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Ação de Indenização por Danos Morais


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A Justiça do Trabalho realiza campanhas constantemente a fim de conscientizar sobre os acidentes de trabalho, na intenção de colaborar com a redução dessas ocorrências. 
O Ministério do Trabalho também, historicamente, edita normas regulatórias, todas objetivando a segurança do trabalhador. Contudo, os acidentes de trabalho, infelizmente, são uma realidade e podem ter origens diversas.
 
Com base nisso, analise a seguinte situação: João é gerente geral de uma agência do Banco Alfa, na cidade de Vitória/ES. Certo dia assaltantes invadiram a agência a mão armada, a qual João trabalho e fizeram todos de reféns.  
Na condição de advogado(a) de João, oriente-o juridicamente para o enfrentamento do problema.
Importante: 
1- É necessário que você explique/fundamente na sua resposta a peça processual cabível ao caso?
Resposta: a peça cabível ao caso Ação de Indenização por Danos Morais. Ok
2- Se a atividade desenvolvida por João é de risco?
Resposta: Sim, a atividade desenvolvida por João GERENTE do Banco Alfa, é de risco deste modo, o risco ao qual o Código Civil Brasileiro de 2002, faz menção constitui sinônimo de perigo, e que este seja fora do comum, o que inclusive já foi objeto de discussão no STJ, no RESP 401.397/SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, J. 27.06.2002, RSTJ 161/310. O risco profissional, por sua vez, determina o dever de indenizar sempre que o dano decorre da profissão do lesado. Ok
3- Se caberá dano moral?
Resposta: Sim, cabe danos morais conforme o artigo Como nos termos dos artigos 186 e 927 do CC, e o artigo 5º, inciso V, X e XXXIII da CF/88, caracteriza dano moral. Ok
4- E qual é a responsabilidade (objetiva ou subjetiva) do Banco Alfa.
Resposta: a responsabilidade neste caso e OBJETIVA, como nos termos do artigo 927 do código civil de 2002. Ok
O Código Civil de 1916 previa em seu artigo 159, tinha como base as exigências de indenização, as quais era preciso a demonstração dos seguintes requisitos: a) Ação ou omissão; b) culpa ou dolo do agente; c) relação de causalidade entre o dano e a conduta e d) dano, que constitui a responsabilidade civil subjetiva.
Já o Código Civil em vigor, em seus artigos 186 e 927, caput, conservou a regra geral da responsabilidade civil subjetiva, fundada na teoria da culpa. 
Entretanto, o parágrafo único do artigo 927 do Código Civil de 2002 estabelece, que trata da teoria da responsabilidade objetiva, caracteriza-se com a demonstração de três requisitos: conduta (ação ou omissão), dano e nexo de causalidade, não sendo exigido, portanto, a demonstração da culpa do agente. Indenizar o dando sofrido pelo empregado no assalto (Vítima o Gerente), ocorrido na agência bancaria do Banco Alfa onde trabalhava. 
Nos termos do artigo 2º da CLT, Além de reputar desnecessária a prova de dolo ou culpa do empregador, considerando que os riscos da atividade empresarial já denotam a responsabilidade objetiva, portanto deve se salientar que os riscos do negócio não podem ser repassados aos empregados, aplicando a responsabilidade objetiva à instituição financeira, (PJe: 0010504-49.2020.5.03.0101). Com base no referido dispositivo o magistrado poderá definir como objetiva, ou seja, independente de culpa, a responsabilidade do causador do dano no caso concreto. Ok
PETIÇÃO INICIAL
AO JUIZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL ESPECIALIZADA EM DIREITO DO TRABALHO DA COMARCA DE VITÓRIA/ES
João, xxxxx, xxxxx, profissão gerente de banco, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, e do RG: nº XX.XXX.XX, residente e domiciliado em vitória/ES, no endereço xxxxxx, por intermédio de seu advogado, conforme procuração em anexo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
em face de Banco Alfa, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XXX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede na cidade de vitória/ES, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
 
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
O requerente informa não possuir provimentos suficientes para arcar com as custas e despesas do processo. Desta feita, requer de plano, o deferimento da gratuidade da justiça, nos moldes dos artigos 98 e 99, ambos do CPC.
I. DOS FATOS
Certo dia assaltantes invadiram a agência a mão armada, a qual João trabalho e fizeram todos de reféns, submetidos a ameaças e violência psicológica pelos assaltantes, gerando um grave estado emocional e psicológico nas vítimas.
O Autor é gerente geral da agência bancaria, ré situada na cidade de Vitória/ES, exercendo suas funções laborais de forma diligente e responsável.
II. DO DIREITO
Conforme disposto no artigo 7º, XXVIII, da Constituição Federal, é garantido ao trabalhador o direito à indenização por danos morais decorrentes da relação de trabalho.
A jurisprudência pátria tem reconhecido a responsabilidade objetiva dos empregadores em casos de danos morais causados aos seus funcionários no exercício de atividades de risco, como é o caso das instituições bancárias.
Sim, cabe danos morais conforme o artigo Como nos termos dos artigos 186 e 927 do CC, e o artigo 5º, inciso V, X e XXXIII da CF/88, caracteriza dano moral.
III. DO PEDIDO
Diante do exposto, requer:
Seja concedida ao requerente a gratuidade da justiça (Art. 98 e 99 do CPC);
A citação do Réu, na pessoa de seu representante legal, para, querendo, contestar a presente demanda, sob pena de revelia;
A procedência do pedido, condenando o Réu ao pagamento de indenização por danos morais em favor do Autor,
No valor de R$ [25.000.00], vinte e cinco mil reais a ser corrigido monetariamente e acrescido de juros legais;
A condenação do Réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios;
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, especialmente pelo depoimento pessoal do representante legal do Réu, oitiva de testemunhas, juntada de documentos e realização de perícia.
IV. DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ [25.000,00], vinte e cinco mil reais, para fins fiscais e de alçada.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local, data.
Assinatura do Advogado
Nome do Advogado 
OAB/UF 
nº XXXXX