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RESENHA prote

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM ENGENHARIA E SEGURANÇA DO TRABALHO
Resenha Crítica de Caso 
KAROLAYNE ALBINO GALINDO
202003363502
Trabalho da disciplina de Proteção ao Meio Ambiente
 Tutor: Prof. ELIANA SGARBI DE CARVALHO
Lages - SC
2020
RESÍDUOS NO BRASIL: UM GRANDE MERCADO EMERGENTE
Referência: ZERIO, J. M.; CONEJERO, M. A. Resíduos no Brasil: Um Grande Mercado Emergente. Thunderbird School of Global Management. 2010. Disponível em: http://pos.estacio.webaula.com.br/Trabalhos/Suplementos/1665/84528/42916.pdf. Acesso em: 21 de Abril de 2020.
INTRODUÇÃO
Com o progresso econômico brasileiro um dos problemas mais difíceis enfrentados foi a criação e a gestão de infraestruturas de serviços básicos, o que gera impactos negativos a capacidade econômica e efetividade na produção e distribuição de mercadorias e serviços. 
Com o crescimento demográfico e maior consumo, há maior geração da taxa de resíduos sólidos. Com a falta de gestão eficiente dos resíduos, recursos hídricos, solo e ar foram poluídos e muitos municípios pequenos e médios. O Brasil enfrentou grandes dificuldades no financiamento de investimentos em projetos de infraestrutura. O pensamento inovador, a abertura ao compartilhamento de riscos, a resolução política foi necessária para instalar soluções que acelerariam o fornecimento de serviços e gestão de resíduos em ampla escala e com qualidade que a sociedade brasileira exigia.
DESENVOLVIMENTO
Com o crescimento econômico, a expansão de atividades industriais, aumento demográfico, contribuiu significamente para um aumento na taxa de geração de resíduos sólidos no mundo inteiro. As circunstâncias ainda são mais críticas em países emergentes, pois carecem de infraestrutura, os governos tem poucos recursos para destinar a saneamento básico. 
O Brasil é o quinto maior país do mundo, entretanto, em 2004 aproximadamente 25% da população ainda vivia abaixo da linha da pobreza. Ainda, grupos de baixa renda além de terem acesso limitado a educação, também carecem de saneamento básico, o que implica diretamente na sua saúde. O maior desafio do governo brasileiro é a desigualdade humana.
O efeito estufa é essencial para nós, pois é através da radiação solar absorvida a qual passa por um processo físico, e sua energia é transformada em calor, e então reemetida na forma de radiação térmica (ondas longas). O calor é irradiado ao espaço, e parte permanece retido na atmosfera devido à presença de gases, produzindo assim o efeito estufa. 
Embora o efeito estufa seja importante para o planeta, sua intensificação tem causado preocupações devido ao dano ambiental e econômico enorme. Esse acréscimo na geração de gases que provocam o aumento do efeito estufa, não provenientes de atividade humana, principalmente gerados na produção agrícola, industrial, pecuária e gestão de resíduos sólidos. Tais atividades são responsáveis pela emissão de gases como gás carbônico (CO2), vapor d'água (H2O), metano (CH4), ozônio (O3), e óxido nitroso (N2O), que são chamados de GHG devido a sua alta capacidade de reter calor. 
O CO2 é responsável por mais de 60% do efeito estufa antropogênico, gerado principalmente pela queima de combustíveis. O CH4 contribui com 20% do aumento no efeito estufa, gerado principalmente através da agricultura e pecuária.
Os cientistas do IPCC preveem sérios danos com o resultado do aquecimento global, como a intensificação de fenômenos meteorológicos extremos (como secas, inundação, ciclones e tempestades tropicais), aumento na incidência de doenças, perda de biodiversidade, aumento da desigualdade social, escassez de alimentos, dentre muitas outras consequências. 
No passado resíduos não eram vistos como são atualmente, e não havia preocupação na sua gestão, nem mesmo com resíduos industriais, os quais podem gerar grandes impactos ambientais. Através do estabelecimento do conceito de desenvolvimento sustentável, e com a ideia de reciclagem como forma de reduzir resíduos, surgiu o conceito de gestão integrada dos resíduos sólidos. Para a gestão correta, incluem ações como redução da fonte de matérias primas, reciclagem, reutilização, incineradores e aterros. 
Conforme o mundo cria consciência sobre o fato do aumento da geração de resíduos sólidos e de sua contribuição para os níveis de GHG, novos cenários começam a surgir: resíduos sólidos como recursos. Também, novas tecnologias para a gestão de resíduos começaram a progredir.
A forma mais comum e conhecida para disposição de resíduos é o aterro com recuperação de gás, a grande maioria é utilizado para disposição de resíduos domésticos, comerciais, industriais e de esgoto sanitário. Devido a decomposição dos resíduos, gera como produto gases e chorume, ambos podem ser prejudiciais para o meio ambiente, por isso também devem ter um monitoramento e gestão adequada. O biogás gerado tem contribuição significativa para o efeito estufa, mas já se tem tecnologias para o gerenciamento correto desse gás, podendo até mesmo ter seu aproveitamento para fins energéticos. Contudo há outras formas para disposição dos resíduos, como a incineração, que vem sendo utilizada principalmente onde não há espaço para construir um aterro. No entanto, deve-se ter um controle extremamente rigoroso nas emissões atmosféricas, podendo utilizar os gases resultantes da queima para fins energéticos. Outra forma é através de tratamento biológico, que pode ser dividido em compostagem, digestão anaeróbica e tratamento mecânico-biológico. A compostagem e a digestão anaeróbica são realizadas para tratamento de resíduos orgânicos, é uma tecnologia bem estabelecida e comprovada, pois os produtos gerados no processo podem ser utilizados diretamente na agricultura, e o gás para fins energéticos. Já o tratamento biológico mecânico consiste de várias tecnologias que podem ser combinadas, onde pode haver a separação de resíduos passiveis de reciclagem, orgânicos e refugo sólido, em relação com o aterro, o MBT pode reduzir teoricamente a geração de CH4 em até 90%. 
De acordo com o IBGE em 2000, 228.413 toneladas foram coletadas diariamente no Brasil, onde 5.507 municípios, 63,6% descartaram os resíduos sólidos coletados em campo aberto, 18,4% aterros controlados utilizados, e apenas 13,8% levaram os resíduos a aterros sanitários. Ainda, segundo a CETESB, 84% das emissões de metano geradas por resíduos sólidos ocorreram em campo aberto. 
Os aterros são o principal meio de disposição dos resíduos no Brasil, e podem ser divididos em campo aberto (lixão), aterro controlado e aterro sanitário. O lixão não tem controle nenhum dos produtos gerados da decomposição, sendo um local aberto e altamente perigoso para a saúde e um grande agente de impactos ambientais e sociais. Já o aterro controlado, é uma forma intermediária entre o lixão e o aterro sanitário, o chorume é capturado e impedido de atingir rios e correntes d'água, o metano e outros gases são liberados e às vezes queimados, as células de coleta são compactadas e cobertas adequadamente com plástico. Porém, não atende as normas ambientais, devido a não ter revestimento impermeabilizante. A forma mais correta e que se enquadra nas leis federais é o aterro sanitário, que são construídos e operados seguindo rigorosamente as leis ambientais. Devem ter controle do chorume e dos gases, ainda deve ser todo revestido, a fim de não haver contato dos produtos provenientes do processo de decomposição dos resíduos com recursos hídricos e diretamente com o solo. 
Os catadores de resíduos, são extremamente importantes na gestão de resíduos urbanos, e são os maiores responsáveis pela reciclagem no Brasil, mas enfrentam muitos problemas, como a falta de apoio social, a dificuldade para coleta dos materiais e a exposição a contaminantes. Mas não podemos deixar de destacar que apesar de um sistema falho e socialmente injusto, considerando a sustentabilidade, tornou o Brasil o líder mundial em recuperação de alumínio, com 89%, sendo mérito principalmente dos catadores, os quais são tão desvalorizados,mas que deveriam ser vangloriados. 
Em 1997 ocorreu o acordo do Protocolo de Quioto, onde 184 nações assinaram prometendo reduzir as emissões de GHG, onde foi estabelecido certa quantidade de CO2 que as nações podem emitir. Os governos emitem subsídios de emissão a poluidores dentro de suas fronteiras, que podem então ser comprados e vendidos por empresas no mundo inteiro. Essa é a base de um sistema comercial de crédito de carbono. No Brasil, há um aumento constante da consciência ambiental, mas ainda tem muito o que evoluir no desenvolvimento sustentável. As estimativas indicam a necessidade de um investimento de R$ 41 bilhões para atender demandas básicas no país para serviços de gestão de resíduos de água e sólidos. Parcerias público-privadas podem ser importantes para atrair capital e especialização do setor privado para o governo brasileiro. O Brasil tem um déficit da gestão de resíduos sólidos muito grande, e representa uma oportunidade comercial para empresas inovadoras e eficientes. 
CONLUSÃO
É notório e explicito de que o Brasil carece muito de saneamento básico, compreendendo assim a gestão integrada de resíduos sólidos. Já se tem conhecimento das tecnologias que podem ser aplicadas e aprimoradas para todo o ciclo, desde a coleta até a disposição final. O país vem avançando com o passar dos anos, não na velocidade que deveria, mas algumas conquistas já podem ser citadas, como a inativação e proibição de lixões, devido ao seu grande impacto ambiental e social. Entretanto, não basta se ter políticas públicas e tecnologia se não houver o principal: consciência ambiental. Não basta apenas dispor os resíduos em um local seguro, como aterros sanitários, deve haver a separação e destinação de cada resíduo. Todos os dias são desperdiçados muitos materiais a aterros sanitários ou incinerações, que poderiam ser reciclados ou reaproveitados e até mesmo compostados, o que é um imenso desperdício. 
A população brasileira deve primeiramente criar consciência ambiental, a partir do momento em que praticam o básico de separar seu lixo entre materiais recicláveis, resíduo orgânico e rejeito. Apenas praticando isso, já iria reduzir mais da metade do rejeito que deve ir para aterros, e ainda auxiliariam os catadores, que muitas vezes se cortam, se contaminam por ter que revirarem o lixo em busca de materiais recicláveis, pelo fato de na grande maioria das residências não serem separados. E claro, reduziria a quantidade de material a ser destinada para aterros, diminuindo também a quantidade de gases gerados. É uma ação tão simples, mas com tantos benefícios: Facilita a vida de catadores, diminui a quantidade de resíduos encaminhado para aterros, diminui a emissão de gases, diminui a quantidade de exploração de matéria prima para diversos processos, visto que os mesmos podem ser reaproveitados e reciclados de materiais já existentes. Devemos imediatamente mudas nossas atitudes, o efeito estufa aumenta todos os dias, e devemos tomar atitudes antes que seja irreversível. 
1
 A maioria das pessoas concordam co m a solução, mas poucas pessoas aplicam.
Devemos utilizar princípios comportamentais para controlar a sobrecarga digital ao
invés de deixá-la controlar, devemos recusar ou filtrar sistematicamente o fluxo de
informação, gerenciar o tempo, eliminar distrações e focar em mais atividades que
realmente necessita de nossa atenção. Fazer um bom uso de toda a tecnologia
disponível com responsabilidade, e usando ao seu favor, é possível obter m uitos
benefício
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 A maioria das pessoas concordam co m a solução, mas poucas pessoas aplicam.
Devemos utilizar princípios comportamentais para controlar a sobrecarga digital ao
invés de deixá-la controlar, devemos recusar ou filtrar sistematicamente o fluxo de
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realmente necessita de noss

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