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AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO Autos n°: STEVE ROGERS, nacionalidade, casado, profissão, portador do RG n°, inscrito no CPF/MF sob o n°, e MARGARETH CARTER ROGERS, nacionalidade, casada, profissão, portadora do RG n°, inscrita no CPF/MF sob o n°, ambos domiciliados na (endereço completo), no bairro Higienópolis, cidade de São Paulo/SP e com endereço eletrônico, através do seu advogado e procurador constituídos nos autos em epígrafe, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO RESCISÓRIA, pelos motivos de fato e de direito que ficam fazendo parte integrante desta, com fundamento no Art. 966, VI e VII do Código de Processo Civil, em face de: KANG MVS, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob n°, com sua sede na (endereço completo), bairro Vila Olímpia, cidade de São Paulo/SP I. DA TEMPESTIVIDADE A ação proposta é tempestiva de acordo com o Art. 975 do CPC, tendo em vista que a decisão rescindenda teve seu trânsito em julgado dia 16/10/2022, logo, se encontra dentro do prazo decadencial de 2 anos, estipulado pelo referido artigo. E ainda, a descoberta da prova nova pelos Autores se deu em 01/10/2023. II. DO CABIMENTO Trata-se de decisão de mérito proferida pelo juiz de 1°, que transitou em julgado na data de 16/10/2022, sendo fundamentado seu cabimento no Art. 966, VI e VII do CPC, em virtude de prova nova que também constitui prova falsa nos autos a que se pretende rescindir a decisão. III. SÍNTESE DOS FATOS O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo julgou procedente o recurso de apelação, dando provimento à integralidade do pedido do autor e modificando a sentença de primeira instância em relação ao pedido reconvencional do réu. O recurso foi, portanto, provido e procedeu-se o pedido de indenização por danos morais no valor de R$10.000 (dez mil reais) a ser concedido ao réu pelas postagens ofensivas do autor nas redes sociais. A decisão transitou em julgado dia 16 de outubro de 2022. Acontece que no dia 1º de outubro de 2023, um ex-funcionário da empresa, responsável pela gestão da rede social, entrou em contato com o autor e informou que a empresa KANG MVS havia falsificado o post, indicando como pertencente ao casal ROGERS nos autos do processo. IV. DA FUNDAMENTAÇÃO LEGAL Conforme dispõe o Código de Processo Civil, em seus artigos 966, incisos VI e VII, é cabível a propositura de ação rescisória nos casos em que houver falsidade de documentos ou provas novas, os quais influíram no julgamento da causa, vejamos: Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória; VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável; Ademais, destaca-se que a prova apresentada é nova, tendo em vista que os autores só tiveram conhecimento dela em 01/10/2023, após o trânsito em julgado da decisão que concedeu a indenização por danos morais. Sendo ela capaz de modificar a decisão do juiz de primeiro grau, uma vez que invalida a fundamentação do dano moral. Diante do exposto, verifica-se que o presente caso se enquadra também na hipótese prevista no referido dispositivo legal, uma vez que a empresa KANG MVS fez uma falsa postagem nas redes sociais e atribuiu sua autoria ao casal ROGERS, resultando na concessão indevida da indenização por danos morais ao réu. V. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS Ante o exposto, requer-se: a) A citação eletrônica do réu para, querendo, contestar a presente ação, nos termos legais; b) A produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a pericial, a fim de comprovar a falsificação da postagem e a testemunhal para que a ex funcionária da empresa seja ouvida; c) A procedência da ação rescisória para desconstituir a decisão proferida nos autos do processo n°, proferindo o Tribunal novo julgamento, baseando-se no Art. 968, I, do CPC, ou remetendo os autos ao MM. Juízo a quo para que profira novo julgamento; d) Acolhimento de custas de 5%, segundo o Art. 968, II do CPC, a qual o comprovante estará em anexo. Aponta-se o recolhimento das demais custas iniciais da propositura da ação. Dá-se à causa o valor de R$10.000 (dez mil reais). Termos em que, Pede deferimento. Local e data. ____________________ Advogado - OAB/UF
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