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06 - Apelação

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AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL DE SANTO AMARO DA COMARCA DE SÃO PAULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Autos n°:
STEVE ROGERS, nacionalidade, casado, profissão, portador do RG n°, inscrito no CPF/MF sob o n°, e MARGARETH CARTER ROGERS, nacionalidade, casada, profissão, portadora do RG n°, inscrita no CPF/MF sob o n°, ambos domiciliados na (endereço completo), no bairro Higienópolis, cidade de São Paulo/SP e com endereço eletrônico, através do seu advogado e procurador constituídos nos autos em epígrafe, em face de KANG MVS, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob n°, com sua sede na (endereço completo), bairro Vila Olímpia, cidade de São Paulo/SP, inconformados com a r. sentença de fls., vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, interpor a presente APELAÇÃO, pelos motivos de fato e de direito que ficam fazendo parte integrante desta, com fundamento no Art. 1.009 e seguintes do Código de Processo Civil.
Outrossim, nos termos do Art. 1.010, §1° do Código de Processo Civil, requer intimação da parte contrária para apresentar contrarrazões.
Requer ainda, após os trâmites legais, sejam os autos encaminhados ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, esperando-se que o recurso, uma vez conhecido e processado na forma da lei, seja integralmente provido.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local e data.
____________________
Advogado - OAB/UF
RAZÕES DE RECURSO
Apelantes: STEVE ROGERS e MARGARETH CARTER ROGERS
Apelada: KANG MVS
Autos n°:
Vara de origem: 1ª VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL DE SANTO AMARO DA COMARCA DE SÃO PAULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Nobres Julgadores
I. DA TEMPESTIVIDADE E DO PREPARO
Nos termos dos Arts. 219 e 1.003, §5° do Código de Processo Civil, o prazo para interpor recurso é de 15 dias úteis, sendo excluído o dia do começo e incluído o dia do vencimento, nos termos do Art. 224 do mesmo diploma.
Dessa forma, considerando que a decisão fora publicada na data 17/10/2023, tem-se por tempestivo o presente recurso, devendo ser acolhido.
Informa, outrossim, que, nos termos do Art. 1.007 do Código de Processo Civil, foi recolhido o devido preparo, o que se comprova pela guia devidamente quitada que ora se junta aos autos.
II. DO CABIMENTO
Trata-se de sentença de mérito que encerrou toda a relação jurídica de direito processual. Portanto, destaca-se o cabimento deste recurso nos termos do Art. 1.009 do CPC, pois da sentença cabe apelação.
III. BREVE SÍNTESE DOS FATOS
Refere-se a ação de indenização pelo procedimento comum, na qual os apelantes pleiteiam extinção do contrato, indenização por danos morais e materiais em ação de extinção contratual com inexigibilidade de débito c/c indenização por danos materiais e morais com pedido de tutela de urgência antecipada.
A demanda foi proposta tendo em vista que o apelado descumpriu o contrato de prestação de serviços de fotografia, pois não o executou em sua integralidade, tendo executado apenas 1/3 dos serviços contratados.
Ocasionando imenso abalo psicológico, pois tratava-se de momento exclusivo e único na vida dos apelantes.
Devidamente citada, a apelada apresentou contestação com reconvenção requerendo danos morais.
Apesar dos elementos probatórios da falta de cumprimento contratual, MM. Juiz proferiu sentença condenando os apelantes a indenizar a apelada pelos danos morais, no valor de R$10.000 (dez mil reais), sob o argumento de que a prestadora de serviços sofreu ofensa à honra objetiva em virtude de post publicado na internet pelos Autores.
Tal r. decisão, todavia, não merece prosperar, devendo ser reformada, consoante se demonstrará.
IV. DAS RAZÕES DO INCONFORMISMO
Nos termos dos documentos ora anexados (retirados de redes sociais), percebe-se que os apelantes realizaram uma publicação, considerada um desabafo, em decorrência do abalo sofrido por eles. É importante ressaltar que a referida publicação foi retirada do ar após apenas 15 minutos, cessando, assim, qualquer repercussão que poderia advir da mesma. Tal lapso temporal, conforme alegado, é deveras curto e não enseja a configuração de danos morais em virtude de uma exposição tão efêmera.
À luz dos fundamentos legais, argumentamos que a sentença impugnada não pode prevalecer. A alegação de dano moral se baseia unicamente na publicação do post, sem que haja demais comprovações de prejuízo. Cabe ressaltar que, para a configuração de danos morais, faz-se necessário que haja efetivo abalo à honra, à imagem ou aos direitos da personalidade da parte prejudicada.
O Código Civil Brasileiro, em seu artigo 186, estabelece que "aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito". Ademais, o artigo 927 do mesmo diploma legal dispõe que "aquele que causar dano a outrem, em razão de ato ilícito, fica obrigado a repará-lo".
No entanto, é imperativo ressaltar que a mera manifestação de um desabafo, mesmo que tenha ocorrido publicamente, não configura, por si só, um ato ilícito passível de indenização por danos morais. A exposição breve e efêmera do conteúdo em questão, somada à rápida providência dos apelantes em retirá-lo do ar, demonstra que não houve negligência ou imprudência por parte dos mesmos.
Além disso, é crucial observar o princípio da proporcionalidade e razoabilidade. A curta exposição do post não pode ser equiparada a situações em que danos morais são efetivamente configurados, em que a exposição é prolongada e gera repercussões duradouras na esfera pessoal e social do ofendido.
Portanto, diante da ausência de efetivo prejuízo comprovado, aliada à natureza efêmera da exposição, reiteramos a necessidade de revisão da sentença, afastando a alegação de danos morais.
V. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
a) O recebimento da presente apelação, tendo em vista o preenchimento dos requisitos de admissibilidade, com a devida intimação da parte adversa para, querendo, apresentar contrarrazões no prazo legal;
b) Ao final, seja dado provimento a fim de que seja reformada a respeitável sentença proferida pelo MM. Juízo a quo, julgando improcedente o pedido reconvencional de indenização por danos morais em benefício do Réu, com a inversão do ônus sucumbencial;
c) subsidiariamente, requer-se, caso seja mantida a condenação indenizatória, a minoração do quantum a título de reparação ao Réu;
d) A condenação da parte apelada ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do artigo 85, §2º, do Código de Processo Civil.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local e data.
____________________
Advogado - OAB/UF

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