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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO DIREITO - TURMA 2 - 7° SEMESTRE Nome: Ana Paula S. Souza R.A.: 279315 1. Interpelado por um de seus alunos sobre o conceito de empresa, Manuel, professor de Direito Empresarial, recomenda a leitura da doutrina, ressaltando que o Prof. Rubens Requião, referindo-se à noção Econômica da Empresa, destaca a observação feita pelo jurista Giuseppe Ferri de que “a produção de bens e serviços para o mercado não é conseqüência de atividade acidental ou improvisada, mas sim de atividade especializada e profissional, que se explica através de organismos econômicos permanentes nela predispostos. Estes organismos econômicos, que se concretizam da organização dos fatores da produção e que se propõem a satisfação das necessidades alheias, e, mais precisamente, das exigências do mercado geral, tomam a terminologia econômica de empresa.” (REQUIÃO, Rubens, op. cit. p. 49) Indaga-se: a) Com base na assertiva acima, e sob a égide do Código Civil de 2002, responda: qual o conceito jurídico de “Empresa”? Justifique sua resposta. R: Apesar de o Código Civil não dispor especificamente sobre o conceito de empresa, faz-se uma analogia ao artigo 966 que define o empresário. “atividade econômica organizada de produção e circulação de bens e serviços para o mercado, exercida pelo empresário, em caráter profissional, através de um complexo de bens". b) Quais são os fatores da produção que, unidos, caracterizam a organização da atividade econômica? Explique. R: Os fatores de produção são, capital, tecnologia, insumos e trabalho ou mão-de-obra, que unidos caracterizam a organização da atividade econômica, que só se concretiza se for desenvolvida de forma organizada. 2. Marta Medeiros ficou viúva de Oswaldo Rodrigues, com quem era casada pelo regime de separação total de bens. Antes de falecer, Oswaldo Rodrigues exercia uma empresa individual, tirando dali o sustento da família. Uma semana após o enterro do falecido, Marta recebeu uma proposta de compra do estabelecimento feita por outro empresário individual, um concorrente do negócio de seu falecido marido, alertando-lhe que, como os bens do falecido, em razão do regime de casamento estabelecido, será transferido diretamente a Marcos Rodrigues, filho único do casal e menor de idade, a família não poderia mais contar com a empresa individual. Indaga-se: a) Podem os menores de 18 anos iniciar a empresa, individualmente, como Empresários Individuais? Especifique os casos dos relativamente e dos absolutamente incapazes. Fundamente sua resposta. R: Desde que emancipados, os menores de 18 anos podem continuar empresa, mas não podem abri-la. Os que têm entre 16 e 18 anos (relativamente incapazes), podem praticar somente alguns atos da vida civil. Os menores de 16 anos, são considerados absolutamente incapazes, e deverão ser representados por um responsável. (Fundamentação artigo 5º e 974 do Código Civil). b) Podem os menores de 18 anos dar continuidade a uma empresa antes exercida por pessoa capaz, individualmente, como Empresários Individuais? Especifique os casos dos relativa e dos absolutamente incapazes. Fundamente sua resposta. R: É permitida a continuidade, desde que no caso dos absolutamente incapazes, deverá ser nomeado um representante legal, e aos relativamente incapazes, a nomeação de um assistente legal. (Art. 974, Código Civil). 3. Ary está interessado em se tornar Empresário Individual. Porém, Maria Helena, com quem é casado pelo regime de comunhão universal de bens, se opõe a essa idéia, já que está preocupada com os riscos do exercício da atividade econômica organizada, que, segundo entende, podem comprometer todo o patrimônio do casal. Indaga-se: a) Há algum impedimento para que uma pessoa casada seja Empresário Individual? Fundamente sua resposta. R: Sim, de acordo ao art. 977 do Código Civil: “Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória”. b) Os riscos do exercício da Empresa Individual podem comprometer todo o patrimônio do casal? Fundamente sua resposta. R: Sim, vide disposição do artigo 978 do Código Civil: “O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real”.
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