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PROCESSO PENAL -convertido

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05/02/2020 – PROCESSO PENAL 
LIVROS: CODIGO DE PROCESSO CIVIL 
JULIO FABRINI MIRABETE (MANUAL 
OU CURSO PP) 
FERNANDO CAPEZ 
CLEBER MAÇOM 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
LINHAS INDRODUTÓRIAS 
1. Breves sínteses históricas > Devido a constante necessidade social de 
existência de sanções penais em todas as épocas e culturas de se origem 
ao direito penal e do direito processual penal. 
Com o passar do tempo em diversos povos, como os romanos, gregos, alemães 
dentre outros começaram a entender desnecessária a pena de vingança, pena 
cruel, pena corpórea e assim trouxe o homem para o centro do direito penal e 
processual penal, instituindo garantias fundamentais e, deste modo, a 
necessidade ou criação de um conjunto de regras as quais evoluem 
constantemente conforme a necessidade social. 
Atualmente, no campo do direito pende todos o decreto lei N°2.840/40 – 
CODIGO PENAL, o decreto lei N°3.689/41 – CODIGO PROCESSO PENAL, lei 
N°7.210/84 execução penal e demais legislação especial sendo que podemos 
citar a chamada lei de drogas N° 343/2006 
2. Conceito objeto e finalidade > O conceito de direito processual penal se 
traduz na formação do conjunto de princípios e normas que regulamentam 
lide penal, através da efetivação do direito penal objetivo (direito material), 
tem como objetivo a proteção do bem tutelado (bem da vida) que é 
tutelado através da aplicação do direito de punir (JUS PUNIEND) e da lide 
penal (JUS PERSECQUENDIJUDICACIO), fornecendo desde modo os 
meios e o caminho para materializar a aplicação da pena ao caso 
concreto. 
Sua finalidade é a pacificação social quando ocorre a resolução do conflito 
(finalidade mediata) e a viabilização do direito penal através da concretização de 
pena (imediata). 
3. Características 
 
A. AUTÔNOMA > Pois possui norma especial independendo de 
outro ramo do direito, não se submete ao direito material 
B. INSTRUMENTALIDADE > É o instrumento pelo qual se 
materializa ao final se materializa o provimento jurisdicional valida. 
C. NORMARIVIDADE > Decorre de lei tem codificação CPP 
 
 
 
4. POSIÇÃO ORDENAMENTO JURIDICO > Trata-se de ramo do direito 
publico na medida em que o estado ao compor a lide processual é 
detentor do jus puniend (direito de punir). 
 
 
5. DISMITIFICANDO O TEMA > Interesse, pretensão, lide, processo, 
procedimento e relação jurídica processual. 
 
a) INTERESSE: É a vontade de conquistar, de realizar algo 
b) PRETENSÃO: É a intenção de submeter interesse alheio ao 
próprio, ou seja, direito de punir contra o estado de liberdade do 
individuo 
c) LIDE: É a pretensão qualificada pela resistência do conflito de 
interesses. 
d) AÇÃO: É a movimentação, do dever de agir do MP no processo 
penal. 
e) PROCESSO: É o instrumento de atuação da jurisdição, é a 
ferramenta para solucionar o conflito de interesse, formada pelo 
procedente em contraditório e a relação jurídica processual que 
apresenta. 
f) PROCEDIMENTO: É a sequência dos atos ordenadas dos atos 
realizados no processo direcionados a um provimento final 
(sentença) Conforme o art 394, CPP, o procedimento é dividido em: 
comum ou especial. O comum se divide em ordinário caso penal 
que a pena aplicada for privativa de liberdade igual ou superior a 4 
anos, sumario caso em que a pena final aplicada a reclusão for 
inferior a 4 anos e sumaríssimo. 
Crimes de menor potencial ofensivo, ou seja, com pena de até 2 anos (art 61, lei 
9.099/95 – juizado civil e criminal). 
g) RELAÇÃO JURIDICO PROCESSUAL (ASPECTO JURIDICO) > 
É a ligação que se forma entre os sujeitos processuais (juiz, 
promotoria e defesa) afim de desempenhar suas funções 
exercendo direitos, ônus, obrigações, faculdades e sujeições 
processuais, sendo que seus elementos são: PARTES, JUIZ, MP, 
ACUSADO REPRESENTADO POR SUA DEFESA. 
 
➢ PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS SUBJETIVOS > Em relação ao juiz, 
imparcialidade, competência e ausência de suspensão 
➢ EM RELAÇÃO AS PARTES > MP, autor e a defesa, 1° capacidade de 
estar em juízo, exercer de modo pleno os direitos civis (art 4°, LINDB), 
CAPACIDADE POSTULATORIA 
 
6. SISTEMA PROCESSUAIS ACUSATORIAS 
 
A) SISTEMA INQUISITIVO: Trata-se de sistema ao qual o 
sujeito processual desempenha a mesma função de forma 
única, ou seja, acusa, defende e julga ficando o acusado 
sujeito a sua vontade. 
 
 
B) SISTEMA ACUSATORIO: No sistema acusatório existe 
divisões de funções e sujeitos processuais distintos, onde 
voga ampla defesa e contraditório e publicidade sendo que o 
MP acusa, o magistrado zela pela imparcialidade e o defensor 
pela correta aplicação das normas penais. E o sistema dotado 
pelo Brasil. 
C) SISTEMA MISTO: É o sistema dividido em 2 fases, a 1° sem 
ampla defesa ou contraditório dirigida pelo juiz de direito que 
prepara o processo para julgamento apelando por produzir 
provas e sem ampla defesa e contraditório e sem publicidade. 
2° fase dirigida pelo mesmo juiz de direito, denominado fase 
de instrução onde será permitido ampla defesa e contraditório 
e publicidade processual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12/02/2020 – PROCESSO PENAL 
 
1. Qual o conceito do direito processual penal ? 
➢ O conceito de direito processual penal traduz na formação do conjunto 
de princípios e normas que regulamenta lide penal, através da 
efetivação do direito penal objetivo. (direito material) 
2. Existe diferença entre processo e procedimento ? 
➢ Sim, o processo é o instrumento de atuação da jurisdição, é a 
ferramenta para solucionar o conflito de interesse, já o procedimento é a 
sequencia de atos ordenados realizados no processo de direcionamento 
a um provimento final (sentença) 
3. O que é lide ? 
➢ É a pretensão qualificadora pela resistência do conflito de interesse 
(pretensão resisti da (um fala a e outro b) 
 Juiz – não compõem a lide (é imparcial) condutor 
 do processo 
 
 
 
 A.D – sujeitos processuais (relação judicial) 
 MP- DIREITO DE PUNIR 
 obs: é qualificadora (DIREITO DE LIBERDADE) 
 
 
4. O que é relação jurídica processual ? 
➢ É a ligação que se forma entre os sujeitos processuais (juiz, promotoria 
e defesa) afim de desempenhar suas funções exercendo direitos, ônus, 
obrigações, facul, e sujeitos processuais 
5. Diferencie pretensão de interesse ? 
➢ Interesse consiste na efetivação da aplicação penal; Pretensão é a 
extensão do direito de punir contra o Estado de liberdade do individuo 
6. Qual o objeto da relação processual ? 
➢ Objeto da relação processual é o bem tutelado jurídico (tudo o que tem 
valor (jurídico) para a vida) 
7. Qual o sistema adotado no Brasil, explique sua divisão e 
funcionamento. 
➢ O sistema adotado é o sistema acusatório, as divisões e funcionamentos 
são: ampla defesa e contraditório e publicidade; sendo que o MP acusa, 
o magistrado zela pela imparcialidade e o defensor pela correta 
aplicação das normas penais. (cada um tem o seu papel). 
 
 
 
 
 
 
 
FONTES DO DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
Direito material > Legislador (quem cria) 
Direito formal > Imediata (lei) pratica forense – algo que é ad pela soc 
 > Mediata costumes – o que é certo/ errado – tradição 
 Princípios – origem do direito. Ex: d de vida 
 Direito natural – imatura – liberdade/saúde 
 Princípios explícitos 
 
Fontes e princípios do direito processualpenal 
 
Conceito > É tudo aquilo que provem de uma intenção jurídica. É a origem do 
próprio direito, bem antes da lei positivada (direito natural) 
Classificação das fontes > 
A. MATERIAL > É o legislador. No brasil, a competência para legislar 
acerca do direito processual penal é da união (art 22, I, CF). Contudo, os 
estados podem legislar através de edição de lei complementar a respeito 
de direito processual penal, quando se tratar de questão especifica do 
direito local (§único, art22, cf) 
B. FORMAL > Imediata – leis e tratados (todos os tratados que o brasil seja 
retrataria) // Mediata – 
 // Costumes – concentra-se costume como praxe forense, é 
uma regra geral, praticada de maneira reiterada, uniforme e com 
consciência de obrigatoriedade. Os costumes podem ser: segundo a lei 
(concordam a aplicação da legislação), além da lei, contra a lei (contra 
legis) 
C. PRINCIPIOS GERAIS DO DIREITO > São premissas que buscam 
fundar o direito e todo o sistema jurídico, não tendo necessariamente 
correspondência equivalente. Sobre o tema leciona o doutrinador JULIO 
FABRINI “o direito processual penal esta sujeito as influencias desses 
princípios como os referentes a liberdade, a igualdade e ao direito 
natural” 
D. ANALOGIA > É a forma de integração da lei (art 3 cpp) por intermédio 
da analogia, aplicamos a um fato na regido por lei, disposição legal 
aplicada a fato (caso semelhante). A analogia se classifica em: LEGIS: 
QUANDO SE APLICA NORMA POSITIVADA A FATO SEMELHANTE/ 
IURIS: SE APLICA A LACUNA DA LEI PRINCIPIO GERAL DO 
DIREITO. 
 
 
 
 
19/02/2020 – PROCESSO PENAL 
 
PRINCIPIOS DO PROCESSUAL PENAL. 
 
1- Princípio da presunção de inocência/ não culpabilidade. 
➢ Todos são considerados inocentes ate que se prove o contrário, princ 
expresso no art 5°, cf. 
 
2- Princípio da imparcialidade do juiz. 
➢ A imparcialidade do juiz é pressuposto de validade do processo, 
devendo o juiz colocar-se entre as partes e aciona delas. Sendo a 1 
cond para o magistrado exercer a função. 
 
3- Princípio da igualdade. 
➢ No art 5 cf/88 “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza. Ele tem a finalidade de impedir distinções de discriminação e 
privilégios arbitráveis. 
 
4- Princípio do contraditório/ bilateralidade da audiência. 
➢ É derivado do principio, devido processo legal e significa que todos os 
acusados terá o direito de resposta contra o acusação que lhe foi feita. 
 
5- Princípio da ampla defesa. 
➢ A ampla defesa deriva do principio do contraditório, condições que 
possibilitam elemento do processo tendente a esclarecer ou admitir 
quando necessário. 
 
6- Princípio da ação/ iniciativa das partes. 
➢ O direito de provocar o judiciário e assim o poder publico agir com 
justiça. 
 
7- Princípio da oficialidade. 
➢ Defende que o Estado é titular do poder de reprimir o agressor. 
 
8- Princípio da verdade real. 
➢ Busca apuração dos fatos que mais se relacionam com o fato ocorrido. 
 
 
 
9- Princípio da obrigatoriedade. 
➢ O dever do MP de agir. 
 
10- Princípio da indisponibilidade 
➢ Garantir as partes de exercer ou não seus direitos pelo poder judiciário. 
 
11- Princípio do impulso oficial 
➢ Se impede a paralização do processo pela inercia ou omissão das 
partes. 
 
12- Princípio da motivação das decisões 
➢ Atribuem o direito, devem ter fundamento objetivo complementando a 
livre convicção. 
 
13- Princípio da publicidade 
➢ Todas as decisões e processos devem ter acesso garantido evitando 
sigilo. 
 
14- Princípio do duplo grau de jurisdição 
➢ É a garantia que o processo possa ser analisado em outro grau contra 
jurisdição. 
 
15- Princípio do juiz natural 
➢ Ninguém será sentenciado senão pela autoridade compete 
representando garantia de um órgão julgados técnico. 
 
16- Princípio do promotor natural 
➢ O principio do promotor ou legal é “ninguém será processado nem 
sentenciado senão pela autoridade competente”. 
 
17- Princípio do devido processo legal 
➢ Dotado de todas as garantias constitucionais. Caso não haja respeito 
esse principio. O processo se torna nulo. 
 
18- Princípio do favor rei/ réu 
 
 
➢ Decorre da presunção de inocência – indubio pro reú. 
 
19- Princípio da economia processual 
➢ O processo deve ter maior resultado com o mínimo de esforço. 
 
20- Princípio da oralidade 
➢ O processo oral é aquele em que predomina a palavra falada em seus 
atos e procedimentos. 
 
21- Princípio da autoritariedade 
➢ Órgão instigante públicos (salvo ação privada em que a titularidade é da 
vitima). 
 
22- Princípio da razoável duração do processo 
➢ É direito do cidadão e dever do Estado visar o titulo em tempo adequado 
visando garantir os direitos da custodia e a vitima o seu bem jurídico. 
 
23- Princípio da proporcionalidade 
➢ Evitar restrições desnecessárias ou abusivas. 
 
24- Princípio da não autoincriminação 
➢ Ninguém é obrigado a fazer prova contra si mesmo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
04/03/2020 – PROCESSO PENAL 
 
Relações de D.P.P 
Com demais ramos e outras ciências 
 
Ramos 
1 – Direito 
constitucional 
2 – Direito ADM 
3 – Direito civil 
4 – Direito Info 
5 – Direito P. civil 
 
 
 
DAS RELAÇÕES COMOUTROS RAMOS DO DIREITO E 
CIENCIAS 
 
Como o processo penal é ramo do direito público, onde predomina o interesse 
público sobre o privado, verifica se que ele tem a capacidade de se relacionar 
com outros ramos do direito, a saber: 
1- Direito constitucional, o direito processual penal se relaciona com o 
constitucional haja vista que a constituição federal é a lei maior, ou seja, 
todas as matérias que disciplinam condutas humanas são subordinadas 
as normas constitucionais. Por exemplo: a tutela da liberdade (estado de 
liberdade) se relaciona com o processo penal como instrumento de 
realização da justiça 
2- Direito ADM: o direito processual penal se relaciona com o direito 
administrativo porque através do processo são reguladas a aplicação 
das sanções administrativas, disciplinares e a respectiva sanção penal. 
3- Direito civil: o processo penal se relaciona com o direito civil porque 
contém ligação direta com o processo falimentar haja vista que a 
falência muitas vezes pode ser fraudulenta e, deste modo, constituir 
diversos crimes. 
 
 
4- Direito internacional: o direito processual penal se relaciona com 
internacional porque este conduz normas comuns entre os países, 
Ciências 
1 – Política criminal 
2 – Criminologia 
3 – Medicina legal 
4 – Psiquiatria forense 
5 – Política Judiciaria 
 
 
visando a aplicação de uma só lei, buscando assim reprimir condutas 
criminosas. Por exemplo: Mercosul e união europeia 
5- Direito processual Civil: o direito processual penal se relaciona com o 
direito processual civil porque modernamente existe uma tendência para 
a unificação do ordenamento processual civil e penal em um só. Isto 
porque, ambas as, matérias englobam conceitos básicos do processo, 
qual seja, teoria geral do processo. Além disso, o direito processual 
penal admite em seu Art. 3° a interpretação por analogia, sendo a norma 
processual civil a que melhor o complementa. 
De outro lado, o direito processual penal está intimamente relacionado com as 
ciências auxiliares, que tem por objetivo facilitar a sua aplicabilidade pratica. 
Nessa esteira o processo penal se relaciona com as seguintes ciências: 
 
1- Política criminal: o processo penal se relaciona com a política criminal 
afim de propiciar critérios para apreciação do valor da norma vigente e 
propor norma a vigorar. 
2- Criminologia: relaciona se o processo penal com a criminologia por ser 
uma ciência que se ocupa do estudo do crime, da pessoa infratora, da 
vítima, e do controle social do comportamento delitivo. 
3- Medicina legal: o direito processual penal se relaciona com a medicina 
legal porque ela auxilia naconclusão do processo, através de exames 
periciais, balísticos, cadavéricos, dentre outros. 
4- Psiquiatria forense: se relaciona ao direito processual penal na medida 
em que auxilia a criminologia e o processo a concluir com psicopatias 
que levam o agente a delinquir (análise de assassinos em série), isso 
tem importância fundamental no art. 26 do CP. 
5- Política Judiciaria: além da organização do poder judiciário está ciência 
auxilia o processo penal na medida em que fornece meios para a 
descoberta dos autores do crime, modo operandi de cada agente ou 
organização criminosa. Exemplo – GAECO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11/03/2020 – PROCESSO PENAL 
 
NORMA PROCESSUAL 
 
CONCEITO NORMA: 
1. Conceito de norma processual penal. > A norma pode ser definida 
como um comando, que obriga ou permite ou ainda proíbe alguma 
forma de conduta processual. Logo, as normas processuais são os 
comandos legais que emergem de determinado diploma legal (CPP), 
impondo, permitindo ou obrigando condutas entre os sujeitos 
processuais. 
2. Classificação > Norma de caráter material é aquela que se destina a 
disciplinar os atos relacionados diretamente a vida, as relações em 
sociedade (objeto jurídico tutelado). 
3. Norma de caráter processual penal: > É aquela que determina um 
modo de aplicação da norma material. Se dividem em: 
a) Norma processual de caráter material: referidas normas contendem 
diretamente com os direitos do acusado ou dos reclusos (EX deixa 
prescrição, decadência, graus de recurso, prisão preventiva, e liberdade 
condicional). 
b) Norma processual penal de caráter formal: Referidas normas 
regulamento desenvolvimento da marcha processual, não produzem 
efeitos jurídico material. (forma de citação, intimação, redação de 
mandado dentre outros). 
c) Normas processuais penais de organização judiciaria: tratam 
prioritariamente da criação e estruturação dos órgãos do poder judiciário 
e de seus assistentes. 
 
 
 
Lei processual no tempo 
 
A lei processual penal tem aplicação imediata, atingindo, inclusive os 
processos que já estão em curso, pouco importando se a nova lei 
processual traz procedimento, mas gravoso para o réu (princípio da 
aplicação imediata art. 2° do CPP). 
Importante salientar que, por força do princípio TEMPUS REGIT ACTUM 
(o tempo rege a lei), a lei processual jamais retroagirá, ou seja, os atos 
processuais já realizados serão mantidos, sendo os novos atos 
regulamentados pela nova lei processual penal. 
R: caso a lei seja hibrida, ou seja, contiver disposições que afetam o 
direito material bem como regulamentar de modo novo o procedimento a 
lei processual penal retroagirá para beneficiar o réu (exceção à regra). 
 
 
 
 
 
A LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO 
 
A lei processual penal Brasileira é informada pelo princípio da 
territorialidade absoluta e está previsto no art. 1° do CPP. Logo, tem 
aplicação em todos os processos que estejam em território nacional. 
OBS: a lei processual penal via de regra deve ser aplicada em todo 
território nacional, ressalvado os pactos internacionais e suas regras, 
sendo que se aplicará a lei dos países signatários e o processo tramitará 
no país de origem do agente. 
 
Exceções do princípio da territorialidade absoluta. 
 
Conforme a doutrina, a lei processual penal poderá ser aplicada fora do 
território nacional nos seguintes casos: 
a) Território nulo: trata se de terra de ninguém, ou seja, sem 
demarcação estabelecida (EX auto mar) 
b) Em estado estrangeiro: se esta autorizar a depender do tratado 
internacional assinado 
c) Guerra: caso em que o território internacional estiver ocupado pelo 
país combatente. 
DEFINIÇÃO DE SOLO, SUBSOLO, ÁGUAS INTERNACIONAIS, MAR 
TERRITORIAL E ESPAÇO AÉREO. 
a) Solo e Subsolo: é a plataforma continental delimitada e sem dissolução 
de continuidade demarcada por fronteiras e suas linhas limítrofes. 
b) Águas interiores lagos, rios, todas bacias hidrográficas e seus afluentes. 
c) Mar territorial, trata se de 200 milhas náuticas estabelecidas pelo art 1° 
da lei 8.617/93. Obs: inclui se ao mar territorial toda faixa de costa 
brasileira. 
d) Espaço aéreo: quanto ao espaço aéreo o Brasil exerce absoluta 
soberania por todo o território nacional, ou seja, nos ares situados sobre 
toda sua delimitação geográfica inclusive acima de seu mar. 
 
 
LEI DA BANDEIRA 
 
A lei da bandeira é uma ficção jurídica que permite que o território nacional seja 
estendido a embarcações e aeronave publicas e militares ainda que em 
território estrangeiro. No tocante a embarcações e aeronaves particulares a lei 
da bandeira vigorará apenas enquanto se encontram em auto mar e 
sobrevoando território nacional. 
 
 
 
 
 
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL QUANTO AS 
PESSOAS 
 
O próprio art. 1° do CPP traz algumas exceções no tocante a aplicação da lei 
processual sendo elas imunes a ela. Referidas imunidades se dividem em 
imunidades diplomáticas e imunidades parlamentares. As imunidades 
parlamentares se dividem em processual e material e ainda por prerrogativa de 
funções. No tocante a imunidade diplomática a lei processual penal não será 
aplicada do embaixador até o terceiro secretário isto que a serviço de outro 
país e com vistas a tratar de assuntos de interesse da soberania internacional. 
OBS: autoridade consulares não estão protegidas pela imunidade. 
Do mesmo modo, os parlamentares quando em exercício estão protegidos 
materialmente por suas palavras, gestos e atitudes na medida em que devem 
exercer seu mister com liberdade afim de que melhor desempenhem suas 
funções. 
Os parlamentares ainda estarão protegidos através da imunidade processual, 
visto que apenas serão processados pelo STF (para parlamentares federais). 
Por fim, no tocante a prerrogativa de função, são as limitações impostas antes 
de o parlamentar se ver processado, ou seja, autorização das casas 
legislativas.

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