Buscar

Caso Prático- AV 1 - 27 04 2020

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Disciplina: Prática Forense Civil
1ª Avaliação
Caso prático
 
Em 17 de março do ano em curso, Lúcia Amaral dirigia seu automóvel pela Avenida Paulista, em São Paulo, quando uma viatura da Polícia Militar, sem a sirene ou as luzes de advertência ligadas, em alta velocidade, abalroou o seu veículo, atirando-o contra um poste. O veículo de Lúcia ficou completamente destruído, sem a menor possibilidade de conserto. Lúcia, que não tinha seguro, ficou ferida no acidente e acabou sendo hospitalizada e submetida a uma cirurgia no joelho e duas cirurgias corretivas na face. Por tal razão, gastou R$ 30.000,00 (trinta mil reais) de serviços médicos e não pôde atuar em seu estágio, por 1 (um) ano, sendo que percebia R$ 500,00 (quinhentos reais) mensais.
Sabendo-se que Lúcia é domiciliada em Santos; que o seu veículo era novo, adquirido há poucos dias; e que a viatura da Polícia Militar era então dirigida pelo soldado Evandro Ferreira, lotado no Batalhão sediado em Campinas, na qualidade de advogado (a) de Lúcia, e objetivando a mais completa reparação do dano a ela causado, adote a medida cabível.
Excelentíssimo Sr. Dr. Juiz de Direito da ____ Vara da Fazenda Pública da Comarca de Santos - Estado de São Paulo.
NPU: xxxxxxx-xx.xxxx.x.xx.xxxx (*obtido, após a distribuição desta ação)
LUCIA AMARAL, nacionalidade..., estado civil/união estável..., estagiária, portadora da cédula de identidade nº .... expedida pelo ... , inscrita no CPF nº ... , usuária do e-mail: ... , domiciliado na cidade de Santos/SP, com residência a ... nº ... , CEP ...., por seu procurador infra-assinado, com instrumento de mandato anexo (doc. ...), devidamente registrado na OAB/..., com endereço profissional na cidade de .../..., Rua ..., nº ..., bairro, CEP: ..., onde receberá as notificações e demais atos, nos termos do art. 77, V, CPC/2015, com fundamento nos termos do art. 5, XXXIV e art. 37, § 6º da CFRB/1988 e art. 186; 927 §único do CC/2002, combinado com art. 287 e 319 do CPC/2015, vem com respeito, à presença de Vs. Exc., propor a presente
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E DANOS MORAIS
em face do ESTADO DE SÃO PAULO, pessoa jurídica de direito público interno ou na pessoa do seu representante legal, com endereço na .... , nº ... , município de ... , capital do estado de São Paulo, CEP ... , a ser intimado, nos termos do art. 75, II do CPC/2015.
e,
EVANDRO PEREIRA, doravante denominado de responsável subsidiário, nacionalidade... , estado civil/união estável... , cédula de identidade nº .... expedida pelo ... , inscrita no CPF nº ... , e-mail: ... , domiciliado na cidade de Campinas/SP, com residência a ... nº ... , CEP .... , Soldado da Policial Militar no estado de São Paulo, com base nos fatos e fundamentos a seguir exposto.
A) DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA.
Inicialmente, vale informar que a AUTORA não possui condições de pagar as custas e despesas do processo sem prejuízo próprio ou de sua família, sendo assim, conforme preve o art. 98 do CPC/2015 e o art. 5º, LXXIV da CFRB/1988 requer que seja concedido o benefício de assistência judiciária aos legalmente necessitados. Sendo assim, com base na garantia jurídica que a lei oferece, a AUTORA, deve perceber o benefício da justiça gratuita, em todos os seus termos, a fim que seja isenta de todo o ônus decorrente desta ação, face a sua função de estagiária.
B) DOS FATOS.
A AUTORA, no dia 17 de março do ano em curso, dirigia seu automóvel, novo, adquirido há poucos dias, pela Avenida Paulista, em São Paulo. E uma viatura da Polícia Militar, conduzida pelo soldado Evandro Pereira, sem sirene ou luzes de advertências ligadas, em alta velocidade, abalroou o automóvel da AUTORA, atirando-a contra um poste. Com o choque o automóvel ficou completamente destruído, sem a menor possibilidade de conserto, ocasionando a Perda Total do automóvel que não possuía seguro automotivo. A AUTORA, ficou ferida no acidente e acabou sendo hospitalizada e submetida a 01 (uma) cirurgia no joelho e 02 (duas) cirurgias corretivas na face.
Diante do ocorrido, a AUTORA, teve um total de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) com custeio dos serviços médicos. Sem contar, que durante 12 (doze) meses, não pôde atuar em seu estágio, onde percebia a bolsa-auxílio no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) mensais.
C) DO DIREITO.
Sendo assim, a AUTORA é legitimada a acionar o poder judiciário, pois, encontra-se devidamente amparada pela Carta Magna de 1988, conforme indica nos fatos desta ação. Considerando que a conduta do Policial Evandro Pereira acarretou prejuízos a vítima.
Oportunamente, sabendo que o Estado é responsável por reparar todo e quaisquer danos causados a terceiros, quando oriundos de quaisquer dos seus agentes, conforme a previsão do art. 37, § 6º da CFRB/1988.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Considerando os fatos envolvendo a AUTORA, e, tomando como base a lei máxima deste País, resta claro que a Fazenda Pública do Estado de São Paulo, é a responsável no quesito do polo passivo da presente ação, conforme art.43 do CC/2002, como podemos atestar a seguir: 
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
Nesse sentido, os artigos 186; 187 e 927 do CC/2002, atestam tudo que foi exposto acima. Deixando claro, que a obrigação em reparar a AUTORA é de responsabilidade do Estado de São Paulo, posto que todos os danos causados pelo Sr. Evandro Pereira, foi em função de responsabilidade do Estado.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repara‑lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
D) DOS DANOS 
· I) MATERIAIS
Considerando o exposto narrado nos fatos de ação, restou claro que a AUTORA, sofreu prejuízos e perdas que impactam seu patrimônio, acarretando desta forma no que podemos identificar como DANO MATERIAL. Sendo assim, por meio do art. 402 do CC/2002, temos:
Art. 402: Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Sobretudo, vale reforçar que a AUTORA, perdeu seu veículo, novo, com poucos dias de comprado, o qual ficou TOTALMENTE DESTRUÍDO, sem qualquer possibilidade de reparo. E, como não possuía seguro, não recebeu nenhuma indenização pelo bem avariado. O que deve ser considerado por este MM Juízo, uma vez que a responsabilidade deverá ser do ESTADO DE SÃO PAULO, ressarcir o valor do bem de acordo com o praticado pelo mercado, devidamente atualizado a AUTORA, atualmente no valor de R$ ... , atualizado até xx de xxxxx do ano em curso.
Outrossim, restou devidamente comprovado que as despesas com serviços médicos, acerca das cirurgias de joelho e face as quais a AUTORA fora submetida, devem integralmente serressarcidas. 
Por fim, considerando todos os problemas enfrentados pela AUTORA com o acidente em tela. Temos, que mencionar que esta, deverá ser ressarcida quanto a sua incapacidade laborativa temporária, havida em função do acidente, a título de LUCROS CESSANTES. Uma vez que, encontrou-se impedida de exercer suas atividades laborativas de estágio no período de 01 (um) ano, deixando de receber o valor de R$ 6.000,00 reais, relativos a bolsa-auxílio ao longo dos 12 (doze) meses.
· II) MORAIS
Com o objetivo de “amenizar” as questões emocionais enfrentadas pela AUTORA, face ao acidente, sobretudo quanto a frustação de perda do bem, todos os prejuízos e danos diversos quanto aos procedimentos cirurgicos, os quais, esta foi submetida, bem como o afastamento de suas atividades laborais de estágio, entende-se por justa uma reparação neste sentido. 
Sendo assim, como pacificado pelo STJ, temos a Súmula 37:
SÚMULA 37 - SÃO CUMULAVEIS AS INDENIZAÇÕES POR DANO MATERIAL E DANO MORAL ORIUNDOS DO MESMO FATO.
Data da Publicação - DJ 17.03.1992 p. 3172
Considerando isto, entende-se por justa a reparação a título dos DANOS MORAIS, com o objetivo de minimizar os efeitos eomocionais sofridos pela AUTORA, no importe de R$ ...
E) DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requeremos desde M.M Juízo:
1. A AUTORA, não possui interesse em efetuar audiência de conciliação/mediação, conforme art. 319, VII do CPC.
2. Concessão da Justiça Gratuita, nos termos dos arts. 98 do CPC/2015 e 5º, LXXIV da CFRB/1988;
3. A responsabilização e citação da Fazenda Pública do Estado de São Paulo, conforme disposto no art. 249 do CPC/2002;
4. A condenação, a título de restituição do veículo no valor de mercado, perfazendo a importância de R$ ..;
5. O deferimento acerca da restituição das despesas de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), inerente as despesas médicas custeadas pela AUTORA;
6. O pagamento do valor de R$ 6.000,00, a título de lucros cessantes, pela inviabilidade de atividade laboral;
7. A condenação a título de Danos Morais no valor de R$ ....
Dar-se o valor à causa de R$ ...
Termos em que, pede deferimento.
Cidade/UF, data por extenso
ADVOGADO
OAB/UF

Continue navegando