da voz
 
 
Tecido Conjuntivo Sanguíneo
 
O sangue é uma variedade fluida de tecido conjuntivo. O material intercelular é substituído por um líquido de composição bastante específica, o plasma.
As células do sangue pertencem a duas linhagens de características morfológicas e funcionais diferentes: mielóide e linfóide.
Elementos figurados do sangue:
- Hemácias, eritrócitos ou glóbulos vermelhos, estruturas anucleadas que contém grande quantidade de hemoglobina no seu interior. Responsáveis pelo transporte de O2.
- Plaquetas são fragmentos celulares liberados pelo megacariócito (célula de medula óssea) responsáveis pela coagulação sanguínea.
- Leucócitos ou glóbulos brancos, grupo constituído por vários tipos celulares, atuam na defesa do nosso organismo. Conforme suas características do núcleo e citoplasma são subdivididos em:
 
         
1. a) Granulócitos ou polimorfonucleares. Seus núcleos têm cromatina densa e são divididos em pequenas porções unidas por filamentos delgados de cromatina. O número destas porções pode variar e por esta razão são denominados polimorfonucleares. O citoplasma das células deste grupo possui grânulos de diferente composição química, coloração e funções, denominados grânulos específicos. De acordo com suas várias características os leucócitos granulócitos podem ser:
· Neutrófilos - São os mais numerosos dos leucócitos, cerca de 55 a 65% do total. Seus núcleos tem cromatina densa, de coloração escura. Quando jovens seus núcleos têm a forma de um bastão em forma da letra C ou U. Esta forma de neutrófilo também é denominada bastonete. Quando maduros seus núcleos são subdivididos em várias porções (geralmente de três a cinco) unidas por filamentos de cromatina. Esta forma de neutrófilo também é denominada de segmentado. Seu citoplasma contém grânulos muito pequenos que se coram mal pelos vários corantes e assumem uma coloração cor de rosa clara. Os neutrófilos são móveis e fagocitários. São a primeira linha de defesa do organismo, já que são atraídos pela quimiotaxia até os micro-organismos patogênicos, destruindo-os.
· Eosinófilos - Seus núcleos costumam ter dois segmentos, porém é possível encontrar eosinófilos com mais de três segmentos. A grande característica dos eosinófilos está no seu citoplasma: possui um grande número de grânulos grandes corados em laranja ou cor de rosa. Esta coloração é dada pela eosina, daí o nome desta célula. Atuam nos organismos nas reações alérgicas. Os eosinófilos liberam a hidrocortizona, um hormônio que diminui essas reações alérgicas e a quantidade de eosinófilos no sangue. Também estão relacionados à defesa contra parasitos.
· Basófilos - Normalmente em pequeno número, cerca de 0,5% do total de leucócitos. Seus núcleos quase nunca são segmentados, sendo esféricos ou ovais e ocupam a maior parte do citoplasma. Os núcleos são frequentemente obscurecidos por pequenos grãos azuis e púrpura. São as células mais infrequentes dentre os leucócitos e as mais raras de serem encontradas em esfregaços. Os basófilos estão relacionados à liberação da heparina no sangue, uma espécie de anticoagulante. Isso supostamente estaria ligado a processos alérgicos e inflamatórios.
           
1. b) Agranulócitos ou mononucleares. Estas células tem núcleos esféricos, ovais ou indentados (em forma da letra C ou U), portanto seus núcleos não são segmentados. Seu citoplasma não possui grânulos específicos (daí o nome agranulócitos), porém podem possuir grânulos inespecíficos denominados azurófilos, que podem também estar presentes nos granulócitos. Estes grânulos são muito pequenos, parecendo pequenos pontos no citoplasma, e se coram em azul. Há dois tipos de agranulócitos:
· Linfócitos - são células geralmente pequenas, um pouco maiores que as hemácias. Seu núcleo esférico tem cromatina densa. O citoplasma se resume a uma delgada camada levemente basófila ao redor do núcleo. Os linfócitos são classificados em “T” e “B”. Os linfócitos T possuem um ciclo de vida maior, podendo chegar a anos, formando-se na medula óssea e migrando posteriormente até o timo. Os linfócitos B vivem menos, algumas semanas, e também são formados na medula óssea e, quando estimulados, migram para o tecido conjuntivo, convertendo-se em plasmócitos, produtores de anticorpos.
· Monócitos - são células grandes, as maiores do grupo dos leucócitos. Seu núcleo, de cromatina frouxa, é indentado e excêntrico (se situa fora do centro da célula). Possui bastante citoplasma, levemente basófilo. Ativamente móveis, os monócitos saem da circulação sanguínea para chegar ao tecido conjuntivo, tornando-se macrófagos. São ativos na fagocitose de micro-organismos patogênicos.
Fonte: https://gl.wikipedia.org/wiki/Sangue
 
Resolução da Situação Problema:
Historicamente concebida como uma condição decorrente do acúmulo progressivo de lipoproteínas do colesterol, atualmente sabe-se que a aterosclerose é uma doença inflamatória crônica do sistema arterial.
A aterosclerose é uma doença inflamatória crônica de origem multifatorial, ou seja, apresenta várias causas, que ocorre em resposta à agressão endotelial (revestimento epitelial interno das artérias), acometendo principalmente a camada íntima (composta por tecido conjuntivo) de artérias de médio e grande calibre.
A formação da placa aterosclerótica inicia-se com a agressão ao endotélio vascular devida a diversos fatores de risco, como a elevação de lipoproteínas (gorduras) aterogênicas (como o LDL - colesterol), hipertensão arterial, diabetes ou tabagismo. Como consequência, a disfunção do endotélio aumenta a permeabilidade da íntima às lipoproteínas plasmáticas (gorduras circulantes no sangue) favorecendo a retenção das mesmas.
Retidas, as partículas de LDL sofrem oxidação, causando a exposição de diversos neo-epítopos, tornando-as imunogênicas, ou seja, capazes de desencadear uma resposta do sistema imunológico. O depósito de lipoproteínas na parede arterial, processo-chave no início da aterogênese, ocorre de maneira proporcional à concentração dessas lipoproteínas no sangue.
Além do aumento da permeabilidade às lipoproteínas, outra manifestação da disfunção endotelial é o surgimento de moléculas de adesão leucocitária na superfície endotelial, processo estimulado pela presença da LDL oxidada. As moléculas de adesão são responsáveis pela atração de monócitos e linfócitos (tipos de glóbulos brancos de defesa) para a parede arterial. Induzidos por proteínas quimiotáticas, os monócitos  migram para o espaço subendotelial onde se diferenciam em macrófagos, que por sua vez captam as LDL oxidadas.
Os macrófagos (células transitórias do tecido conjuntivo e auxiliares do sistema imunológico) repletos de gorduras são chamados células espumosas e são o principal componente das estrias gordurosas, lesões iniciais da aterosclerose. Alguns mediadores da inflamação estimulam a migração e proliferação das células musculares lisas da camada média das artérias. Estas, ao migrarem para a íntima (camada mais interna), passam a produzir não só citocinas e fatores de crescimento, como também matriz extracelular que formará parte da capa fibrosa da placa aterosclerótica.
A placa aterosclerótica plenamente desenvolvida é constituída por elementos celulares, componentes da matriz extracelular e núcleo lipídico. Estes elementos formam na placa aterosclerótica, o núcleo lipídico, rico em colesterol e a capa fibrosa, rica em colágeno.
As placas estáveis caracterizam-se por predomínio de colágeno, organizado em capa fibrosa espessa, escassas células inflamatórias e núcleo lipídico de proporções menores.
As instáveis apresentam atividade inflamatória intensa, especialmente nas suas bordas laterais, com grande atividade proteolítica, núcleo lipídico proeminentee capa fibrótica fina. A ruptura desta capa expõe o material lipídico altamente trombogênico, levando à formação de um trombo (coágulo) sobrejacente. Este processo, também conhecido por aterotrombose, é um dos principais determinantes das manifestações clínicas da aterosclerose,  como a angina instável, infarto do miocárdio (ataque cardíaco) e o acidente vascular cerebral (derrame cerebral).
Fonte: Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Aterosclerose http://portaldocoracao.uol.com.br/aterosclerose/como-se-formam-as-placas-de-ateroma-nas-arterias
 
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Resumo:
Os tecidos conjuntivos tem origem mesodérmica. Caracterizam-se morfologicamente por apresentarem diversos tipos de células imersas em grande quantidade de material extracelular, substância amorfa ou matriz, que é sintetizado pelas próprias células do tecido.
A matriz é uma massa amorfa, de aspecto gelatinoso e transparente. É constituída principalmente por água e glicoproteínas e uma parte fibrosa, de natureza protéica, as fibras do conjuntivo.
 
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