Buscar

A desigualdade social

Prévia do material em texto

2.3 Psicologia Social: A dimensão subjetiva da desigualdade social
 A desigualdade social no Brasil é um problema que afeta grande parte da população brasileira, embora nos últimos anos ela tenha diminuído.
 A psicologia, com suas perspectivas naturalizaram, este de costas para realidade social e por muitos anos produziu um saber e um fazer que desconsiderem questões importantes e aspectos fundamentais de nossa realidade latino-americana. É preciso injetar a realidade social da psicologia, a desigualdade e um destes aspectos que precisam estar presente na psicologia. A dimensão subjetiva da desigualdade social, por meio do estado de projetos de futuro de jovens ricos e pobres da cidade de São Paulo. Entendemos que as desigualdades sociais brasileiras constituem fenômeno social complexo, que deve ser entendido tanto a sua dimensão objetiva quanto a subjetiva, ao investigar a dimensão subjetiva desse fenômeno, buscamos dar usabilidade a presença de sujeito que não são mera consequência da realidade social desigual, e sim sujeitos ativos, os quais constituem essa realidade e são, sim simultaneamente, constituídos por ela. 
 A desigualdade social, aspecto essencial da realidade social brasileira, constitui-se, então, como tema de alta relevância para teorias críticas nos campos da educação e da psicologia, que buscam entender a existência de camadas ricas e pobres em nossa sociedade, a partir da análise dos seus determinantes e do seu processo de construção histórica. Investigando o fenômeno da desigualdade social a partir do referencial sócio histórico, partimos do pressuposto de que esse não é constituído apenas por uma dimensão objetiva, que corresponde à divisão de classes em nossa sociedade, mas que também é constituído por uma dimensão subjetiva – as significações produzidas por sujeitos que vivem essas relações divididas e que não são meras consequências desse fenômeno, e sim sua condição.
 As condições socioeconômicas em que vivem os 34,1 milhões de jovens brasileiros entre 15 e 24 anos (IBGE, 2011), à semelhança do quadro geral da população brasileira, também são muito desiguais. Isso implica desigualdades no acesso desses sujeitos ao estudo e ao trabalho. Quando falamos em juventude no Brasil, então, faz-se necessário flexionar tal substantivo em número: há juventudes brasileiras, plurais. Os jovens mais pobres ingressam mais cedo no mercado de trabalho, em condições geralmente preconizadas, e também abandonam os estudos mais cedo quando comparados aos jovens das camadas mais ricas. Esses dedicam-se exclusivamente ao estudo durante um período maior de anos, frequentemente acessando o ensino superior, e ocupam cargos de maior prestígio e maior qualificação no mercado de trabalho. (CORROCHANO et al. 2008; CORBUCCI et al. 2009).
 Porém com base em pesquisas e em estudos sobre a dimensão subjetiva da desigualdade social. É importante para que, de fato, olhemos para os sujeitos tal como se consistem. Sabemos que existe uma grande diferença de desigualdade entre os jovens no mercado de trabalho, onde jovens ricos têm mais oportunidades do que o jovem pobre, não só no mercado de trabalho, mais entres outas ocupações da nossa sociedade. Observamos que ao mesmo tempo em que percebemos a dificuldade na vida dos jovens pobre em ingressar em um bom trabalho ou até mesmo em um estudo, por exemplo, já o rico não precisa nenhum tipo de esforço para ocupar esses tipos de ocupação. 
2.4-Alternativas sociais para a promoção da cidadania.
 Atualmente a desigualdade social são cada vez mais perceptíveis na nossa sociedade. Os interesses da coletividade são a base, constituem as características fundamentais do terceiro setor enquanto ator no exercício da cidadania.
 As alternativas sociais na busca da cidadania, são interesses coletivos do terceiro setor. A alternativas social na cidadania requer a participação na esfera pública, portanto, a relação com outros atores, com interesses divergentes e diversos, com base ao respeito em relação as diferenças e a superação das desigualdades sociais, bem como a capacidade de dialogar, buscar consensos que privilegiem 
Outro ponto importante para a construção de um modelo socialdemocrata no Brasil diz respeito às três justiças de Offe: a justiça social, política e econômica (2005, p.69). Segundo ele, estas três justiças devem ser respeitadas e implementadas para que possam existir as condições necessárias à implantação de um Estado de bem-estar social. À primeira – justiça social – diz respeito às condições normativas de “distribuição de renda e à garantia contra os riscos da existência”. A justiça política deve ser guardada em função das formas pela qual se dará a implementação da liberdade e da democracia. Já a justiça econômica só poderá dar-se pelo “uso eficiente e simultaneamente sustentável dos recursos humanos e outros recursos de produção” (idem, p. 69-70).
 Não podemos perder de vista que a tradição política brasileira ainda privilegia o homem às ideias político partidárias. Se a política econômica melhora seus índices, ainda não traz reflexos efetivos às camadas mais pobres da população e a saúde, segurança e previdência sequer atingiram níveis mínimos de atendimento a todas as classes sociais brasileiras.

Continue navegando