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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (ISCED) CENTRO DE RECURSOS DE LICHINGA Curso de Licenciatura em Contabilidade e Auditoria RELATÓRIO DE AUDITORIA FINANCEIRA Teste2 Parte II Raúl R. Cossa Lichinga Abril de 2020 Raúl R. Cossa RELATÓRIO DE AUDITORIA FINANCEIRA Teste 2 Parte II º Ano, turma B Curso de Licenciatura em Contabilidade e Auditoria; trabalho de pesquisa bibliográfica à ser entregue no Departamento de Economia e Gestão; destinado para fins avaliativos na disciplina de Auditoria Financeira Tutora: Ivete Mussilipo Lichinga Abril de 2020 ii Contextualização Os relatórios de auditoria, são tidos como um instrumento meramente importante para os gestores na tomada de decisões voltadas as organizações, com o objectivo de atingir sucesso por frente de sucesso, assim adiante. Em verdade, o fim último dos gestores não é de gerir para regredir, mas sim, controlar as incertezas procurando saídas para alcançar sucessos defronte de sucesso. Ora vejamos: No dia-a-dia da nossa vida, embora aconteça automaticamente, mas foi e sempre será assim; ao caminhar, agente sempre tem certificado a cada ponto aonde pousamos a planta do nosso pé, por mera importância, porque se assim não fizermos, corremos risco de colocar o pé sobre uma superfície desequilibrada até mesmo tropeçar ao ponto de quebrar o nosso corpo, ou qualquer coisa feia pode acontecer indesejadamente. Neste contexto, assim é a vida do gestor de empresa. Caso não tenha ferramentas tal qual os relatórios de auditoria, ele estará a merce de prováveis consequências que aquí são relacionados com insucesso de uma organização por conta da não certificação do local aonde pretende caminhar. Assim devemos perceber com essa relação, que a alta administração sem relatórios de auditoria colocam os destinos da empresa sobre o fundo da lama. Portanto neste trabalho pretende-se levar a cabo este estudo bibliográfico para maximizar conhecimentos voltados a utilidade das auditorias apresentadas por meio de relatórios. iii Justificativa Ao falarmos da problemática dos relatórios apresentados apôs auditorias, é comum os relatórios apresentarem falhas de focalização do problema, e a inobservância da simplicidade, até mesmo erros estruturais do relatório que não ajudem a compreensão fácil dos destinatários do documento (relatório de auditoria). Assim sendo, imagina-se que com este trabalho poder-se há construir um relatório simples e focado aos assuntos que interessam a alta administração, poupando esforço de compreensão e ganhando tempo que os mesmos não tem. Questão norteadora: Para quê auditoria e respectivos relatórios nas organizações? iv Objectivos Objectivo desta pesquisa esta relacionada com a alta gestão, não apenas, mas também com todos destinatários legais que no processo pôs auditoria o relatório deve ser encaminhado. Espera-se também que com esse material, ajude a todos interessados a obter os conhecimentos de auditoria de forma a maximizar os conhecimentos aquando a construção do relatório; posto que este trabalho reúne tópicos principais para construção de um simples relatório de auditoria. Objectivos gerais Maximizar conhecimentos em volta do saber fazer um relatório de Auditoria simples. Objectivos específicos Ter o domínio na realização de auditoria Conhecer as técnicas de construção de relatório de auditoria Conhecer as directrizes para construção de um bom e simples relatório de auditoria. v Metodologia Tornou real essa pesquisa, por meio de indexes colocados a internet com o propósito de colher as melhores respostas para fazer parte deste trabalho de pesquisa bibliográfica, e leitura empírica em materiais relacionados com a auditoria financeira e outras obras que abordam conhecimentos de auditoria. Sem desviar-se dos caminhos comprovados academicamente para coleta de dados de uma pesquisa meramente bibliográfica. Nesta óptica seguiu – se a seguinte técnica metódica: Pesquisa qualitativa, básica, descritiva não experimental bibliográfica. vi Índice Contextualização ............................................................................................ ii Justificativa .................................................................................................... iii Objectivos ...................................................................................................... iv Objectivos gerais .......................................................................................... iv Objectivos específicos .................................................................................. iv Metodologia ..................................................................................................... v Resumo ......................................................................................................... viii 1. Introdução .............................................................................................. 9 2. Discussão e Análise de Conteúdo ..................................................... 10 2.1 Conceitos relevantes .......................................................................... 10 2.1.1 Auditoria ....................................................................................... 10 2.1.2 Auditoria financeira ....................................................................... 11 2.1.3 Normas de auditoria ..................................................................... 11 2.1.4 Relatórios de auditoria.................................................................. 12 2.2 Tipos de relatórios .............................................................................. 12 2.2.1 Relatórios finais analíticos ............................................................ 13 2.2.2 Relatórios especiais ..................................................................... 13 2.2.3 Relatórios parciais ........................................................................ 13 2.2.4 Relatórios verbais ......................................................................... 14 2.3 Parecer de auditoria ........................................................................... 15 2.4 Diferença entre relatório e parecer em auditoria ................................ 17 2.4.1 Relatório ....................................................................................... 17 2.4.2 Parecer ......................................................................................... 17 2.5 Estrutura de apresentação dos relatórios e dos pareceres de auditoria ……………………………………………………………………………….18 2.5.1 Relatório de auditoria ................................................................... 18 vii 2.5.2 Pareceres de auditorias ................................................................ 18 2.6 Breve resumo de criação de auditoria financeira ............................... 19 2.6.1 Como criar uma auditoria financeira ............................................. 19 2.6.2 Como fazer uma auditoria na prática ........................................... 19 3. Conclusão ............................................................................................ 21 4. Bibliografia ........................................................................................... 22 viii Resumo O relatório é a peça fundamental na auditoria.Pôs que é por meio deste documento, que pode se demonstrar a importância de auditória numa organização. Um relatório mal apresentado e que permita a contestação do auditado ou possibilita à direção da empresa fazer uma má avaliação de todo um trabalho efetuado, significa a falta de valor da equipe de auditoria. Algumas obras dão menção de existências de situações em que, durante a fase de apuração dos factos, o auditor era conhecedor das técnicas e procedimentos da área onde atuava e, no entanto, na apresentação do relatório, conseguiu desmerecer todos os seus atributos técnicos, levando ao fracasso um excelente trabalho de campo. Para as necessárias precauções, O presente trabalho foi realizado para antever essas consequências. 9 1. Introdução Depois de se ter efectuado leitura de algumas obras relacionadas com o tema deste trabalho, pode-se intender que para cada realização do processo de auditoria, há sempre um relatório com estrutura definida de acordo com as normas de auditoria, buscando retratar as apresentações, comunicação do desenrolar da auditoria, de forma clara e precisa nas organizações. De forma mais abrangente, buscou-se também resumidamente matéria adjacente ao tema, derivado ao processo de realização de auditoria e tipos de auditorias. As auditorias financeiras, apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes a posição patrimonial e financeira da organização, o desempenho de suas operações e contas para o exercício anterior, de acordo com as realidades financeiras vividas naquele período de actividade comercial. 10 2. Discussão e Análise de Conteúdo Neste capítulo debruçar-se há do trabalho de pesquisa propriamente dito, estruturado em níveis e sub níveis conforme normas Apa (Associação dos Psicólogos Americano), buscando de maneiras possível expor o útil para dar enfase ao tema em estudo. 2.1 Conceitos relevantes 2.1.1 Auditoria “Uma auditoria é uma revisão das demonstrações financeiras, de um sistema financeiro, registros, transações e operações de uma entidade ou de um projeto, efetuada por contadores, com a finalidade de assegurar a fidelidade dos registros e proporcionar credibilidade às demonstrações financeiras e outros relatórios da administração.” Assim explica (contabilidade, s.d.) Em concordância com (contabilidade, s.d.), (significados, 2016) “diz que a Auditoria é um exame sistemático das atividades desenvolvidas em determinada empresa ou sector, que tem o objectivo de averiguar se elas estão de acordo com as disposições planejadas e/ou estabelecidas previamente, se foram implementadas com eficácia e se estão adequadas.” Ainda (significados, 2016) defende que a “Auditoria é um exame analítico e pericial que acompanha o desempenho das operações contábeis expressas em um balanço. Muitas vezes é usada a expressão auditoria contábil, que serve para descrever a avaliação de uma empresa no panorama da contabilidade.” Os profissionais que participam na auditoria das demonstrações financeiras são certificados pela ordem vigente em cada país. No caso de Moçambique deve ser certificado pela ordem dos contabilista e auditores de Moçambique (OCAM) e devem seguir rigorosas normas internacionais/profissionais que a cada estado da nação esta associado; cabendo a OCAM adoptar ate então, as normas ISA (International Standards on Auditing) assim como vários países pelo mundo utilizam a mesma. As principais empresas de auditoria do mundo são Deloitte, Pricewaterhouse Coopers, KPMG, Ernst & Young, entre outras. (google, s.d.) 11 Nos conceitos acima, observa-se que há uma relação na qual pode se concluir que a auditoria é um processo de coleta de informações financeiras de forma sistemática analítica, a posterior argumentados pelo auditor com a finalidade de dispor a alta administração ferramentas para tomada de decisões na organização ou estado da nação. Portanto, segundo a (google, s.d.) “as principais empresas de contabilidade e consultoria em Moçambique são A BDO Moçambique, Crowe Lda Moçambique, a FML, A Mazars Moçambique, a Sidalga Contabilidade Auditoria e Serviços, a ACCA Moçambique, Auditores e consultores SA, a CCS Contabilidade e consultoria serviços Lda, a Infinity Consulting.’’ 2.1.2 Auditoria financeira A auditoria financeira é feita sob uma perspectiva que avalia as entradas e saídas de recursos, as reservas financeiras, os investimentos contas a receber, a efetividade desses recebimentos e o planejamento que garantirá a saúde financeira da empresa no futuro. Já a auditoria contábil percebe os processos do ponto de vista do cumprimento das obrigações contábeis e fiscais, verificando a regularidade dos recolhimentos de impostos e estudando a melhor forma de cumprir obrigações tributárias e fiscais, de modo a que os processos corram de forma mais efectiva, segura e otimizada. 2.1.3 Normas de auditoria A (colunista, s.d.) define normas de auditoria como sendo “ as regras ditadas pelos órgãos reguladores da profissão contábil e tem por objetivo a regulação da profissão e atividades bem como estabelecer diretrizes a serem seguidas pelos profissionais no desenvolver de seus trabalhos.’’ http://www.infinity.co.mz/ https://blog.mgauditcont.com.br/planejamento-tributario-descubra-a-sua-importancia/ https://blog.mgauditcont.com.br/planejamento-tributario-descubra-a-sua-importancia/ 12 Atualmente as empresas defrontam-se com desafios que advém do mercado para fazer face à competitividade. Nesta vertente, diversos países têm vindo a adotar as normas internacionais de auditoria emitidas pela International Federation of Accountants (IFAC), com vista a uniformizar as suas práticas de auditoria. Para o caso de Moçambique, importa referir que as normas actualmente em vigor são as da International Standards on Auditing – ISA; segundo o parecer de (António, 2017). Para o caso de Brasil as normas actualmente em vigor são emitidas em conjunto pelo CFC (Conselho Federal de Contabilidade), IBRACON (Instituto dos Auditores Independente do Brasil), Banco Central do Brasil, CVM (Comissão de Valores Imobiliários) e a Superintendência de Seguros Privados. 2.1.4 Relatórios de auditoria Relatório de auditoria, é a representação escrita ou verbal cuidadosa, adequadamente planejada, suportando integralmente o role de auditoria, no qual o auditor, expõe o trabalho de forma sistémica ordenada conforme o tipo de auditoria realizada buscando comunicar aos usuários a sua opinião. 2.2 Tipos de relatórios Existem definições distintas quanto aos tipos de relatórios de auditoria; portanto, o relatório por sí só, define a nomenclatura correta, consoante ao conteúdo que respondam as necessidades da organização. Porém, a (Auditoria, 2017) dá o seu parecer dividindo os relatórios de auditoria em 5 tipos nomeadamente: “Relatórios finais sintéticos São os que se resumem em uma simples e rápida forma de transmissão de fatos e exigem maior capacidade do auditor. Como o próprio nome já diz, o Relatório Sintético é aquele que deve ser utilizado para informar a alta direção da empresa, de forma rápida e sucinta, sobre o que não vai bem ou necessita correção. Os gerentes dos departamentos de empresas são homens habituados às rápidas decisões, possuindo grande capacidade de resolver problemas em poucas palavras. 13 2.2.1 Relatórios finais analíticos São os relatórios que devem levar aos setores auditados todas as informações e detalhes permissíveis à boa solução dos problemas, sem longas e infindáveis relações numéricas e cifras que não levam a nada. Os fatos de menor relevância podem ser encontrados nos papéis de trabalhos, os quais podem ser gentilmente oferecidos pelo auditor, ou relacionados à parte quando houver necessidade. O Relatório Analítico é o meiode comunicação que o auditor possui para se relacionar com todos os setores envolvidos nos trabalhos realizados. É a forma de se comunicar com os funcionários em nível de execução. Portanto, devem ser apresentados de maneira clara e simples. 2.2.2 Relatórios especiais Os relatórios especiais são aqueles que fogem do cotidiano. Podem também ser considerados de relatórios confidenciais. Entende-se por relatório confidencial aquele que é solicitado exclusivamente pelo diretor da empresa, e que tem interesse exclusivo sobre um determinado assunto. Exemplo: o diretor da empresa chama o gerente de auditoria (no qual deposita toda confiança) e pede para que seja observado um item ou um assunto que só a ele interessa. Os relatórios especiais são também aqueles que reportam as indesejáveis fraudes de maneira reservada. 2.2.3 Relatórios parciais Durante as verificações, o auditor muitas vezes se depara com factos ou ocorrências que devem ser levadas de imediato ao conhecimento da gerência ou direção da empresa. É bastante comum que durante os exames surjam problemas que exijam correções imediatas para que se evite a continuidade de falhas e haja tempo suficiente para elaboração do relatório final. O Relatório Parcial é o recurso disponível para essa finalidade. Ao efetuar uma auditoria no departamento pessoal, por exemplo, o auditor constata que uma determinada alíquota da GRPS- Guia de Recolhimento da Previdência Social, vem sendo calculada erroneamente. Ele deve 14 imediatamente elaborar um Relatório Parcial comunicando a situação existente e que deve ser corrigida. É evidente que esse relatório não terá a sobriedade e a mesma apresentação de um relatório completo sobre a extensão do ocorrido, porém, atende a necessidade de solucionar o problema. O Relatório Parcial pode ser apresentado em uma simples folha de papel de trabalho, devidamente identificada. O Relatório Parcial também serve para comunicar alguma dificuldade ou qualquer tipo de ocorrência que interfira directamente no trabalho em execução ou, que de uma forma ou de outra, possa estar relacionado com a atividade do auditor. 2.2.4 Relatórios verbais Os mesmos conceitos dos relatórios escritos são aplicáveis aos relatórios verbais, porém com uma fundamental diferença: não existe rascunho para ser corrigido antes da redação final. Em um relatório escrito, o auditor pode reescrever parágrafos, mudar orações e períodos, enfim, aprimorar o texto antes que esteja nas mãos do destinatário. No relatório verbal, quando não há uma boa preparação, o auditor torna-se mais vulnerável e sujeito a expor condições desfavoráveis a ele. É muito importante considerar a diferença entre o que se fala e o que se escreve. O Relatório verbal possui uma característica que os distingue dos outros tipos de relatórios: é muito mais rápido. O aspecto de maior importância a ser considerado pela apresentação de um relatório verbal, refere-se à conduta do auditor para executar a tarefa. O auditor deve ser muito claro e objetivo, fazendo com que sua fala seja facilmente compreendida e assimilada, pois ao término de um relatório verbal não existem fontes para serem consultadas sobre o que não ficou claro. Assim sendo, o relatório verbal também deve ser previamente planejado e estruturado, pois o auditor tem que estar preparado para “prender” a atenção dos seus ouvintes, apresentando os fatos, recomendações ou sugestões, devidamente fundamentadas para que haja o interesse comum em solucionar problemas.” 15 2.3 Parecer de auditoria Segundo (Sanveca, 2018, pp. 93-101) “Em consonância com tipos de auditoria referido pelo (Auditoria, 2017) os relatórios de auditoria financeira, quanto ao parecer para o auditor e para a auditada, pode ser: Parecer sem Ressalva; Parecer com Ressalva; Parecer adverso; e Parecer com abstenção Tabela 01: Tipos de pareceres e parágrafos de ênfase na emissão de relatórios de Auditoria (Sanveca, 2018) Relatório Descrição Limpo ou sem modificaç ão O relatório sem ressalva é o denominado como limpo, ou seja, sem exceção ou qualquer parágrafo adicional. indica que o auditor está convencido de que as demonstrações contábeis foram elaboradas consoantes à legislação especifica, em todos os aspectos relevantes. Com ressalva É emitido quando o auditor obtém evidências apropriadas, concluindo que há distorções, individualmente ou em conjunto relevantes, mas não generalizadas. Ou quando não obtém evidências apropriadas para suportar sua opinião, mas conclui que seus efeitos de distorções não detectadas, poderiam ser relevantes, mas não generalizadas. Adverso É emitido pelo auditor para expressar adversidade de opinião, tendo como base 16 De acordo com (Sanveca, 2018), (Cordeiro, pp. 13-15) os pareceres são observado consoante a sua espécie, segundo a resolução nº 820 do CFC, NBC T11; podendo ser: “Parecer sem ressalva Indica que o auditor está convencido de que as demonstrações contábeis foram elaboradas em conformidade com os Princípios Fundamentais de Contabilidade, e Normas Brasileiras de Contabilidade, em todos os seus aspectos relevantes. Parecer com ressalva É emitido quando o auditor conclui que o efeito de qualquer discordância ou restrição na execução de um trabalho não é de tal magnitude que requeira parecer adverso ou abstenção de opinião. evidências de auditoria suficientes para que as distorções individuais ou em grupo são relevantes e generalizada. Com abstençã o de opinião Quando o auditor não expressa sua opinião pois que não conseguiu obter evidências suficientes para embasar sua opinião, e ele conclui que essas possíveis distorções poderiam ser importantes e generalizadas. Com parágrafo de ênfase O auditor inclui em seu relatório um parágrafo referente a um assunto apropriadamente apresentado nas demonstrações contábeis, que conforme seu julgamento é relevante para o entendimento dos seus usuários. Com parágrafo de outros assuntos É incluso no relatório para referir-se há algum assunto não tratado anteriormente nas demonstrações financeiras, e que segundo o auditor é relevante para os usuários 17 As expressões “exceto por”, “exceto quanto” ou “com exceção de” são comuns quando mencionados os motivos geradores das ressalvas. Parecer adverso O auditor emite opinião de que as demonstrações contábeis não estão adequadamente elaboradas, nas datas e períodos indicados, em conformidade com os princípios Fundamentais de Contabilidade, e as Normas Brasileiras de Contabilidade. Deve ser emitido quando o auditor verificar que as demonstrações contábeis estão incorretas ou incompletas, em tal magnitude que impossibilite a emissão de parecer com ressalva. Parecer com abstenção de opinião É aquele em que o auditor deixa de emitir opinião sobre as demonstrações contábeis, por não ter obtido comprovação suficiente para fundamentá-la. A abstenção de opinião em relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto, não elimina a responsabilidade do auditor de mencionar, no parecer, qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações.” 2.4 Diferença entre relatório e parecer em auditoria 2.4.1 Relatório É o documento escrito ou verbal, preparado para comunicar aos administradores e destinatários legalmente aceitos, o resultado dos trabalhos de auditoria de forma clara e precisa, constando nele a opinião ou parecer do auditor, voltados a não conformidades de acordo com o planificado na organização. 2.4.2 Parecer É o documento em que o auditor expressa a sua opinião, de forma clara e objetiva, sobre as Demonstrações Contábeis nele indicadas, é a aprovação ou credibilidade que os responsáveis da administração e servidorestécnicos da organização dão ao conteúdo do relatório em função da realidade por eles fornecidos. O parecer é um documento obrigatório quando os trabalhos são executados por auditores independentes/externos a empresa, com a finalidade de expressar opinião sobre as demonstrações contábeis. 18 2.5 Estrutura de apresentação dos relatórios e dos pareceres de auditoria 2.5.1 Relatório de auditoria i. Deve ser direcionado para a diretoria e para o responsável pela área auditada; ii. Deve indicar a empresa examinada, se for um grupo econômico com mais de iii. Uma empresa; iv. Deve identificar o a área auditada, objetivos, períodos examinados e conclusões a que se chegou; v. Deve propor melhorias e sugestões em processos detectados que apresentam não-conformidades; vi. Deve contemplar, Se for o caso, processos de uma área não examinados, informando os motivos pela não-execução dos trabalhos. vii. Deve ser assinado pelo especialista responsável pelos trabalhos. 2.5.2 Pareceres de auditorias i. Deve ser direcionado aos acionistas, ao conselho de administração ou à diretoria da entidade; ii. Deve identificar as demonstrações contábeis sobre as quais o auditor está expressando a sua opinião, indicando o nome da entidade, as datas e períodos a que correspondem; iii. Deve ser datado e assinado pelo contador responsável pelos trabalhos, e conter seu número no Conselho Regional de Contabilidade; iv. A data do parecer deve corresponder ao dia do encerramento dos trabalhos de auditoria na entidade; v. Deve expressar, se as demonstrações auditadas representam adequadamente, ou não: a) A posição patrimonial e financeira; b) O resultado das operações; c) As mutações do patrimônio líquido; d) As origens e aplicações de recursos 19 2.6 Breve resumo de criação de auditoria financeira A (MGauditcont, s.d.) esclarece resumindo em duas sub partes seguintes: 2.6.1 “Como criar uma auditoria financeira Para criar uma auditoria financeira na sua empresa é necessário identificar o motivo pelo qual ela está sendo criada. Há suspeita de algum desvio financeiro? Existe a necessidade de cortar custos? Assim que o motivo for detectado, já se terá o objetivo da auditoria e as áreas que serão auditadas estarão mapeadas. Em caso de uma suspeita de desvio financeiro, por exemplo, é recomendado que o gestor busque o trabalho de auditores terceirizados. É importante fazer a gestão dos riscos da empresa que envolvem não só a questão financeira, mas todos os outros que podem se transformar em gasto no futuro, como riscos jurídicos e de imagem. 2.6.2 Como fazer uma auditoria na prática O primeiro passo da auditoria é o mapeamento completo dos processos. Neste momento, é realizada uma análise acerca da realidade vivenciada pela organização, com foco no setor que é objeto do levantamento (nesse caso, o setor financeiro). Esse mapeamento trará informações importantes acerca da situação do negócio, bem como dos pontos que merecem maior atenção. Aliás, a identificação de riscos já é considerada a segunda etapa no processo de auditoria. Ela é feita com base nas informações levantadas e permite trazer dados que possam contribuir para conhecer as deficiências e os seus impactos no negócio, visando estruturar de forma adequada as práticas organizacionais. O terceiro passo é a identificação da existência de controlos internos, ou seja, descobrir quais são as ferramentas utilizadas para garantir que as atividades financeiras do negócio sejam realizadas de forma segura e planejada. https://blog.mgauditcont.com.br/gestao-de-desempenho-entenda-o-que-e-e-como-aplicar-em-seu-negocio/ https://blog.mgauditcont.com.br/nao-cometa-os-4-erros-mais-comuns-na-rotina-do-setor-financeiro/ 20 Hoje, as empresas adotam diversas modalidades de controlo interno, que vão desde planilhas e relatórios financeiros até autenticações eletrônicas, conciliações e revisões. Conhecendo o funcionamento dos controles internos, a auditoria avaliará esses controles, testando sua eficiência na prática. Com isso, será possível identificar se tais controles funcionam, minimizando os riscos para o negócio. A execução dessas etapas traz informações e evidências que permitem identificar quais as práticas que estão trazendo resultados positivos e negativos para o setor financeiro. Em caso de avaliação totalmente positiva, o auditor informa no relatório de auditoria que os processos são eficazes e seguros para a organização. Entretanto, se o auditor identificar deficiências que possam causar prejuízos para o negócio, ele apontará quais são os problemas, o motivo pelo qual esses problemas estão acontecendo e as soluções e práticas que podem ser adotadas para solucionar a situação. Como você pode ver, a auditoria tem duas funções: corretiva ou preventiva. Ao ser usada sob a ótica de correção, ela identifica os problemas e suas origens, apontando para as melhores soluções. Já na auditoria preventiva, o trabalho é realizado para identificar possíveis falhas ou oportunidades de melhorias nos processos. Isso é altamente benéfico para a organização, já que garante a sustentabilidade da empresa, permite a melhora no desempenho dos lucros, reduz o risco de erros e traz mais segurança para o ambiente de trabalho. Por meio da utilização de procedimentos e técnicas específicas, os auditores realizam a análise das práticas e processos, avaliando o seu nível de eficiência, segurança, e indicando possíveis melhorias, caso elas se façam necessárias.” https://blog.mgauditcont.com.br/descubra-como-avaliar-melhor-a-lucratividade-da-sua-empresa/ 21 3. Conclusão Intensionalmente fez-se o presente trabalho para que com o mesmo consiga- se conciliar a matéria de elaboração de relatório de auditoria e breves técnicas de elaboração de auditoria financeira. Tornando não apenas como um artigo meramente avaliativo; mas sim artigo que poderá servir como caderno de apontamentos de estudo enquanto estudante e a doravante como material de consulta. Pelo mesmo apresentar de forma suncitada conhecimentos relevantes de relatórios de auditoria. 22 4. Bibliografia António, V. V. (03 de 2017). A Adoção das Normas Internacionais de Auditoria em Moçambique: Impacto nos. Ave. Obtido em 11 de 04 de 2020, de ciencipca.ipca.pt Auditoria, g. p. (07 de 02 de 2017). Relatorio de auditoria. Obtido em 11 de 04 de 2020, de portaldeauditoria.com.br colunista, P. e. (s.d.). Obtido em 11 de 04 de 2020, de siteantigo.portaleducacao.com.br contabilidade, P. d. (s.d.). Obtido de http://www.portaldecontabilidade.com.br/ Cordeiro, C. M. (s.d.). A importancia do relatorio e parecer de auditoia. Obtido em 11 de 04 de 2020, de vitorsts.files.wordpress.com de Almeida , A., Lopes , E. d., Camilo , J. T., & Choi , V. M. (2016). Manual de Normalização para Trabalhos Científicos. Sao Paulo: FECAP Biblioteca. google. (s.d.). Obtido em 11 de 04 de 2020, de www.google.com MGauditcont. (s.d.). Obtido de blog.mgauditcont.com.br Sanveca, A. D. (2018). Auditoria financeira. Beira -Mocambique. significados. (18 de 05 de 2016). significados. Obtido em 11 de 04 de 2020, de www.significados.com.br
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