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Caso Concreto 1 - Direito Civil V

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Caso Concreto 01 – Direito Civil V 
QUESTÃO SUBJETIVA 1 
(Magistratura de São Paulo - 2007 - 2ª Fase) Direito Civil - Dissertação. Princípios basilares do Código 
Civil brasileiro (Lei nº 10.406, de 10.01.2002) 
Resposta: 
Princípio da eticidade - está no plano da conduta de lealdade das partes negociais. É aquele que 
impõe justiça e boa-fé nas relações civis ("pacta sunt servanda"). No contrato é essencial agir com 
boa-fé em todas as suas fases. Consequência desse princípio é o princípio da boa-fé objetiva. 
Princípio da socialidade - impõe a prevalência dos valores coletivos sobre os individuais, respeitando 
os direitos fundamentais da pessoa humana. Valoriza o "nós" em detrimento do "eu", ou seja, afasta 
o caráter individualista e egoísta da codificação anterior. Ex: princípio da função social do contrato, 
da propriedade. 
 
Princípio da operabilidade - é aquele que impõe soluções viáveis, operáveis e sem grandes 
dificuldades na aplicação do direito. A regra tem que ser aplicada de modo simples. Exemplo: 
princípio da concretude pelo qual deve-se pensar em solucionar o caso concreto de maneira mais 
efetiva. 
“Facilitação do Direito Privado (simplicidade) e sua 
efetivação, por meio do sistema de cláusulas gerais 
(concretude), que são janelas abertas deixadas pelo 
legislador para preenchimento pelo aplicador do Direito, 
caso a caso (TARTUCE, Flávio. Direito Civil. Volume 1. 
Lei de introdução e parte geral. São Paulo: Método, 3ª 
Edição, 2007, p. 100-107).” 
 
Inovações no Direito de Família em relação ao Código Civil De 1916 (Livro IV, Título I, Substituto I, 
Capítulos I ao XI). 
Resposta: Quanto as inovações do Direito de Família no Código Civil em relação ao anterior citado 
podemos apontar algumas como a igualdade entre homens e mulheres, um exemplo é capacidade 
para o casamento (art. 1517, CC); a valorização da autonomia privada no Direito de Família (art. 
1513,CC) com a previsão expressa do princípio da não-intervenção; Tornar possível a conversão de 
casamento religioso em um casamento civil (arts. 1.515 e 1.516 do CC), como já previam os arts. 226 
e 227 da CF/88. 
QUESTÃO SUBJETIVA 2 
Carlos e Juliana, após 7 anos de namoro, tomaram a importante decisão de firmar um noivado para, 
então, começar os preparativos do matrimônio, que perduraram 12 meses, entre organização da 
moradia do casal e festa de casamento. Tudo estava pronto! A casa mobiliada, a festa inteiramente 
paga, padrinhos preparados, convites distribuídos e os noivos aguardavam o grande dia quando 
Juliana foi surpreendida por uma decisão de Carlos: Não quero mais casar! Após momentos 
desesperados de dúvida e sofrimento, Juliana descobriu que Carlos mantinha um relacionamento 
paralelo há 2 anos com uma moça que residia na mesma cidade. Por se tratar de uma cidade 
pequena, em que praticamente todos os habitantes se conhecem, Juliana ficou muito envergonhada 
e tinha a certeza de que a história da traição e abandono de Carlos rapidamente se espalharia. E 
assim, de fato, ocorreu, tendo Juliana de desmarcar a festa, informar aos padrinhos e convidados do 
cancelamento, além de se submeter aos constantes questionamentos e comentários a respeito do 
que acontecera. 
Diante desta situação, que orientações você daria a Juliana, na qualidade de advogado(a) dela? 
Resposta: Como advogada de Juliana eu a aconselharia a ingressar com ação indenizatória, tendo 
em vista a situação vexatória em que ela teve que passar, e por conta dos gastos que ela obteve com 
a festa de casamento que deveria ter acontecido.

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