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Ecologia Geral e Urbana

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Ecologia Geral 
e Urbana
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Nilza Maria Coradi de Araújo
Revisão Textual:
Profa. Esp. Kelciane da Rocha Campos
Ecossistemas
• Introdução
• Os processos no ecossistema
• Fluxos de matéria nos ecossistemas
• Fluxos de energia nos ecossistemas
• Ecossistemas terrestres
• Principais ecossistemas terrestres
• Concluindo
 · Trabalhar o conceito de ecossistema. Um ecossistema é o conjunto 
de organismos e ambientes físicos que esses organismos habitam. 
Podemos dizer também que é uma máquina termodinâmica que dissipa 
a energia em calor de forma contínua. A energia entra no ecossistema 
através da fotossíntese e da produção vegetal, proporcionando energia 
aos animais e microrganismos não fotossintetizadores
 · Abordar os principais ecossistemas da biosfera. Clima, topografia e solo 
são determinantes para a vida animal e vegetal na biosfera. Podemos 
a partir daí agrupar unidades biológicas em categorias baseadas nas 
formas vegetais dominantes, dando às comunidades sua característica 
geral. O conjunto dessas características é uma forma de nomear os 
ecossistemas com base nas suas semelhanças físicas e biológicas.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Prezados alunos e alunas,
Nesta unidade II, vamos trabalhar o conceito de ecossistema. Um ecossistema 
é o conjunto de organismos e ambientes físicos que esses organismos 
habitam. Podemos dizer também que é uma máquina termodinâmica que 
dissipa a energia em calor de forma contínua. Falaremos também dos 
principais ecossistemas da biosfera.
Fiquem atentos às atividades propostas e aos prazos de realização e de 
entrega das mesmas.
Convite à leitura: leiam cada aula, façam anotações, e se necessário 
pesquisem outros materiais além do que é fornecido. Não acumulem dúvidas, 
participem, perguntem! 
Bons estudos!
ORIENTAÇÕES
Ecossistemas
UNIDADE Ecossistemas
Contextualização
Nesta unidade, vamos trabalhar o conceito de ecossistema. Um ecossistema 
é o conjunto de organismos e ambientes físicos que esses organismos habitam. 
Podemos dizer também que é uma máquina termodinâmica que dissipa a energia 
em calor de forma contínua. A energia entra no ecossistema através da fotossíntese 
e da produção vegetal, proporcionando energia aos animais e microrganismos não 
fotossintetizadores. 
Falaremos também dos principais ecossistemas da biosfera. Clima, topografia 
e solo são determinantes para a vida animal e vegetal na biosfera. Podemos a 
partir daí agrupar unidades biológicas em categorias baseadas nas formas vegetais 
dominantes, dando às comunidades sua característica geral. O conjunto dessas 
características é uma forma de nomear os ecossistemas com base nas suas 
semelhanças físicas e biológicas. Chamamos essas categorias de ecossistemas ou 
biomas. Sendo assim, biomas proporcionam pontos de referência convenientes 
para comparar os processos biológicos em diversos tipos de ecossistemas.
6
7
Introdução
Organismos vivos e seu ambiente não vivo (abiótico) estão inseparavelmente 
inter-relacionados e interagem entre si. Chamamos de sistema ecológico ou 
ECOSSISTEMA qualquer unidade (biossistema) que abranja todos os organismos 
que funcionam em conjunto (a comunidade biótica) numa dada área, interagindo 
com o ambiente físico de tal forma que um fluxo de energia produza estruturas 
bióticas claramente definidas e uma ciclagem de materiais entre as partes vivas e 
não vivas (ODUM, 1988).
Podemos dizer que o ecossistema é uma unidade básica funcional na ecologia, 
pois tratamos desde os organismos até o ambiente abiótico, cada fator influenciando 
as propriedades do outro, e todos necessários para a manutenção da vida na 
Terra. Considerar essa organização deve ser nosso primeiro tópico se quisermos 
implementar soluções holísticas para problemas que temos hoje na biosfera.
Como os ecossistemas são sistemas abertos, o ambiente de entrada e o ambiente 
de saída são considerados partes importantes do conceito.
O termo ecossistema foi apresentado em 1935 pelo ecologista A. G. Tansley. 
Esse pesquisador considerou animais, plantas e fatores físicos ao seu entorno como 
sistemas ecológicos integrados, chamando isso de ecossistema, e o considerou 
como a unidade fundamental da organização ecológica. Tansley visualizou os 
componentes biológicos e físicos da natureza juntos, unificados pela dependência 
dos animais e das plantas em seus ambientes físicos e por suas contribuições para a 
manutenção das condições e composição do mundo físico (economia da natureza).
Independentemente de qual era o ambiente estudado, marinho, terrestre ou 
dulcícola, os cientistas começaram a considerar que a natureza funciona realmente 
como um sistema, mas somente quando Bertalanffy (1950) e outros ecologistas 
desenvolveram a teoria geral de sistemas, é que se apresentou o campo definitivo 
e quantitativo da ecologia de ecossistemas.
7
UNIDADE Ecossistemas
Na Figura 1 (Odum, 1988), podemos visualizar componentes e processos 
que tornam funcional um ecossistema. A interação dos componentes básicos: 
comunidade, fluxo de energia e ciclagem dos materiais, é mostrada no esquema 
simplificado. O fluxo de energia acontece e em apenas um sentido, parte da energia 
solar é transformada em matéria orgânica pela comunidade, mas sua maior parte 
é degradada, passando pelo sistema e saindo dele na forma de energia calórica. 
A energia pode ser armazenada e liberada posteriormente ou exportada, mas 
nunca reutilizada. Ao contrário da energia, os materiais como os nutrientes e a 
água podem ser reutilizados inúmeras vezes.
 
Fluxo de E
Sentido único
Fluxo de E
(funções motrizes)
Entrada de materiais
(nutrientes) e organismos
Ciclo e depósito
de materiais
Exportação 
de materiais Sumidouro
de calor
Autótrofos
Diagrama funcional de um sistema ecológico 
(Odum, 1983)
Hererótrofos
Depósito
Exportação de E
armazenada 
(m. o. e organismos)
Circuito de controle
por retroalimentação
de E e depósito de E
Figura 1. Componentes e processos que tornam funcional um ecossistema
Fonte: Adaptado do LIVRO ECOLOGIA (ODUM, Eugene)
Todos os ecossistemas são sistemas abertos, portanto há entrada e saída de 
energias necessárias. Os ecossistemas são abertos em diversos graus aos fluxos 
de materiais, emigração e imigração de organismos. Importante, então, considerar 
que existe um ambiente de entrada e um ambiente de saída, fundamentais para que 
o ecossistema funcione e se mantenha.
Existem certos parâmetros que regulam o tamanho do ambiente de entrada e 
saída, como: o tamanho do sistema (quanto maior o sistema, menor a dependência 
com o exterior); a intensidade metabólica (quanto maior a taxa metabólica, maior a 
entrada e saída); o equilíbrio autotrófico-heterotrófico (quanto mais desequilibrado 
o sistema, são necessários mais elementos externos para equilibrar); o estágio 
de desenvolvimento (sistemas jovens e adultos são diferenciados). Podemos 
exemplificar dizendo que uma grande floresta tem ambientes de entradas e saídas 
muito menores que um pequeno riacho.
8
9
Os processos no ecossistema
Para podermos examinar os processos que ocorrem no ecossistema, é necessário 
que compreendamos alguns termos:
Biomassa
A massa de organismos por unidade de área de solo ou água, expresso geralmente 
por unidade de energia ou matéria orgânica seca. Estão incluídas na biomassa 
todas as partes vivas e não vivas vinculadas aos organismos vivos; uma árvore, 
por exemplo, é considerada uma biomassa, apesar da maior parte da madeira ser 
morta. Os organismos e partes dele deixam de ser biomassa quando morrem e se 
tornam matéria orgânica morta.
Produtividade Primária
A taxa em que a biomassa é produzida por unidade de área pelas plantas é 
a produtividade primária. Pode ser expressa como na biomassa, por unidade de 
energia ou matéria orgânica seca.
Produtividade Primária Bruta
A produtividade primária bruta (PPB) é a fixação total de energia pela fotossíntese, 
respirada pela própria planta e perdida como calorrespiratório (R).
Produtividade Primária Líquida
Produtividade Primária Liquida (PPL) é a diferença entre PPB e R, considerada a 
taxa real de produção de nova biomassa disponível para o consumo dos organismos 
heterotróficos (bactérias, fungos e animais).
A produtividade primária é limitada por muitos fatores, como a quantidade e 
qualidade da radiação solar, a disponibilidade de água e nutrientes chaves, como o 
nitrogênio, condições físicas, principalmente a temperatura.
A produtividade secundária realizada por herbívoros é menor que a produtividade 
primária. A cada etapa da alimentação, a energia é perdida, porque a eficiência na 
alimentação, consumo e produção são sempre menores que 100%. É o sistema 
decompositor que processa mais a energia e matéria de uma comunidade que o 
sistema consumidor de matéria viva.
Os consumidores (decompositores e detritívoros) decompõem as moléculas ricas 
em energia, resultando dióxido de carbono, água e nutrientes inorgânicos.
9
UNIDADE Ecossistemas
Fluxos de matéria nos ecossistemas
Para os processos de vida, os elementos e compostos químicos são fundamentais. 
Os organismos vivos gastam energia com o objetivo de extrair substâncias químicas 
do ambiente, para poder se manter e usá-las por um período, até que se percam 
novamente. Portanto, as atividades dos organismos interferem totalmente nos 
modelos de fluxo de matéria química.
A água é o grande componente da matéria viva em qualquer ecossistema, o 
restante é constituído basicamente de compostos de carbono, e é a forma em que a 
energia é acumulada e armazenada. O carbono é consumido e defecado, assimilado 
ou utilizado no metabolismo, e quando sua molécula é dissipada na forma de calor 
o carbono é liberado novamente para a atmosfera como dióxido de carbono.
Ao ser transformada em calor, a energia não pode mais ser utilizada por 
organismos vivos para a síntese de biomassa ou para realizar trabalho. O calor é 
perdido para a atmosfera e não pode ser reutilizado; por isso, a vida na Terra só é 
possível porque temos a reposição de energia pelo sol todos os dias.
Diferentemente da energia, o carbono do dióxido de carbono pode ser utilizado 
novamente na fotossíntese. O carbono e demais nutrientes, como o nitrogênio, 
fósforo, etc., ficam disponibilizados como moléculas orgânicas ou íons na atmosfera 
ou na água. Nesse processo, um elemento pode passar repetidamente de uma 
cadeia alimentar para outra.
Os nutrientes são perdidos e recuperados pelas comunidades de várias maneiras 
(Figura 2). Se pudermos medir e identificar todos os processos nos lados de crédito 
e débito da equação, poderíamos construir um estoque de nutrientes.
Figura 2. Componentes de um estoque de nutrientes de um sistema terrestre 
e aquático. As entradas são as setas em azul e as saídas em preto.
Fonte: Livro FUNDAMENTOS DE ECOLOGIA (BEGON, Michael), p. 423
10
11
Fluxos de energia nos ecossistemas
Chamamos de cadeia alimentar a sequência de relações tróficas pelas quais 
a energia passa através do ecossistema. Uma cadeia alimentar possui muitas 
inter-relações entre plantas, herbívoros e carnívoros, os chamados níveis tróficos. 
Podemos visualizar melhor o fluxo energético no ecossistema pensando em 
uma pirâmide de energia (Figura 3), onde a energia é perdida em cada nível por 
conta do trabalho realizado pelos organismos naquele nível e pela ineficiência 
das transformações biológicas. Assim, as plantas assimilam uma parte da energia 
solar disponível, e os herbívoros assimilam uma fração menor, porque as plantas já 
utilizaram uma parte para se manterem; o mesmo acontece com os consumidores 
dos herbívoros e a cada nível superior que se segue na cadeia alimentar.
Carnívoros secundários
Carnívoros primários
Herbívoros
Plantas
Figura 3. Pirâmide de Energia
Após a assimilação do conceito de ecossistema pelo pensamento ecológico, um 
novo ramo da ecologia surgiu, chamado “Ecologia de ecossistemas”, no qual a base 
para a caracterização da estrutura e função daquele sistema é a reciclagem da matéria 
e o fluxo de energia no ecossistema. Medidas de assimilação de energia e eficiências 
energéticas tornaram-se ferramentas para a exploração desse novo conceito.
O movimento de energia e materiais através de uma cadeia alimentar é 
caracterizado pela eficiência de assimilação, que é a razão entre a assimilação e 
a digestão, e também pela eficiência de produção líquida, que é a razão entre a 
produção e a assimilação. De forma geral, a transferência de energia de um nível 
trófico para outro fica em torno de 5% a 20%, a chamada eficiência ecológica.
Ecossistemas terrestres
Clima, topografia e solo são os pilares que determinam a vida animal e vegetal 
na superfície da Terra. Em função disso, podemos agrupar unidades biológicas em 
categorias baseadas nas formas vegetais dominantes, dando às comunidades sua 
característica geral. Chamamos essas categorias de ecossistemas ou biomas. Sendo 
assim, biomas proporcionam pontos de referência convenientes para comparar os 
processos biológicos em diversos tipos de ecossistemas.
11
UNIDADE Ecossistemas
Na América do Norte, por exemplo, temos como biomas mais importantes a 
tundra, a floresta boreal, a floresta temperada sazonal, a floresta pluvial temperada, 
os arbustos, os campos e o deserto subtropical.
Na América Central, os mais importantes biomas são a floresta pluvial tropical, 
floresta tropical decídua e a savana tropical. É importante salientar que as 
distribuições geográficas desses biomas correspondem às grandes zonas climáticas.
Mesmo que cada ecossistema seja reconhecível por sua vegetação distinta, é 
importante saber que as características de um bioma normalmente interpenetram 
gradualmente o próximo. Esse conceito é uma ferramenta muito útil para 
compreender a estrutura e funcionamento dos grandes sistemas ecológicos.
Podemos distinguir completamente os biomas pelo fato de que nenhum tipo 
de planta pode resistir a todo o intervalo de condições na superfície da Terra. A 
forma de crescimento e o ambiente nos possibilita fazer generalizações acerca das 
distribuições das formas de vida e do tamanho dos biomas. Se fosse apenas isso, 
o estudo da ecologia poderia focar somente nas relações biológicas de organismos 
como indivíduos e seu ambiente físico, mas a vida não é tão simples assim; além 
das condições físicas, outros dois fatores influenciam a distribuição e forma de 
crescimento das espécies. A distribuição das miríades de interação entre espécies 
(competição, mutualismo e predação) que define se uma espécie ou sua forma de 
crescimento pode permanecer em um determinado lugar.
Outro fator é a probabilidade e a própria história. Os biomas que existem hoje se 
desenvolveram em longos períodos, nos quais as distribuições dos continentes, as 
bacias dos oceanos e zonas climáticas mudam constantemente. A grande maioria 
das espécies não consegue ocupar ambientes que seriam perfeitamente adequados 
a elas, porque não tiveram a oportunidade de alcançar essa região da Terra. 
Podemos confirmar esse fato observando tantas espécies introduzidas por humanos 
que são adaptações bem sucedidas. Temos também a evolução acontecendo em 
linhas independentes nas diferentes partes do mundo, criando em alguns casos 
biomas únicos. Podemos citar como exemplo a Austrália, que está isolada dos 
demais continentes há milhões de anos, levando tanto a sua flora como sua fauna 
a não possuírem espécies comuns no hemisfério norte.
Adaptações ambientais
As adaptações de um organismo estão diretamente associadas ao ambiente 
em que ele vive. Tais adaptações ou especializações ajustam os organismos 
a intervalos específicos de condições ambientais. As especializações de 
determinada espécie podem ser amplas ou estreitas na sua abrangência. As de 
abrangência mais estreita de tolerância são denominadas especialistas, as que 
têm um intervalo amplo são as chamadas generalistas. Cada região climática tem 
tipos característicos de vegetação que divergem na formade crescimento, na 
morfologia foliar e na sazonalidade da folhagem.
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13
Clima e biomas terrestres
Uma forma de classificação climática é a chamada zona climática, que foi 
apresentada pelo alemão Heirich Walter. Essa classificação tem nove divisões e está 
baseado nos dados anuais de temperatura e precipitação. A Figura 4 apresenta o 
clima e as respectivas características de vegetação (a economia da natureza).
NOME DO BIOMA ZONA CLIMÁTICA VEGETAÇÃO
Floresta Pluvial Tropical I – Equatorial Sempre úmido e ausente de sazonalidade na temperatura Floresta pluvial tropical perene
Floresta Tropical 
Sazonal/savana II – Tropical
Estação chuvosa de verão e estação seca 
de inverno. Floresta sazonal, arbustos ou savana.
Deserto Subtropical III - Subtropical Desertos quentes, altamente sazonal, clima árido.
Vegetação desértica com grande 
superfície exposta.
Bosque/Arbusto IV - Mediterrâneo Estação chuvosa de inverno e verão seco. Xerófica, arbustos sensíveis ao congelamento e bosques.
Floresta Pluvial 
Temperada V - Temperado quente
Ocasionalmente gelado, 
frequentemente com máxima de 
precipitação no verão.
Floresta temperada perene, um tanto 
quanto sensível ao congelamento.
Floresta Sazonal 
Temperada VI – Nemoral
Clima moderado com congelamento no 
inverno.
Resistente ao gelo, decídua, floresta 
temperada.
Campo/deserto 
Temperados VII – Continental
Desertos frios, árido, com verões mornos 
ou quentes e invernos frios. Campos e desertos temperados.
Floresta Boreal VIII – Boreal Temperado frio com verões frios e invernos longos
 Floresta de folhas aciculadas, perenes, 
duras e resistentes ao gelo (taiga).
Tundra IX – Polar Verões muito curtos e frios, invernos longos e muito frios.
Vegetação perene baixa, sem 
árvores crescendo sobre solos 
permanentemente gelados.
A precipitação e a temperatura interagem para determinar as condições 
e recursos que estarão disponíveis para o crescimento das plantas, por isso os 
ecossistemas seguem padrões de temperatura e precipitação através do ciclo anual.
Principais ecossistemas terrestres
Floresta sazonal temperada
Esse ecossistema ocorre em condições moderadas com congelamento no 
inverno. É encontrado na América do Norte, principalmente no leste dos EUA e 
sul do Canadá. É distribuído também pela Europa e leste da Ásia. A precipitação 
normalmente excede a evaporação e a transpiração. Os solos são podzolizados, 
ácidos e lixiviados de forma moderada. O solo é rico em húmus orgânico, por isso 
tem cor marrom. As árvores decíduas é a forma de crescimento vegetal dominante. 
Nessa vegetação, temos uma camada de árvores menores e arbustos que ficam 
abaixo das árvores dominantes, e plantas herbáceas no solo, que florescem no 
início da primavera, antes que as árvores estejam cobertas de folhas.
13
UNIDADE Ecossistemas
Floresta sazonal temperada
Floresta temperada úmida
São encontradas perto da costa noroeste da América do Norte, sul do Chile, 
Nova Zelândia e Tasmânia. São climas temperados quentes, invernos amenos, 
com chuvas fortes e neblinas no verão, condições ideais para florestas perenes 
extremamente altas. Suas árvores têm entre 60 - 70 m de altura e podem chegar 
até 100 m. Estudos mostram que essas formações são muito antigas e são 
remanescentes de florestas da era mesozoica. As florestas úmidas temperadas têm 
uma diversidade muito baixa.
Floresta temperada úmida
Campo / deserto temperados
Os campos se desenvolveram nas zonas climáticas continentais, onde as 
precipitações variam entre 300 a 850 mm/ano. Os verões são quentes e úmidos, e 
os invernos frios. Esses ecossistemas são chamados de pradarias. São encontrados 
também na Ásia central e lá são chamados de estepes. Com a baixa precipitação, 
os detritos orgânicos demoram para se decompor, e os solos são ricos em 
matéria orgânica. A vegetação é predominantemente de gramíneas, há também 
abundantemente as herbáceas não gramíneas. Nesses campos, temos o fogo como 
uma influência dominante quando o habitat seca durante o fim do verão. A grande 
maioria das espécies tem caules subterrâneos resistentes ao fogo, ou rizomas onde 
os brotos renascem ou suas sementes são resistentes ao fogo.
Em locais com precipitação menor entre 250 e 500 mm/ano, com invernos 
frios e verões quentes, esses campos se tornam desertos. São encontrados no oeste 
dos EUA. Devido à baixa produtividade da vegetação, a pastagem quando inserida 
exerce uma pressão na vegetação, favorecendo a persistência de arbustos que não 
são bons para o pasto. É importante dizer que muitos campos secos pelo mundo 
foram transformados em desertos pela pastagem.
Ecossistema bosque/ arbusto
Caracterizados por temperaturas de inverno amenas, chuvas de inverno e verões 
secos, o clima mediterrâneo é encontrado no sul da Europa e sul da Califórnia 
no hemisfério norte, no Chile central, no Cabo (África do Sul), a sudoeste da 
Austrália no hemisfério sul, a norte e sul do Equador e na Europa nos lados oeste 
das massas continentais. Esse clima, chamado mediterrâneo, sustenta a vegetação 
arbustiva, espessa e perene, com raízes profundas e folhagens bem resistentes à 
seca. Com folhas pequenas e duráveis, a vegetação é chamada de esclerofilosa, 
que significa “folha dura”. Os incêndios acontecem frequentemente, e a vegetação 
possui sementes resistentes ao fogo.
14
15
Deserto subtropical
Desertos subtropicais se desenvolvem em latitudes 20º - 30º a sul e norte do 
Equador, em áreas com alta pressão atmosférica. As chuvas são demasiadamente 
escassas; por conta disso, os solos são rasos, destituídos de matéria orgânica e de 
pH neutro. A maioria dos desertos subtropicais recebe chuvas de verão, período em 
que muitas plantas herbáceas e sementes crescem rapidamente e se reproduzem 
antes que o solo seque novamente. A diversidade é geralmente muito maior que 
nas terras áridas temperadas.
Floresta boreal
A floresta boreal é frequentemente chamada de taiga. Sua temperatura média 
anual está abaixo de 5º C, e os invernos são severos. A precipitação fica em 
torno de 400 – 1000 mm, e com a baixa evaporação, os solos permanecem 
úmidos durante a maior parte da estação de crescimento. Sua vegetação consiste 
em bosques densos intermináveis com árvores perenes aciculadas. A vegetação é 
tolerante ao congelamento, e a diversidade de espécies é muito baixa. É encontrada 
num amplo cinturão na América do Norte, na Europa e Ásia.
Floresta boreal (taiga)
Tundra
Na chamada zona climática polar, encontramos a tundra ártica, uma porção 
sem árvores, com solos permanentemente congelados. A maior parte das plantas 
são arbustos lenhosos prostrados, anões, que se desenvolvem próximos ao solo. 
Na maior parte do tempo, a tundra é um ambiente extremamente inóspito, mas 
nos poucos dias de verão, que duram 24 horas, a atividade é intensa, e podemos 
observar a fantástica adaptação à vida.
Floresta pluvial tropical
As florestas pluviais tropicais possuem o clima quente e têm precipitação de 
pelo menos 2000 mm/ano, com pelo menos 100 mm durante cada mês do ano. 
A floresta tropical se localiza na bacia do Amazonas e Orinoco na América do Sul, 
com algumas áreas na América Central e ao longo da Costa Atlântica do Brasil 
(Mata Atlântica). Na África, na bacia do rio Congo, e na Ásia, cobrindo a parte 
Sudeste. Aparece também na Austrália e em ilhas entre a Ásia e a Austrália.
O clima apresenta dois picos de chuva localizados ao redor dos equinócios. 
O solo tem pouca capacidade para reter nutrientes, portanto a vegetação das 
florestas pluviais é formada por um contínuo dossel de árvores perenes altas, com 
árvores ocasionais emergentes que se elevam acima da copa. Essa vegetação 
tem várias camadas abaixo da copa e contém árvores pequenas, arbustos e 
herbáceas, mas são bem espaçadas, pois a luz solar não consegue penetrar. 
Tem também muitas plantas aéreas, como as epífitas, que crescem nos ramos de 
15
UNIDADE Ecossistemas
outras plantas. É a diversidade mais alta que em qualquer outra parte do planeta. 
Porconta das temperaturas e umidade constantemente altas, a serapilheira se 
decompõe rapidamente, e a vegetação rapidamente assimila os nutrientes. É 
essa rápida reciclagem de nutrientes que sustenta a produtividade alta desse 
ecossistema, no entanto o torna muito vulnerável a desequilíbrios. Quando essa 
floresta é derrubada, os solos sofrem erosão rapidamente, degradando o ambiente 
e tornando a região improdutiva.
Savana sazonal tropical
Nas florestas sazonais dos trópicos, predominam as árvores decíduas, que 
perdem suas folhas durante a estação de falta de água. As estações secas longas e 
severas resultam em uma vegetação com estatura mais baixa e com mais espinhos. 
Como nos ambientes tropicais mais úmidos, os solos são pobres em nutrientes. 
Savanas são campos com árvores esparsas e se espalham em grandes áreas secas 
dos trópicos. As pastagens e os incêndios representam importantes papéis na 
manutenção desse ecossistema, principalmente em regiões mais úmidas, por conta 
das gramíneas, que podem permanecer melhor que outras sob essas influências.
Sistemas aquáticos
Os sistemas aquáticos não são considerados como biomas ou ecossistema, 
porque não possuem o equivalente à vegetação terrestre. No entanto, podemos 
distinguir lagos, correntes, estuários e oceanos, e cada um desses sistemas pode 
ainda ser subdividido com base em diversos fatores.
Concluindo
Chegamos ao fim da nossa unidade. Nesta unidade trabalhamos o conceito de 
ecossistema, os fluxos de energia e matéria no ecossistema, e vimos também os 
principais ecossistemas do planeta.
16
17
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
 Ecossistemas brasileiros.
ESTRELA, Abrão de Souza et al. Trabalho dos alunos da Unianhanguera - Osasco, 
na disciplina de Gestão ambiental (1º semestre) – Professor Sergio Coyo. Produção 
de Francisco Inacio Neto, Gabriela Fernanda Canova da Silva e Amanda Caroline 
Machado Cunha. Edição de Francisco Inacio Neto. Duração: 9 minutos e 7 segundos. 
Acesso em: 15 set. 2015.
ttps://www.youtube.com/watch?v=YN-HlTHIQG4
Elementos da biologia
DISCOVERY CHANNEL. Discovery na escola. Ecossistemas: organismos e seu meio 
ambiente. Duração: 54 minutos e 36 segundos. Acesso em: 15 set. 2015.
https://www.youtube.com/watch?v=5WVhItCdm-o
 Leitura
Revista brasileira de meteorologia
RODRIGUES, Hernani José Brazão et al. Variabilidade sazonal da condutância 
estomática em um ecossistema de manguezal amazônico e suas relações com variáveis 
meteorológicas. , v. 26, n. 2, 189 – 196, 2011. Acesso em: 15 set. 2015.
http://www.scielo.br/pdf/rbmet/v26n2/03.pdf
17
UNIDADE Ecossistemas
Referências
BERGON, M.; HARPER, J. Fundamentos em ecologia. 2ª ed. São Paulo: 
Artmed, 2006.
Odum, P. E. Ecologia. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 1988. 434 p.
Pinto-Coelho, R. M. Fundamentos em ecologia [recurso eletrônico]. Porto Alegre: 
Artmed, 2007.
Ricklefs, R. E. A economia da natureza. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2003. S.A. 5ª ed.
18

Outros materiais