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2 - INVESTIGAÇÃO _ INQUÉRITO (1)

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INQUÉRITO POLICIAL
CONCEITO:
Inquérito Policial (IP) é sequência de atos de polícia judiciária, que formam espécie de procedimento administrativo, presidido pela autoridade policial, sem forma pré-estabelecida, mas escrita, desenvolvida em segredo, sem contraditório e ampla defesa, que tem como finalidade a colheita de informações necessárias à propositura da ação penal pelo seu titular – em regra, o Ministério Público.
-Polícia Judiciária – Art. 144 CF
-Procedimento Administrativo – Não é Judicial, não é Processo
-Autoridade Policial – Delegado
-Sem Forma Pré-Estabelecida – É discricionário, Informal
-Escrita – Exceção: Art. 405, CPP
-Desenvolvida em segredo - Sigiloso
-Sem contraditório e ampla defesa – Inquisitivo/tório + SUM 14
Finalidade: A colheita de informações necessárias(Justa Causa) à propositura da ação penal pelo seu titular(MP ou Vít.)
O IP não é do Delegado – Art. 17, CPP
INDISPONÍVEL/OBRIGATÓRIO para o Delegado
Mas NÃO É NECESSÁRIO, ou seja DISPENSÁVEL para o MP
ODISEI
Obrigatório/Indisponível
Dispensável – MP
Inquisitório/Inquisitivo
Sigiloso
Escrito
Informal/Discricionário
Lei 9.099 – IMPO
-Contravenções Penais
-Crimes com PPL Máxima igual ou menor de 2 anos
Termo Circunstanciado
NATUREZA JURÍDICA DO INQUÉRITO
Procedimento Administrativo
FINALIDADE DO IP
Colher Justa Causa* para a Ação Penal
*Lastro probatório mínimo acerca da materialidade e autoria
INÍCIO DO IP – NOTITIA CRIMINIS
Nada mais é que a notícia do crime; como a informação chega até o responsável pelo IP (Delegado).
Cognição: 
-Imediata(Espontânea) - A autoridade policial toma conhecimento do fato delituoso por meio de suas atividades rotineiras, sejam elas pessoais ou atinentes a seu cargo.
-Mediata – Toma conhecimento por meio de pessoas envolvidas com o crime ou com a persecução penal. (J,MP,Vít.)
-Coercitiva(Obrigatória) – Na Lavratura do APF(Auto de Prisão em Flagrante)
DELATIO CRIMINIS – 3º não envolvido com o crime ou persecução penal quem faz a comunicação de crime.
-Apócrifa, Inqualificada, Denúncia anônima – Pode somente dar início ao IP quando a autoridade policial realizar investigações preliminares para verificar a verossimilhança
	-Postulatória – Representação
	INFORMATIVO STF 565 - “Peças apócrifas não podem ser formalmente incorporadas a procedimentos instaurados pelo Estado, salvo quando forem produzidas pelo acusado ou, ainda, quando constituírem, elas próprias, o corpo de delito (como sucede com bilhetes de resgate no crime de extorsão mediante seqüestro, ou como ocorre com cartas que evidenciem a prática de crimes contra a honra, ou que corporifiquem o delito de ameaça ou que materializem o “crimen falsi”, p. ex.).”
INSTAURAÇÃO – 
	Ação Penal Pública Incondicionada - 
-De ofício, via portaria ou APF
-Por Requisição do MP ou do Juiz
-Por Requerimento do ofendido ou de representante legal (se indeferir, cabe Recurso Inominado ao Chefe de Polícia)
Ação Penal Pública Condicionada – Depende de manifestação do ofendido ou de seu representante legal, seja via requerimento, representação ou requisição do Ministro da Justiça.
DILIGÊNCIAS DO IP – Art. 6º e 7º do CPP* 		*LER
Art. 6º - Seguem ordem lógica (I,II e III)*
	-Ir ao local
	-Isolar a área
	-Apreender objetos
	-Colher provas
	-Etc.
Art. 7º* - Reprodução simulada dos fatos
-Não seja contrária à moralidade e bons costumes
-Ofensor(ou réu) – Não é obrigado a participar ativamente mas 	deve estar presente
REQUERIMENTO x REQUISIÇÕES
Requerimento – Vítima ou Ofensor
Requisição – MP ou Juiz* - A autoridade policial não pode se negar
EXAME DE CORPO DE DELITO – Sempre que um crime deixar vestígios deve ser realizado
VÍCIOS DO IP – O IP é informal! O que importa é a justa causa
INDICIAMENTO – Juízo de probabilidade. (BIC->SINIC)
	-Não é essencial
	-Não está no CPP
	-Só no IP
	-Formalidade do Delegado
	-Discricionariedade do Delegado, e somente dele
	-Indiciamento não gera nenhum efeito penal
VALOR PROBATÓRIO DO QUE ESTÁ DENTRO DO IP – Sempre Relativo
	-Não há contraditório e ampla defesa (Art. 155) 
INCOMUNICABILIDADE – Art. 21* LER
	-Não foi recepcionado (Corrente Majoritária)
PRAZOS – 
	-No CPP – 10+10 dias se preso e 30 se solto
	-Na JF – 15+15 dias se preso e 30 se solto(subs. do cpp)
	-Lei 11.343 – 30+30 dias se preso e 90+90 se solto
	-Economia Pop. – 10 dias
	-CPP Militar – 20/40 dias
CONCLUSÃO DO IP
Delegado -> Minucioso Relatório(Objetivo)
	-Peça descritiva, sem juízo de valor
	-Não vincula o MP
	-Conta o que fez e o que não fez
A falta do Relatório é vício no IP e, por ser informal, não afeta a AP
CAMINHO DO RELATÓRIO
No CPP
Relatório+Autos <-> Juiz <->MP
Na JF (Res. 63)
Relatório+Autos <-> MP		Com Medidas Cautelares -> Juiz
Vários Estados adotaram esta forma na justiça estadual
Na AP Privada
Relatório+Autos -> Juiz 
Aqui, aguardam a manifestação da Vítima ou Rep. Legal, 6 meses
COM IP EM MÃOS, O MP
1-Há justa causa = Propõe AP
2-Requisitar novas diligências INDISPENSÁVEIS
3-Pode se considerar “incompetente” para o caso – Requer a remessa ao MP competente (Arquivamento indireto)
4-Promover o arquivamento
ARQUIVAMENTO
Ato pelo qual se põe fim a persecução antes do início da AP
O MP promove o arquivamento, pedindo, fundamentadamente, ao juiz. 
2 vontades = MP + Juiz = Ato Adm Complexo e Ato Judicial
-Se o juiz concordar, arquiva-se
-Art. 18 = Polícia pode continuar investigando por notícias 				 de novas provas
-Sum. 524, STF = MP somente pode com NOVAS PROVAS
-Se não, remete ao chefe do MP, PGJ ou PGR(1ºCCR) Art. 28
-Requisitar diligência
-Ele próprio oferece
-Designar outro promotor, que será obrigado a propor
-Insistir no arquivamento
ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO – NÃO PODE (Juíz usa o art. 28)
Objetivo:
MP não aponta algum dos fatos
Subjetivo:
MP não aponta algum dos autores
*DIFERENTE DE ARQUIVAMENTO INDIRETO, que é quando o MP 	se julga incompetente para o referido caso
COISA JULGADA NO ARQUIVAMENTO
Arquivamento não faz coisa julgada material, somente formal
Exceções.: Material nos casos de:
	-Atipicidade
	-Excludente de Ilicitude*
	-Excludente de Culpabilidade
	-Extinção da Punibilidade
	*STJ: faz coisa julgada MATERIAL.
	*STFormal: faz coisa julgada FORMAL.

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