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Questões - Interpretação das normas constitucionais

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QUESTÕES DISCURSIVAS – DIREITO CONSTITUCIONAL
1-A) Segundo a Teoria Constitucional, qual é a diferença entre as denominadas normas materialmente constitucionais e as normas formalmente constitucionais?
 Conforme teoria constitucional, as normas materialmente constitucionais possuem “status” constitucional, sendo denominadas superiores ou fortes, contendo assim a estrutura organizacional do Estado, com atribuições e competências a serem desempenhadas, a separação de poderes entre os órgãos e os direitos e garantias fundamentais dos indivíduos. Já as formalmente constitucionais, assim chamadas por assumirem forma constitucional, são elaboradas por meio de processo legislativo da Constituição, abordando matérias que poderiam ser tratadas por outras normas, porém, como participam do topo da pirâmide jurídica, possuem hierarquia superior, como no caso do Artigo 242, §2º da CF.
B) O entendimento externado pela Advocacia-Geral da União à imprensa está correto, sendo possível a alteração de norma constitucional formal por medida provisória?
O entendimento não está correto. Não é possível a alteração de normas constitucionais, nem mesmo de caráter formal, por medida provisória, pois todos os dispositivos presentes na Constituição Federal, por serem tutelados pela rigidez constitucional, só poderão ser modificados por meio de processo legislativo solene, este atribuído para as emendas constitucionais, processo pelo qual dispõe o Artigo 60 da CF.
2) A Imprensa Oficial do Estado “X” publicou, em 23.10.2018, a Lei no 1.234, de iniciativa do Governador, que veda a utilização de qualquer símbolo religioso nas repartições públicas estaduais. Pressionado por associações religiosas e pela opinião pública, o Governador ajuíza Ação Direta de Inconstitucionalidade tendo por objeto aquela lei, alegando violação ao preâmbulo da Constituição da República, que afirma “a proteção de Deus sobre os representantes na Assembleia Constituinte”. Diante do exposto, responda, a pergunta abaixo: 
É possível o ajuizamento de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade tendo por parâmetro preceito inscrito no preâmbulo da Constituição da República?
Não seria possível o ajuizamento de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade paramentada pelo conteúdo do preâmbulo da Constituição, pois este está situado no campo político, funcionando como documento de intenções destinado à população, servindo somente para certificar a legitimidade e a origem da Constituição. Sendo assim, o preâmbulo não possui relevância jurídica, apenas política, não podendo ser invocado como lei, pois não possui força jurídica ou de lei para tal ação.
3) O que é poder constituinte decorrente e difuso?
O poder constituinte recorrente, uma ramificação do poder constituinte derivado, trata da competência atribuída pelo poder constituinte originário aos Estados-Membros para criarem suas próprias constituições, desde que observadas às limitações e regras impostas pela Constituição Federal. Isso ocorre, pois os estados não possuem uma soberania própria, passando a obedecer a uma legislação federal, abrangendo todos os estados como um só, tornando-se assim um país.
Já o poder constituinte difuso é o poder de fato, e está relaciona-se às modificações informais no corpo da Constituição, sendo a etapa de mutação constitucional. Embora sem modificações no texto constitucional em si, ocorrem alterações de sentido nas normas, sendo realizadas durante os processos de interpretação e aplicação da Constituição.

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